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Foto José Lorvão

Rajada final valeu empate no Dragão

Por Sporting CP
28 Abr, 2024

‘Bis’ supersónico de Gyökeres decidiu perto do fim (2-2)

A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal deslocou-se, este domingo, ao Estádio do Dragão e empatou 2-2 com o FC Porto no jogo da 31.ª jornada da Liga Portugal.

 

Os dragões marcaram cedo e durante a primeira parte alimentaram-se com eficácia dos erros Leoninos (2-0 ao intervalo), mas quando o clássico parecia decidido foi muito perto do fim que tudo mudou - apenas numa questão de um minuto - graças à inabalável crença verde e branca. Com dois golos de rajada (87’ e 88’), ambos do inevitável Viktor Gyökeres, que entrou ao intervalo, os Leões responderam e foram a tempo de resgatar um ponto – e prolongar a série de invencibilidade para 18 jornadas consecutivas.

 

Com este desfecho, o líder Sporting CP, com 81 pontos, viu o SL Benfica reduzir para cinco a diferença pontual quando faltam três jornadas para o fim.

 

No Estádio do Dragão estiveram frente-a-frente o ataque mais concretizador da Liga, o do Sporting CP (89 marcados), e aquela que era, à entrada para esta jornada, a defesa menos batida, pertencente ao FC Porto (agora 26 sofridos), embora as duas equipas se encontrem em lutas diferentes nesta recta final do campeonato: separados por 18 pontos na tabela, os dragões (63) já não podem ir além do terceiro lugar e, por sua vez, os Leões continuam a comandar a classificação.

 

Para enfrentar um FC Porto de Sérgio Conceição que vinha de duas vitórias seguidas, embora não ganhasse em casa há duas jornadas, Rúben Amorim, do lado verde e branco, promoveu duas alterações - e uma surpresa - relativamente ao onze inicial apresentado diante do Vitória SC (3-0): o defesa Ousmane Diomande - como central pela esquerda - e o avançado Paulinho foram titulares em detrimento de Nuno Santos e Viktor Gyökeres (estava em dúvida), que começaram o clássico no banco de suplentes, enquanto Antonio Adán e Matheus Reis continuaram fora das opções por lesão. Para lá das mudanças, a aposta de Gonçalo Inácio na ala esquerda foi também uma novidade.

 

Antes de a bola começar a rolar, os jogadores Leoninos entraram em campo com a edição ‘retro’ da mítica listada verde e branca, com o nove nas costas, que Manuel Fernandes - a viver um momento delicado de saúde - imortalizou como jogador.

 

De seguida, dado o apito inaugural, o início do clássico não podia ter sido mais penalizador para o Sporting CP, que cedo se viu obrigado a correr atrás do resultado – três jogos depois, a turma de Alvalade voltou a sofrer um golo.

Depois de um primeiro aviso azul e branco num remate de longe, o FC Porto castigou os Leões com o 1-0 logo aos oito minutos: um erro na construção Leonina deixou a bola à mercê bem perto da área e um passe de Pepê isolou Evanilson na cara de Franco Israel para inaugurar o marcador.

 

Apesar disso, um imediato remate espontâneo de Pedro Gonçalves, ligeiramente ao lado, deu início à reacção verde e branca, à qual se juntou também, em cima do quarto de hora de jogo, um cabeceamento de Paulinho pouco acima da trave na sequência de um canto - e já se faziam ouvir os milhares de Sportinguistas que marcaram presença nas bancadas, preenchidas no total por 45230 espectadores.

 

Desde logo, tornou-se ainda mais evidente que o Sporting CP procuraria assumir a iniciativa com bola, mas sentiu várias dificuldades perante o jogo mais directo do FC Porto, sempre atento e pronto para aproveitar - e provocar - qualquer erro verde e branco de forma a sair rápido para o ataque. Nesta fase, o melhor que os Leões de Amorim conseguiram foi uma iniciativa de Francisco Trincão que acabou por ‘morrer’ nas mãos do guarda-redes Diogo Costa, enquanto, do outro lado, Evanilson, em lance individual, atirou à malha lateral da baliza de Israel.

 

Já em cima do minuto 40, o conjunto da casa - novamente eficaz - chegaria ao 2-0, voltando a castigar o Sporting CP. Numa jogada que começou num lançamento lateral muito discutido pela equipa Leonina, o jovem Martim Fernandes arrancou e, beneficiando de uma escorregadela de Morten Hjulmand, encontrou na área Pepê, autor do segundo dos dragões.

 

E pouco depois, após um pontapé de recarga de Trincão à figura, um jogador dos Leões voltou a escorregar nas imediações da sua área e só Franco Israel evitou males maiores, frente a Francisco Conceição, antes do intervalo.

Com uma castigadora diferença de dois golos para recuperar no clássico, Rúben Amorim não esperou mais e arriscou com a entrada de Viktor Gyökeres para os derradeiros 45 minutos no Estádio do Dragão – saiu Daniel Bragança, ficando ‘Pote’ com o lugar no meio-campo. Cinco minutos depois, Jeremiah St. Juste deu o lugar a Eduardo Quaresma.

 

Seria o FC Porto a deixar a primeira ameaça, saída dos pés de Francisco Conceição, com o Sporting CP, do outro lado, a procurar as investidas do matador sueco na profundidade, mas sem sucesso. Assim, para agitar mais o jogo em busca de uma resposta, o banco dos Leões voltou a mexer e entraram Hidemasa Morita e Nuno Santos em cima da hora de jogo – Pedro Gonçalves voltou para a frente e Inácio regressou ao trio de centrais.

 

E numa sequência de bolas paradas Leoninas, o médio japonês só não causou perigo imediato porque o seu cabeceamento ficou bloqueado num adversário quando a bola seguia para a baliza azul e branca. Depois foi ‘Pote’, novamente de longe, a tentar a sua sorte, mas Diogo Costa encaixou a tentativa.

 

Com o adiantar do relógio e tudo na mesma no marcador, o FC Porto foi baixando as suas linhas, também forçado pela turma de Alvalade, que apesar da vontade e da maior posse de bola continuou com problemas para encontrar o caminho do golo – algo que o Sporting CP fez em todas as jornadas deste campeonato. Numa das melhores combinações encadeadas, uma falta em zona frontal impediu que Quaresma pudesse dar outro seguimento à jogada.

 

Sem desistir, os Leões foram cercando a área azul e branca até ao fim e seriam felizes já em cima do minuto 90. Os estragos chegaram aos 87 minutos e em grande escala, com muito peso dos jogadores que entraram no decorrer do clássico, sobretudo do goleador Gyökeres.

 

Primeiro, um belo cruzamento de Nuno Santos encontrou o cabeceamento certeiro do ponta-de-lança sueco e nem o Sporting CP, nem Gyökeres ficaram por aqui. Galvanizados, os Leões voltaram à carga em menos de um minuto e ‘num abrir e fechar de olhos’ chegaram de rompante ao 2-2 para surpreender tudo e todos.

 

Desta feita, Geny Catamo recuperou a bola no meio-campo adversário, a equipa balanceou-se rumo à baliza de Diogo Costa e, já na área, Marcus Edwards, recém-entrado, transformou uma das primeiras bolas em que tocou numa assistência de luxo para o matador sueco, que só teve de encostar para o fundo das redes para soltar a festa Sportinguista na bancada num silenciado Estádio do Dragão. E vão 26 golos para Gyökeres, melhor marcador da Liga cada vez mais destacado – e 40 já em todas as competições de Leão ao peito.

 

A seguir, o ímpeto verde e branco dissipou-se tão rapidamente como apareceu devido ao vermelho directo mostrado a Edwards e os papéis de domínio inverteram-se em campo, mas os dragões de Sérgio Conceição já não conseguiram esboçar uma resposta até ao apito final.

 

Depois da vitória verde e branca em Lisboa (2-0) e, agora, o empate no Porto, Leões e dragões ainda estarão frente-a-frente mais uma vez esta época, na final da Taça de Portugal, no Jamor.

 

Antes disso, no horizonte dos Leões de Rúben Amorim está a recta final do campeonato, seguindo-se, este sábado (18h00), uma jornada em casa diante do Portimonense SC.

 

Sporting CP: Franco Israel [GR], Jeremiah St. Juste (Eduardo Quaresma, 50’), Ousmane Diomande (Nuno Santos, 60’), Sebastián Coates [C], Gonçalo Inácio, Geny Catamo, Morten Hjulmand, Daniel Bragança (Viktor Gyökeres, 46’), Francisco Trincão, Pedro Gonçalves (Marcus Edwards, 86’), Paulinho (Hidemasa Morita, 60’)