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O tetra é nosso

Por Juvenal Carvalho
20 Jun, 2024

Se já temos uma História sem paralelo que fala por si, a verdade é que o futsal do Sporting Clube de Portugal continua a acrescentar mais umas quantas páginas douradas ao livro dessa mesma História.  

Depois de uma época em que já havíamos conquistado a Taça da Liga, e na qual apenas detalhes, num jogo quase irrepreensível, nos impediram de ganhar nas meias-finais da UEFA Futsal Champions League ao FC Barcelona e, quem sabe, seria a nossa terceira conquista europeia. Mas ela chegará, confio que será apenas uma questão de tempo, que preconizo, numa crença inabalável, seja curto.

Mas pelo que não foi preciso esperar foi pelo TETRA. Esse é nosso e faz de nós − sempre nós − o primeiro clube a alcançar semelhante feito nesta modalidade.

A cultura de vitória está definitivamente enraizada. Nem a saída de jogadores fulcrais no início desta época fez abanar um grupo que tem a palavra vitória como uma cultura instituída.

Depois de terminada a primeira fase em primeiro lugar, fizemos uns play-off incólumes ante o Torreense, os Leões de Porto Salvo e o SC Braga. Foi mesmo de forma esmagadora que um Leão insaciável e sobretudo determinado se apresentou na quadra.

Mais uma vez coube ao capitão João Matos − uma lenda, um "monstro", um Leão imenso − com um Pavilhão João Rocha ao rubro e debaixo de um ambiente verdadeiramente único, levantar o troféu. O troféu que representa o 19.º Campeonato Nacional ganho pelo Sporting Clube de Portugal, a que se juntam duas UEFA Futsal Champions League, nove Taças de Portugal, 11 Supertaças e cinco Taças da Liga. 46 troféus no total. Que fazem de nós esmagadoramente hegemónicos na modalidade.

Falar do trabalho de Nuno Dias e da sua equipa técnica é voltar a usar os adjectivos do costume: excelência, capacidade, saber, liderança, entre tantos outros que poderia utilizar. Como li, escrito pelo jornalista André Pipa, alguém que além de escrever de forma genial, muito gosto, Nuno Dias será o obreiro, com sete títulos conquistados, em oito anos, de um feito igual aos Cinco Violinos. Serão então, a partir de agora, e com tão bem conseguido paralelismo, os Violinos do Pavilhão.

Mas também o grupo de trabalho foi sublime. Como disse atrás existiram mudanças e a saída de Guitta e de Erick, que rumaram à Rússia e a Espanha, respectivamente, e o caso de Diego Cavinato, não impediram o essencial nem a perda do foco na conquista. Além da continuidade da espinha dorsal de um grupo de jogadores maioritariamente formado no Sporting e feito de campeões, entraram Henrique Rafagnin, Rafa Felix, Taynan, Tatinho e Wesley França, este último regressado após um período de empréstimo que muito o fez crescer. Também vários jovens da formação tiveram os seus minutos de utilização. Tudo é pensado ao mais ínfimo pormenor nesta secção.

Nada acontece por acaso e se o plantel Campeão tem muitos jogadores made in Sporting, os vindouros decerto continuarão essa senda. O trabalho é muito meritório. Mais e mais conquistas chegarão.

Como na extraordinária canção de Jorge Palma, enquanto houver estrada para andar, o nosso futsal vai continuar...a vencer. A dupla formada por Nuno Dias e Paulo Luís conhece tão bem essa estrada. A que nos poderá conduzir ao penta.

Já o hóquei em patins, que caiu de pé nas meias-finais do play-off do título, numa época em que conquistámos a WSE Champions League, e o ténis de mesa, que se colocou em vantagem ante o GDCS Juncal na final do campeonato e que aspira claramente à conquista do triplete, são também modalidades com o ADN 'à Sporting'...ganhador.

P.S − Formar. Formar jogadores e homens. É este o objectivo primordial do nosso Clube. Se com ele vierem conquistas, tanto melhor. E elas vieram: Mais três modalidades abrilhantaram o nosso Museu. Parabéns aos sub-20 do andebol, aos sub-16 do atletismo e aos sub-15 do futsal pela conquista dos títulos de Campeão Nacional.