Futebol: SC Braga vs. SPORTING CP
Rúben Amorim: "Tiveram uma grande resposta"
07 maio, 2022
Técnico elogiou reacção Leonina que valeu a vitória
Após o triunfo por 2-3 sobre o Portimonense SC, o treinador Rúben Amorim analisou a partida em conferência de imprensa, enaltecendo a capacidade da equipa para reagir e dar a volta ao encontro.
"Tiveram brio e qualidade e azar na forma como sofreram os golos, porque duas saídas do Portimonense SC deram golo. Um livre num lance controlado em que não devíamos ter feito falto e no outro errámos a sair a jogar, mas dominámos sempre o jogo e tivemos várias oportunidades. [Os jogadores] tiveram uma grande resposta. Mesmo sabendo que o FC Porto era campeão e começar o jogo a ganhar e sofrer a reviravolta, na segunda parte foi uma grande resposta", começou por dizer aos jornalistas na sala de imprensa do Portimão Estádio.
Depois de dar os parabéns ao FC Porto pela conquista do título nacional, o técnico fez uma retrospectiva do percurso Leonino nesta edição da Liga, sublinhando que "o pormenor faz a diferença nos campeonatos". "O que podemos melhorar é ter atenção aos detalhes, porque olhando para esta diferença de seis pontos qualquer jogo pode fazer a diferença", referiu, lembrando nomeadamente os desaires frente ao CD Santa Clara e ao SC Braga, acrescentando: "Crescemos muito ao longo da época, somos muito mais equipa". Ainda sobre as contas do título, Amorim considerou que os últimos jogos com o SL Benfica e no Dragão "tiveram um impacto muito grande".
Por fim, instado a fazer um balanço geral de toda a época, agora que falta apenas uma jornada na Liga e depois de os Leões terem vencido a Supertaça e a Taça da Liga, o técnico verde e branco considerou-o "escasso para um clube como o Sporting CP, que quer ganhar todos os títulos". "Ganhámos duas finais, mas estivemos nos momentos de decisão e isso é importante. Não salva épocas, mas estivemos lá. Temos de crescer com os pequenos pormenores, mas também não me esqueço que o Sporting CP não é Bicampeão há 71 anos, que não era campeão há 19 e que não ficava em segundo lugar após ser campeão há 51 anos. E isso faz também a diferença, o balanço é negativo, mas pela forma como conduzo o grupo tenho de mostrar que a História também diz algo que é muito difícil de mudar, mas vamos fazê-lo", sentenciou.
Reviravolta para a vitória em Portimão
07 maio, 2022
Leões ficam com os três pontos na última deslocação da época (2-3)
A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal visitou e venceu, este sábado, o Portimonense SC por 2-3 na 33.ª – e penúltima – jornada da Liga Portugal. Num jogo de muitas reviravoltas, a cambalhota definitiva saiu dos pés de Pablo Sarabia, que entrou a partir do banco de suplentes e num período de cinco minutos bisou para selar a terceira vitória consecutiva dos Leões. Bruno Tabata tinha inaugurado o marcador, antes de a eficácia algarvia ter obrigado o Sporting CP a reagir.
Antes do apito inicial no Portimão Estádio, a vitória do FC Porto na Luz selou as contas do título e, por isso, pouco se jogaria em termos classificativos entre Sporting CP – garantido no segundo lugar – e Portimonense SC – com manutenção assegurada. Apesar disso, assistir-se-ia a uma grande partida, com vários golos, reviravoltas e muita emoção.
Para este encontro, o treinador Rúben Amorim fez duas alterações no último onze inicial, apresentado diante do Gil Vicente FC: o suspenso Luís Neto - a cumprir ciclo de amarelos - e Pablo Sarabia deram os lugares, respectivamente, ao capitão Sebastián Coates – de regresso após lesão – e a Bruno Tabata. Por sua vez, o jovem José Marsà esteve entre os convocados, colmatando a ausência de Zouhair Feddal, que se ressentiu da sua anterior lesão. Nas bancadas, a presença Sportinguista fez-se sentir em força em Portimão - os bilhetes à venda no Estádio José Alvalade esgotaram em poucas horas - naquela que foi a última deslocação Leonina da época, pintando totalmente de verde e branco uma das bancadas do recinto algarvio.
Com mais posse de bola desde o início, a turma de Alvalade foi assumindo rapidamente a iniciativa da partida e criou as primeiras oportunidades, encontrando espaços mesmo perante uma linha defensiva adversária de cinco e, por vezes, até seis homens montada pelo técnico Paulo Sérgio. Do outro lado, novamente com um trio móvel no ataque, desta feita com Tabata como novo intérprete, o Sporting CP acelerou, cresceu e o avançado brasileiro chamaria a si o protagonismo inicial neste regresso a Portimão, frente ao seu anterior emblema.
Depois de Pedro Gonçalves – de cabeça - e Tabata – remate de primeira – terem feito os primeiros avisos, que saíram desenquadrados, o golo Leonino não tardou. Em cima do minuto 12, o camisola 7 dos Leões foi rápido e, de forma oportuna, caçou uma bola perdida na área do Portimonense SC para inaugurar o marcador, após uma boa iniciativa individual de Marcus Edwards.
No entanto, pouco antes da meia hora de jogo, o filme da partida e o marcador sofreram uma grande reviravolta. Depois de Matheus Nunes ter atirado de longe para uma defesa segura de Samuel Portugal, o conjunto de Portimão respondeu com eficácia máxima nas suas primeiras investidas ofensivas. Primeiro, num livre directo que sofreu um desvio decisivo na barreira, Carlinhos repôs o empate e, no lance seguinte, Welinton Júnior finalizou uma rápida transição com um 'chapéu', virando o resultado para 2-1.
A acção no encontro não pararia até ao intervalo, seguindo-se uma fase frenética com várias situações de golo, principalmente para a equipa Leonina. Para o Portimonense SC, Shoya Nakajima atirou para defesa de Adán, mas, a seguir, a turma de Alvalade voltou a fazer-se com as rédeas do jogo e cercou a baliza adversária. Primeiro, Pedro Porro serviu Pedro Gonçalves na perfeição, mas o avançado não acertou bem na bola e, na sequência desse lance, Tabata ainda cabeceou com estrondo à barra.
Parecia perto o empate dos Leões, que contavam com um forte e ininterrupto apoio nas bancadas, mas o 2-1 seguiria para os derradeiros 45 minutos. Ainda antes do intervalo, Pedro Porro ficou muito perto de surpreender Samuel Portugal na cobrança de um livre em zona lateral, enquanto o Portimonense SC já tinha ficado sem Carlinhos devido a lesão.
Para a segunda parte, Amorim lançou Ricardo Esgaio (por Matheus Reis) para o lado direito do trio de centrais, passando Gonçalo Inácio para o lado esquerdo. Com Porro cada vez mais subido, pertenceu ao espanhol a primeira ameaça no reatamento, que saiu desenquadrada. Pouco depois, aos 56 minutos, o treinador verde e branco voltou a mexer, introduzindo Sarabia e Manuel Ugarte nos lugares de Pedro Gonçalves e João Palhinha.
Chamados a intervir, os dois guardiões disseram presente de forma quase consecutiva, mas a partida pendia sobretudo para a baliza de Samuel Portugal. Num bom lance de envolvimento ofensivo, Nuno Santos isolou Edwards, porém o guardião dos algarvios voltou a levar a melhor, afirmando-se como o grande responsável pelo resultado ainda desfavorável aos Leões. Contudo, a rota para o golo seria finalmente encontrada à passagem dos 70 minutos - quando Daniel Bragança já tinha assumido o lugar de Matheus Nunes - e esse caminho acabaria por levar o Sporting CP não só ao empate como também à vitória.
A jogada do 2-2 começou com um cruzamento de Porro – uma seta constante na direita –, seguido de dois desvios: o primeiro de Edwards e o segundo, decisivo, de Sarabia, que encostou com sucesso ao segundo poste. E a reacção Leonina não ficaria por aqui, pois apenas cinco minutos depois, o avançado espanhol voltou a facturar, correspondendo da melhor forma a um preciso cruzamento rasteiro de Tabata para provocar a festa entre os Sportinguistas. Num jogo de loucos, nova cambalhota em Portimão, agora favorável ao Sporting CP, que ainda festejou o 2-4, mas foi anulado por fora-de-jogo pelo VAR.
Consumada a reviravolta verde e branca, a formação orientada por Amorim fez-se com o controlo do jogo, não parou de atacar e não permitiu uma nova reacção aos algarvios. Antes do fim, o jovem Rodrigo Ribeiro voltou a somar minutos na equipa principal e Bragança ainda atirou colocado para mais uma defesa de Samuel Portugal, mas o resultado seria definitivo.
A caminho da última jornada da Liga Portugal – recepção ao CD Santa Clara - o Sporting CP chega aos 82 pontos.
Sporting CP: Antonio Adán [GR], Pedro Porro, Gonçalo Inácio, Sebastián Coates [C], Matheus Reis (Ricardo Esgaio 45'), João Palhinha (Manuel Ugarte 56'), Matheus Nunes (Daniel Bragança 61'), Pedro Gonçalves (Pablo Sarabia 56'), Marcus Edwards e Bruno Tabata (Rodrigo Ribeiro 84').
Bilhetes esgotados para Portimão
04 maio, 2022
Leões visitam Portimonense SC no sábado (20h30)
O Sporting Clube de Portugal informa que já foram vendidos todos os bilhetes que tinha disponíveis para o próximo encontro da equipa principal de futebol, que será a última deslocação da época para os Leões.
33.ª JORNADA - LIGA PORTUGAL
PORTIMONENSE SC vs. SPORTING CP
7 DE MAIO (SÁBADO) ÀS 20H30
A venda começou esta quarta-feira na Loja Verde do Estádio José Alvalade, no Multidesportivo e a elevada procura rapidamente esgotou os ingressos para o jogo em Portimão.
Rúben Amorim: "Fomos mais a equipa que costumamos ser"
25 Abr, 2022
Técnico satisfeito pela prestação segura no Bessa
Após o triunfo claro por 0-3 sobre o Boavista FC, Rúben Amorim, treinador da equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal, analisou o encontro em conferência de imprensa e mostrou-se agradado com a resposta dos seus jogadores.
"Fomos mais a equipa que costumamos ser. Não fomos assim tão agressivos na chegada à área, mas tivemos várias bolas na primeira parte com os três avançados de frente para a defesa do Boavista FC e criámos ali problemas. Depois, surgiu o golo numa das poucas oportunidades que tivemos, mas tivemos sempre o controlo do jogo. Voltámos a ter outra [oportunidade] do Pablo [Sarabia] e na segunda parte controlámos melhor o jogo, arranjámos mais espaço e não deixamos o Boavista FC sair [para o ataque]", começou por dizer aos jornalistas, reconhecendo ainda alguns problemas para travar Gorré no primeiro tempo e, elogiando, depois a forma como entraram os jogadores lançados a partir do banco Leonino.
"[O Gorré] Criou-nos algumas dificuldades, porque baixava muito para defender e quando tinha a bola mostrava capacidade para conduzir lançado, obrigando o Palhinha a ajudar ali. Na segunda parte isso não aconteceu, controlámos claramente o jogo, criámos oportunidades e os jogadores que entraram ajudaram bastante a equipa: o Manu [Ugarte] deu estabilidade, o Dani [Bragança] deu a qualidade que costuma dar, tal como o Tabata e o [Rúben] Vinagre foi muito agressivo na procura do espaço". "Correu bem, concedemos poucas oportunidades ao Boavista FC, criámos as nossas e fomos competentes", resumiu, de seguida, o técnico.
Apesar dos deslizes de FC Porto e SL Benfica, aos quais os Leões ganharam pontos nesta jornada, Amorim garantiu que vai manter o discurso no que toca às contas do título. "Sabíamos que ficou muito difícil e obviamente que custa, mas não vale a pena pensar nos jogos em que perdemos pontos. Foi bom voltar às vitórias e ficar cada vez mais perto da UEFA Champions League para manter o nosso projecto e o foco no crescimento sem dar passos atrás. Acho que na corrida do título não muda nada, mas é sempre bom recortar as distâncias e quanto mais adiarmos a decisão melhor para nós", sublinhou, acrescentando: "Estamos aí na luta pelo segundo lugar e a tentar adiar a história do título o máximo possível".
Voltando ao jogo, Amorim reforçou o seu agrado pela resposta dada pela equipa diante dos axadrezados: "Fomos competentes, é uma marca que nós temos. Quando temos de defender, fazemo-lo todos, ganhámos, não sofremos golos, portanto era a resposta que eu esperava para passar estes maus momentos e tudo o que se falou durante a semana. Focamo-nos no que tínhamos de fazer, foi isso que fizemos e é um excelente sinal da equipa".
Por fim, explicou a saída de Matheus Nunes, que "fez um grande época, muito longa e sente agora algum cansaço mental", referiu, antes de abordar a exibição de Marcus Edwards: "Todas as vezes que tem jogado tem estado muito bem. Na meia-final da Taça sentiu muito o ritmo do jogo e isso notou-se. Acho que pode dar muito mais, ele sabe disso e ainda se está ambientar à nossa forma de trabalhar, mas já se está a aproximar", disse sobre o extremo inglês, enaltecendo: "Esteve muito bem defensivamente também, pressionante e a tapar espaços".
Resposta de Leão no Bessa
25 Abr, 2022
Sporting CP regressa às vitórias com solidez diante do Boavista FC (0-3)
A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal voltou, esta segunda-feira, à cidade do Porto para bater o Boavista FC por 0-3 na partida que encerrou a 31.ª jornada da Liga Portugal. Depois de uma semana difícil, os Leões deram uma resposta consistente e eficaz no terreno dos axadrezados para regressar às vitórias e voltarem a encurtar a distância para o primeiro lugar – agora a seis pontos.
Além disso, a turma de Alvalade faz 'xeque' ainda ao segundo lugar e que pode ser 'mate' já na próxima jornada, uma vez que agora está a apenas um ponto de ficar assegurado – e, consequentemente, também o acesso directo à fase de grupos da UEFA Champions League da próxima época.
Para enfrentar o 12.º classificado, comparativamente ao último encontro - frente ao FC Porto para a Taça de Portugal - o treinador Rúben Amorim mudou quatro peças para iniciar o jogo no 'tabuleiro' do Bessa: saíram os suspensos Matheus Reis, Pedro Porro e Paulinho e ainda Manuel Ugarte, entraram Nuno Santos, Ricardo Esgaio, João Palhinha e Marcus Edwards – reeditando com Pablo Sarabia e Pedro Gonçalves um trio móvel no ataque dos Leões. Além disso, Zouhair Feddal – após lesão – regressou às opções, juntando-se ainda aos jovens Gonçalo Esteves e Rodrigo Ribeiro no banco de suplentes.
Depois de ter soado a música 'Grândola Vila Morena' no estádio – uma das senhas da Revolução dos Cravos na noite do 24 para o 25 de Abril de 1974, há precisamente 48 anos - deu-se o pontapé de saída no relvado, com o Sporting CP a assumir a iniciativa e dando muita largura ao seu jogo, como é habitual. Assim, com Esgaio projectado na direita, surgiu o primeiro lance de envolvimento ofensivo, mas Matheus Nunes, à entrada da área, acertou mal na bola. Por sua vez, na profundidade, qualquer um dos três avançados Leoninos surgia na posição mais central e tentavam associar-se entre si – a mobilidade era total.
Já o Boavista FC - esta noite desfalcado pelas ausências do seu melhor marcador (Petar Musa) – e de um dos seus jogadores mais utilizados (Sebastián Pérez) - procurava manter-se organizado e sair rapidamente para o ataque depois de cada recuperação de bola – principalmente através de Kenji Gorré.
A posse era maioritariamente do Sporting CP (36%-64% na primeira parte), mas a toada da partida foi morna nos primeiros 20 minutos, antes de chegarem os primeiros golpes neste duelo felino. E os primeiros pertenceram aos Leões, com Pedro Gonçalves, numa recarga, a rematar para defesa de Rafael Bracali, guarda-redes e capitão das panteras negras.
Não foi à primeira, mas sim à segunda que a turma de Alvalade inauguraria o marcador, com o lance a nascer novamente no corredor esquerdo, tal como o anterior, onde Nuno Santos era uma verdadeira 'seta' desde o início. A defesa axadrezada não cortou da melhor maneira o cruzamento do ala verde e branco e Pedro Gonçalves, com classe, deu de calcanhar para a entrada da área, onde apareceu Matheus Nunes a rematar colocado e rasteiro para o fundo das redes – quarto golo do internacional português esta época, o terceiro na Liga.
Já em cima dos 40 minutos, Sarabia ainda testou Bracali de fora da área, contudo o guardião sacudiu o remate em arco do espanhol para canto. Em vantagem no marcador e em crescendo ofensivo, o Sporting CP acabaria assim a primeira parte, mas a segunda trouxe um Boavista FC mais atrevido. Aos 50 minutos, Adán realizou a sua primeira defesa, segurando um remate longínquo de Jeriel De Santis e, a seguir, foi Makouta a atirar ligeiramente ao lado da baliza verde e branca. Rúben Amorim não esperou mais, lançou Ugarte no lugar de Matheus Nunes e o segundo golo caiu de imediato.
Para culminar um bom lance colectivo, o cruzamento de Edwards 'envenenou-se' rumo à baliza adversária depois de um desvio em Rodrigo Abascal e a bola ainda bateu no poste antes de ultrapassar totalmente a linha de golo. O 0-2 surgiu na melhor altura para o conjunto de Amorim, dando uma margem mais confortável quando os axadrezados esboçavam uma reacção. De seguida, entrariam também Rúben Vinagre e Bruno Tabata, saindo, Nuno Santos e Pedro Gonçalves. Daqui em diante, o jogo não mais fugiu da garra do Leão, que domaria as panteras negras até final.
Nas bancadas, os Sportinguistas faziam-se ouvir com apoio constante e, em campo, a turma de Alvalade controlava e geria o encontro de forma segura, com mais bola, sempre à espreita do ataque e sem ceder qualquer espaço à formação orientada por Petit. E essa superioridade seria prontamente materializada. A menos de um quarto de hora do fim, Amorim introduziu ainda Feddal – de regresso à competição depois de mais de um mês – e também Daniel Bragança. Saíram Coates e Sarabia, ambos sob muitos aplausos.
Parecia mais perto o terceiro do Sporting CP e chegaria mesmo através da conversão de um pontapé de penálti por Tabata – sofrido pelo próprio. Antes, só a trave tinha impedido o golo a Palhinha, que cabeceou com autoridade na sequência de um canto. O 0-3 colocou um ponto final na história do jogo numa fase em que os Campeões Nacionais jogavam no meio-campo adversário e dominavam a bel-prazer. Bragança, de longe, ainda ameaçou o quarto, mas Bracali esticou-se todo para defender e o marcador não voltou a mexer até ao apito final.
O Sporting CP, agora com 76 pontos, volta assim a reduzir a desvantagem pontual para o FC Porto – agora a seis – e, ao mesmo tempo, aumenta de novo a distância face ao SL Benfica, terceiro classificado, que agora está a oito pontos de distância - há mais nove em disputa até ao fim do campeonato. Agora, segue-se a recepção ao Gil Vicente FC, no Estádio José Alvalade, na próxima jornada, onde o Sporting CP poderá assegurar o segundo lugar no campeonato.
Sporting CP: Antonio Adán, Nuno Santos (Rúben Vinagre 68'), Gonçalo Inácio, Sebastián Coates [C] (Zouhair Feddal 78'), Luís Neto, Ricardo Esgaio, João Palhinha, Matheus Nunes (Manuel Ugarte 57'), Pedro Gonçalves (Bruno Tabata 68'), Marcus Edwards e Pablo Sarabia (Daniel Bragança 78').
Boavista FC vs Sporting CP 31ª Jornada 2022 725533
Rúben Amorim: "Foi uma vitória importante e justa"
19 Mar, 2022
Treinador reagiu à vitória frente ao Vitória SC
Após o apito final em Guimarães, onde o Sporting CP bateu o Vitória SC por 1-3, Rúben Amorim, treinador dos Leões, analisou a partida em conferência de imprensa, salientando a boa exibição verde e branca, apesar da desvantagem inicial.
"Entrámos bem no jogo, com bastante posse, a chegar à linha para cruzar e controlámos as saídas do Vitória SC. Acabámos por sofrer um golo sem que eles o justificassem na altura e, depois, sentimos o golo, mas voltamos a ser a equipa que estávamos a ser. Tivemos oportunidades para fazer o empate e fizemo-lo de penálti antes do intervalo, o que foi muito importante", começou por dizer aos jornalistas presentes na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, continuando.
"Na segunda parte não entrámos tão bem, mas depois tivemos um excelente período em que encostámos o Vitória SC à sua defesa, com boas bolas entrelinhas e a jogar com qualidade. O Pedro Gonçalves ajudou nesse sentido e marcámos o segundo golo. A seguir, podíamos ter tido mais bola e a paragem não nos ajudou. O golo do Marcus [Edwards], que dentro do seu 'sono' tem destes momentos (risos), fechou o jogo. Foi uma vitória justa", resumiu Amorim, antes de elogiar a entrada de Pedro Gonçalves, que teve "um impacto grande", frisou.
"Temos uma ideia daquilo que podemos mudar, mas o jogo é que vai dizendo coisas e nós tentamos acertar nas substituições. Senti que o Slimani estava com alguma falta de energia, mudámos as características e o Pote é muito forte entre linhas e correu bem", considerou.
De seguida, o treinador Leonino abordou as contas do título, reforçando que "é importante estar na luta até ao fim, depois só ganhará um". "Não é fácil que o FC Porto perca pontos, mas a equipa acredita sempre que é possível, porque ainda há muitos em disputa. É uma montanha-russa de emoções, temos essas esperança e no ano passado estávamos nós do outro lado. Parece que estamos a ver quem cai primeiro para mexer com o campeonato, por isso o que temos de fazer é ganhar os nossos jogos para ter esperança", sublinhou Amorim, acrescentando: "Não vale a pena pensar muito nisso, temos de ser melhores e hoje fomos mais completos do que em Moreira de Cónegos e isso deixa-me contente. Foi uma vitória importante e justa".
Questionado sobre os períodos de maior incerteza frente ao Vitória SC, Amorim realçou as melhorias que sente na sua equipa esta época. "Sentia a equipa mais nervosa no ano passado, porque agora a equipa joga melhor, é mais adulta, tem mais controlo, posse e ataca melhor", disse, antes de justificar que Pedro Porro "não estava a cem por cento" e, por isso, não fez parte da ficha de jogo. Em contrapartida, o técnico mostrou-se "muito satisfeito" com a prestação de Ricardo Esgaio. "Foi muito competente a atacar e a defender e o segundo golo passa muito pela temporização que ele fez", elogiou, finalizando: "Não tinha dúvidas de que ia fazer um grande jogo".
Leões vitoriosos no Castelo
19 Mar, 2022
Triunfo com reviravolta em Guimarães (1-3)
Antes da paragem para os compromissos internacionais, a equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal visitou e venceu, este sábado, o Vitória SC por 1-3 no jogo da 27.ª jornada da Liga Portugal.
Apesar de ter começado em desvantagem, a formação verde e branca saiu de Guimarães com os três pontos após um jogo extremamente exigente. Pablo Sarabia fez o 1-1 pouco antes do intervalo e Paulinho, aos 70 minutos, confirmou a reviravolta, que seria ainda selada nos descontos com um golaço de Marcus Edwards. Foi a terceira vitória seguida dos Leões no campeonato.
Apenas sem poder contar com Zouhair Feddal (suspenso), Rúben Amorim, treinador Leonino, fez quatro alterações no onze titular em Guimarães, comparativamente ao escolhido na última jornada, em Moreira de Cónegos: Gonçalo Inácio, Nuno Santos, Ricardo Esgaio e Pablo Sarabia iniciaram a partida, com Luís Neto e Marcus Edwards – enfrentando a sua ex-equipa - a passarem para o banco de suplentes e Feddal e Pedro Porro a saírem da ficha de jogo.
No sempre exigente Estádio D. Afonso Henriques – onde o Vitória SC de Pepa só tinha perdido um dos nove últimos jogos - não se esperava tarefa fácil para os Leões. Pela frente estaria o sexto classificado da Liga e uma equipa motivada pelas vitórias alcançadas nas duas jornadas anteriores.
Ainda antes do pontapé de saída, para assinalar o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial (21 de Março), os dois conjuntos uniram-se para uma foto conjunta no âmbito da campanha "Racismo Não" da Liga, que irá vigorar ao longo da jornada. Além disso, cada jogador apresentou-se em campo também com duas riscas na face – símbolo da igualdade.
Confortáveis com bola e a assumir a iniciativa, os Leões começaram a mandar no encontro desde o apito inicial, alternando entre a paciência a construir e os lançamentos longos em profundidade para as costas da defesa vitoriana. A turma de Alvalade monopolizou a posse de bola nos primeiros dez minutos, porém seria Rochinha, do conjunto local, a protagonizar a oportunidade inaugural, sacudida por Antonio Adán.
Na resposta, Sebastián Coates cabeceou por cima na sequência de um pontapé de canto e o Sporting CP cresceu: Sarabia dispôs de duas boas oportunidades, contudo na primeira atirou à figura de Bruno Varela e na segunda deu um toque a mais na bola. Mais oportuno e eficaz seria, porém, Óscar Estupiñan, que conseguiu rodar à entrada da área, isolando-se para fazer o 1-0 em Guimarães. Galvanizados, os vimaranenses voltaram a ameaçar, mas Adán estava no sítio certo.
A partida subiu de ritmo, no entanto os Leões não se deixaram ficar, alvejando de imediato a baliza adversária, mas o desvio de Islam Slimani, a cruzamento de Nuno Santos, foi travado pelo guardião local. Depois, na sequência de um lance entre Abdul Mumin – viu cartão amarelo - e Paulinho, o treinador Pepa foi expulso quando ainda não estava cumprida a meia hora de jogo. Dentro e fora das quatro linhas, a partida foi aquecendo com o desenrolar dos minutos e das incidências.
Até ao intervalo, a equipa de Rúben Amorim foi intensificando o cerco à área do Vitória SC e seria recompensada, beneficiando de um pontapé de penálti, aos 42 minutos, por mão na bola de Alfa Semedo. Confirmada a infracção pelo VAR, Sarabia assumiu a responsabilidade a atirou a contar para o 1-1 – o seu 14.º golo da época – reanimando os Leões e relançando a discussão para o segundo tempo.
Além do empate, a intensidade seguiu também para os derradeiros 45 minutos, o Vitória SC a somar as primeiras aproximações perigosas no reatamento. A partir do banco, Amorim procurou alterar de imediato a dinâmica no ataque verde e branco ao introduzir Pedro Gonçalves - saiu Slimani - e o impacto foi imediato. Primeiro, Paulinho – que passou para o eixo do ataque – ficou perto de marcar através de um chapéu e, no lance seguinte, só faltou um desvio ao prometedor cruzamento rasteiro de Matheus Nunes.
Já depois dos 60 minutos, o ponta de lança Leonino 'caçou' uma bola perdida na área, mas a 'mancha' de Bruno Varela levou a melhor. Claramente por cima, o Sporting CP empurrava a formação da casa para o seu último terço, criava oportunidades de forma fluída, mas sem eficácia correspondente à superioridade exibida nesta fase.
No entanto, o prémio merecido para os Leões chegou aos 70 minutos e à terceira seria de vez para Paulinho. Assistido por Pedro Gonçalves, o avançado encostou com classe para o 2-1, provocando a festa na bancada Sportinguista. Pouco depois, contudo, a festa arrefeceu rapidamente, e o jogo seria interrompido durante cerca de cinco minutos devido a confrontos nas bancadas, obrigando à intervenção da polícia.
Com a bola a rolar de novo, por força da reviravolta no marcador, inverteram-se também os papéis em campo, com o Vitória SC a procurar reagir, acumulando cruzamentos para a área de Adán, que foi resolvendo com qualidade. Por sua vez, à procura de fechar a partida, o treinador Leonino lançou Luís Neto, João Palhinha e Marcus Edwards para o relvado – mais tarde entrou também Daniel Bragança.
Com nove minutos de compensação pela frente, o emblema vimaranense ainda tentou um último esforço pelo empate, mas sem sucesso. Os três pontos seguiriam para Lisboa, no entanto, não sem que Edwards confirmasse o triunfo verde e branco com um grande momento. Diante da sua ex-equipa, o extremo inglês estreou-se a marcar de Leão ao peito com um grande golo de pé direito, em arco, desde fora da área, fixando o 1-3.
Assim, o Sporting CP atinge os 67 pontos, menos três que o FC Porto, que ainda tem de disputar o seu jogo desta jornada. Após três jogos consecutivos fora, o Sporting CP regressa a Alvalade para enfrentar o FC Paços de Ferreira, mas apenas no dia 3 de Abril, já depois da paragem para as selecções que agora se inicia.
Sporting CP: Antonio Adán [GR], Ricardo Esgaio, Gonçalo Inácio, Sebastián Coates [C], Matheus Reis, Nuno Santos (Luís Neto 85'), Manuel Ugarte (João Palhinha 85'), Matheus Nunes (Daniel Bragança 90+6'), Pablo Sarabia (Marcus Edwards 85'), Paulinho e Islam Slimani (Pedro Gonçalves 54').
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