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Oitavos-de-final da Taça de Portugal
06-03-2016 16:00
Sporting CP
1 - 0
Sp. Braga
Resumo do Jogo

Pavilhão Multiusos de Odivelas

Árbitros: Rúben Guerreiro (Algarve) e José Silveira (Angra do Heroísmo)

Ao intervalo: 0-0

SPORTING: Marcão, João Matos, Fábio Lima, Diogo e Cavinato. Jogaram ainda: Pedro Cary, Merlim, Fortino, Caio Japa e Djô

Treinador: Nuno Dias

Golos: Fortino (38’)

Acção disciplinar: cartão amarelo a Cavinato (22’) e Fortino (27’)

Sp. Braga/AAUM: Vítor Hugo, Tiago Brito, André Machado, André Coelho e Paulinho Roxo. Jogaram ainda: Nilson, André Gomes, Miguel Almeida e Marinho

Treinador: Paulo Tavares

Golos: -

Acção disciplinar: cartão amarelo a André Machado (16’) e Tiago Brito (28’)

Crónica de Jogo

Os pressupostos não fariam esperar outra coisa: jogo a eliminar, duas equipas que se conhecem bem e dois treinadores que trabalharam juntos no CSKA de Moscovo (Paulo Tavares como técnico principal, Nuno Dias como adjunto). Sim, não se esperava outra coisa que não um jogo pejado de estratégia, com as duas equipas a não arriscar demais. Em especial o Sp. Braga/AAUM, que entrou em campo com linhas muito baixas, razão pela qual, provavelmente, Marcão subiu tantas vezes no terreno em busca do desequilíbrio ofensivo e de abrir um ‘buraquinho’ na muralha defensiva minhota. E a estratégia ‘leonina’ foi colhendo frutos. Beneficiando de uma entrada forte do Sporting, com boa troca e muita posse de bola, Cavinato, protagonizou duas boas oportunidades a abrir, uma delas no 1x1 com Vítor Hugo, e logo depois foi Merlim que pôs a defensiva bracarense em polvorosa com duas iniciativas individuais – primeiro fazendo gato-sapato de André Gomes à entrada da área e depois numa jogada pela esquerda que culminou com um centro venenoso desviado à justa pela defesa minhota.

Ainda com a equipa bracarense a refazer-se dos estragos de Merlim, Pedro Cary ficou em situação privilegiada para marcar na sequência de um canto e aí Paulo Tavares disse ‘basta’, pedindo o tempo técnico para tentar travar a avalanche ‘leonina’ – que só não fez mais estragos porque foi esbarrando na organização defensiva dos visitantes, secundados por um Vítor Hugo inspirado entre os postes. Mas a pausa técnica teve, provavelmente, apenas um efeito prático: permitir que, durante um minuto, os comandados de Paulo Tavares recuperassem o fôlego. Porque no resto – ou seja, no domínio do Clube de Alvalade –, mantinha-se tudo na mesma. Seria preciso esperar pelo minuto 9’ para ver uma ocasião de golo digna desse nome por parte do Sp. Braga/AAUM: numa transição rápida, André Coelho chegou ao 1x1 com Marcão, mas o guarda-redes brasileiro dos ‘leões’ fez uma grande defesa – já depois de, numa boa jogada colectiva do Sporting, em que Fortino esteve exímio no papel de pivot, Caio ter disparado forte por cima. Ainda antes do intervalo, Cavinato fez o mais difícil e falhou ao segundo poste a diagonal de João Matos e Merlim protagonizou mais uma jogada perigosa tirada em cima da linha pela defensiva bracarense. 

No reatamento, o domínio ‘leonino’ mantinha-se, mas adensava-se o nó em torno da falta de concretização desse mesmo ascendente. Vamos a (mais) exemplos práticos: aos 3’, Diogo serviu Fábio Lima no momento certo, mas o remate do internacional português esbarrou, novamente, em Vítor Hugo; um minuto passado e foi Fortino a provocar mais uma grande defesa ao guardião visitante; pouco depois, Caio atirou ao poste e, na recarga, Diogo obrigou Vítor Hugo a uma defesa impossível. O nome do guardião dos minhotos esteve ainda ligado a mais uma ocasião de golo ‘leonina’: Diogo ganhou espaço na ala esquerda com o desequilíbrio provocado por mais uma subida de Marcão e rematou para defesa do inevitável guarda-redes. No ressalto desse lance, João Matos chutou de longe e Merlim recebeu isolado ao segundo poste, mas fez o impensável, adiando o golo ‘verde e branco’. 

A dez minutos do final, Paulo Tavares lançou André Machado como guarda-redes avançado, procurando reter a bola e abrandar o ritmo de jogo – o esgotamento físico dos jogadores minhotos começava a ser visível – mas foi uma vez mais o Sporting a criar perigo com uma situação de 3x2 que nasceu numa recuperação de Fortino que, na conclusão, atirou ao lado. Começavam os adeptos a pensar no prolongamento quando, a dois minutos do final, o nó se desfez numa reposição lateral de Merlim concretizada eximiamente por Fortino, a sair com habilidade da marcação para o 1-0. Era a justiça a abraçar o marcador e o leão a ser o vencedor de um jogo de gato e rato.