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15.ª jornada do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão
10-02-2016 21:00
Sporting
4 - 3
HC Braga
Resumo do Jogo

Pavilhão do SC Torres, em Torres Vedras

Árbitros: Luís Peixoto e João Duarte (Lisboa)

Ao intervalo: 2-2

SPORTING: Ângelo Girão, Tuco, André Centeno (1), João Pinto e Luís Viana (2). Jogaram ainda: Cacau, Poka (1), Tiago Losna e Ricardo Figueira

Treinador: Nuno Lopes

Exclusões: Tuco (cartão vermelho) e André Centeno

HC Braga: Diogo Almeida, Rodrigo Sousa, Márcio Rodrigues, Rúben Sousa (1) e Ângelo Fernandes. Jogaram ainda: J. Campos (1), Bekas, G. Meira e Tiago Jorge

Treinador: Vítor Silva

Exclusões: Ricardo Sousa, Rúben Sousa e Tiago Jorge (cartão vermelho)

Crónica de Jogo

Se há aspecto que define a equipa de hóquei em patins do Sporting é o seu coração. Grande, palpitante, capaz de apaixonar qualquer adepto pela entrega e atitude. No entanto, e por mais amor que daí resulte, há sempre aqueles pormenores que tendem a mexer com essa ligação e foi isso que afastou os ‘leões’ da série de nove vitórias consecutivas frente ao rival Benfica, num dia onde o dar tudo de pouco ou nada valeu. O ‘derby’ não foi como o da Supertaça nem como o da primeira volta, na Luz. E podia ter caído para qualquer um dos conjuntos. No final, foi para o lado dos ‘encarnados’. Mas isso não deve em nada fazer cair o conjunto ‘verde e branco’.

Pormenor um: a capacidade de adaptação às circunstâncias. Com os visitantes muito queixosos em relação ao estado do piso, por vezes mais preocupados em andar de volta dos árbitros a fazer queixinhas do que propriamente em procurar jogar (como fez uma grande equipa que já passou este ano pelo Livramento, o Barcelona), cedo se percebeu que era mais penalizador para o Sporting a ausência por castigo de Tuco do que propriamente a menor condição física de João Rodrigues (não saiu do banco ao longo de toda a partida). Por isso, os ‘leões’ iam tentando prolongar os tempos ofensivos na meia pista do rival, apostando na meia-distância para superar a bem organizada defesa contrária, ao passo que os ‘encarnados’, jogando mais rápido e utilizando linhas de pressão mais subidas, tentavam atacar em menor tempo a baliza de Girão. Ainda assim, e nos primeiros dez minutos, o equilíbrio e as oportunidades repartiram-se.

Pormenor dois: marcar primeiro. No seguimento de uma jogada tipo do ataque dos comandados de Pedro Nunes, com um avançado a rolar por trás da baliza e a deixar a bola para o companheiro ao primeiro poste, contrariando o movimento normal do guarda-redes, Jordi Adroher aproveitou uma insistência na área para fazer o golo inaugural à passagem dos 11 minutos. O tento não abalou a formação ‘leonina’ mas mexeu com a abordagem ao jogo, algo que se adensou na sequência do 2-0, por Diogo Rafael, no seguimento de um livre descaído sobre o lado esquerdo (22’). O Sporting ainda tentou marcar antes do intervalo mas sem sucesso.

Pormenor três: o reentrar no resultado e as bolas paradas. Os ‘leões’ acabaram por partir o jogo no arranque da segunda parte, por estratégia e pelo próprio contexto da partida. Aqui, Trabal e Girão estiveram irrepreensíveis, com maior volume de trabalho para o visitante, incluindo uma bola que, no mínimo, gerou muitas dúvidas se ultrapassou ou não a linha. Num jogo com poucas faltas, as bolas paradas seriam determinantes e, já depois de duas boas oportunidades, Luís Viana falhou um ‘penalty’ (34’), algo que sucedeu também a Marc Torra dois minutos depois. O golo parecia uma questão de tempo e, já depois de um míssil à trave de Zorro, Cacau conseguiu reduzir para 2-1 a sete minutos do final, com um remate sem hipóteses já na área. Com o Livramento a ferver, o Sporting tinha descoberto o caminho para pontuar mas, em paralelo, sabia que abrir demasiado o jogo poderia ser o equivalente a ‘morrer na praia’. Por isso, Nuno Lopes procurou equilibrar a equipa, voltando a chamar à pista André Centeno e João Pinto antes de entrar no ‘tudo por tudo’. No entanto, foi nessa fronteira que... tudo acabou: no seguimento de uma saída rápida com superioridade, Adroher bateu Girão com um toque de classe descaído sobre a esquerda e ‘matou’ a partida a três minutos do fim.

O Sporting, única equipa nacional que venceu este ano o Benfica e que, com isso, conquistou o primeiro troféu da temporada, voltou a perder o ‘derby’ no Campeonato, quebrando uma série de nove vitórias consecutivas. No entanto, os objectivos da época permanecem intactos, até atentando nas muitas surpresas que têm acontecido na prova (desta vez foi o FC Porto a perder na deslocação a Turquel, já depois da derrota caseira do OC Barcelos com a Sanjoanense). E no domingo há novo jogo fundamental, com os ‘leões’ a viajarem até ao Minho para defrontarem o actual terceiro classificado depois de terem ganho, na passada quarta-feira, ao HC Braga. E aí, retomando o início deste texto, o conjunto ‘verde e branco’ teve o coração suficiente para dar a volta a duas desvantagens no resultado e, numa partida atípica com muitos cartões e grandes penalidades, arrancar três pontos importantes na corrida aos lugares cimeiros da tabela.