Técnico reagiu ao empate com o Bologna FC 1909

No final do empate (1-1) da equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal na recepção ao Bologna FC 1909, que significou o apuramento para o play-off de acesso aos oitavos-de-final da UEFA Champions League, Rui Borges marcou presença na conferência de imprensa para analisar o desafio.

No Auditório Artur Agostinho, o treinador verde e branco começou por demonstrar a satisfação por seguir em frente na prova.

"Acima de tudo, para o Clube representa muito pela grandeza e pelo que representa a UEFA Champions League, ainda para mais no primeiro ano com este formato. Feliz pelo objectivo colectivo, mas apenas e só isso. Agora é focar no campeonato e no próximo jogo", disse aos jornalistas, falando depois do desafio com os italianos.

"Jogo difícil, já sabíamos disso. Mais do que ser bem jogado ou não, sabíamos que ia ser um jogo de duelos, intenso e de mobilidade. O receio estava na parte física e tínhamos de ter capacidade técnica. A estratégia era ter o Simões e o Quenda para a segunda parte independentemente do resultado e acabou por funcionar. Fomos pouco proactivos na primeira parte e falámos disso ao intervalo. Estivemos bem em termos tácticos, mas faltava empurrar o Bologna FC 1909 mais para trás. A segunda parte foi mais nesse sentido, mais dinâmica e conseguimos igualar", referiu.

Recusando a ideia de que o encontro foi menos conseguido por parte dos Leões, o treinador Sportinguista lembrou que foi cumprido o objectivo: "Podíamos ter causado mais situações de finalização, mas não fomos capazes. O Bologna FC 1909 foi feliz num lance de bola parada, mas não foi por aí [que foi um jogo menos conseguido]".

Sobre a questão física do plantel, Rui Borges admitiu que tem "muitos jogadores que não estão a 100% e em jogos como o de hoje fica difícil igualar" o adversário. "Hoje conseguimos à nossa maneira. Estou feliz pelo que a equipa tem dado. Tem sido difícil gerir porque precisamos de todos bem, mas temos de estar preparados. Sou muito positivo, agarro-me a quem está disponível e quem está disponível vai dar uma boa resposta", referiu, continuando.

"Os jogos acumulados não me preocupam, mas claro que queríamos ter mais tempo para treinarmos e estarmos melhor. No entanto, quando vim para o Sporting CP já sabia que não o ia ter porque estamos na UEFA Champions League. Os jogadores têm sido fantásticos e têm dado uma resposta soberba. Tenho a sorte de ter jogadores muito inteligentes que vão tentando fazer algumas coisas mesmo sem treinar tanto quanto desejávamos", acrescentou.

Reforçando que o foco "tem de estar no SC Farense, uma equipa que precisa de pontos e que vai dificultar a vida ao Sporting CP com um bloco médio-baixo" no encontro de domingo, Rui Borges falou ainda sobre João Simões, que entrou no segundo tempo e fez a assistência para o golo de Conrad Harder.

"Tem uma maturidade acima da média. Vai ter um futuro risonho. Tem uma paixão que faz falta a um colectivo, como o Pedro Gonçalves ou o Nuno Santos. Esses jogadores são precisos e, de forma diferente, o João Simões também tem essa paixão. Com 18 anos, é um líder e é muito comunicativo, atento e trabalhador. Está sempre pronto para ajudar", garantiu.

Por fim, o técnico revelou esperar e acreditar que a lesão de Zeno Debast, que saiu no início da segunda metade, "não seja nada de grave".