Matheus Reis e os 200 jogos com a listada verde e branca
15 maio, 2025
"São muitos jogos, muitas batalhas e títulos que me dão a sensação de dever cumprido"
Matheus Reis chegou aos 200 jogos com a camisola do Sporting Clube de Portugal no jogo do passado sábado frente ao SL Benfica. Por ocasião deste número redondo, o defesa brasileiro falou aos meios de comunicação do Clube e deu conta da satisfação por chegar a esta marca, mas não só.
200 jogos de Leão ao peito
“É uma marca muito importante. Lembro-me perfeitamente, como se tivesse sido ontem, da minha apresentação e da minha chegada aqui. Não imaginava que chegasse a esta marca em tão pouco tempo, com uma média de 50 jogos por temporada. São muitos jogos, muitas emoções, muitas batalhas e títulos que me dão a sensação de dever cumprido”.
Ser o segundo jogador do plantel com mais jogos no Sporting CP
“Sinto-me muito feliz por isso. Cada jogo é único e dá o mesmo ‘friozinho’ na barriga, mas a responsabilidade é cada vez maior pela experiência e pela antiguidade no Clube”.
Responsabilidade de ser dos mais experientes
“O que tento fazer é passar para os mais novos – como o Biel, por exemplo, que chegou agora – a grandeza do Sporting CP. A minha responsabilidade passa pelo dia-a-dia, pelo trabalho, por não deixar a bola cair e saber que todos os jogos são para ganhar”.
Ficar para sempre na história do Clube
“É mesmo isso que eu quero, deixando uma marca de trabalho, dedicação e de nunca desistir. Ainda assim, vejo tudo isto como sendo o início e quero mais. Tenho essa fome, de querer e de conquistar cada vez mais”.
Significado do Sporting CP
“Tudo, tudo. Até digo à minha pessoa, que o Sporting CP é como uma extensão da nossa família. O Sporting CP está no centro de tudo, até para o meu filho que sabe as músicas todas e lá em casa que é tudo verde. Estamos muito felizes aqui e esperamos ficar aqui por muito tempo”.
Ambiente familiar
“Todos os que chegam aqui dizem que este clube é diferente. O Sporting CP respeita e une as nossas famílias, faz coisas a pensar nas nossas famílias e nos nossos filhos. Em campo vê-se a união que temos, mas vai muito além daí. A nossa união é diária e acontece dentro e fora do clube”.
Memórias de verde e branco
“Muitas, muitas, que vão ficar guardadas para sempre. Por isso, vou ser sempre um adepto ferrenho do Sporting CP, tanto eu como a minha família, e ainda há muitas mais coisas para viver”.
Braçadeira de capitão
“Foi demais quando tive essa oportunidade. Quando o míster me disse que, na ausência dos capitães, eu ia envergar a braçadeira passou-me muita coisa pela cabeça. Quando se chega a um clube assim, aquilo que queremos é alcançar coisas grandes, mas nunca imaginamos que podemos ser capitães ou somar 200 jogos. É uma realização e uma sensação de querer ainda mais, de continuar a escrever o meu nome na história do Sporting CP”.
Estreia de Leão ao peito
“Foi em casa do Gil Vicente FC, nós a perder e um jogo com muita chuva. Tive a oportunidade de entrar, depois de duas semanas de trabalho, se não me engano, depois de seis meses parado. O míster Ruben Amorim disse-me que me ia dar um tempo de adaptação e fui para o jogo, mas não esperava entrar. Estava preparado, não imaginava que ia entrar, mas entrei e, felizmente, conseguimos virar o resultado. Por isso, não poderia ter começado melhor e esse jogo até acabou por ser marcante para todos”.
Jogo mais especial até ao momento
“Foi contra o SL Benfica na final da Taça da Liga, que vencemos. Foi especial. Consegui fazer um bom jogo, também estivemos a perder e demos a volta. Ainda assim, acho que todos os jogos que dão títulos são sempre especiais, como aquele frente ao Boavista FC, que nos deu o campeonato 19 anos depois, ou, por exemplo, aquele frente ao SC Braga também na Taça da Liga. Tirando esses dos títulos, o jogo contra o SL Benfica na época passada também foi especial, festejámos muito no 2-1 porque sabíamos que era um passo importante para a conquista do título. Esta temporada frente ao Gil Vicente FC, com o golo do Quaresma a terminar, também foi incrível. Todos nós a festejar juntos, o que demonstra bem a união que nós temos”.
Golo para mais tarde recordar
“Acho que foi o que marquei frente ao SC Braga, depois de receber a bola do Pote [Pedro Gonçalves], em que lhe dei aquela ‘chapada’. Foi um golo muito bonito numa vitória muito importante”.
Jogar na Liga dos Campeões
“É incrível. Lembro-me que o meu primeiro jogo – e desta geração de jogadores – foi frente ao AFC Ajax, em que perdemos por 1-5, foi pesado para todos e depois fomos a Dortmund, mas, apesar da derrota, jogámos com outra atitude e o chip mudou. Sentimos que tínhamos capacidade e a seguir fizemos duas vitórias importantes contra o Besiktas e qualificámo-nos frente ao Borussia Dortmund em casa. A partir daí, fizemos boas campanhas e o objectivo passa sempre por fazer melhor”.
A paixão dos adeptos
“Os nossos adeptos jogam connosco, estão sempre a apoiar-nos e a empurrar-nos. Tenho muitos amigos Sportinguistas e sinto bem o amor deles, fazem os filhos Sócios mal nascem e acho isso incrível. É um amor que vai passando mesmo de geração em geração. Sempre que entro em campo, é lindo ver o estádio cheio de adeptos, assim como receber o carinho deles no dia-a-dia. São a nossa força e nós queremos sempre fazer história por nós e também por eles. Eles apoiam-nos em todos os lugares, são uma força a mais e fazem-nos jogar sempre em casa”.
O que ainda o surpreende no Clube
“Muita coisa. O ambiente, independentemente dos resultados por exemplo. Mantemos sempre a mesma fé, acreditamos sempre, não deixamos entrar pressão negativa, nem tão pouco nos empolgamos muito com as vitórias e com isso mantemos sempre o nível de trabalho e exigência que este clube merece. O empenho de todos os funcionários, que se dedicam para que todas as conquistas sejam possíveis. Podem pensar que as vitórias só acontecem em campo, mas há todo um contexto por trás para chegarmos aos jogos e só termos de os vencer. Os adeptos, a paixão e o amor deles pelo clube”.
Próximas metas a atingir
“Ir sempre em busca de mais. É isso que o Sporting CP merece e que tem de ser a mentalidade dos jogadores que vêm para cá. Vencer, vencer e conquistar títulos é isso que temos de procurar e que o Clube merece”.
Mensagem aos Sportinguistas
“Continuamos a precisar deles. Precisamos que continuem a acreditar, a estar connosco e a passar a energia de sempre para finalizarmos esta época. Agradeço-lhos a força que nos têm dado e, como disse, vamos em busca de mais”.