Sporting CP defronta esta quarta-feira o SL Benfica na final da Supertaça

Motivação e, claro, muita vontade de vencer. São estes os ingredientes, somados à muita qualidade, que a equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal se predispõe a apresentar em campo na final da Supertaça, esta quarta-feira (19h45, Estádio Municipal de Aveiro), no dérbi frente ao SL Benfica. As palavras da treinadora Mariana Cabral retratam o espírito de conquista das Leoas para um sempre desejado dérbi.

“Quando se disputa uma final é sempre uma boa semana de trabalho porque há essa competitividade inerente a toda a gente. Sabendo que estamos num clube tão grande, sempre que é uma semana de disputar troféus estamos todas muito motivadas e muito activas para querer conquistar esse troféu”, referiu a técnica à comunicação social na antevisão ao jogo da final da Supertaça frente ao SL Benfica.

Mariana Cabral não vê favoritismos no dérbi que decide o primeiro troféu da temporada e em que a componente emocional também joga papel muito importante. “Uma final tem sempre esse lado de divisãol de 50/50. Acho que no início de época é difícil, porque nesta fase da época nem Sporting CP, nem SL Benfica estão na máxima força. Ainda estamos a começar a época, ainda vamos ver estas equipas e estas jogadoras, mais para a frente, com um nível competitivo maior. Acho que será um jogo muito dividido sendo uma final, que é sempre tão emocionante. É preciso controlar o factor emocional, não é só a questão física, nem táctica. É sempre um jogo muito dividido e para os adeptos, bastante interessante, seguramente”, prenunciou. 

Promover o espectáculo é propósito da treinadora, que fez um reparo ao dia e hora do jogo, no sentido de no futuro tentar atrair cada vez mais gente aos estádios. “Tenho pena e acho que o dia da final [quarta-feira] é uma oportunidade perdida. Acho que não é um bom dia, acho que não faz muito sentido a calendarização pela forma como aconteceu o Mundial de futebol feminino, a prestação positiva da selecção, poderíamos potenciar um pouco mais o futebol feminino pelo dia, pelo local em que vamos jogar. A questão dos jogos [SL Benfica tem mais jogos realizados na pré-época do que o Sporting CP] não influenciará”, perspectivou.

Aproveitar os pontos mais fortes do Sporting CP e explorar os menos fortes do adversário, mas também tentar ser cirúrgico nos momentos do jogo são receitas idealizadas pela treinadora para tentar pôr em campo no dérbi: “Estamos numa nova época, jogadoras novas do nosso lado, do lado do SL Benfica também. Sensações novas, formas de jogar novas e momentos diferentes. É um pouco a questão de, dentro do próprio jogo, gerir os momentos do jogo, que não são sempre os mesmos e perceber o que temos de fazer em determinadas alturas, tentando competir dentro daquilo que são os nossos pontos fortes e os menos fortes do SL Benfica, que tem uma grande equipa. Nós também temos, há grandes jogadoras dos dois lados e será um jogo muito competitivo e muito bom para assistir”.

Para terminar, Mariana Cabral deixou um apelo ao público marcar presença. “Tem-se falado muito de futebol feminino e espero que quem esteja perto de Aveiro possa assistir ao jogo. Vão, para perceberem que o futebol feminino tem muito valor. Vale a pena ver”, rematou.

A capitã Ana Borges fez, também, a antevisão ao dérbi. Ambição e vontade é o que não falta às Leoas. “Mais motivadas não se pode estar quando se trata de uma final. A última Supertaça que conquistámos foi em 2021, queremos conquistar este ano, tendo a plena consciência que é um jogo difícil. Queremos muito, mas temos de o demonstrar em campo, não vale a pena estar aqui a dizer que queremos e chegar lá [Aveiro] e não demonstrarmos”, começou por referir.

Ana Borges recusa a ideia de que o maior número de jogos do SL Benfica no início de temporada do que o Sporting CP seja factor que faça pesar os pratos da balança mais para um lado do que para o outro. “Não acredito. É um jogo, é um dérbi, é uma final. No Mundial também jogávamos de três em três dias e não era por aí que as pernas estavam mais cansadas. O SL Benfica quer muito, nós queremos muito, elas têm mais rotinas de jogos, mas na quarta-feira é uma final, na qual duas equipas vão querer conquistar o título e não vão pensar no que está para trás, ou no quem vem a seguir”, explanou.

Ana Borges confia que o Sporting CP vai continuar muito competitivo pela qualidade que já existia no plantel, adicionada agora por novas jogadoras para o plantel Leonino. “Contratámos muito boas jogadoras que acrescentam [qualidade] ao nosso plantel. Ainda não temos assim tantos jogos para se entrosarem na equipa, mas vão ajudar-nos muito ao longo da época. Não acredito que estejamos mais fracas do que nos últimos anos, sempre demos luta, tirando o ano passado nos jogos da Taça de Portugal frente ao SL Benfica, que nos mandaram um pouco abaixo. Na época passada fomos a única equipa que conseguiu fazer frente ao SL Benfica, este ano esperamos dar mais luta e, se possível, conquistar já este título”, desejou.