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Foto Victor Sousa/Kapta+

Lugar na final decide-se em ‘negra’ no Pavilhão João Rocha

Por Sporting CP
07 Jun, 2025

Clássico dramático sorriu ao FC Porto nos penáltis (5-5 a.p. e 2-1 g.p)

No quarto jogo das meias-finais dos play-offs do Campeonato Nacional, a equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal perdeu, este sábado, na visita ao FC Porto por 2-1 no desempate por penáltis, após o 5-5 no final do prolongamento, o que obriga a um quinto e último clássico no Pavilhão João Rocha para decidir a passagem à final.

Foram quase três horas de hóquei em patins e muita emotividade. No tempo regulamentar, os Leões de Edo Bosch estiveram praticamente sempre a ganhar e com o 'passaporte' na mão até que a cinco minutos da buzina, com 2-4 no marcador, viram os dragões forçar o prolongamento (4-4) e, a seguir, chegar pela primeira vez à vantagem (5-4). Aí foi a vez de o Sporting CP ser o protagonista de uma heroicidade com um golo a oito segundos do fim que levou o clássico para os penáltis, onde, no entanto, o FC Porto foi mais eficaz e adiou a decisão.

Com Ângelo Girão, Alessandro Verona, Gonzalo Romero, Rafa Bessa e Toni Pérez de início do lado verde e branco, intensidade - desde o início - voltou a ser a palavra de ordem e os Leões não só entraram mais perigosos como foram justamente os primeiros a marcar. Aos seis minutos, numa jogada de muita insistência e mérito, Rafa Bessa assinou o 0-1, mas o arranque do Sporting CP ainda melhorou a seguir.

Três minutos depois, um passe vertical de Verona - de primeira – encontrou Roc Pujadas sozinho na cara de Xavi Malián e o reforço catalão dos Leões foi lesto e certeiro a finalizar para um madrugador 0-2 no Dragão Arena. Aliás, uma vantagem que só não voltou a aumentar de imediato porque os ferros negaram o golo a Verona e ‘Nolito’ em bolas paradas e, além disso, o Sporting CP não conseguiu capitalizar os dois momentos consequentes de power play – inferioridade numérica momentânea dos dragões.

O FC Porto, por sua vez, não vacilou quando a oportunidade surgiu. De repente, um cartão azul a Toni Pérez inverteu os papéis e os azuis e brancos, sim, souberam aproveitar o facto de jogar com mais um jogador em pista e reduziram a distância no marcador através de uma stickada cruzada de Carlo Di Benedetto a sete (intermináveis) minutos do intervalo.

Até ao fim da primeira parte, os nervos inerentes ao que estava em jogo acabaram por tomar conta do clássico que ficou mais descontrolado e ‘quente’ em cada disputa, o que multiplicou as paragens – o Sporting CP chegou às nove faltas. Apesar disso e dos sucessivos ‘vaivéns’ para ambas as balizas, o 1-2 seguiu intacto para os segundos 25 minutos - embora apenas por mais cinco minutos.

Já na segunda parte, que começou com mais FC Porto, os Leões tiveram de resistir desde o reinício, mas depois de terem valido o poste e Girão na baliza e, ainda, de Gonçalo Alves ter desperdiçado a décima falta Sportinguista, um cartão azul a Rafa Bessa deu uma segunda oportunidade ao 77 dos dragões, que desta feita não vacilou e empatou o clássico.

Contudo, quando mais se precisava, abriu-se uma ocasião de bola parada - azul a Ezequiel Mena - para o lado verde e branco e João Souto também não desperdiçou, trocando as voltas com classe a Xavi Malián para relançar os Leões na dianteira do marcador cinco minutos depois. E foi o melhor tónico, porque pouco depois uma transição conduzida na perfeição por Verona bastou para que Toni Pérez, de primeira, assinasse um 2-4 valioso, mas não determinante.

Retomadas as ‘rédeas’ do clássico, o Sporting CP voltou a dispor de uma bola parada e novo power play – azul ao guardião Xavi Malián – recheado de situações de golo, mas tal como acontecera na primeira parte voltou a não conseguir colocar três golos de diferença no marcador. Não se ‘matou’ aqui o jogo e o FC Porto ressuscitou nos últimos cinco minutos para mudar o clássico por completo.

Então, Gonçalo Alves converteu com sucesso a 15.ª falta verde e branca e, logo de seguida - com alguma felicidade à mistura - voltou a bater Girão e, num ‘abrir e fechar de olhos’, deixou tudo empatado no Dragão Arena (4-4), forçando o prolongamento depois de duas horas de um já atribulado e tenso duelo.

E tudo piorou para os comandados de Edo Bosch a um minuto e meio do fim da primeira parte do prolongamento, quando Carlo Di Benedetto fez o 5-4 e colocou os dragões pela primeira vez em vantagem.

O Sporting CP, ainda assim, foi à procura do tudo por tudo na segunda parte e nada parecia resultar – nem uma nova bola parada, nem uma superioridade numérica de 5v3 em pista (sem guarda-redes) – até que a felicidade merecida chegou a oito (!) segundos do fim. De forma dramática, Verona encheu-se de fé e stickou em força para o 5-5 que levou a decisão deste embate até à última instância: os penáltis.

Também aqui foi o Sporting CP a começar por cima, com Rafa Bessa a marcar depois de Hélder Nunes e Edu Lamas terem falhado para o FC Porto, tal como Verona para os Leões. No entanto, a seguir, Gonçalo Alves marcou, enquanto Romero falhou e tudo ficou empatado. E assim se manteve após Di Benedetto, Toni Pérez, Telmo Pinto e João Souto também não terem tido sucesso – o último até podia ter dado a vitória ao Sporting CP.

Teve de se resolver tudo na ‘morte súbita’, onde Gonçalo Alves voltou a fazer a diferença ao marcar e, na resposta, ‘Nolito’ não o conseguiu. Sorriu a equipa da casa, que conseguiu resgatar a vitória que vale um quinto e último embate por um lugar na final. Posto isto, na terça-feira (15h00) todos os caminhos vão dar ao Pavilhão João Rocha, palco da decisão desta meia-final.

Sporting CP: Ângelo Girão [GR] [C], João Pina, Rafa Bessa, Alessandro Verona, Roc Pujadas, João Souto, Toni Pérez, Henrique Magalhães, Gonzalo Romero, Zé Diogo [GR]