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Triplete

Por Juvenal Carvalho
06 Jun, 2024

"Eu não sou o responsável. Sou apenas mais um, de um grupo fabuloso, em que tenho o privilégio de estar presente".

Esta poderia ser uma daquelas frases míticas e imemoriais ditas pelo sempiterno Francisco Stromp. Mas não, foi de Ricardo Costa, o treinador obreiro do primeiro triplete da história do nosso andebol.

E são o comprovativo de que ninguém ganha por acaso. São mesmo o exemplo inacabado, de uma humildade de quem tem classe e de quem é um líder de excelência.

Falar desta época apoteótica do Sporting Clube de Portugal é falar de algo que foi pensado e planeado ao pormenor. Rigor, conhecimento e espírito de grupo foram as máximas deste grupo de trabalho. 

Que desde o início nos fez começar a sentir algo no ar, que tinha tudo para ser mágico... e foi. Primeiro, a Supertaça, depois, o Campeonato Nacional e agora, no passado domingo, a 18.ª Taça de Portugal do nosso historial. Também nas competições europeias a prestação foi brilhante. 

A história do andebol do nosso Clube, feita ao longo dos anos por grandes nomes da modalidade, é de excelência. Envergaram o símbolo do Leão ao peito tantas referências da modalidade. Enumerar todos é impossível, por tantos serem. Mas seguramente que todos eles, ao assistirem no domingo a este feito histórico da modalidade ficaram arrebatados com tanta qualidade desta equipa. Que ao contrário de quem dizia ser totalmente dependente dos estratosféricos − é inequívoco, Martim Costa e Kiko Costa, a grande verdade é que a equipa foi mesmo um todo. Que mesmo quando as coisas estavam complicadas, souberam dar a volta a tudo. Uma época para recordar e que jamais a esqueceremos. Nela, por justiça, fica uma palavra de grande gratidão para toda a estrutura, onde além dos jogadores, da equipa técnica, médica e restante staff, têm que ser lembrados igualmente os nomes de Carlos Carneiro, o coordenador do andebol, de Miguel Afonso, vogal do Conselho Directivo com a pasta das modalidades, e de José Carlos Reis, que é o director técnico das modalidades. Também eles determinantes. Também eles ficam incontornavelmente no belo retrato desta época.

2023/2024 jamais se poderá apagar da nossa História. Uma derrota apenas nas competições nacionais. Um verdadeiro passear de classe. No domingo, quando o capitão Salvador Salvador ergueu o troféu e ficou consumado o triplete, olhei para o ecrã televisivo e pensei: está em embrião algo mágico. Sonhar com a hegemonia nos próximos anos é perfeitamente possível. 

O tempo é de preparar a próxima época. O futuro é de esperança na continuidade das conquistas. Pessoalmente, sem qualquer arrogância, mas sustentado em factos, acredito que a palavra ganhar se irá tornar um hábito recorrente do nosso vocabulário. 

Parabéns ao andebol. Parabéns ao Sporting Clube de Portugal.

Mas além do andebol, o passado fim-de-semana foi todo ele pincelado sob o signo do Leão. O hóquei em patins igualou a eliminatória ante o FC Porto, na meia-final do play-off do título, continuando a acreditar na conquista de mais, para somar à Liga dos Campeões; o futsal sénior garantiu a presença na final do play-off, enquanto os sub-19 se sagraram Bicampeões Nacionais; o ténis de mesa carimbou o passaporte para a final do campeonato e também almeja o triplete e o basquetebol feminino sagrou-se Campeão Nacional da CN2 – 2.ª divisão feminina, em ano de regresso. 

Ganhar, ou ganhar...eis o Sporting CP!