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Madrugada épica em San Juan

Por Juvenal Carvalho
09 Out, 2025

Fico decididamente incomodado, termo ligeiro – sei que todos os que amam o símbolo do Leão rampante também – quando as coisas, independentemente da modalidade que for, não correm bem ao Sporting Clube de Portugal.

E, desde a saída da última edição até à que hoje está nas vossas mãos ou através da edição digital, as coisas não correram bem, não há como desmentir, à nossa equipa mais representativa do futebol sénior. 

Em Nápoles esteve um Leão fantástico, sei que não existem vitórias morais, mas que saiu derrotado do Estádio Diego Armando Maradona, em Nápoles. Depois, na noite do passado domingo, quando no nosso Estádio, numa exibição menos positiva, nem nos piores sonhos esperaríamos que o empate do SC Braga ao cair do pano (90+6') fosse possível. Mas a realidade é que, infelizmente e, repito, a exibição não foi brilhante, aconteceu igual à época anterior – o que para os mais supersticiosos até poderá ter sido visto como algo positivo – os bracarenses conseguiram marcar através de grande penalidade e impedir a nossa vitória, que estava mais do que anunciada.

Não correu bem, é factual. No desporto nada é um dado adquirido. Com oito jogos efectuados na Liga, estamos em segundo lugar a apenas três pontos do líder FC Porto. Gostaríamos todos que estivéssemos melhor. É uma realidade factual e indesmentível. Mas ainda irá correr muita água por debaixo das pontes e a vida continua. Agora o tempo é de paragem para as selecções e o regresso  será em Paços de Ferreira, no próximo dia 18, para a Taça de Portugal com o objetivo de repetir o êxito da época passada nesta competição.

Mas o passado fim-de-semana não acabaria sem que chegasse uma conquista épica. Fui daqueles que, eram 02h29 da madrugada de segunda-feira, em frente ao televisor a sofrer desumanamente – não, não é exagero algum este meu estado de espírito, viu o Sporting Clube de Portugal ser Campeão do Mundo de Clubes de hóquei em patins. O único troféu que faltava a esta modalidade no nosso Museu. Agora está lá tudo. Portugal, a Europa e também o Mundo. Com garra, carradas de classe e com toneladas de crença e de determinação, foi possível vencer o gigante FC Barcelona, uma potência incrível desta modalidade, como de tantas outras. Mas estava destinado que iriam soçobrar e que a festa seria do Leão. Que seria o "rei Leão" Nolito Romero a levantar o troféu. Que o Leão se confirmaria como o mais ganhador do desporto português a nível global. Mas enquanto festejava, ainda com as batidas cardíacas "a mil", recordei e rebobinei no tempo. De Villanueva em 1977, com o "dream team" treinado por Torcato Ferreira, até San Juan 2025, com estes novos heróis, treinados por Edo Bosch, passaram no tempo 48 anos. E com ele obtivemos todas as conquistas possíveis. 

Jamais esquecerei a madrugada de 6 de Outubro de 2025 no majestoso Estádio Aldo Cantoni, local onde se ama como em muito poucos esta modalidade. Foi épico, foi um sonho... foi "à Sporting".

Para o fim, e pelo que luta – eu sei bem o quanto, para que esta e outras modalidades sejam fortes e compitam para ganhar onde estiver presente o símbolo do Sporting Clube de Portugal, não posso esquecer o papel em tudo isto do vogal do Conselho Directivo para a área das modalidades, o meu amigo de décadas, Miguel Afonso. Esta também é muito tua!