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Futsal

Foto Francisco Lino; Ben McShane - Sportsfile/UEFA via Getty Images

Diário de Le Mans - Dia 6

Por Sporting CP
04 maio, 2025

O mérito quase esquecido

O sexto dia em Le Mans, o último completo em terras francesas, é o mais frio desde que aqui chegámos. Os termómetros apontavam uns tímidos 11.ºC quando, às dez da manhã em ponto, toda a comitiva saiu do hotel para uma breve actividade de grupo.

Um triângulo perfeito. Foi essa a figura geométrica que desenhámos com os nossos passos. Pouco mais de vinte minutos, cerca de um quilómetro de caminhada. Um momento de descompressão, uma pausa activa, uma forma suave de preparar corpo e mente antes de encerrar a participação na final four da UEFA Futsal Champions League.

No duelo frente ao FS Cartagena, estava em causa “honrar os adeptos e o escudo”, como sublinhara Henrique Rafagnin na antevisão. E os verdes e brancos fizeram-no com o brio e a ambição de sempre. O empate (2-2) ao fim do tempo regulamentar levou a decisão para as grandes penalidades, onde o acerto e a sorte não estiveram do nosso lado (3-1).

Depois de um rápido jantar para repor energias — e, quem sabe, também para aconchegar a alma —, o plantel regressou à Antarès Arena para assistir à cerimónia de entrega dos prémios. João Matos recebeu uma placa alusiva à presença do Sporting CP na competição: um símbolo da persistência, da excelência e da história que esta equipa tem vindo a construir, ano após ano.

Foi a 12.ª presença Leonina na mais emblemática prova de clubes do mundo, a quinta consecutiva. Uma regularidade que quase esconde a sua verdadeira grandeza, como se ser a quarta melhor equipa da Europa fosse um dado adquirido. Não é. É um feito. É mérito. Nunca lamento.

O troféu foi levantado pelo Illes Balears Palma, o nosso adversário da meia-final, que derrotou o Kairat Almaty por 9-4 e se tornou a primeira equipa a conquistar o título três vezes consecutivas.

Amanhã regressamos a casa. Uma longa viagem - de autocarro, de avião, de reflexão - até pisarmos de novo o nosso chão. Aos nossos Leões esperam dois dias de merecido descanso. Para “recuperar e desanuviar”, como disse Nuno Dias nas derradeiras palavras em Le Mans.

Quarta-feira é o primeiro dia do resto da nossa vida. Domingo, há dérbi. É nele que repousam agora todas as atenções.

Da minha parte, chega também a hora da despedida. Foi um gosto estar lado a lado com a nossa equipa - e convosco - neste Diário escrito desde Le Mans. Se algo vos pedimos, no plural me incluo, é que neles continuem a acreditar. Merecem-no. 

Por Filipa Santos Lopes, em Le Mans.

Foto Francisco Lino

Sporting CP termina final four da UEFA Champions League em quarto lugar

Por Sporting CP
04 maio, 2025

Leões foram derrotados pelo FS Cartagena no desempate por grandes penalidades (3-1)

A equipa de futsal do Sporting Clube de Portugal perdeu esta tarde frente ao FS Cartagena e terminou a final four da UEFA Champions League em quarto lugar. Estava em causa “honrar os adeptos e o escudo”, como frisou Henrique Rafagnin na antevisão, e os Leões fizeram-no com o brio e a ambição de cada partida, mas após o empate a 2-2 no final do tempo regulamentar, não tiveram sorte nem acerto nas grandes penalidades (3-1).

Ainda não se tinham passado 30 segundos de jogo quando o mesmo Henrique subiu em posse na quadra e, sem oposição, disparou pela primeira vez no jogo à baliza dos espanhóis. A bola embateu num adversário e, na sequência do canto, Taynan obrigou Chispi a uma boa intervenção. Estava dado o mote para uma partida intensa e equilibrada.

O FS Cartagena respondeu por Gabriel Motta, mas o guardião verde e branco, muito seguro entre os postes, defendeu com relativa facilidade. Influente no jogo da equipa, o brasileiro voltou a subir na quadra e, após boa triangulação com Taynan e Tomás Paçó, viu o remate do camisola 4 passar a centímetros do poste esquerdo da baliza.

Aos três minutos, os espanhóis voltaram a ameaçar, desta feita pelos pés de Pablo Ramírez, e o remate foi travado apenas pelo ferro. O mesmo aconteceu dois minutos depois, com o ex-Leão Waltinho a visar o alvo e o poste a adiar novamente o golo inaugural da partida.

O FS Cartagena crescia no jogo e Henrique voltou a surgir em bom plano, somando mais uma intervenção apertada, mas foi mesmo o Sporting CP quem chegou ao golo. Aos 8’, numa reposição lateral muito bem definida por Alex Merlim, a bola cruzou a quadra e chegou direitinha aos pés de Tomás Paçó. O fixo, à entrada da área mas no flanco oposto, rematou cruzado, de primeira e com precisão para o 0-1.

Os verdes e brancos galvanizaram-se com o tento e estiveram muito próximos de voltar a marcar três minutos volvidos, num lance tirado a papel químico do primeiro: na sequência de uma reposição lateral, Rocha rematou fortíssimo, mas desta vez a bola saiu milímetros ao lado da baliza.

Ainda aos 11’, a equipa espanhola ameaçou o empate numa transição rápida. Mellardo apareceu na cara de Henrique e rematou rasteiro, mas o guardião verde e branco, talvez o jogador mais decisivo em campo, segurou a vantagem com uma defesa com as pernas.

Dois minutos depois, foi Anton Sokolov quem esteve perto de marcar com um desvio de calcanhar de grande classe após excelente passe de longa distância. Falhou por pouco e — como reza a gíria desportiva — golo desperdiçado leva a golo sofrido. Aos 15’, Taynan agarrou Pablo Ramirez na área e acabou a derrubar o espanhol. No penálti, Gabriel Motta não desperdiçou e rematou forte e colocado, sem hipóteses para Bernardo Paçó.

O minuto ainda não tinha terminado e já o FS Cartagena ameaçava consumar a ‘remontada’, beneficiando da sexta falta cometida no primeiro tempo pelos atletas Leoninos. Gabriel Motta teve nos pés a oportunidade de bisar, falhou e a história repetiu-se: também os Leões conquistaram um livre de 10 metros, Anton Sokolov não tremeu e recolocou o Sporting CP na frente do marcador.

Apesar das investidas dos espanhóis, que voltaram a testar a atenção de Henrique, quando a buzina soou para intervalo o resultado mantinha-se inalterado.

O segundo tempo arrancou com um bom remate de Alex Merlim, que obrigou Chemi, guarda-redes do conjunto espanhol, a desviar a bola com uma chapada de mão direita. O jogo continuou vivo e dinâmico, mas mais afastado das balizas, e o perigo só voltou a rondar uma das balizas aos 28’, quando Osamanmusa obrigou Henrique a mais uma valiosa intervenção.  

O camisola 92 voltou a estar em evidência aos 31’ segurando mais um disparo, desta feita de Gon Castejón, e na rápida resposta Tomás Paçó acertou com estrondo na barra da baliza de Chemi. Grande lance do Leão, que se esquivou a um adversário, galgou vários metros e disparou meio em força, meio em jeito, mas com demasiada ‘pontaria’.

Aos 34’, o FS Cartagena conseguiu mesmo restabelecer a igualdade: Gabriel Motta recebeu de costas para a baliza, e, muito rápido, tocou para Waltinho, que rematou de primeira para o empate, numa fase da partida onde nenhuma das equipas parecia perto de marcar.

Nuno Dias voltou então a apostar no 5x4 para os últimos três minutos e o Sporting CP lançou-se em busca do tento que garantiria o triunfo e, também, o terceiro lugar do pódio. Muito fechado na sua defensiva, o FS Cartagena dificultou ao máximo a tarefa dos Leões, não permitiu rasgos de inspiração e segurou o empate ao fim de 40 minutos.

No momento da decisão por grandes penalidades, Taynan e Diogo Santos permitiram a defesa a Chemi e Wesley rematou por cima. O FS Cartagena não desperdiçou nenhuma das suas tentativas e a série fechou mesmo com um 3-1.

Sporting CP: Bernardo Paçó [GR], Tomás Paçó (1), Anton Sokolov (1), Alex Merlim e Taynan; Henrique Rafagnin [GR], Diogo Santos, Wesley Reinaldo, João Matos [C], Pauleta, Bruno Dias, Andriy Dzyalo, Rocha e Rúben Freire. Treinador: Nuno Dias. Disciplina: cartão amarelo para Nuno Dias (15’) e Taynan (15’).

Foto Francisco Lino

Diário de Le Mans - Dia 5

Por Sporting CP
03 maio, 2025

Reagir, competir e honrar

Hoje, Le Mans amanheceu mais silenciosa. A tristeza ainda paira, inevitável, à espreita por entre as memórias remoídas do jogo – aqui e ali, alguns lances sentam-se connosco à mesa, misturam-se com os talheres e impõem-se no meio das poucas conversas que se escutam, quase todas presas ao que podia ter sido.

Mas se algo aprendemos – e esta equipa aprendeu muito –, foi que, no desporto como na vida, os “ses” pouco valem. O condicional não ganha jogos, nem cura mágoas. Por isso, por mais que a tentação exista, conjugar verbos nesse tempo tem, para nós, um prazo de validade. E ele está a expirar.

Para trás ficou um sonho. E mesmo que ainda doa dizê-lo, é já com os olhos no futuro do indicativo que o grupo começa a mover-se: vamos reagir, vamos competir, vamos honrar. A reacção ao infortúnio é, neste Sporting CP, um instinto – e é com esse instinto que se prepara o quinto dia de futsal em solo francês.

As primeiras horas do dia foram, pois, as de um Leão ferido. Um Leão que lambe as feridas, mas que se levanta já, pronto a reerguer-se. Sob as 15h00, o ambiente começa a mudar. Rumámos à Antarès Arena e ali, com a intensidade de sempre, o grupo trabalhou com foco total no duelo frente ao FS Cartagena.

O actual campeão espanhol estreia-se na final four da UEFA Futsal Champions League e conta nas suas fileiras com uma cara bem conhecida: o pivot Waltinho, que vestiu de verde e branco na temporada 2021/2022. Enfrentá-lo será apenas mais um desafio a juntar à longa lista daqueles que esta equipa não teme.

Após a sessão de trabalho, Henrique Rafagnin deu voz ao grupo na antevisão do encontro, perante os jornalistas portugueses presentes. Ainda com a desilusão visível no olhar, deixou claro que o propósito se mantém firme: encerrar a participação na competição com uma vitória.

“O nosso objectivo era estar na final. Infelizmente, não foi possível, mas temos um terceiro lugar para garantir. A nossa motivação é jogar por nós e pelos adeptos que sabemos que viajarão até Le Mans só para ver este jogo. Temos de honrar isso e também o escudo que envergamos”, disse o guardião.

E se o emblema e aquele que o seguem são motivação indiscutível, o reencontro com as famílias – esse porto seguro – também ajuda a transformar a frustração em combustível. Após o treino, o carinho dos mais próximos foi recebido com abraços apertados.

O dia terminou com chuva inesperada, depois de várias jornadas de céu limpo e temperaturas amenas. Mas nem isso demoveu a boa disposição que foi ressurgindo à mesa, entre algum riso, histórias partilhadas e até motivos para celebrar – as vitórias dos nossos nos dérbis de andebol e voleibol.

Amanhã, por cá, há um bronze para conquistar. Conhecido como um metal resistente, adaptável, e capaz de manter o brilho mesmo depois da pressão e do tempo, lembra-nos alguém, não é?

Por Filipa Santos Lopes, em Le Mans.

Foto Francisco Lino

Henrique Rafagnin: "Honrar os adeptos e o escudo"

Por Sporting CP
03 maio, 2025

Futsal Leonino quer garantir o terceiro lugar na final four da UEFA Champions League

A equipa de futsal do Sporting Clube de Portugal fez esta tarde o último treino antes do jogo de atribuição do terceiro e quarto lugar da final four da UEFA Champions League, marcado para as 16h00 do próximo domingo (horário de Portugal Continental e Madeira).

Henrique Rafagnin falou aos jornalistas portugueses na Antarès Arena e, apesar da derrota difícil de digerir, sublinhou que o objectivo dos Leões passa agora por superar o FS Cartagena e encerrar com uma vitória a participação na emblemática prova europeia.

"O nosso objectivo era estar na final. Infelizmente não foi possível, mas temos um terceiro lugar para garantir. A nossa motivação é jogar por nós e pelos adeptos que sabemos que viajarão até Le Mans só para ver este jogo. Temos de honrar isso e também o escudo que envergamos", começou por dizer. 

Questionado sobre a forma como o grupo está a reagir à desilusão e a preparar o encontro com o actual campeão espanhol, o guardião Leonino foi peremptório, garantindo que a equipa está pronta para virar a página.

"Temos de o fazer: perdemos, foi um tropeço, não queríamos mas acontece. A motivação vem, como antes disse, dos adeptos que aqui estão, da nossa família que vai estar presente e de um terceiro lugar que está em jogo", reforçou. 

Ainda assim, Henrique Rafagnin antecipa um "jogo difícil" frente a um adversário que "está em crescendo na Liga espanhola, tanto que conquistou o título na última época". 

"Esperamos uma partida muito equilibrada, mas estamos preparados para dar o nosso melhor e, se tudo der certo, conquistar a vitória. Nestes jogos decisivos, os pequenos detalhes fazem a diferença, mas acredito que faremos um grande jogo", acrescentou, elogiando "uma equipa bem treinada, com um jogo muito táctico" e também com "um bom jogo de pivot". 

A fechar, o brasileiro de 32 anos deixou uma garantia: "Vamos entregar o nosso máximo para dar uma alegria aos Sportinguistas". 

Foto Francisco Lino; D.R.

Diário de Le Mans - Dia 4

Por Sporting CP
03 maio, 2025

A desilusão do hoje e a convicção no amanhã

 

Chegou - finalmente – o dia de jogo. À hora da alvorada, paira no ar um clima de responsabilidade e leveza que coincidem na mesma narrativa. Parece contraditório, mas a explicação é simples de entregar.

Durante o pequeno-almoço na unidade hoteleira, sente-se, claro, a responsabilidade do confronto que se aproxima; mas, ao mesmo tempo, é notória entre toda a comitiva uma confiança que inspira a uma troca alegre de sorrisos e palavras. No fundo, resume-se à convicção de que tudo está preparado para aquilo que realmente importa, o motivo que aqui nos trouxe.

Depois da primeira refeição do dia, e de um período matinal dedicado ao descanso e à concentração pré-jogo, partimos rumo à primeira - e relativamente curta, são cerca de quinze minutos - viagem até à Antarès Arena, palco desta final four mas também do derradeiro treino antes do arranque da competição.

Dentro de algumas horas, é nesta quadra que os olhos de toda a Europa se fixarão. Pelo caminho, ainda ouvimos soar os acordes do emblemático hino da prova homónima de futebol, e, já nos arredores do pavilhão, o cenário veste-se de competitividade.

Logo ali, a poucos metros, desenha-se a mítica curva Dunlop, uma das imagens de marca do circuito das 24 Horas de Le Mans. É fruto da nossa imaginação, mas podíamos jurar que se ouve o roncar dos motores.

A completar as arestas do triângulo, ergue-se o Stade Marie-Marvingt, casa do Le Mans FC – que, curiosamente, também joga hoje uma importante partida. Às 19h30 locais, os comandados de Patrick Videira – o cliché confirma-se; existe mesmo um filho de emigrantes lusos a cada canto – recebem o FC Rouen. Actualmente em posição de subida à II Liga francesa, o clube procura regressar a patamares mais competitivos e parece bem encaminhado nesse objectivo.

Tal como o Sporting Clube de Portugal, que depois da sessão de trabalho cumpre o habitual ritual de dia de jogo: almoço e descanso. Cada um à sua maneira, todos com o mesmo propósito.

A meio da tarde, surgem os primeiros sinais de verde e branco no exterior do hotel. Entre cachecóis, camisolas e cânticos de incentivo, os adeptos fizeram questão de vincar a sua presença várias horas antes da partida da equipa para o pavilhão. Um gesto simples, mas poderoso, que muito reforça a união entre este grupo e os Sportinguistas. Aconteça o que acontecer.

Pouco depois, iniciámos a deslocação até à Antarès Arena. O esperado trânsito de final de dia, somado aos vários eventos desportivos a ocorrer quase em simultâneo, retardou-nos a chegada. No autocarro, um silêncio quase total: os semblantes eram de máxima concentração, denunciando os pensamentos já focados no jogo mais importante da época.

Chegados ao palco, tivemos ainda tempo para assistir à segunda parte da outra meia-final e, à margem da intensidade que se vivia dentro de campo, um momento ternurento chamou-me a atenção: Kaynan, abraçado ao pai Taynan, assistia atento ao jogo. Mais do que uma imagem bonita, um reflexo da dimensão humana que o desporto encerra – feita de gerações, de partilhas e de raízes.

Às 21h00, já se sabe, soou a buzina inicial do jogo. O nosso jogo. A crónica completa conta a história que nunca quis escrever, o desfecho que ninguém desejava. O resultado, pesado, não traduz o que foi o jogo, mas o futsal, tantas vezes, também é assim – cruel nos detalhes.

O regresso ao hotel fez-se num ambiente naturalmente pesado, principalmente porque esta equipa convive pouco com momentos assim. São contra-natura para um grupo de homens que dá a vida pelas cores que representam.

O silêncio, já não de concentração, era agora de reflexão, e a tristeza, claro, visível no rosto de todos nós – jogadores, equipa técnica, staff, adeptos. Contudo, no meio do desânimo, sobressaiu uma certeza inabalável: esta caminhada ainda está longe de terminar.

Amanhã recomeçamos. Recomeçamos sempre.

Por Filipa Santos Lopes, em Le Mans.

Foto Francisco Lino

Nuno Dias: "Este resultado é totalmente falso"

Por Sporting CP
02 maio, 2025

Técnico Leonino defende que a sua equipa merecia melhor desfecho

Após a pesada derrota na partida frente ao Illes Balnears Palma (0-3) nas meias-finais da final four da UEFA Champions League, Nuno Dias mostrou-se "frustrado e triste" com o resultado, mas frisou ter "zero a apontar" ao seu grupo de trabalho. 

AGRADECIMENTO AOS ADEPTOS E ANÁLISE AO JOGO

"Há pouco na zona mista esqueci-me de falar nisso e peço desculpa: quero deixar um agradecimento especial aos nossos adeptos, que lotaram aquela zona, nos apoiaram e estiveram connosco até ao fim. Sentimo-nos em casa, sentimos que eles nos apoiam e que gostam daquilo que fazemos. E sentimos isso porque a nossa postura é sempre esta: a de lutar, trabalhar nos limites apra conseguir melhores resultados mesmo quando as coisas não estão a correr bem.

Infelizmente, hoje não foi possível. Parabéns ao Illes Balnears Palma, que teve mais mérito na forma como defendeu e não tanto como atacou. Os três golos que marcam nascem de pequenos erros que cometemos. Na construção não nos criaram tantas dificuldades quanto isso e também não permitimos que o Luan [Muller] nos criasse perigo - é um momento do jogo onde eles são fortes, tal como nas bolas paradas. 

Fica um sentimento de grande frustração e tristeza porque fizemos para conseguir um melhor resultado do que este. Não discuto a justiça do resultado, pouco importa. Importa-me que os nossos comportamentos foram bons, que a equipa lutou e que tivemos pela frente um conjunto que soube aproveitar os pequenos deslizes porque tem qualidade para isso."

APOSTA NO 5X4 A TRÊS MINUTOS DO FIM

"Tínhamos de arriscar e fazer de tudo para chegar ao golo, independentemente de o Illes Balnears Palma ser forte ou não nesse momento do jogo. Nos primeiros ataques, conseguimos desorganizá-los e criar situações de dificuldade no ajuste defensivo, mas não marcámos e, a seguir, até entregámos.

O primeiro golo no 5x4 nasce de um passe errado e o segundo é na sequência de uma finalização nossa, que o Luan [Muller] defende e faz depois golo de baliza a baliza. Não teve a ver com eles defenderem bem e mais com demérito nosso."

ILAÇÕES A TIRAR DA PARTIDA

"Tenho zero a apontar à atitude dos jogadores. A equipa lutou, defendeu, atacou, transitou, foi construindo, defendeu muito bem. O Illes Balnears Palma não fez nada na construção, não nos criaram dificuldades. Observámos muitos jogos deles, sabemos a qualidade que têm, como usam os pivots e as situações de um contra um na ala. E hoje eles não conseguiram fazê-lo, mas conseguiram roubar-nos a bola e fazer três golos. 

Fica a tristeza de um resultado que não espelha aquilo que aconteceu, mas nada mais há a fazer sobre isso. Irei dizer-lhes que há apsectos a corrigir e melhorar, quando se perde por 0-3 eles existem sempre, mas em relação ao seu esforço e dedicação nada posso apontar.

Olhando para o jogo, este resultado é totalmente falso para aquilo que foram os 40 minutos."

ERROS INDIVIDUAIS

"É o jogo. O Zicky cair ou tropeçar não é um erro, é uma incidência do jogo. Acontece. Acho que o nosso único erro foi mesmo no segundo golo, que nasce de um passe falhado.

Depois do primeiro golo, quisemos chegar rápido demais e desorganizámo-nos um pouco. Não merecíamos sofrer, estávamos a fazer tudo bem e obviamente caímos um pouco em termos anímicos. Num jogo tão equilibrado, sabíamos que quem marcasse primeiro ia crescer muito em termos emocionais. Foi o que aconteceu e aí eles até podiam ter marcado. 

Começámos a forçar porque queríamos chegar à baliza, ao golo. No futsal, com um resultado de 1-0 a três minutos do fim, tudo pode acontecer: empate, reviravolta... mas infelizmente não foi assim e a quatro segundos do fim sofremos mais um golo que desvirtua completamente o que aconteceu no jogo."

TERCEIRO JOGO EM BRANCO AO COMANDO DO SPORTING CP

"Em 700 jogos sob nosso comando esta foi apenas a terceira vez em que não marcámos, mas fizemos tudo para que o resultado não fosse este. Não é justo sair daqui com um resultado a zero, a equipa não merecia. Fomos melhores em muitos momentos do jogo, fomos melhores na primeira parte e na segunda equilibrámos as coisas até ao 0-1. Depois, há ali cinco ou seis minutos onde o Illes Balnears Palma foi melhor.

Tivemos algumas transições e contra-ataques que não aproveitámos, o jogo do 5x4 não nos correu bem... podíamos ter feito o golo, chegar ao empate e a história do jogo mudar, mas infelizmente não conseguimos."

Foto Francisco Lino; Ben McShane - Sportsfile/UEFA via Getty Images

Adeus inglório ao sonho

Por Sporting CP
02 maio, 2025

Sporting CP derrotado por 0-3 nas meias-finais da final four da UEFA Champions League

A equipa de futsal do Sporting Clube de Portugal perdeu com o Illes Balears Palma por 0-3 nas meias-finais da final four disputada na Antarès Arena e está, assim, fora do jogo decisivo. Uma partida intensa e equilibrada entre duas grandes equipas - para tantos a final antecipada - decidida nos detalhes e com uma pitada de infortúnio. Um resultado demasiado pesado e que não traduz a história do jogo.

Perante uma arena pintada de verde e branco, os Leões entraram em campo para o aquecimento pouco depois de o Kairat AFC ter vencido o FS Cartagena por 3-2. A concentração, visível em cada rosto, revelava uma enorme vontade de ‘vingar’ a derrota frente aos espanhóis em 2023 e, na final, reencontrar os cazaques. Apesar do resultado, fica o elogio a um conjunto que nunca desiste e que tem, sempre, uma enorme vontade de vencer. 

Não foi por isso de estranhar que, com apenas 21 segundos jogados, Alex Merlim tenha obrigado Luan Muller a uma grande intervenção. Pouco depois, foi Taynan quem rematou em força, mas ligeiramente ao lado da baliza defendida pelo guarda-redes brasileiro naturalizado arménio.

Na resposta, Henrique brilhou com uma boa mancha, impedindo Bruno Gomes de finalizar da melhor forma. Estava dado o mote para uma partida de alta intensidade do início ao fim.

Ainda assim, os minutos seguintes não trouxeram grandes oportunidades: as equipas encaixaram-se bem, com o Sporting CP a manter maior controlo da posse e o Illes Balears Palma a conseguir conter a ofensiva leonina.

Aos seis minutos, Pauleta, em velocidade pela esquerda, sofreu uma entrada dura, prontamente punida pela equipa de arbitragem com o cartão amarelo. O livre consequente, apontado por Taynan, não levou a direcção desejada e o 0-0 manteve-se.

Dois minutos depois, Zicky ficou a centímetros do golo após excelente jogada individual e, no contra-ataque, os bicampeões europeus também estiveram perto de inaugurar o marcador. Valeu Henrique, inspirado, a negar o golo a Fabinho.

Num peculiar duelo de guarda-redes, Luan Muller respondeu com duas defesas consecutivas a remates de Merlim e Taynan. Com metade da primeira parte jogada, o nulo acabava por ajustar-se, apesar do ligeiro domínio do Sporting CP dentro de campo e da goleada que, fora dele, os Leões nas bancadas davam em apoio.

Sempre muito aguerrida a atacar e a defender, a formação verde e branca continuava a assumir as rédeas da partida, mas os espanhóis foram crescendo. Aos 17 minutos, na sequência de uma rápida reposição lateral, o Illes Balears Palma ainda conseguiu penetrar na área leonina, mas Bernardo Paçó travou o remate de Jesús Gordillo com uma defesa de elevado grau de dificuldade.

A um minuto do intervalo, Pauleta cometeu falta sobre Mateus Maia – a quinta da equipa –, momento em que Nuno Dias pediu um tempo técnico para dar as últimas e preciosas indicações antes do descanso. João Matos saltou então para a quadra, somando o seu 90.º jogo na UEFA Futsal Champions League – um recorde absoluto e um número impressionante do jogador com mais presenças na competição.

Quando soou a buzina para o fim da primeira parte, o marcador assinalava um justo e equilibrado 0-0, num jogo muito (bem) disputado na Antarès Arena. Impunha-se, por isso, uma abordagem mais paciente no regresso dos balneários, capaz de surpreender o adversário e quebrar o registo intenso e de múltiplos duelos.

Contudo, com poucas oportunidades de parte a parte, o marcador foi avançando impiedoso. Adjectivo que colava bem também a Bernardo Paçó, que surgiu à passagem dos 27 minutos com uma grande estirada a negar o golo a Mario Rivillos.

No entanto, uma infelicidade do guardião português na jogada seguinte permitiu a Jesús Gordillo inaugurar o marcador e o Illes Balnears Palma galvanizou-se com o golo: aos 29’, Marcelo podia ter feito o 0-2, mas o remate do brasileiro embateu com estrondo no poste da baliza verde e branca.

O Sporting CP precisava de assentar o jogo - aos 30’, Wesley Reinaldo deixou um adversário para trás, após drible fabuloso, e rematou cruzado, mas ligeiramente ao lado da baliza dos insulares. Aos 31’, foi Zicky quem disparou à meia-volta, também sem sucesso.

Aos 34’, Bernardo Paçó fez uma enorme intervenção, negando o golo a Mario Rivillos numa jogada de velocidade e superioridade numérica, mas no mesmo minuto e do outro lado da quadra, Luan Muller fez mesmo a melhor defesa da partida: Taynan, em velocidade, soltou para Rocha e o pivot rematou bem, na passada, mas sem conseguir superar a mancha do guardião.

A quatro minutos do fim, Nuno Dias apostou no 5x4, Alex Merlim tentou o golo ao primeiro poste e Anton Sokolov também esteve a centímetros de igualar a contenda, após boa desmarcação de Diogo Santos.

Aos 39’, e quando o Sporting CP procurava desesperadamente igualar, novo azar dos Leões: a bola sobrou caprichosa para os pés de Mario Rivillos que, a 40 metros e com a baliza deserta, só teve de rematar para o fundo das redes.

Apesar de todo o esforço do Sporting CP – Rocha teve nos pés três boas oportunidades –, o Illes Balnears Palma chegaria mesmo ao terceiro golo, num lance de baliza a baliza, a castigar uma equipa que lutou até ao derradeiro segundo.

Sporting CP: Bernardo Paçó [GR], Tomás Paçó, Zicky Té, Alex Merlim e Taynan; Henrique Rafagnin [GR], Diogo Santos, Wesley Reinaldo, João Matos [C], Pauleta, Anton Sokolov, Bruno Dias, Rocha e Rúben Freire. Treinador: Nuno Dias. Disciplina: cartão amarelo para Rúben Freire (11’), Bernardo Paçó (33’) e Taynan (33').

Foto José Lorvão

Bilhetes esgotados para o dérbi de futsal

Por Sporting CP
02 maio, 2025

Jogo marcado para as 18h00 de 11 de Maio

O Sporting Clube de Portugal informa que já não há bilhetes disponíveis para a recepção da equipa de futsal ao SL Benfica, marcada para as 18h00 de 11 de Maio, domingo. O dérbi é relativo à 22.ª e última jornada da fase regular da Liga.

Os Sportinguistas esgotaram os ingressos e prometem mais uma vez um grande apoio no Pavilhão João Rocha.

Foto Francisco Lino, D.R.

Diário de Le Mans - Dia 3

Por Sporting CP
02 maio, 2025

1 de Maio com tradição, reencontros e espírito de conquista

O terceiro dia em Le Mans começou com um aroma especial no ar. Literalmente. 

Por aqui, o 1.º de Maio celebra-se com muguet — em terras lusas conhecido como lírio-do-vale — que, nesta geografia que calcorreamos, é oferecido como símbolo de sorte e felicidade. 

Conta a lenda que, a 1 de Maio de 1560, o rei Carlos IX recebeu um ramo desta flor tradicional durante uma viagem à região de Drôme e por ela se apaixonou. Em todas as Primaveras seguintes, o monarca replicou o gesto às damas da corte, dando origem a uma tradição que perdura até aos dias de hoje. 

Daí que, em 2025, a cidade se tenha enchido de pequenos ramos brancos e sorrisos. E, inevitavelmente, também de algumas manifestações — porque é Dia do Trabalhador, e os franceses não desperdiçam uma boa ocasião para se fazerem ouvir. 

Com o calor a apertar e um céu de postal, a manhã teve sabor a passeio — não para todos, mas para a comitiva de comunicação, que saiu à procura de pintar o retrato da cidade onde sonhamos escrever história. O tempo passou a voar, entre os vitrais da imponente catedral de Saint Julien e as ruas de mil cantos, recantos e encantos, ornadas pela também típica arquitectura medieval que compõe a paisagem da região. Foi como uma viagem aos cenários de Astérix e Obélix. A poção mágica, essa, têm-na os nossos jogadores. 

Quem também nos contou a sua história, sempre deixando consigo um rasto de boa disposição, foi Carlos ‘Pitas’. A tarde foi dele; ou, melhor, passada com ele. Figura incontornável da comitiva verde e branca, Carlos Alves é muito mais do que o homem responsável pelos equipamentos: é o homem dos sorrisos e de um Sporting CP vivido com paixão.

À medida que nos foi mostrando a logística de preparação para os treinos, minuciosa e detalhista, 'Pitas’ - assim apelidado pelo ex-Leão Dieguinho - contou que trabalha há dez anos no Clube e partilhou alguns segredos e superstições do balneário.

“O Bernardo [Paçó] treina sempre com um peúgo branco; preto, para ele, não dá. Às vezes, na brincadeira, meto um preto a ver se passa, mas ele está sempre atento”, revelou, entre gargalhadas.

Recordando as duas conquistas europeias do Sporting CP, o técnico de equipamentos falou sobre a alegria de vivenciar momentos tão únicos. “Sou Sportinguista e sinto-me muito orgulhoso de trabalhar aqui. Por isso, vencer a UEFA Champions League foi… só quem passa entende. É fora do normal, mas fica a sensação de que, no fim de tudo, o trabalho compensou.”

Com o foco em mais uma conquista, Carlos descreve esta como “uma semana em que todos trabalham para um único objectivo”, explicando que a sua responsabilidade passa por “preparar as peças de treino, deixá-las no corredor e ter tudo pronto” para que os atletas possam entrar na quadra sem outras preocupações senão a vitória.

Herói invisível, Pitas termina dizendo que todo o staff “está aqui para ajudar; quando conseguimos alcançar os nossos objectivos, é mérito de todos, porque cada um tem as suas funções e responsabilidades”. Uma boa máquina, oleada e vitoriosa, só acelera com união e com o contributo de todos.

Já ao final do dia, houve tempo para algum futsal. Mas o último treino pré-jogo, agendado para as 19h15 no palco de todas as decisões, trouxe também reencontros. À chegada ao recinto, a entrada de uns coincidiu com a saída de outros, e cruzámo-nos com Waltinho. O agora jogador do FS Cartagena fez parte do plantel Leonino em 2021/2022 e trocou abraços, gargalhadas e breves impressões com Merlim. 

Bola a rolar, o treino foi aberto à comunicação social durante apenas 15 minutos, tempo suficiente para se sentir no ar o ambiente a jogo grande. A conferência de imprensa no final confirmou apenas aquilo que já se sabia: esta equipa respira ambição.

Nuno Dias mostrou-se consciente das dificuldades que os Leões enfrentarão, mas confiante na superação de todos. “O importante é a nossa preparação, as dificuldades que um clube com a qualidade do Illes Balears Palma nos vai colocar, e a forma como estaremos preparados para elas”, disse o líder verde e branco. Já o mago confessou que “recordar a final de 2023 ainda dói um pouco”, mas garantiu que “a equipa está preparada” para reescrever a narrativa.

“Não vimos de um bom resultado no campeonato, o que serve para nos lembrar como é bom vencer. Tenho a certeza de que os meus companheiros vão dar tudo para vencer em quadra”, apontou.

E já que falamos em conquistas, hoje também foi dia de celebrar no hóquei em patins, que voltou a erguer a Taça de Portugal após 35 anos de jejum. A previsão de Zicky, feita quando os comandados de Edo Bosch estavam em desvantagem, quase se concretizou à risca. O internacional português apostou num 5-3 quando o marcador registava um 3-2 a favor da UD Oliveirense. Mas os Leões do stick contrariaram (felizmente) o nosso pivot e fizeram o 6-3 a poucos segundos da buzina final, levando assim para Lisboa um troféu muito festejado.

Já nós, seguimos por cá. De coração ansioso, com cheiro a muguet no ar e a esperança de que novas conquistas estejam já ao virar da esquina. Que é como quem diz… com início marcado para amanhã.

Por Filipa Santos Lopes, em Le Mans.

Foto Francisco Lino

Nuno Dias: "O jogo vai decidir-se nos pormenores"

Por Sporting CP
01 maio, 2025

Futsal Leonino disputa esta sexta-feira o acesso à final da UEFA Champions League

Esta sexta-feira, os Leões do futsal disputam um lugar na final da UEFA Champions League frente ao atual detentor do título, o Illes Balears Palma, com o pontapé de saída marcado para as 20h00 (hora de Portugal Continental e Madeira).

Nuno Dias e Alex Merlim marcaram presença na conferência de imprensa de antevisão conjunta à partida, e tanto o treinador como o ala frisaram a ambição e motivação de todo o grupo — habituado às grandes decisões, mas com a mesma fome de vitória de sempre —, ainda que tenham também alertado para as enormes dificuldades que os espanhóis vão colocar.

NUNO DIAS

Presença histórica na final four

Quero começar por dar os parabéns às quatro equipas que, com todo o mérito, marcam presença nesta fase final da competição. O Sporting CP está aqui presente pela décima segunda vez, a nossa equipa técnica pela quinta consecutiva, e isso diz-me muito da consistência que apresentamos, da regularidade em termos de qualidade que nos permite consecutivamente marcar presença.

Mas são apenas dados estatísticos; aquilo que está para trás não conta para aquilo que vai acontecer amanhã. Por isso, acho que são bons dados, mas não influencia em nada aquilo que tem a ver com o desfecho final deste jogo.

Aliás, se se recordarem, o Illes Balears Palma foi campeão europeu nas duas vezes em que participou na competição. Para nós, o importante é a nossa preparação, as dificuldades que um clube com a qualidade que o Illes Balears Palma nos vai oferecer, e a forma como iremos estar preparados para elas.

Motivar a equipa

Eu sou um sortudo por trabalhar com eles, porque sinto que não tenho de estar a motivá-los nem para os grandes jogos, nem para os pequenos ou intermédios. Os jogadores são profissionais, estão sempre motivados, estão sempre preparados.

É normal, não há nenhuma equipa que seja invencível e vença sempre, há dias em que não corre tão bem, como foi o caso do nosso último jogo da Liga, mas encontro uma equipa sempre motivada. Isso vê-se na forma como treinam, na forma como lidam com todas as tarefas que lhes são propostas. São bons profissionais e não precisam de competições espectaculares para estarem motivados.

É claro que esta é uma competição especial, mas a dificuldade que eu tenho mesmo é a de escolher os 14 que vão a jogo, ter de optar por deixar alguém fora do jogo, porque todos querem, todos querem muito, e às vezes nós não somos justos nas escolhas que tomamos. Fazemos tudo por ser, mas às vezes não somos capazes.

Que Illes Balears Palma espera

Gosto de muitas coisas no Illes Balears Palma, principalmente porque tem muitas coisas parecidas com o Sporting CP. Tem um jogo muito diversificado: são agressivos na defesa, transitam e são fortes no contra-ataque, têm jogadores que desequilibram no um contra um, têm três pivôs fortes, tem guarda-redes que entram no jogo de ataque e que ajudam a equipa a chegar às zonas de finalização com mais facilidade, uma boa bola parada também. 

Mas concordo com o que disse o António Vadillo [técnico do Illes Balears Palma]: vai haver muitos duelos entre os alas, vão existir situações de subida dos guarda-redes, para desequilibrar o primeiro momento da organização defensiva do adversário, vão existir situações de bola parada em que nos vamos tentar nos enganar uns aos outros. O jogo vai ser muito diferente e vai-se decidir em todos estes pormenores - como, normalmente, se decidem os grandes jogos.

Presença dos Sportinguistas em Le Mans

Os adeptos são obviamente muito importantes. Ajudam-nos, principalmente nos momentos difíceis, aqueles momentos em que as coisas não nos estão a correr tão bem. 

Por outro lado, cabe-nos a nós fazer o nosso trabalho e independentemente do número de adeptos que vamos ter no pavilhão, eles não vão jogar por nós, não vão marcar os nossos golos, não vão defender os jogadores do Illes Balears Palma.

Quem vai fazer isso somos nós, quem vai fazer isso são os nossos jogadores. Nós temos de fazer o nosso trabalho e os adeptos vão estar aí para nos ajudar. Agradecemos muito o apoio deles.

MERLIM

Comparação com o jogo de 2023

Esperamos um jogo diferente. Relembrar essa final de 2023 é algo que nos dói um pouco ainda, porque todos sabemos como aconteceu aquela derrota. Mas temos que pensar para a frente: não vivemos nem as derrotas do passado, nem das vitórias que conquistámos. Acho que é por isso que esta equipa está a vencer há tantos anos: porque pensamos sempre no próximo objectivo. Graças a Deus temos a oportunidade de estar cá, mas, como o Nuno disse, parece fácil porque temos chegado sempre a esta fase de decisão. Contudo, só nós que trabalhamos no dia a dia sabemos da dificuldade que é estar nestes grandes palcos. É com muito trabalho, muito esforço e muita dedicação que conseguimos estar neste tipo de jogos, o tipo de jogo que todos os grandes jogadores gostam de jogar.

Olhando para a nossa equipa, acho que estamos preparados. Vale lembrar que a gente não vem de um bom resultado no campeonato, o que serve para vermos como é bom vencer. Tenho a certeza de que os meus companheiros vão dar tudo em quadra no jogo de amanhã. 

Apoio dos Sportinguistas

Eu digo sempre que os nossos adeptos não nos apoiam somente em Portugal, ou em Lisboa, no Pavilhão João Rocha. Apoiam-nos em todo o país e em competições europeias também. 

Tenho a grande certeza que a sua presença vai ajudar-nos muito, vai empurrar-nos durante os 40 minutos, se for preciso durante o prolongamento também.

Por isso, conto com o apoio deles. Tem sido assim durante os anos em que estou cá: eles são parte importante da nossa equipa. Então, creio que amanhã vão dar-nos um grande empurrão de fora da quadra.

Importância dos títulos internacionais no currículo

Quando cheguei ao Sporting CP disse que tentaria ganhar o maior número de títulos possível, mas nem nos meus maiores sonhos imaginei que seria assim.

Todas as conquistas são igualmente importantes, só nós que trabalhamos todos os dias sabemos da dificuldade que é vencer um título. Até os torneios de pré-época eu coloco no meu currículo individual. Quem veste esta camisola joga para ser campeão.

Com todo o apoio que a estrutura nos dá, o objectivo é sempre ganhar títulos. Estamos aqui, entre as quatro melhores equipas da Europa, e sonho com o troféu de domingo, mas vamos enfrentar uma excelente equipa amanhã e o lema desta equipa é pensar jogo a jogo. Não podemos pensar no domingo sem passar por sexta-feira.

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