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Opinião

O "campeão da tasca"... da humildade e do humanismo

Por Juvenal Carvalho
05 Jun, 2025

Malcolm Allison, ou "Big Mal", como era conhecido no mundo do futebol, marcou-me muito na infância por ser, além de um grande treinador, uma figura incontornável. Uma pessoa especial. A forma como interagia com os jogadores e a massa associativa era única, e para a época estava muito à frente dos demais. Foi, pois, o primeiro treinador que me ficou na retina e na memória de Leão sofredor de todas as horas. Jamais esquecerei, entre outros grandes momentos, uma vitória em Alvalade sobre o FC Porto, quando para espanto geral tirou do onze o titularíssimo Rui Jordão e meteu o então menino Mário Jorge. Moral da história, seria Mário Jorge o autor do único golo do encontro, logo o da nossa vitória. Foi o delírio total naquela tarde apoteótica.

Tive ainda, ao longo do meu percurso de vida, treinadores que muito gostei – Mirko Jozic, que futebol que a nossa equipa praticava e tão prejudicados fomos, e Ruben Amorim, sobretudo este, que me marcou indelevelmente – em detrimento de outros que gostei menos. Esta coisa de agradar a gregos e a troianos, juntando à irracionalidade do futebol, faz com que seja mesmo um turbilhão de sentimentos de difícil análise, a avaliação dos treinadores.

Mas hoje vou abrir o coração e pela mais elementar justiça, falar de Rui Borges, o treinador que, 23 anos depois, imitou o feito de outro treinador marcante da nossa história, o romeno Lászlo Bölöni, e "deu" a dobradinha ao Leão.

Rui Borges, de que gostava de ver o futebol então praticado pelas equipas por onde passou, sobretudo no Vitória SC, embora assuma que não o conhecia profundamente para traçar uma opinião muito válida, mas que aquando da chegada ao nosso Clube e desde o dia em que foi apresentado me ficou genuína e literalmente no goto, como se costuma dizer. De terra de gente de boa cepa, humilde, genuíno e trabalhador. Que deu logo à chegada um mote que fez escola com o célebre: "quando faltar a inspiração que não falte a atitude". Palavras sábias estas que foram desde logo assimiladas pelo grupo de trabalho, que subiu para as suas cavalitas e em conjunto foram felizes e tão felizes fizeram a "família Leonina" que também, e ele não se cansou de a isso se referir, jamais deixou de acreditar e de estar ao seu lado e da equipa. Foi mesmo até ao fim. Unos e indivisíveis..."à Sporting".

Este Homem, que é o protótipo de gente de valor e de valores, chegou em boa hora ao reino do Leão. Não é tanto pelo treinador – embora tenha provado nessa premissa uma capacidade que fala por si – mas sobretudo pelo ser humano que não engana, que estas linhas são para si.

Fiquei até comovido por o ter ficado a conhecer melhor no programa da SIC, "Alta Definição". Que humildade arrebatadora. Que homem de família. Que Senhor! Confirmei apenas o que já era notório à vista desarmada, mas conseguiu ainda ir mais além naquilo que julgava possível.

Os invejosos(as), a quem lhes dão espaço nas televisões, mas que sabem tanto de futebol ou de saber estar no desporto quanto eu sei de física quântica, chamaram-lhe "animal de taberna" e "desinteressante", entre outras alarvidades típicas de gente mal resolvida. Os tais que têm palco "porque sim", e que agora não se curvam ao seu sucesso, porque emendar a mão é só para os valiosos. Não é o caso.

E por falar em taberna, porque o Rui teve até a capacidade de ironizar com os epítetos com que essa gente o catalogou, queira saber, que também eu tinha como grande referência de vida o meu avô que como o seu também se chamava Zé, que sou igualmente de raízes bem humildes, cresci num bairro lisboeta, no caso o da Bica, e conheci muitas tabernas onde até joguei ao dominó e às cartas com pessoas mais idosas. Essas tabernas eram frequentadas por gente de bem. À minha/nossa escala. Uns de nós. Uns dos nossos. Faço-lhe daqui, deste meu espaço semanal, um repto: Gostava de beber um copo consigo numa taberna qualquer. Em homenagem à sua terra, pode vir acompanhado de uma alheira.  O mais importante, contudo, é que continue a ser quem é humanamente e que como treinador prossiga na rota do sucesso. Pode ter continuidade já no próximo dia 2 de Agosto.

O resto, parafraseio um conhecido humorista: "Eles falam, falam e eu não os vejo a fazer nada". 

P.S – No ténis de mesa, depois da conquista da Supertaça e da Taça de Portugal, chegou agora a vitória no Campeonato em forma de Decacampeão. Um triplete com a patente da maior força desportiva nacional.

Memorável

Por Mafalda Barbosa
05 Jun, 2025

Editorial da edição n.º 4029 do Jornal Sporting

(me·mo·rá·vel)

Digno de ficar na memória.

Célebre.

Notável.

Podia relembrar o memorável mês de Maio, porque, na verdade, assim foi para todos os Sportinguistas.

Podia voltar a mencionar a notável e inesquecível época 2024/2025 nas várias modalidades Leoninas, inclusive no futebol, onde a festa do histórico Bicampeonato se juntou à festa da tão ambicionada dobradinha.

Mas, sendo já dia 5 de Junho, relembro uma das figuras mais importantes da História do Sporting CP e que, hoje, celebraria o seu 74.º aniversário.

Generoso, humilde, fiel, dedicado e querido por todos, será para sempre relembrado como um ser humano inspirador e um jogador exemplar.

Alguém que ao longo da sua vida sempre transmitiu e honrou os valores do Clube.

"Ganhei títulos, vivi muitas alegrias e algumas tristezas, mas nunca me esquecerei de que o meu melhor momento foi quando vesti pela primeira vez a camisola do Sporting Clube de Portugal".

Deixou-nos um legado de Sportinguismo difícil de igualar e será, para sempre, um exemplo de lealdade e uma inspiração para os mais novos.

As referências do Clube ficam, para sempre, eternizadas na História e na memória de todos nós.

Obrigada, ao memorável Manuel Fernandes.

Momentos de Glória!

Por Tito Arantes Fontes
29 maio, 2025

GLÓRIA I – O lema do Sporting CP é: Esforço, Dedicação, Devoção e Glória! Estamos, neste momento da nossa vida, no último desses patamares, ou seja, na Glória! O modo como ganhámos o Campeonato e como conquistámos a Taça de Portugal são exuberantes demonstrações de Glória! Fizemos o primeiro Bicampeonato em mais de 70 anos! Fomos buscar a nossa 18.ª Taça de Portugal! E – mais de 20 anos depois – voltámos a fazer a famosa e desejada dobradinha! Estamos, pois, extremamente gratos – gratos mesmo, de “coração verde”, de “coração de Leão”! – à nossa equipa, aos nossos jogadores, ao nosso treinador Rui Borges e a toda a sua gente, ao staff de suporte a todo o futebol profissional e aos nossos dirigentes, máxime ao nosso presidente Frederico Varandas! Obrigado! Desfrutemos agora destes imorredoiros momentos de Glória!

GLÓRIA II – O Jamor estava lindo, pintado de verde e encarnado, com uma imensa e orgulhosa massa adepta dos dois clubes, que – desde cedo – se espalharam pela mata em alegres convívios e rivalidades. Foi bonita a festa, pá! Foi mesmo! Desde logo porque também não tenho notícia de quaisquer incidentes entre apaniguados dos dois clubes. Muito pelo contrário assisti a vários momentos e episódios de sã e mútua camaradagem, com cada um na defesa acérrima das suas cores, sempre num clima muito positivo e de tolerância que aqui se salienta e enaltece. Isto contrasta de modo eloquente com o que resulta dos ataques que foram perpetrados nas últimas semanas aos nossos Núcleos e estátuas. O Jamor, também pelo clima que cria, é e sempre será especial. E único! Por isso tem, ano após ano, tanta adesão de tantos milhares de pessoas! E por isso também tanto que merecia uns melhoramentos, urgentes, gritantemente necessários, à altura do papel que se espera seja desempenhado por um Estádio Nacional!

GLÓRIA III – O modo como a vitória do Sporting CP foi alcançada foi épico! E – também por isso – ficará nos anais da História da Taça de Portugal, nomeadamente das suas finais! A primeira parte terminou sem golos, pese embora ainda tenha sido assinalado um penálti contra nós, que – logo depois – foi prontamente revertido por fora-de-jogo de um jogador adversário. A segunda parte começa com o golo do SL Benfica, através de um remate inesperado e forte, ainda a uns 25 metros da baliza (antes fiquei com dúvidas sobre o modo como Geny Catamo perdeu a bola, ainda no nosso meio-campo). Pouco depois, o SL Benfica aumenta para 2-0, mas – e bem! – o VAR chamou o árbitro, que anulou esse golo por falta indiscutível, no meio-campo, sobre Francisco Trincão. A partir daí a partida foi acumulando momentos de emoção… e momentos claros de “anti-jogo” (como bem salientou Rui Borges, no final da partida,  o SL Benfica antes do jogo falou em desejar “mais jogo, menos faltas”, mas afinal, quando se apanhou a ganhar, optou por enveredar de modo notório e até escandaloso por um caminho contraditório com o que os seus responsáveis vinham dizendo) protagonizados por vários jogadores do SL Benfica, que – de modo sistemático – ficavam estatelados no relvado em busca de assistência médica! Assisti a muitas finais da Taça de Portugal, podendo bem dizer que a Académica (em 2012) e o Aves (em 2018) ganharam ao Sporting CP por apenas um golo de diferença no resultado, mas jamais protagonizaram o “anti-jogo”, próprio de equipa pequena e medíocre, que o SL Benfica exibiu no Jamor. Corolário dessa postura foi o crescendo do Sporting CP sobretudo com o aproximar do final do jogo… e aí, no último dos justos dez minutos de descontos (que apenas poderão pecar por defeito, pois o jogo esteve interrompido perto de 20 minutos), assistimos à melhor jogada do desafio até então: Francisco Trincão recupera a bola ainda no lado direito do meio-campo Leonino e – qual príncipe – arranca, serpenteando com arte entre adversários, deixando-os para trás, um atrás de outro, e – já a meio do meio-campo encarnado – passa a bola para o poderoso e mortífero Viktor Gyökeres, que – embalado rumo à baliza adversária – ultrapassa um adversário, que ficou estatelado na relva, entrando sozinho na área, onde é escandalosamente ceifado por outro jogador adversário. Penálti indiscutível que, pouco depois, o nosso Gyökeres converteu com a sua perícia e expertise habitual! Fomos, então, para 30 minutos de prolongamento.

GLÓRIA IV – Certo é que esse golo do empate do Sporting CP transformou o jogo de modo radical. O prolongamento é todo ele do Sporting CP! E é coroado com dois golos. Ou seja, o segundo golo, marcado por Conrad Harder, de cabeça, no meio da área, correspondendo a um precioso e milimétrico centro do lado esquerdo de Francisco Trincão; e o terceiro golo, já mesmo nos minutos finais dos descontos do tempo de prolongamento, protagonizado por uma bela jogada da tríade Gyökeres, Harder e Trincão, tendo este último finalizado de modo superior, depois de aplicar espectacular “túnel” a um atónito defesa encarnado, mesmo no meio da grande área! Foi lindo! E foi a explosão de uma alegria inesgotável dos Sportinguistas que se tinham deslocado ao Jamor! A Taça era nossa e vinha, mais esta, para o Museu do Clube! E que bem que lá fica!

GLÓRIA V – A estrondosa e espectacular vitória no Jamor, com a inerente conquista da Taça de Portugal, a que acresce o Bicampeonato, tem provocado uma dose de monumental azia e evidente demonstração de mau perder lá para os lados da Luz! Não há memória de tanta desfaçatez! O espectáculo tem sido degradante! Mas revelador do desnorte que por ali graça! Fazem comunicados, queixam-se de tudo e de todos, inventam pretensas medidas tonitruantes e só falta mesmo dizerem que querem ir ao Papa. Certo é que não têm nem moral, nem razão para tanto alarido. Desde logo, apenas a título de exemplo, nunca os vimos reclamar nem mexer um dedo quando, em 2023, Di Maria agrediu com um soco Pote em pleno José Alvalade! Não os vimos reclamar, nem mexer um dedo quando o Sporting CP, em 2009, foi vergonhosamente espoliado (a favor deles próprios!) da Taça da Liga na sua famosa edição em versão “Taça Lucílio”! E não os vimos reclamar, nem mexer um dedo quando – e já lá vão 29 anos! – o very-light da claque encarnada matou o Sportinguista Rui Mendes! Vergonhosamente o silvo desse very-light é e continua a ser repetido vezes sem fim na Luz e nos seus pavilhões sem que o SL Benfica se pronuncie sobre o tema e verbere os seus apaniguados! Tenham mas é Vergonha! Afinal, lidos os especialistas de arbitragem, o SL Benfica parece apenas (e não de modo unânime) poder tão só queixar-se de uma expulsão, pois todos os outros lances, nomeadamente os que requereram intervenção do VAR, foram segundo esses especialistas bem analisados e correctamente decididos! Ora essa expulsão, a ocorrer, teria tido lugar aos 90+5 minutos de jogo… bom, pois, recordar que no jogo da Luz de há 15 dias o Sporting CP teve que suportar a manutenção em campo de Otamendi que – também segundo esses mesmos especialistas e de modo unânime – devia ter sido expulso aos 15 minutos de jogo! É diferente! Muito diferente!

GLÓRIA VI – O Sporting CP jogou quatro vezes com o SL Benfica nesta temporada 2024/2025. Ganhámos duas vezes, empatámos outras duas; no jogo jogado (excluindo o desempate de penáltis na final da Taça da Liga), incluindo prolongamentos, nunca perdemos. Marcámos seis golos, sofremos apenas três. Chega bem para vincar a nossa superioridade nesta época sobre esse nosso rival! E é também isso que celebramos! Faz parte dos nossos Momentos de Glória ganhar aos nossos rivais!

GLÓRIA VII – Corolário destes Momentos de Glória é este desejo imenso de continuarmos a ganhar, a vencer provas, a obter títulos. E o presidente Frederico Varandas sintetizou esse pensar e esse querer do Mundo Sporting ao dizer, logo no rescaldo desta extraordinária e épica vitória na Taça de Portugal, que o seu foco estava já nos “títulos que ainda aí vêm”! Vamos a isso, presidente! Força, Sporting CP!

GLÓRIA VIII – O nosso andebol é também Bicampeão! Foi à Madeira e carimbou o título! No próximo fim-de-semana há festa no João Rocha, no jogo contra o FC Porto. Glória para esta fantástica equipa de andebol! Glória para Ricardo Costa! Glória para o capitão Salvador Salvador! Glória para toda a equipa!

Viva o Sporting Clube de Portugal!

P.S 1 – Na final da Taça estreámos mais um jovem da nossa academia na equipa principal. Trata-se de David Monteiro. Parabéns, miúdo! E que bem que entraste! Força e continua!

P.S 2 – Marcus Edwards está em definitivo no Burnley. Transferência positiva para o Sporting CP e certamente também para o jogador. Guardamos na nossa retina alguns dos bons momentos que nos proporcionou! Obrigado e boa sorte, Edwards!

P.S 3 – Na semana passada referi vários dos jogadores a quem devemos o Bicampeonato. Por lapso não referi os fundamentais Maxi Araújo, Franco Israel, Iván Fresneda e, claro, Matheus Reis! Obrigado também Campeões!

P.S 4 – As comemorações Leoninas foram, muitas delas, saboreadas nestes últimos dias com esse famoso prato tradicional português que dá pelo nome de “dobrada”! E numa tasca ou taberna ainda soube melhor! Força, Rui Borges! Força, Campeões!

Um momento verdadeiramente épico

Por Juvenal Carvalho
29 maio, 2025

Esforço, Dedicação, Devoção e Glória... eis o Sporting Clube de Portugal.  

Este, que é o lema dos nossos 118 anos de existência, simboliza na perfeição a História, mas também, e sobretudo, o momento verdadeiramente épico que desfrutamos na actualidade. E não só no futebol, como igualmente no conjunto das nossas modalidades.

Identidade, raça e acreditar muito e até ao fim, são palavras que me suscitam naquela que foi a nossa dobradinha 2024/2025, que trouxe o 25.º título nacional e a 18.ª Taça de Portugal para abrilhantar ainda mais aquele que já é o Museu de clubes que mais troféus ostenta.

Faltou por vezes a inspiração. Disso foi exemplo, sobretudo, na primeira parte da final da Taça de Portugal ante o eterno rival, bem como em alguns períodos da segunda parte. Mas a atitude, essa, como sempre pede o míster Rui Borges, nunca faltou. E prova disso foi o facto de o grupo acreditar sempre... acreditar muito. E como quem porfia sempre alcança, como diz o tão conhecido ditado português, seria aos 90+9' que o "monstro" Viktor Gyökeres arrancou uma grande penalidade que ele próprio concretizaria com a sua habitual frieza glaciar, feita de tanto talento. Estava feita a igualdade e aquilo que parecia anunciado concretizou-se. No prolongamento só existiu Sporting CP. Primeiro, com a reviravolta a surgir através do jovem "tanque" dinamarquês Conrad Harder, com uma cabeçada fulminante a anichar a bola na baliza do rival, para mesmo no fim chegar um momento saído da cartola do "mágico" Francisco Trincão, que com uma "cueca" a António Silva, que ainda hoje deve andar para perceber como é que o fantasista Leonino lhe fez aquela maldade, fechar o marcador com o 1-3 final.

Estava consumada a dobradinha do Leão. 23 anos depois, mas com um sabor fantástico. Somos um Clube que ninguém nos dá nada. Tudo é conquistado na base do trabalho feito de competência. E nessa competência volto a destacar a capacidade e a entrega de todos os jogadores, o sucesso de Frederico Varandas – acompanhado por uma equipa dirigente una e indivisível –  que passou a ser o presidente que fica na História por mais títulos – nove – conquistar, e ainda não chegou aos sete anos de presidência, e ainda a Rui Borges, um homem que espalha humildade e conhecimento, mas que alguns "paineleiros" ressabiados(a)s, cuja honestidade intelectual está abaixo do vão de escada, teimam em lhe chamar "taberneiro", "inculto" e até "desinteressante". A tudo isso conseguimos resistir. A tudo isso acrescentámos conquistas ao Clube. Contra factos não existem argumentos. E, claro, não posso deixar de referir a imensa "Família Leonina", uma massa Associativa e adepta única. Que hoje vive tempos fantásticos, mas que sobretudo nos momentos menos bons nunca abandonou o Clube. Que sofreram tantas vezes em silêncio, mas que souberam esperar e sobretudo passar o seu legado para as novas gerações. Que também aí alguns teóricos falaram em perdas de gerações de adeptos. Até admito essa possibilidade, mas olho para os dias de hoje e vejo crianças e jovens a festejar em todos os locais possíveis e imaginários as conquistas como se não houvesse amanhã. Somos, como cantava a "nossa" sempiterna Maria José Valério, um Clube dos netos até aos avós. ENORME!

Mas como costumo dizer, e muitos de vós afinam por este diapasão, somos um clube muito acima do futebol. Somos mesmo o clube mais ecléctico de Portugal.

E se na passada semana ganhámos o Bicampeonato no futebol, agora foi a vez do andebol. Que equipa temos. É até difícil arranjar adjectivos para a qualificar. Jogamos ao nível dos melhores da Europa. Fizemos uma carreira que fala por si na EHF Champions League onde caímos de pé nos quartos-de-final. Ganhámos a Supertaça onde esmagámos o eterno rival na final, e um Campeonato em que conseguimos o "Bi" com apenas uma derrota, e esta na primeira fase.

Fomos literalmente esmagadores, e ainda sonhamos com a dobradinha. Um grupo soberbo, um treinador fantástico como Ricardo Costa e uma sabedora liderança de secção de Carlos Carneiro; e ao nível do Conselho Diretivo o amor ao clube feito de saber de Miguel Afonso, a quem me curvo pelo trabalho feito, a todos os níveis notável, o andebol vive o seu momento mais épico.

Acabo este texto, tão bom é escrever para o Jornal Sporting irradiando a alegria incontida do momento em que o Clube me/nos proporciona, parafraseando os fundadores. Porque eles quiseram e a História encarregou-se de lhes dar razão: Somos um Clube grande, tão grande como os maiores da Europa!

P.S 1 – Na lógica das conquistas, de parabéns estão também o atletismo, pela conquista da Taça de Portugal, e o basquetebol feminino por se ter sagrado campeão da CN 1, depois de já antes ter conseguido assegurar para a próxima época a participação na prova máxima da modalidade.

Épicos, históricos e heróicos

Por Mafalda Barbosa
29 maio, 2025

Editorial da edição n.º 4028 do Jornal Sporting

(he.rói.cos)

Sublimes.

Destemidos.

Que revelam extraordinária coragem e força de carácter.

Só quem se revê nestas características conseguiria alcançar uma reviravolta epopeica e terminar da melhor forma uma época que será, para sempre, inesquecível.

23 anos depois, o Sporting Clube de Portugal conquistou a dobradinha – a sétima da História verde e branca.  

A 18.ª Taça de Portugal chegou em forma de superação, união e coragem.

Porque “o verdadeiro heroísmo consiste em persistir por mais um momento quando tudo parece perdido”. *

E assim foi.

De uma forma épica, o Sporting CP voltou a escrever mais uma página da sua História. E, desta vez, com o final que todos os Sportinguistas mais desejavam para a época 2024/2025.

Épica, histórica e heróica foi também a prestação da equipa Leonina de andebol ao longo da época que ainda não terminou. Os, também, Bicampeões Nacionais conquistaram o 23.º título nacional e preparam-se para disputar, em breve, a Taça de Portugal.

“Sete títulos conquistados em três anos e meio é um marco extraordinário, não só para mim enquanto treinador, mas para todos sem excepção. Todos fazem parte desta equipa extraordinária, que contribui todos os dias para que o Sporting CP seja maior a cada dia. Esse é o desígnio deste grande clube, essa é a nossa grande responsabilidade”, salientou o treinador Ricardo Costa.

Que o Sporting Clube de Portugal e todas as suas equipas, nas mais diversas modalidades, mantenham o legado e o caminho de excelência que é reconhecido ao Clube desde a sua fundação.

* Sir Wilfred Thomason Grenfell (1865-1940), médico-missionário e escritor inglês.

O 25.º Título – Bicampeão!

Por Tito Arantes Fontes
22 maio, 2025

CAMPEONATO NACIONAL I – Está feito! Conseguimos novamente o nosso título de Campeão, o 25.º título! E este em modo de Bicampeão! Milhares e milhares de Sportinguistas, 50 mil no Estádio, dezenas de milhares fora do mesmo, centenas de milhares em Portugal de lés-a-lés, milhões espalhados pelo Mundo! Uma festa imensa! Desde cedo que se sentia o título, as horas não passavam, a ansiedade crescia e nós a querermos que os minutos passassem depressa. Até que, às 18h00, começou finalmente o nosso último jogo do Campeonato, contra o sempre difícil e personalizado Vitória SC. Tínhamos 90’ para fazer História, para mais uma vez nos assumirmos como a Maior Potência Desportiva Nacional! O fervor à volta do Estádio era descomunal, a fé tremenda, a esperança total. Íamos a caminho do Bi! A primeira parte foi ansiosa e insípida, com notório domínio Leonino, mas escassas oportunidades no ataque e, em contraponto, exibindo sempre uma defesa sólida. Na segunda parte acelerámos um pouco o jogo e, dez minutos depois do reatamento, tivemos soberba jogada protagonizada por Quaresma, Debast, Maxi e pum… Pote fuzila de primeira! Alvalade “vem abaixo”! Explode mesmo! Estava feito o primeiro golo e o título ali tão perto! Depois, sempre com o domínio e controlo total do jogo e sempre sem permitir qualquer veleidade ao nosso adversário (não nos lembramos de uma defesa digna desse nome por parte de Rui Silva), fomos em busca da consolidação da nossa vitória! E sim, pouco depois dos 80’ de jogo, esta chegou com assistência de Pote e por intermédio do intrépido Viktor Gyökeres! Um golaço feito de raça, poder, força, técnica, um golo de arte e só possível mesmo a um avançado centro de eleição! Éramos Campeões! Bicampeões!

CAMPEONATO NACIONAL II – Este título é mesmo tão, tão merecido! O Sporting esteve quase sempre na liderança da prova. Sempre que, esporadicamente perdia a mesma, recuperava-a de imediato, logo na jornada seguinte, demonstrando um indiscutível estofo de Campeão, contrariamente a outros que sempre fraquejavam e reiteradamente demonstravam que não tinham mesmo a qualidade necessária e suficiente para conquistar o título! Acabámos a prova isolados na liderança, com 82 pontos, com mais dois pontos do que o segundo classificado. Este, nesta última jornada, para ser Campeão, precisava de fazer melhor resultado que o Sporting CP; fez pior! O Sporting CP ganhou, o SL Benfica empatou (apesar de ter jogado a última meia-hora contra apenas dez adversários)! Corolário das 34 jornadas é a liderança isolada do Campeonato, com o maior número de vitórias alcançado (25 ex aequo), menor número de derrotas sofridas (apenas duas), melhor ataque (88 golos), melhor defesa (27 golos sofridos), melhor diferença de golos (61) e com o melhor goleador da prova, Gyökeres com 39 golos! É clarinho e justíssimo!

CAMPEONATO NACIONAL III – Este título é, por outro lado, tão, tão merecido por tantos outros aspectos, desde logo pelas vicissitudes que o Clube enfrentou ao longo desta atípica temporada, as quais soube enfrentar com coragem e de modo estoico! Foi a imprevista, inesperada, indesejada e traumática saída de Ruben Amorim do comando técnico da equipa; foram as lesões que, em catadupa, de modo muito sensível e notório a partir de Novembro, a equipa foi sofrendo, muitas delas em jogadores nucleares e indiscutíveis titulares; foi o consulado de João Pereira, onde, por isto ou aquilo, os resultados nos fugiram e só conseguimos quatro pontos em 12 possíveis (quatro jogos); foram as decisões de jogo que nalguns momentos nos foram sendo desfavoráveis e que permitem, na análise de “especialistas de arbitragem”, chegar à conclusão que, na Liga da Verdade do Record e em trabalhos similares de outros meios de comunicação social, o Sporting CP sempre ganharia o Campeonato, inclusive com maior avanço e destaque em relação aos seus mais directos competidores.

CAMPEONATO NACIONAL IV – E este título é também extraordinariamente merecido pelo fabuloso naipe de jogadores que o Clube tem! Pelo modo como a equipa soube suportar os infortúnios da época e ultrapassar as agruras da mesma. Pelo modo como soube receber Rui Borges e a sua equipa técnica! Pelo modo como este se soube integrar e moldar a equipa e jogadores ao seu jeito, sempre com um discurso positivo, com um querer total e com um contagiante acreditar no grupo de trabalho! Rui Borges, recorde-se, entrou em Alvalade para ganhar na 16.ª jornada ao SL Benfica e assim continuou. Foram 19 jornadas e não averbou nenhuma derrota nesses jogos, mesmo tendo jogado fora no Dragão, na Luz e em Guimarães. É obra! Obrigado, equipa! Obrigado, Rui Borges!

CAMPEONATO NACIONAL V – A equipa merece, sem dúvida, um enorme destaque! Foi ela, foram os nossos jogadores que nunca quebraram, que sempre lutaram! Eles tinham e têm o tal espírito de Campeão que tantas e tantas vezes Rui Borges salientou. O conjunto merece o nosso imorredoiro aplauso! E alguns destaques (correndo o risco de algum injusto esquecimento) vou fazer. Hjulmand, claro, o nosso fundamental capitão, orgulho do nosso Clube, pelo que joga, pelo que comanda e por ser quem é e como é! Depois, Gyökeres, claro, fez 39 golos no Campeonato, apesar de não ter feito todos os jogos, para além de muita assistência e de tudo, tudo o que deu à equipa, mesmo quando estava fisicamente limitado. Trincão foi fundamental, fez uma época extraordinária, coroada com golos fundamentais em Guimarães, na Luz, contra o Nacional e tantos outros. Rui Silva é um esteio que veio para ficar e resolveu-nos o tema da baliza. Palavra para o imenso rol de lesionados, desde logo para Pote (a cena no Marquês do mic drop é inolvidável!) que ainda regressou a tempo de ser decisivo neste último jogo e os ainda no estaleiro Nuno Santos, Daniel Bragança, João Simões. Especial referência para Eduardo Quaresma, decisivo com aquele soberbo pontapé contra o Gil Vicente. E para o Ricardo Esgaio, seguramente o único homem no Mundo a merecer um verso em português do Viktor! E para tantos outros: Diomande, Quenda, Catamo, Gonçalo Inácio, St. Juste, Morita, Debast e os jovens da equipa B sempre tão bem! Obrigado, Equipa! Obrigado, a todos os jogadores!

FREDERICO VARANDAS – É o grande obreiro deste momento histórico da vida do Clube! Sete anos de mandato, três títulos de Campeão Nacional! É, para já, uma Taça de Portugal, três Taças da Liga, uma Supertaça! São oito troféus conquistados até ao momento! E nestes avultam, claro, os três títulos de Campeão, nos quais se insere o actual e histórico Bicampeonato! Um feito que não era alcançado desde a primeira metade dos anos 50! Frederico Varandas já apontou o futuro… quer mais títulos! Quer continuar a ganhar! Obrigado, presidente! Obrigado, grande Leão de juba alta!

TAÇA DE PORTUGAL – É no domingo, no Jamor. Lá estaremos! Queremos trazer o “caneco” para o Museu! Venha ele! Força, equipe! Vamos à “dobradinha”!

EQUIPA B – No passado sábado, no Estádio Aurélio Pereira a nossa equipa B deu-nos uma outra enorme alegria! Conquistou o direito a subir de divisão! Na próxima época teremos, pois, a equipa B na Liga 2! Parabéns, equipa! Parabéns, Leões!

ANA BORGES – Esta nossa jogadora e capitã de equipa sai no final desta época! Foram nove temporadas de Leão ao peito! 216 jogos e oito títulos! Obrigado, Ana Borges! Até sempre!

Viva o Sporting Clube de Portugal!

P.S 1 – A CML decidiu mal quanto ao fecho, em cima da hora, de vários estabelecimentos hoteleiros nas imediações do Estádio José Alvalade. A decisão foi manifestamente tardia, mal explicada e é mesmo racionalmente incompreensível, inclusive em termos internacionais; depois, face à onda de contestação que imediatamente varreu o universo Leonino e – ao que se sabe – à intervenção de Frederico Varandas, tentou emendar a mão; foi tarde; o mal estava feito; certo é que há uma semana a CML não teve comportamento idêntico quanto a estabelecimentos nas cercanias do Estádio da Luz; não se percebe, pois, o racional desta infeliz decisão. Corolário do ocorrido foi a desagradável situação que na 2.ª feira ocorreu na recepção da comitiva do Sporting CP. Carlos Moedas e a sua vereação bem que poderiam ter poupado tanto assobio que lhes foi dirigido!

P.S 2 – A PSP já veio qualificar a operação de segurança dos festejos do título do Sporting CP como tendo decorrido de forma “globalmente tranquila, positiva e serena”. Já o ano passado foi assim. A massa Associativa e adepta do Clube é, no seu adn, maioritária e largamente composta por gente boa e ordeira! Soube que infelizmente houve um adepto que poderá ter ficado cego por, ao que parece, efeito de uma bala de borracha perdida. É uma situação triste (que carece ainda de adequada investigação) e que naturalmente lamentamos. Os meus votos de recuperação para este Leão!

O "Bi" é nosso!

Por Juvenal Carvalho
22 maio, 2025

Ser do Sporting CP, a ganhar ou a perder, é uma sensação que não se explica, sente-se. E, acreditem aqueles que não o são, é mesmo verdadeiramente indescritível, é um viver o clube simplesmente único. Um amor de uma vida.

E no passado sábado, nessa mistura de sentimentos daquilo que o Sporting CP representa para mim – mal acabou o jogo que nos deu o "Bi" – o primeiro das nossas vidas para a grande maioria dos leões – assumo que chorei de alegria e recordei pessoas que me marcaram no meu Sportinguismo, sobretudo da minha avó Alice, aquela que me comprou o primeiro equipamento do Sporting em criança e que me afagava as lágrimas de tristeza sempre que as coisas corriam mal ao nosso Clube. Sempre com uma palavra de conforto, com um "não fiques triste filhote", da minha "velhota Leoa". Mas também da minha filha, a quem telefonei mal acabou o jogo, das minhas netas Leonor e Matilde, do Sr. Olímpio, dos Leões de Parambos, a aldeia mais Sportinguista de Portugal, em suma de todos os que amam o símbolo do Leão desde o local mais cosmopolita às aldeias mais recônditas do país e um pouco por todo o mundo. 

O "Bi" chegou e com ele a alegria de milhões de Leões que pintaram o país a verde e branco, sendo mesmo a festa no Marquês de Pombal mais um momento inolvidável de um Sportinguismo arrebatador. Foi lindo ver diversas gerações de Leões a festejar, dos mais idosos aos mais jovens, e tantos eles são, e que são também o garante de um futuro rampante e cheio de sucesso para todos nós.

Este foi o 25.º título de Campeão Nacional do Sporting Clube de Portugal. Num ano cheio de vicissitudes, o Leão tremeu mas não caiu. Foi mesmo de antes quebrar do que torcer. Às adversidades reagiu sempre. Quando perdeu a liderança, numa época em que liderámos em 30 das 34 jornadas da prova, factor inequívoco da justiça da conquista deste "Bi, o Sporting CP, retomaria logo a liderança na jornada seguinte. Quando faltou a inspiração, nunca faltou a atitude. 

Este título teve mesmo cambiantes invulgares. Três treinadores, dois directores desportivos, lesões em catadupa e de longa duração em jogadores nucleares, nada disto demoveu o Sporting CP. A equipa foi uma verdadeira família. Aquele "onde vai um vão todos" que fez escola em 2021, mantém-se vivo. Nada demoveu este grupo de trabalho, de que não quero pôr foco no individual, mas sim num colectivo uno e indivisível. Nele uma palavra de destaque terá de ser dada a Rui Borges. Gosto da genuinidade do míster. É humilde, não renega as suas origens, mesmo com jogadores lesionados e tantos eles foram ao mesmo tempo, nunca se ouviu um queixume da sua parte. Recorreu a jogadores da equipa B amiúde. Quando pegou na equipa recuperou a liderança ante o eterno rival em Alvalade. Abanou, mas nunca caiu. Foi o paradigma do sucesso. Um sucesso que se fez de trabalho. Que se fez de união. Que se fez de foco no essencial. Foi, pois, um Leão indomável aquele que se sagrou Campeão. 

Também neste trabalho tenho de destacar alguém que herdou um legado cheio de dificuldades. Éramos um clube cheio de problemas. Vivíamos mesmo tempos que a História pela negativa não apaga.

Claro que falo do presidente Frederico Varandas e da sua equipa de trabalho. 

Em menos de sete anos de presidência devolveu o Sporting Clube de Portugal às conquistas, e tantas têm sido, além de sermos, aos dias de hoje, um clube moderno, de termos um estádio que nos orgulha, de estarmos fortíssimos no conjunto das modalidades, etc.

Não gosto de personalizar conquistas, mas esquecer este trabalho é algo que não consigo. Honra ao mérito.

Mas uma coisa é inquestionável este título é de todos nós. De todos aqueles que sentem o símbolo do Leão. 

Agora, o tempo é de acreditar no "Tri", mas não sem antes deixar de querermos mais e mais. E nesse mais, conto no horizonte próximo com a conquista da Taça de Portugal. É difícil a dobradinha? Sim. Mas também é, obviamente, muito possível. O foco está já nesse troféu. Conquistem-no por todos nós. Façamos da festa da Taça a nossa festa. A festa do Leão. O "Bi"...esse, já é nosso.

P.S 1 – A equipa B, ao vencer o Amarante FC, garantiu a subida à Liga Portugal 2. Um feito muito importante para o Clube, mas também para o crescimento individual dos nossos jovens talentos. Parabéns, Leões. 

P.S 2 – E no próximo fim-de-semana, na continuidade da lógica ganhadora do Sporting CP, pode chegar mais um "Bi". Agora, no andebol. Somos um clube ecléctico e que tem no seu ADN a conquista. Somos o Sporting Clube de Portugal.

71 anos depois

Por Mafalda Barbosa
22 maio, 2025

Editorial da edição n.º 4027 do Jornal Sporting

17.05.2025

Glória no peito.

Lágrimas nos olhos.

Orgulho no coração.

E uma fé inabalável que nos permitiu alcançar o tão desejado Bicampeonato Nacional.

A partir daqui nada será como antes.

Terminámos na frente, com uma conquista que não representa apenas um número.

Este é o resultado da união, da resiliência, da vontade de querer ir mais além e do trajecto inspirador e exemplar de uma equipa.

Eu, e de certeza todos os Sportinguistas espalhados pelo Mundo, sentimos uma combinação de sensações indescritíveis que nos enche a alma e nos faz transbordar de orgulho por pertencer a esta família.

Que nunca deixemos de orgulhar e honrar quem criou os alicerces para que hoje possamos fazer parte desta História. 

Que nunca esqueçamos o legado do Sporting Clube de Portugal e todos os que para ele têm contribuído ao longo do tempo.

Que o caminho da Glória seja sempre o de inspirar e motivar pelo exemplo.

Assim como todos os Sportinguistas, eu também “farei o que puder para te ver sempre na frente”!

Bem-vindo de volta, Bicampeão!

Até ao fim, Sporting!

Por Juvenal Carvalho
15 maio, 2025

Se alguém tinha dúvidas da têmpera de que esta nossa equipa de futebol é feita, certamente no passado domingo, desde quem esteve presente no estádio – que apoio incansável até ao fim – até aos milhares e milhares de Leões que o viram via televisão, seguramente que as dissipou todas. Foi, como naquele velho ditado, com "alma até Almeida" que os rapazes de Leão ao peito abordaram todas as adversidades.

O jogo não correu particularmente bem desde o apito inicial. Sofremos mesmo um golo ainda numa fase relativamente inicial da partida, numa grande penalidade que era evitável e que foi convertida por Félix Correia, um jogador que passou pela nossa formação...mais um produto made in Sporting. Demorámos até a entrar no jogo e jogámos mais com o coração do que com a cabeça durante algum tempo. Até ao intervalo, apesar do claro domínio ante uma equipa que veio de Barcelos com a predisposição de defender...defender muito, com toda a equipa atrás da linha da bola e renunciando até a sair com a bola a jogar em termos de acção atacante, que a nossa equipa não criou oportunidades claras de golo, pese a infinita vontade de lutar por cada bola como se não houvesse amanhã. 

Depois do intervalo foi de novo um Sporting CP com muita têmpera e muito coração que entrou em campo. Mas se assim o era, as dificuldades em entrar no "ferrolho" gilista mantinham-se. Decididamente não estava a sair bem. Mas nada demovia os nossos jogadores. A vontade indómita era também muito derivada do apoio incessante vindo  das bancadas. Onde havia ansiedade natural, mas onde a palavra acreditar até ao fim era o denominador. 

Mas aplico aqui outro ditado português, o de "quem porfia sempre alcança". E assim foi. Quando faltou a inspiração, não faltou a atitude. Uma frase tão assertiva de Rui Borges esteve mesmo na génese e seria o mote da reviravolta. E se aos 81 minutos o Nobre Vulcão entrou em êxtase com o golo do empate obtido por Maxi Araújo, e poucos minutos depois, num livre directo exemplarmente bem marcado por Francisco Trincão, com a bola a bater caprichosamente no poste ter levado os Sportinguistas ao quase desespero, estava guardado para os 90+3' o momento em que a loucura se  instalou das bancadas ao relvado, com o fantástico golo de Eduardo Quaresma – que Leão – num momento de verdadeira magia saída daquele pé direito. Foi na raça, e quanta raça o Leão teve, que os três pontos foram alcançados. 

Agora, que estamos a apenas 48 horas do dérbi eterno (sábado às 18h00) não fazendo futurologia, tenho uma esperança inabalável de que vai correr bem. Que o "Bi" pode vir a ser uma bonita realidade. Usemos o nosso lema: Com muito Esforço, uma incessante Dedicação e tanta, tanta Devoção, a Glória estará mais perto. Sejam felizes e façam-nos também felizes, rapazes. Nós acreditamos em vocês.

P.S 1 – Parabéns ao hóquei em patins pela conquista da quinta Taça de Portugal para o nosso Museu. Agora o tempo é de irmos em busca da dobradinha. Que tenha sido a primeira conquista das muitas que queremos ver conseguidas na liderança de Edo Bosch.

P.S 2 – Não correu bem a final four da UEFA Futsal Champions League à nossa equipa. Mas conhecendo todos nós o que esta modalidade já nos deu, acredito que depois das conquistas já esta época da Taça da Liga e da Taça de Portugal, a cereja no topo do bolo venha com a conquista do Penta. Afinal, não sendo fácil, muito menos é impossível.

P.S 3 – 72 horas depois de ter terminado a brilhante, e porque não majestática carreira europeia, o nosso andebol foi ao pavilhão do eterno rival passear classe e dizimar por concludentes (29-37), deixando o campeonato a apenas uma vitória, que pode surgir já na próxima jornada ante o Marítimo. O "Bi" está assim muito mais perto.

Fé imensa… até morrer!

Por Tito Arantes Fontes
15 maio, 2025

CAMPEONATO NACIONAL I – Ultrapassámos a 33.ª jornada, mantendo a liderança do Campeonato, bem como o melhor ataque, uma das duas melhores defesas e a melhor diferença entre golos marcados e sofridos. Temos também – o que pode ser decisivo – os melhores resultados (vitória em Alvalade e empate na Luz) no cômputo dos dois jogos com o SL Benfica, nosso adversário mais directo. Somos também a equipa que menos derrotas sofreu no Campeonato, só duas, em dois improváveis jogos… com o CD Santa Clara em Alvalade e com o Moreirense FC fora, ambos na primeira volta. Ganhámos ou empatámos com todos os demais clubes que estão no topo da classificação. Nunca perdemos com esses contendores. É um registo impressionante! E que ainda mais impressivo fica se nos recordarmos da “história” deste Campeonato… do que sofremos, do que passámos, das vicissitudes vividas… da saída do Ruben Amorim (inédita e inesperada, ao findar do primeiro terço da Liga, quando o Clube liderava isolado essa prova), da onda de lesões (chegámos a ter uma equipa inteira de 11 titulares no estaleiro; temos três fundamentais e importantíssimos  jogadores que perderam a maior parte da época – Nuno Santos, Daniel Bragança e João Simões), das decisões sofridas em alguns jogos (nas “Ligas de Verdade” e no balanço – corolário de análise de vários especialistas de arbitragem, ex-árbitros mesmo – que ainda há pouco tempo vários jornais fizeram, somos, de modo claro, o Clube que mais foi penalizado), do modo como recuperámos, como nos “agarrámos” uns aos outros, todos, como recebemos Rui Borges e a sua equipa, como nos unimos, como demos os braços, como juntámos a nossa voz e como lutámos… oh, sim, como lutámos… como verdadeiros Leões!

CAMPEONATO NACIONAL II – No sábado passado o país parou! Depois do almoço parou mesmo… nem campanha eleitoral… nada! Tudo suspenso por 90 minutos que poderiam ser decisivos para a decisão do título de Campeão. Jogava-se o “dérbi eterno”, o Sporting CP ia à Luz…e, depois de anos de recuperação (tão longínquo parece já o fatídico e tristíssimo 15 de maio de 2018!), metia respeito, metia temor, estava outra vez, uma vez mais (consistentemente nos últimos anos), na linha da frente pela disputa do título… pelo Bi! Estava – como eu e tantos, tantos outros, desde logo todos os que têm menos idade que os quase 70 anos que já vou alcançando – a lutar por algo que eu nunca vivi… o Bicampeonato! Começámos em grande, logo aos quatro minutos a dupla Gyökeres/Trincão faz estragos e este último, servido em “bandeja de ouro” pelo viking, aplica um tiraço à entrada da área fazendo com que a “menina” só parasse com estrondo no fundo da baliza encarnada! Estava dado o mote… o Sporting CP estava na Luz para lutar e – fundamental – para ser mesmo Campeão! E assim foi! Lutou, lutou e sobreviveu!  No final do jogo, empate… e a decisão do título transferida para a última jornada, no nosso mítico Estádio José Alvalade, com o sempre difícil Vitória SC! É o que falta! Vamos a isso! Vamos fazer História! Lutar uma vez mais! Lutar como nunca! Força, Leões! Força, equipa! Nós, todos nós, Sportinguistas, estaremos lá ou onde for, a apoiar, a puxar, a sermos por vocês! É assim, sempre será! Até morrer! Fé imensa! Queremos o Bi!

VOLEIBOL – Foi extraordinária a “negra” da final do Campeonato. Na Luz, para uma quinta e decisiva partida. No fim, mais uma vitória do Sporting CP, que – assim – virou um resultado negativo de dois jogos perdidos de modo consecutivo, pois conseguiu três vitórias, umas atrás das outras! Uma fabulosa remontada! Épica! Gloriosa! O nosso voleibol é Campeão Nacional! Pela sétima vez! Parabéns, João Coelho! Parabéns, equipa (que corporizo nesse fenómeno que é Edson Valencia)!

FUTSAL – Terminou a fase regular do Campeonato e estamos em primeiro lugar! Única equipa sem derrotas nas 22 jornadas, melhor ataque, melhor defesa! Índices avassaladores e bem reveladores da supremacia Leonina. Vamos, agora, para a fase de play-offs. Também aqui queremos o título! Depois das Taças venha o Campeonato! Mais um, mais uma vez! Boa sorte, Leões! Força, Nuno Dias! Força, equipa!

HÓQUEI EM PATINS – Terminámos em segundo lugar a fase regular do Campeonato. Temos a melhor defesa. Avançamos agora para os quartos-de-final, onde vamos defrontar a histórica AD Sanjoanense. Força, Edo Bosch! Força, equipa! O título – depois da fantástica Taça de Portugal, conquistada há uns parcos dias – está já ali… mais uma vez!

ANDEBOL – Estamos isolados no grupo que apura o Campeão. Temos a larga distância o melhor ataque e a melhor defesa da prova. A fabulosa equipa verde e branca está a um passo de conquistar mais um título! Força, Leões! Força, Ricardo Costa! Força, equipa (que corporizo nesse fantástico Leão que dá pelo nome de Salvador Salvador)!

Viva o Sporting Clube de Portugal!

P.S 1 – Entretanto continua a “luta” de Gyökeres pela Bota de Ouro! Não é fácil, há contendores de luxo, como Mbappé e Salah na disputa. Temos mais um jogo. Força, Viktor! Estamos contigo!

P.S 2 – Impressionante a onda verde que se deslocou, no passado sábado, à Luz. Imparáveis no apoio! Constantes no ânimo e na fé imensa! Unidos a uma só voz com a equipa, como se viu no final do jogo. Foi bonito!

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