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Opinião

Oh captain, my captain

Por Juvenal Carvalho
11 Jul, 2024

A notícia chegou-me no passado sábado, quando liguei o WhatsApp: "O Coates vai sair". Foi assim, desta forma lacónica, que recebi de um amigo a informação, então ainda não oficializada pelo Sporting CP, mas que chegaria poucos minutos depois, num vídeo emocionante de despedida publicado pelo nosso Clube. Logo fui pesquisar as reacções do universo Sportinguista a este adeus do nosso "Seba", do nosso "El Patrón", do nosso "Captain".  

Todas eram de profunda estima e de compreensão. Todos nós nos habituámos a estimar alguém que passou a ser uma referência do nosso Clube, e nos dias de hoje, na era do futebol indústria, cada vez menos isto é possível. Todos nós ficámos tristes pela saída de um dos nossos, que quis terminar, por razões pessoais, a carreira no seu país, no seu outro amor, o Nacional de Montevideu. 

E por tudo o que representas, vou escrever-te uma missiva sincera e de coração aberto:

“Olá, Sebastián Coates. Primeiro, desculpa o trato por "tu", até porque não nos conhecemos pessoalmente, mas sei que não vais levar a mal. Chegaste em Janeiro de 2016, vindo da Premier League, mais concretamente do Sunderland. Assumo que sabia pouco de ti. Posso dizer-te até, levado pela sinceridade, porque é assim que sei e gosto de estar, que não eras, na fase inicial, o protótipo do jogador que me enchesse as medidas. Fiz-te até críticas no meu círculo de amigos, porque não te achava aquilo que o Sporting CP necessitava. No fundo, estou a assumir aquilo que foi a realidade e não apenas dizer-te palavras bonitas, porque sim. Mas sabes, Sebastián Coates, que bom ter estado errado, e como me penitencio por isso. Depois de teres Alvalade a desconfiar de ti – sim, não era só eu – subiste a corda da confiança de todos nós a pulso. E como o fizeste. Se já sabia que eras um profissional de mão cheia, porque és daqueles que não enganas, conseguiste encher o meu (nosso) coração de Leão, porque para isso tanto lutaste. Oito anos e meio de Leão ao peito depois, na despedida afirmaste ter sido "uma decisão e um dia muito difícil". E foi. Para ti e para mim – afinal, para todos nós. Ganhaste oito troféus (dois Campeonatos Nacionais, uma Taça de Portugal, uma Supertaça e quatro Taças da Liga), tantas vezes com golos decisivos teus; mas ganhaste muito mais que isso. Tornaste-te no nosso "Capitão", no jogador estrangeiro que mais jogos fez pelo Sporting Clube de Portugal. Entraste no top ten de jogadores com mais jogos efectuados de Leão ao peito. Ganhaste definitiva e decididamente o coração de quem ama o também agora, e para sempre teu, Sporting CP. Que te posso dizer mais, além de te agradecer muito estes oito anos e meio. Só te posso pedir desculpa pela desconfiança inicial. Que tu afinal não o merecias. Partes, não só como um dos nossos, mas sobretudo como uma referência do Sporting Clube de Portugal. Estarás para sempre no nosso coração. Agora, depois de nos fazeres muito felizes, regressas ao teu país e ao teu outro clube do coração. Vou recordar para sempre a alegria com que levantaste todos os troféus que ganhaste ao serviço do nosso Clube. Recordar a tua alegria quase de criança com que no Marquês de Pombal ou na Câmara Municipal de Lisboa festejaste com os teus colegas de equipa o nosso 24.º título nacional. 

Vai ser emocionante ter que me despedir de ti no Estádio José Alvalade no Troféu Cinco Violinos. Muito emocionante mesmo. Mas sem seres avançado, como eram esses "monstros" da nossa História, conquistaste indelevelmente o estatuto de "violino". Um "violino" da era moderna. 

Sei que sou um pouco lamechas e não deveria dizer isto para um Leão como tu, que és um lutador indomável: Foi com muita emoção que te escrevi estas linhas. 

Já tenho saudades tuas!

Obrigado por tudo!”.

P.S – Este texto para Sebastián Coates poderia servir – e serve também – para homenagear e agradecer igualmente a Antonio Adán, Luís Neto e Paulinho. Também eles de partida. Também eles enormes. Também eles ficarão eternizados na nossa História.      

  

Nineteen eighty-four

Por Mafalda Barbosa
11 Jul, 2024

Editorial da edição n.º 3984 do Jornal Sporting

1984. 

Recuamos no tempo, 40 anos, e olhamos para eventos que marcaram o Mundo para sempre.

A Apple Inc. lança o computador Macintosh, que viria a revolucionar a evolução da tecnologia. 

Svetlana Savitskaya torna-se na primeira mulher a caminhar no Espaço. Uma experiência que durou mais de três horas fora da plataforma espacial Salyut7.

Madonna lança o mítico álbum “Like a Virgin”.

“Thriller”de Michael Jackson, é pela vigésima vez disco de platina nos Estados Unidos e entra para o Guinness World Records como o álbum mais vendido de sempre.

No mundo do desporto, Fernando Mamede percorre dez mil metros de Leão ao peito em 27 minutos, 13 segundos e 81 centésimos e bate o recorde do Mundo, em Estocolmo.

“Foi com a camisola do Sporting CP que bati este recorde. Foi um orgulho enorme poder prestigiar o nome do Clube numa grande prova e ajudar a elevá-lo num momento histórico”, referiu.

Carlos Lopes, atleta do Sporting CP, conquista a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos na maratona, em Los Angeles, e estabelece um novo recorde de duas horas, nove minutos e 21 segundos. É a primeira vez na História que um atleta português atinge este feito.

2024.

De regresso a 2024, o legado do atletismo Leonino continua a mostrar a sua força competitiva.  É já este fim-de-semana que mais de 50 atletas competem pelo lugar mais alto do pódio, nos Campeonatos Nacionais de Clubes. 

Porque o passado, presente e futuro do Sporting CP reveste-se sempre de profissionalismo, dedicação e excelência.

ETERNO

Por Mafalda Barbosa
04 Jul, 2024

Editorial da edição n.º 3983 do Jornal Sporting

Poucos dias antes de completar 118 anos de uma História única, o Sporting Clube de Portugal despediu-se de um dos seus.

Partiu um dos melhores da sua História.

Manuel Fernandes tinha a capacidade de pacificar, unir e construir. E construiu, um legado que transcende rivalidades, clubes e gerações.

Transmitiu sempre o que é ser Sporting e dignificou sempre os princípios e os valores do Clube.

Um exemplo de paixão e de compromisso e uma inspiração para as gerações futuras.

Manuel Fernandes engrandeceu, não só, a História do Sporting CP, como também o desporto nacional. Será sempre uma referência não só no futebol, como no desporto em geral e na vida.

A sua generosidade e humildade tornaram-no numa pessoa querida por todos, um ser humano especial. “Só tenho a agradecer ao Sporting CP, que me tem respeitado muito, e à massa Associativa que sempre me tratou com dignidade”, referiu numa das suas muitas entrevistas.

Honraremos tudo o que Manuel Fernandes nos deu e continuaremos o nosso caminho, tendo como exemplo os seus grandes feitos. Relembrando, igualmente, todos aqueles que, ao longo destes 118 anos, se mantiveram firmes aos princípios do Clube.

São 118 anos de uma História ímpar e de um legado infindável repleto de Esforço, Dedicação, Devoção e Glória.

Uma História construída por todos aqueles que desde 1906 partilham a mesma visão e princípios que nos fazem ser Sporting CP. Daremos continuidade ao pioneirismo e à visão futurista do nosso fundador.

As lendas mantêm-se vivas na nossa História e na memória de todos nós.

Na celebração, ou na adversidade, somos sempre Sporting Clube de Portugal.

Até sempre e obrigado, Eterno Capitão!

Por Juvenal Carvalho
04 Jul, 2024

"Heróis são lembrados. Lendas ficam para sempre"

Existem textos que nunca os desejamos escrever. Acreditamos até, quais sonhadores, que é impossível virem a acontecer. Mas não, inevitavelmente aconteceu aquilo que nenhum de nós desejaria, apesar dos sinais dos últimos tempos nos trazerem já, aqui ou ali, indicadores menos bons. 

O Manuel Fernandes, o nosso Manel, o nosso Eterno Capitão, a minha referência maior enquanto Sportinguista, partiu no dia 27 de Junho de 2024, muito poucos dias após ter completado os 73 anos de idade.

A notícia chegou-me através de um grupo de Sportinguistas no WhatsApp. Assim, cruel: "Morreu o Manuel Fernandes". Esfreguei os olhos e voltei a ler como que não acreditando. Julgando que seria um equívoco ou que aquilo que estava a ler não passava de um pesadelo. Fui logo pesquisar aos sites dos jornais, acreditando que não se concretizaria aquilo que li. Mas não só se confirmou, como que quase gelei.

Estava consumada a partida da lenda. Aquele que, nascido em 1951 em Sarilhos Pequenos, e que em criança já ouvia os relatos do "seu" Sporting no velhinho rádio de pilhas e que a sua mãe, também ela uma Leoa de antes quebrar que torcer, lhe dizia desde muito cedo que ele iria jogar no Sporting CP e isso, qual premonição materna, acabaria mesmo por acontecer. Chegou ao clube do coração, vindo da CUF, em 1975/1976, e estava chegado o momento de se iniciar uma história fascinante. De classe e de amor ao emblema do Leão, onde foi jogador, treinador e dirigente. Como jogador realizou 433 jogos e fez 257 golos, num trajecto de 12 anos. Ganhou dois Campeonatos Nacionais, duas Taças de Portugal e uma Supertaça. Foi ainda Bola de Prata, por ter sido o melhor marcador, na época de 1985/1986. Depois de uma dispensa muito controversa – sim, a lenda nem sempre foi bem tratada, regressaria a casa como treinador-adjunto de Bobby Robson, primeiro, e depois como timoneiro principal ganharia uma Supertaça ao FC Porto, em Coimbra, num jogo em que estive presente, como aliás em tantos outros dele com o número 9 na listada verde e branca, dos mais de 400 que realizou com o símbolo do Leão rampante ao peito. Também foi presença regular na Selecção Nacional, e só não foi mais por manifesta injustiça, como por exemplo as ausências incompreensíveis, no Euro 84 e no Mundial 86. 

Para mim, falar do Manel é falar da figura maior do meu imaginário de jovem Leão. Daquele que, como já aqui escrevi neste meu espaço por mais do que uma vez, me "forrava" as paredes do quarto com os seus posters. Daquele que em adolescente me deu um autógrafo à saída da Porta 10-A do antigo estádio, que ainda o guardo religiosamente. Daquele que, nos célebres 7-1 ao eterno rival, me fez ficar louco de alegria a cada um dos seus quatro golos. Que momento épico. 

Quis o destino que no meu percurso de Sportinguista com ele tivesse privado algumas vezes. Em cada uma delas, menos do que aquelas que gostaria que tivessem acontecido, bebi ensinamentos. Em cada uma delas quis saber mais. A última vez que com ele estive pessoalmente, quis o destino que fosse em Parambos, a aldeia mais Sportinguista de Portugal. Um momento que jamais esquecerei.

O Sporting Clube de Portugal – mas também o futebol português, porque era inquestionavelmente um jogador e um Homem transversal, ficou muito mais pobre sem o Manuel Fernandes. O Conselho Directivo – a quem, pela mais elementar justiça quero deixar o meu obrigado pela forma como trataram o nosso Manel até ao fim dos seus dias – deu dignidade ao momento do adeus. Tantos e tantos Leões, bem como figuras gradas de outros clubes e até da nação, como o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, estiveram na despedida no Hall VIP do Estádio José Alvalade. Foi um momento de tristeza infinita, mas de um reconhecimento sem paralelo. Numa demonstração fantástica de um amor incrível ao Eterno Capitão. 

Até sempre, Manuel Fernandes! Heróis são lembrados. Lendas ficam para sempre! Por cada Leão que cair, outro se levantará!

P.S – No dia 1 de Julho o Sporting Clube de Portugal fez 118 anos de uma História inolvidável feita de Esforço, Dedicação, Devoção e Glória. 

Parabéns ao nosso grande amor!

MANUEL FERNANDES!

Por Tito Arantes Fontes
04 Jul, 2024

O nosso Grande Manuel Fernandes partiu! Foi – apesar de esperada, pelas notícias da evolução do seu estado de saúde – uma tristíssima notícia que invadiu a família Sportinguista, na passada quinta-feira, e de um modo geral, Portugal de lés-a-lés e o Mundo do Futebol!

Manuel Fernandes – é bom que se acentue – não morreu. E não morreu porque – com os seus 50 anos de Esforço, Dedicação e Devoção ao Sporting CP – ganhou a Glória! E com esta, qual “Deus”, entrou no Olimpo e ganhou a imortalidade, desde logo no coração e na memória de todos os que o conheceram e muito especialmente dos Sportinguistas.

Recordar Manuel Fernandes é reviver 50 anos da vida do nosso amado Sporting CP. Talvez até mais, um pouco mais.

Recordo que Manuel Fernandes chega ao Clube, em 1975, já com 24 anos, vindo da CUF do Barreiro, na altura senhora de uma grande equipa, jogando no seu mítico Estádio do Lavradio, de longe o melhor clube-empresa que alguma vez existiu em Portugal (pese embora outras experiências como, por exemplo, a Riopele e até o Campomaiorense).

Manuel Fernandes chega quase discretamente a Alvalade (a exemplo do que às vezes sucede no Sporting CP, como também aconteceu, há menos anos, com Bruno Fernandes), sem grandes parangonas e “cantares de hosanas”… chega para uma missão verdadeiramente impossível, a de “substituir o insubstituível”… o mítico Yazalde! O astro dos astros!

Sou desse tempo, vivi nesse tempo! E recordo que, na altura, com a saída de Yazalde (transferido, em 1975, pelo presidente João Rocha) para o Marselha, o Sporting CP – depois do extraordinário campeonato de 1973/1974 – começava um difícil período de adaptação à nova realidade do país, também dos clubes, nomeadamente com o início do ressurgimento do FC Porto (Pinto da Costa / Pedroto) e a cristalização e perpetuação do SL Benfica como “clube do regime”.

É neste contexto que, no “defeso” de 1975, aparece um tal de Manuel Fernandes como novo jogador do Sporting CP… tenho ideia que se sabia que era bom jogador, mas as dúvidas eram mais que muitas… e havia uma certeza: não era Yazalde, nem nunca o poderia verdadeiramente substituir, porque isso era simplesmente impossível!

Manuel Fernandes começou a sua carreira neste contexto e foi fulgurante a sua afirmação no Clube! Dizer fulgurante é mesmo o mínimo que se pode dizer! Era um jogador completamente diferente de Yazalde (este mais um Gyökeres da altura, um monumental “senhor de área”, com um pontapé “peyroteano”!), pois Manuel Fernandes assentava o seu futebol na inteligência, na “finesse”, na finta curta, na triangulação, no futebol assistido. Na sua extraordinária técnica individual, no seu insuperável controlo de bola… e no seu pontapé preciso, potente e sempre, sempre bem colocado!

Ao fim da primeira época Manuel Fernandes já tinha conquistado Alvalade! Uma afirmação espantosa!

Depois, depois chegou – em 1976 – outro monstro do futebol, Salif Keita! E durante três anos os dois – com o também imorredoiro Manoel do Ó e com, a partir de 1977, Rui Jordão, resgatado em Espanha para vir jogar para o seu clube do coração – tudo fizeram para dar grandeza e vitórias ao nosso Sporting CP!

Chegamos a 1980… e o Sporting CP – com, entre outros, Rui Jordão, Manoel do Ó, o jovem Freire, Ademar, Fraguito, Eurico, Bastos, Inácio, Artur, Barão, José Eduardo, Vaz e Fidalgo – alcança o primeiro título de Campeão Nacional de Manuel Fernandes… finalmente e merecidíssimo! Manuel Fernandes carimbou esse título ao marcar o primeiro golo da vitória do Sporting CP sobre o União de Leiria, no velhinho Estádio José Alvalade a rebentar pelas costuras! Antes, nas Antas, onde estive, jogámos contra o FC Porto e fomos prejudicados pelo triunvirato de árbitros de primeira… António Garrido, Carlos Correia e Mário Luís! Empatámos a um golo, primeiro um golo do Freire, tivemos um segundo golo marcado pelo Manuel Fernandes que foi anulado por um inenarrável fora-de-jogo posicional do Freire que estava noutra zona do campo, estatelado no chão, lesionado e contorcendo-se com dores… e para cúmulo o FC Porto marca o seu golo de empate através de um penálti que foi repetido, pois o nosso guarda-redes Vaz defendeu a inicial marcação do mesmo! Valeu tudo nesse jogo! Nunca se tinha visto tal coisa! Mas era o início de uma era… António Garrido, creio que duas épocas depois, foi trabalhar anos a fio para o FC Porto… a convite de Pinto da Costa, claro!

Dois anos depois, em 1981/1982, um campeonato extraordinário, com Malcolm Allison no comando técnico, o Sporting CP ganha tudo, Campeonato, Taça, Supertaça (ainda não havia Taça da Liga)! A nossa linha avançada era soberba… António Oliveira, Rui Jordão e – claro – Manuel Fernandes! Puro luxo! Segundo título de Campeão Nacional para Manuel Fernandes!

Chega, mais tarde, o final de tarde do dia 14 de Dezembro de 1986… é o dia “inteiro”, o dia em que Deus quis mesmo fazer as pazes com o Sporting CP! No Estádio José Alvalade, perante o SL Benfica, que liderava o campeonato (do qual, aliás, se veio a sagrar vencedor), o Sporting CP – superiormente comandado pelo há vários anos capitão Manuel Fernandes – cilindra implacavelmente o seu adversário por uns históricos, impensáveis e surpreendentes 7-1! Desses sete golos, quatro são apontados por Manuel Fernandes, dois de cabeça e dois com o pé direito! Alvalade entra em êxtase! Fez-se História, nesse dia! É a maior goleada de sempre em jogos entre os eternos rivais! E com os seus míticos quatro golos, Manuel Fernandes entra no impossível pódio dos três jogadores Leoninos que presentearam o SL Benfica com esse recorde de golos num só jogo! A saber, Peyroteo, Lourenço (na Luz, com um “chapéu” perfeito e tudo!) e Manuel Fernandes!

Últimas notas: que bom ter visto os nossos rivais representados ao mais alto nível nas cerimónias fúnebres no Estádio José Alvalade. André Villas-Boas e Rui Costa estiveram à altura do momento e do nosso imorredoiro Manuel Fernandes! Honraram o Sporting CP e honraram o Manuel Fernandes! E honraram as suas instituições, respectivamente, SL Benfica e FC Porto! Foi bonito e assim deverá ser!

Outras grandes figuras desses dois enormes clubes rivais foram vistas em Alvalade. Destaco, por todos, um de cada clube: António Oliveira, o homem da mítica frase “Por cada Leão que morrer outro se levantará!”, reconhecido portista e que por mil razões muita ligação tinha com Manuel Fernandes, com quem partilhou balneário, ambos com a camisola do Sporting CP! E Toni (também grande amigo de um enorme Leão, meu amigo, infelizmente desaparecido este ano, o Carlos Matos da Anadia e da CGD, onde o conheci quando lá trabalhei com ele há já 40 anos!), múltiplas vezes adversário em campo de Manuel Fernandes, que confessou o carinho e amizade que nutriam um pelo outro… ao ponto do melhor pargo da vida de Toni ter sido saboreado em Sarilhos Pequenos, na casa de Manuel Fernandes, pois claro!

Duas últimas notas, a primeira para salientar a organização exemplar das cerimónias fúnebres de Manuel Fernandes, desde logo a escolha do Hall VIP do Estádio José Alvalade. Foi tudo feito com muita dignidade e no “ponto certo”. Seguramente que ao nível do que Manuel Fernandes indiscutivelmente mereceu por toda a sua vida de dedicação ao Clube!

A segunda e última nota para sublinhar o empenho que os Órgãos Sociais colocaram em todos os momentos das despedidas a Manuel Fernandes. Foi marcante a sua presença em todos esses momentos. Foi comovente ver como o nosso presidente honrou Manuel Fernandes e se envolveu e emocionou em vários momentos. Obrigado, Frederico! Obrigado, Direcção! Obrigado, Órgãos Sociais!

Fica, em derradeiro comentário e para inolvidável memória futura, a icónica e fabulosa fotografia da entrega da Taça de Campeão Nacional 2023/2024 a Manuel Fernandes… levada ao hospital, em mãos, por Frederico Varandas e por Gyökeres, ambos de costas, e sem o homenageado nesse sumptuoso gesto presente… há mesmo fotografias que valem por mil palavras!

Calo-me, portanto… e choro, choro com o Tiago Fernandes e toda a sua querida família e toda a família Sportinguista!

Viva o Manuel Fernandes! Viva o Eterno Capitão! Viva o Sporting Clube de Portugal!

P.S 1 – Assembleia Geral – Decorreu no passado domingo a Assembleia Geral do Clube para aprovação de Contas Consolidadas e Orçamento para o próximo ano. Mais de 1.200 Sócios compareceram para votar e os dois pontos da ordem de trabalhos foram aprovados com expressivas votações na ordem dos 95%! Ainda bem!

P.S 2 – Sporting TV – O trabalho de cobertura das cerimónias fúnebres de Manuel Fernandes foi notável. Eu estava no Norte do país e sempre que pude lá ia eu passar os olhos no que se passava na Sporting TV. Um verdadeiro e profundo elo de ligação de toda a família Sportinguista! Quando estamos fora de Lisboa damos mesmo mais valor ao “nosso canal”… é que com ele estamos mesmo em casa! Obrigado, Sérgio Sousa! Obrigado, Sporting TV!

P.S 3 – Europeu e Manuel Fernandes – Foi bonito o elogio da UEFA no “minuto de silêncio” no início do jogo de Portugal com a Eslovénia. Foi mesmo – para além do resultado, consequência das fabulosas defesas de um grande guarda-redes como efectivamente é o portista Diogo Costa – o melhor dessa noite! Do resto, das opções de Martínez, pois nem vale a pena falar… é que com tanta “matéria-prima nacional”, a que foi e a que cá ficou, é mesmo difícil fazer tão pouco!

Um legado feito de vitórias

Por Mafalda Barbosa
27 Jun, 2024

Editorial da edição n.º 3982 do Jornal Sporting

27 de Junho de 1987.

Há precisamente 37 anos, o Sporting Clube de Portugal conquistava a tri-dobradinha no ténis de mesa. Numa altura em que o Trio Maravilha formado por João Portela, Nuno Dias e Pedro Miguel dominava a modalidade.

Seria a terceira dobradinha, seguida, conquistada pelo Sporting CP, algo inédito no Clube.

Mas os feitos inéditos, na História do ténis de mesa verde e branco, não ficam por aqui.

Durante onze anos, entre 1984/1985 e 1994/1995, o Clube conquistou 11 Campeonatos Nacionais de seguida e ainda dez Taças de Portugal consecutivas.

O sucesso do ténis de mesa estava assegurado por largos anos, tal era a qualidade de jogo que os atletas foram incutindo ao longo das décadas.

A modalidade que começou a ser praticada no Sporting CP, no início dos anos vinte, como uma actividade recreativa, passou a secção desportiva em 1932 e haveria de culminar, recentemente, com a conquista do 41.º título nacional pleno de vitórias.

Falar do ténis de mesa é falar também, obrigatoriamente, de Chen Shi Chao – ex-jogador notável e actual treinador exímio. Chen e os seus Leões – Diogo Carvalho, Diogo Chen, Diogo Silva e Bode Abiodun, sagraram-se Eneacampeões Nacionais, no último sábado. “Campeões nove vezes [seguidas] não é fácil. Estes jogadores trabalham comigo há muitos anos, estão habituados a ser Campeões e isso é muito importante”, referiu o treinador após a mais recente conquista.

É a terceira temporada consecutiva em que o Clube vence todos os troféus nacionais –Supertaça, Taça de Portugal e Campeonato Nacional.

“Algumas pessoas gostariam que algo acontecesse. Algumas desejam que aconteça. E outras fazem acontecer” *.

Mais uma vez, o ténis de mesa verde e branco fez acontecer. O indiscutível sabor da vitória faz parte do nosso ADN.

 

*Michael Jeffrey Jordan, um dos mais importantes desportistas da história.

O “defeso”… ainda o defeso…

Por Tito Arantes Fontes
27 Jun, 2024

Defeso – Esta fase do ano é-me, confesso, penosa… e demora a passar… nunca mais acaba mesmo! Chama-se “defeso”… é o interminável “defeso”… onde se recompõem equipas, vendem-se jogadores e contratam-se reforços… e onde todos os dias os jornais, desde logo os ditos desportivos, trazem saídas milionárias e aquisições de craques desconhecidos, dos quais o comum dos mortais – como é, notoriamente, o meu caso – nunca tinha ouvido falar!

Pré-época – Claro que avidamente procuramos as notícias do dia, todos os dias… e sim, ansiamos pelo período seguinte, a denominada pré-época! A fase em que a nova temporada se prepara com a concentração de jogadores, o dito “primeiro dia”, no qual se fazem os habituais e tradicionais exames médicos, seguidos dos primeiros exercícios físicos e depois, finalmente, os iniciais e ansiados contactos com bola!

Primeiros jogos – E depois teremos os chamados “jogos treino”, alguns até à porta fechada, que rapidamente evoluem para “jogos de preparação”, avidamente vistos e consumidos, em que nós todos procuramos descortinar o que está a ser feito e como resultará, tentando perspectivar o desenrolar da época que se inicia… tudo isto culminando no chamado “jogo de apresentação aos Sócios”, em que a equipa – no seu estádio – é formalmente apresentada aos seus apoiantes e ao Mundo em geral.

Início oficial – Depois, pouco depois, começa a época a sério, com os primeiros jogos a doer, quer de competições nacionais, quer de provas da UEFA.

A nossa pré-época – No caso do nosso Sporting CP essa pré-época inicia-se já no próximo dia 1 de Julho, data em que o nosso Clube cumprirá o seu 118.º aniversário! E teremos os primeiros jogos anunciados nos dias 17 e 23 de Julho, contra os belgas do Union SG e os espanhóis do Sevilla FC, respectivamente, no Algarve, no decurso do já tradicional estágio de Verão da nossa equipa nessa zona do país. Depois, mais tarde, realiza-se o Troféu Cinco Violinos, jogo de apresentação da equipa aos Sócios, em Alvalade. E a 3 de Agosto começa oficialmente a época… em Aveiro, a Supertaça, com o FC Porto!

Paulinho – Sabemos que está no México, pronto para assinar pelo Toluca, num negócio em que, tanto quanto se noticia, todos ganham, muito especialmente o jogador e o nosso Clube! Foste Bicampeão no Sporting! Foram quatro épocas marcantes! Quatro épocas em que foste figura central da nossa equipa! Quatro anos de dezenas e dezenas de golos! Anos de muita Glória… e de alguns momentos mais difíceis, mas sempre anos de muita dedicação ao Clube! Anos em que a massa Associativa inventou e te dedicou um cântico… teu, só para ti! Agora vais “mostrar os dentes” até que outros, noutras paragens, caiam! Partes – e isso é mesmo muito importante – querido pela imensa massa Associativa e adepta do Sporting CP! Obrigado, Campeão! Obrigado, Paulinho! Por tudo, por tanto! Sê feliz!

Ténis de Mesa – Ganhámos o nono Campeonato Nacional seguido! E o 41.º da História! E ganhámos invictos! Depois de já termos conquistado a Taça de Portugal e a Supertaça! Mais um triplete, portanto! É obra! É mesmo obra! Muitos parabéns, equipa! Muitos parabéns, Chen Shi Chao!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!

Uma História de conquistas

Por Juvenal Carvalho
27 Jun, 2024

Falar do ténis de mesa do Sporting Clube de Portugal é falar tão simplesmente de uma hegemonia verdadeiramente avassaladora. Marcada, no final do passado sábado, no jogo com o GDCS Juncal, no culminar de uma época com vitórias em todos os jogos realizados nas competições nacionais e que trouxe não só o estatuto de Eneacampeões, como com ele a conquista do nosso 41.⁰ título de Campeão Nacional, a que juntamos mais 35 Taças de Portugal e 18 Supertaças.

Pessoalmente, comecei a ouvir falar, tanto no masculino como no feminino, em lendas desta modalidade dos tempos de antanho. E desde cedo, como aliás era recorrente em todas as modalidades, comecei a ser espectador assíduo da modalidade, desde o tempo da sala do ténis de mesa situada na bancada central do antigo estádio. Corriam os tempos de José Alvoeiro, José Marquês, José Barroso e Ivanoel Moreira, entre outros. Era ainda eu muito jovem. Os jogos, que acabavam quando se conseguisse cinco vitorias e os sets eram até aos 21 pontos acabavam invariavelmente madrugada dentro e eram realizados na sexta-feira à noite. 

Depois vieram os tempos dos rapazes da minha geração, também ela recheada de títulos. Pedro Miguel, Nuno Dias, João Portela e Rogério Alfar. A eles se juntaria um jovem chinês, de seu nome Chen Shi Chao, o "chinês voador", que encantava as plateias. Era mesmo arrebatador. Este então jovem, veio para ficar. É detentor de títulos atrás de títulos e tem feito uma carreira fantástica no nosso Clube, desde jogador a treinador. Ganhar, ou ganhar, é o seu lema. Têm sido gerações atrás de gerações que passam pelas suas mãos e que têm a conquista como nome do meio.

Apelidei-o, já por aqui, como o 'Senhor Ténis de Mesa'. Epíteto que lhe cai tão bem, até por ser da mais elementar justiça. 

Este ano foi "só" o 41.º título da nossa incomensurável História. Mas não irá ficar seguramente por aqui. Desta feita, os nossos heróis foram o quarteto composto por Diogo Carvalho, Diogo Chen, Diogo Silva e Bode Abiodun. Já em Setembro, com a disputa da Supertaça, o objectivo − irremediavelmente é sempre esse, é aumentar o número de conquistas de uma secção que só sabe ganhar, com a particularidade de quando também perdeu − poucas vezes nos aconteceu nos últimos anos − se preparou para voltar a ganhar.  

Mas se falei dos protagonistas, aqueles que são visíveis, não poderia deixar de falar naqueles que estão por detrás de tudo isto. De homens de uma dedicação extrema. Sei que irei esquecer alguns, isto de citar nomes tem esse risco, mas dos que me recordo como responsáveis máximos do departamento, destaco José Dias, o "pai" de tanto do que é a modalidade nos dias de hoje, quando então era dirigente no tempo do presidente João Rocha, de José Folga da Silva, de Joaquim Leão, de Adérito Ribeiro e do actual, e já com muitos anos de modalidade, o meu amigo Miguel Almeida.

Também não poderia deixar de falar no Estevão Correia, no Carlos Santos e no Gustavo Leite, também eles com uma vida dedicada à causa, sem outro interesse que não o de servir o Sporting Clube de Portugal. 

Dos jogadores aos treinadores, passando pelos dirigentes, a História desta modalidade está escrita. E é feita de conquistas! 

P.S – E porque o Sporting CP vive uma fase em que os ventos, neste caso também as ondas, nos correm de feição, parabéns à nossa surfista Teresa Bonvalot por se ter sagrado Pentacampeã Nacional.      

Futsal é tetra!

Por Tito Arantes Fontes
20 Jun, 2024

O futsal deu-nos uma grande, enorme alegria! Conseguimos em três jogos, com três vitórias sobre o nosso adversário, o SC Braga, acabar com as dúvidas do Campeão à melhor de cinco. Foram três indiscutíveis vitórias, mostrando que, de facto, o Sporting CP é mesmo, mais uma vez e de longe, a melhor equipa de futsal em Portugal (e, por consequência e como sabemos, uma das melhores do Mundo). Nesses três jogos marcámos 16 golos e sofremos sete, ou seja, menos de metade! É obra monumental! E é o sinal, na verdade, do fosso existente!

Recordar que jogávamos contra um finalista que tinha eliminado na meia-final um contendor com pretensões ao título… o tal de SL Benfica… que tinha sido, inclusive, goleado em Braga! Esse mesmo contendor que, na altura da final da Taça da Liga, quis por em causa o nosso Taynan, a nossa equipa, a nossa vitória nessa prova!

Recordar também que este ano a nossa equipa teve mudanças na sua composição. Saíram jogadores importantes, como Guitta e Erick. Entraram outros. Mantivemos muitos. No balanço, a qualidade mantém-se! A garra também! O querer é idêntico! Temos equipa!

Recordar que temos um grande técnico! Nuno Dias, ele mesmo! Um homem que está para além do seu tempo e que marca indelevelmente o tempo presente! Um homem que já está na História do Sporting CP! Um homem que, como me dizia um amigo, entrou no Olimpo… nesse Olimpo onde estão Moniz Pereira, Reis Pinto, Ferraz e Matos Moura! Obrigado, Nuno Dias! E obrigado porque sei, como tu sabes, que queres mais… e mais ainda! E nós também! Sempre e sempre para Glória do nosso Sporting CP!

Este campeonato permitiu-nos, ainda, alcançar o almejado “Tetra”! Ou seja, conquistar pela primeira vez na História do futsal nacional quatro títulos de Campeão seguidos! É obra! E é para continuar… vamos ao Penta! Vamos mesmo, João Matos! Vamos mesmo, Zicky! Vamos mesmo, Paçós! Vamos mesmo, Merlim! Vamos mesmo, Pany! Vamos mesmo, Pauleta! Vamos mesmo, Equipa! Vamos mesmo, Nuno Dias!

Parabéns, pois, futsal!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!

P.S. 1 − Youth League: foi com grande satisfação que vimos a vitória dos nossos sub-15 nesta prova, disputada no Porto, organização da Liga de Futebol. A final contra o FC Porto foi uma bela joga, temos futuro! E Capendja é um nome a reter! Parabéns, miúdos!

P.S. 2 – Kit Jones: em boa-hora o Jornal Sporting recordou, no outro dia, o grande Kit Jones, meu ídolo de juventude! O americano da “fitinha no cabelo” que tanto furor fez nos miúdos daquela altura, nomeadamente dos que – entre outras escolas – frequentavam, como era o meu caso, o Liceu D. João de Castro, bem perto do Pavilhão da Ajuda, onde o basquetebol do Sporting CP treinava e jogava!

P.S. 3 − Joaquim Agostinho: também em boa-hora o Jornal Sporting recordou o gigante Joaquim Agostinho! O imortal Agostinho! Recordar Agostinho é mesmo viver, reviver, a História do Sporting Clube de Portugal!

O tetra é nosso

Por Juvenal Carvalho
20 Jun, 2024

Se já temos uma História sem paralelo que fala por si, a verdade é que o futsal do Sporting Clube de Portugal continua a acrescentar mais umas quantas páginas douradas ao livro dessa mesma História.  

Depois de uma época em que já havíamos conquistado a Taça da Liga, e na qual apenas detalhes, num jogo quase irrepreensível, nos impediram de ganhar nas meias-finais da UEFA Futsal Champions League ao FC Barcelona e, quem sabe, seria a nossa terceira conquista europeia. Mas ela chegará, confio que será apenas uma questão de tempo, que preconizo, numa crença inabalável, seja curto.

Mas pelo que não foi preciso esperar foi pelo TETRA. Esse é nosso e faz de nós − sempre nós − o primeiro clube a alcançar semelhante feito nesta modalidade.

A cultura de vitória está definitivamente enraizada. Nem a saída de jogadores fulcrais no início desta época fez abanar um grupo que tem a palavra vitória como uma cultura instituída.

Depois de terminada a primeira fase em primeiro lugar, fizemos uns play-off incólumes ante o Torreense, os Leões de Porto Salvo e o SC Braga. Foi mesmo de forma esmagadora que um Leão insaciável e sobretudo determinado se apresentou na quadra.

Mais uma vez coube ao capitão João Matos − uma lenda, um "monstro", um Leão imenso − com um Pavilhão João Rocha ao rubro e debaixo de um ambiente verdadeiramente único, levantar o troféu. O troféu que representa o 19.º Campeonato Nacional ganho pelo Sporting Clube de Portugal, a que se juntam duas UEFA Futsal Champions League, nove Taças de Portugal, 11 Supertaças e cinco Taças da Liga. 46 troféus no total. Que fazem de nós esmagadoramente hegemónicos na modalidade.

Falar do trabalho de Nuno Dias e da sua equipa técnica é voltar a usar os adjectivos do costume: excelência, capacidade, saber, liderança, entre tantos outros que poderia utilizar. Como li, escrito pelo jornalista André Pipa, alguém que além de escrever de forma genial, muito gosto, Nuno Dias será o obreiro, com sete títulos conquistados, em oito anos, de um feito igual aos Cinco Violinos. Serão então, a partir de agora, e com tão bem conseguido paralelismo, os Violinos do Pavilhão.

Mas também o grupo de trabalho foi sublime. Como disse atrás existiram mudanças e a saída de Guitta e de Erick, que rumaram à Rússia e a Espanha, respectivamente, e o caso de Diego Cavinato, não impediram o essencial nem a perda do foco na conquista. Além da continuidade da espinha dorsal de um grupo de jogadores maioritariamente formado no Sporting e feito de campeões, entraram Henrique Rafagnin, Rafa Felix, Taynan, Tatinho e Wesley França, este último regressado após um período de empréstimo que muito o fez crescer. Também vários jovens da formação tiveram os seus minutos de utilização. Tudo é pensado ao mais ínfimo pormenor nesta secção.

Nada acontece por acaso e se o plantel Campeão tem muitos jogadores made in Sporting, os vindouros decerto continuarão essa senda. O trabalho é muito meritório. Mais e mais conquistas chegarão.

Como na extraordinária canção de Jorge Palma, enquanto houver estrada para andar, o nosso futsal vai continuar...a vencer. A dupla formada por Nuno Dias e Paulo Luís conhece tão bem essa estrada. A que nos poderá conduzir ao penta.

Já o hóquei em patins, que caiu de pé nas meias-finais do play-off do título, numa época em que conquistámos a WSE Champions League, e o ténis de mesa, que se colocou em vantagem ante o GDCS Juncal na final do campeonato e que aspira claramente à conquista do triplete, são também modalidades com o ADN 'à Sporting'...ganhador.

P.S − Formar. Formar jogadores e homens. É este o objectivo primordial do nosso Clube. Se com ele vierem conquistas, tanto melhor. E elas vieram: Mais três modalidades abrilhantaram o nosso Museu. Parabéns aos sub-20 do andebol, aos sub-16 do atletismo e aos sub-15 do futsal pela conquista dos títulos de Campeão Nacional.

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