Jorge Jesus antevê um Rio Ave forte e com o qual os leões sentirão dificuldades diferentes das que sentiu com o Real Madrid, mas diz-se confiante

O Sporting CP irá defrontar amanhã o Rio Ave, em Vila do Conde, e embora os leões contem com um percurso irrepreensível na Liga e tenham realizado uma boa exibição frente ao Real Madrid, Jorge Jesus avisou para as dificuldades que a equipa verde e branca poderá sentir diante do conjunto de Capucho.

"O jogo de quarta-feira e o de amanhã serão histórias diferentes. O nosso chip tem de estar completamente focado no de amanhã. É bom sentir os elogios das pessoas que estão ligadas ao futebol, mais concretamente dos órgãos de comunicação social de Espanha, que deram muito mais realce à nossa boa exibição do que os daqui, mas de qualquer forma temos de estar focados no encontro de amanhã. A equipa do Real Madrid defende de uma maneira, a do Rio Ave vai defender de outra e vamos ser mais apertados com eles do que fomos na quarta-feira. Todos os anos os jogos em Vila do Conde são difíceis e este também o vai ser. Vamos ter o mesmo respeito por eles que tivemos pelo Real Madrid", esclareceu, deixando também a entender que não vai mudar substancialmente a equipa apresentada.

"A única solução para conseguir gerir e sentir que os jogadores possam estar no seu máximo é mudar apenas uma peça aqui e outra acolá. Amanhã ainda temos um treino, ainda vou ver como é que alguns jogadores se sentem em relação ao jogo com o Real Madrid. Há jogadores que correram muito e não só no aspecto físico mas também psicológico. O Marvin e o Bryan tiveram algumas dificuldades em acabar o jogo, em Madrid, portanto passa tudo sempre pelo último treino, em que analisamos os jogadores", disse Jorge Jesus.

O técnico dos leões falou também sobre as duas vezes em que já foi expulso na presente época e criticou o modelo ríspido que se está a implementar no futebol, dizendo mesmo que acha provável continuar a ser expulso no futuro. "Penso em todos os aspectos do jogo, mas dificilmente vou mudar. Não sou eu que estou errado, é a burocracia no futebol. É quererem fazer do futebol um espectaculo como a ópera ou o do fado, em que temos de estar todos calados. O futebol não é assim, é emoção desde que no limite. Vão mandar-me mais vezes para a rua de certeza, está dentro de mim", afirmou.