Rúben Amorim: "Vamos defrontar uma equipa muito difícil"
25 Out, 2024
Leões visitam o FC Famalicão este sábado
A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal regressa às provas internas este sábado (20h30), em casa do FC Famalicão, para disputar a nona jornada da Liga.
Na antevisão ao encontro, o treinador Rúben Amorim perspectivou uma partida de elevado grau de dificuldade, diante de um adversário que é sétimo classificado com apenas uma derrota e que tem complicado a vida aos Leões na história recente, especialmente quando o palco da partida é o Estádio Municipal de Famalicão, como é o caso.
“Vive-se muito o FC Famalicão naquele estádio e é muito difícil bater as equipas do míster [Armando] Evangelista. Demorámos muito tempo para vencer o FC Famalicão e no ano passado isso foi um passo importantíssimo na conquista do título. Este ano esperamos o mesmo”, começou por dizer o técnico na conferência de imprensa realizada em Alcochete, antes de analisar mais a fundo o adversário.
“É uma equipa que só tem uma derrota no campeonato, é sempre difícil de bater e tem jogadores talentosos. Eles gostam destes jogos grandes porque muitos deles estão numa fase de formação e o talento está lá, sentem-se muito confortáveis nestes jogos. Defendem bem e fazem excelentes transições. Este ano jogam de forma diferente, as características dos jogadores mudaram. Às vezes jogam com um falso avançado, muito diferente do que acontecia com o [Jhonder] Cádiz, que era mais forte de cabeça e na profundidade do que no apoio. Neste momento, o [Óscar] Aranda faz muito esse posicionamento. Esperamos um jogo complicado”.
Rúben Amorim admitiu depois que o facto de o FC Famalicão ser uma das melhores defesas do campeonato, com apenas quatro golos sofridos até ao momento, obrigou a um trabalho táctico e de preparação redobrado com a sua equipa.
“Passámos muito tempo, principalmente hoje, nessa parte específica. Eles não dão muito espaço, têm uma rotina entre o ala e o central muito interessante na forma de marcar os nossos dois jogadores do corredor. Tivemos muita atenção a isso e no posicionamento dos médios-centro também. Foi esse o foco de hoje porque não tivemos mais tempo, mas é mais fácil para nós porque os jogadores já conhecem muito bem as posições e o que queremos em campo. Vamos defrontar uma equipa muito difícil, com um treinador muito difícil e num campo muito difícil, mas estamos num momento em que temos de ganhar os jogos difíceis. É esse o objectivo”.
O líder verde e branco revelou ainda que Marcus Edwards e Eduardo Quaresma são baixas para este jogo e que Ousmane Diomande e Jeremiah St. Juste – que já teve minutos – estão recuperados, dando conta do estado clínico dos defesas do plantel.
“Temos mais opções e isso ajuda-nos a gerir os jogos, até porque vêm aí muitas competições. O Gonçalo Inácio não tem descansado e, na paragem das selecções, não treinou. Sofre dos dois males porque não descansa e, quando parou, não treinou. Não manteve a forma física, portanto é um equilíbrio difícil. Ele tem-se sacrificado pela equipa, poderá ser um dos jogadores a sair ou não. Mas isso envolve estratégia, por isso não vou dizer. Já o Matheus Reis não poderá fazer o jogo todo. O Diomande, como é mais robusto fisicamente, poderá ir a jogo. Vamos ver como é o rendimento dele porque não treinou muito com a equipa. Mas temos de olhar individualmente e ele está recuperado da entorse, vamos ver o que acontece”.
Rúben Amorim mostrou-se também agradado com o regresso de Pedro Gonçalves, que já somou minutos contra o SK Strum Graz depois de várias semanas lesionado.
“O Pote é um regresso, ainda vai demorar a voltar ao ritmo que tinha, mas é uma excelente notícia. Pode começar no banco ou ser titular, não pode é fazer o jogo todo. Se for titular, terá de sair, isso é garantido. Vamos ver se joga de início ou se entra depois”, atirou, abordando também a situação de Marcus Edwards, que não está apto e não tem tido tanto tempo de jogo neste arranque de época: “Precisamos muito do Marcus, faz-nos falta nestes jogos de blocos mais baixos”.
Rúben Amorim foi depois questionado sobre se acredita que a equipa tem condições para fazer história, com a possível conquista do primeiro Bicampeonato desde há 70 anos e a chegada, pela segunda vez – a primeira foi em 1983 - aos quartos-de-final da UEFA Champions League, tendo garantido que o grupo tem essa “ambição”, mas está ciente das dificuldades para lá chegar.
“Já disse que estamos preparados e num nível diferente, mas não quero aumentar a pressão sobre a equipa. A ambição é essa, acho que temos capacidade para isso. Mas precisamos de sorte, competência e sorte nas lesões também. Diria que essa é a nossa ambição. Vamos esperar pelo fim e não dizer agora nada sobre isso porque aumenta a pressão. Queremos ganhar o campeonato, é óbvio. O esforço de toda a gente para manter o plantel foi a pensar em sermos Bicampeões, algo que há 70 anos que não acontece. Isso leva-nos novamente à Champions e podemos compensar a parte financeira. Queremos muito fazer história, é deixar correr os jogos”.
A fechar, o timoneiro de Alvalade sublinhou a importância dos cinco jogos no espaço de duas semanas que aí vêm para as provas nacionais e internacionais.
“Até à paragem das selecções temos jogos que valem três pontos, mas às vezes há fases que transmitem uma mensagem para toda a gente. Não só para nós, mas para fora. Vamos ter agora o FC Famalicão, tivemos jogo da Champions fora, depois temos a Taça da Liga para passar à final four, depois o CD Estrela da Amadora, Manchester City FC para a Champions e SC Braga fora. Temos aqui um conjunto de jogos em que, se tivermos rendimento e ganharmos, transmite uma mensagem para nós e para toda a gente de fora. Diria que é um mês importantíssimo”, realçou.