Treinador realçou exibição "competente e dinâmica" dos Leões

No final do encontro com o AFS (6-0) no Estádio José Alvalade, o treinador do Sporting CP, Rui Borges, analisou a expressiva vitória em conferência de imprensa, no Auditório Artur Agostinho.

Indicadores deixados na partida
“A equipa foi competente e deu a resposta que tem dado, e mesmo com algumas mudanças. Tirando os primeiros 15 minutos, que foram muito mornos com o AFS a querer ‘adormecer’ o jogo, e os últimos 15, em que falhámos muitos passes, a equipa foi competente e dinâmica. Desbloqueámos com o primeiro golo e depois fomos sempre à procura de mais.”

Sporting CP é a melhor equipa a jogar em Portugal?
“Isso eu deixo para vocês, para mim a minha equipa é sempre a melhor. Na minha opinião, somos a melhor e temos demonstrado ser a melhor, mas não somos os primeiros, por isso se calhar alguém é melhor do que nós.”

O resultado expressivo alcançado
“A goleada são só três pontos. Não podemos ficar muito ‘grandões’ nesse aspecto. Poderia ser difícil ‘ligar’ a equipa depois de dois jogos de exigência máxima para jogar em casa contra o último classificado, mentalmente podia haver essa parte difícil e, se calhar, as mudanças foram importantes nesse sentido. Malta com muito boa energia e alta para manter a equipa ‘ligada’.”

Sporting CP vai poder contar com Diomande e Geny nos Açores?
“À partida, não (…) Jogo com os que tiver e, assim, vou ser competitivo, tenho de o ser. Quero ganhar na mesma, muito. Tranquilo em relação a isso. Queria ter toda a gente, não tenho, mas com os que tenho vou ganhar.”

Peso do colectivo nos bons momentos de forma de vários jogadores
“O Luis [Suárez] está a fazer um bom início de época, mas também o consegue porque o colectivo está bem. O Geny fez dois golos, o Maxi, que jogou noutra posição, também, por isso, acima de tudo, valorizo o colectivo e, depois, vai sobressaindo um ou outro jogador. É sinal de que estão todos na mesma sintonia e valoriza o que tem sido o crescimento colectivo da equipa.”

Eventual renovação de Matheus Reis
“Não me ponho muito nesse papel, é algo mais para a estrutura e eles sabem aquilo que queremos para o futuro do Sporting CP. O Matheus tem sido um jogador muito importante e vai continuar a sê-lo, não só pela sua experiência, mas também pelo seu carácter e pela energia que passa quando joga. É um jogador muito importante no grupo e de quem gostamos muito todos nós.”

Ioannidis e Suárez juntos no ataque como solução sem ‘Pote’?
“Vamos tentando e treinando algumas coisas diferentes, mas jogue quem jogar acho que vão dar resposta. O Maxi deu resposta, o Alisson também, bem como o Quenda, quando jogou, e o Fotis, se jogar, vai dar resposta. Acima de tudo, o importante é senti-los com vontade de ajudar e percebem o que têm de fazer em cada posição. Isso deixa-me feliz.”

Evolução durante praticamente um ano de Rui Borges no comando técnico
“Claramente, sou melhor treinador e, claramente, o Sporting CP é melhor equipa, porque tem mais a minha marca e mais tempo de trabalho. Agora, o futuro o dirá. Vim para um desafio enorme, fez-me crescer e sinto que evoluí muito.”

A aposta de Maxi Araújo mais subido no terreno
“Dá coisas diferentes ali. Sabemos que ‘pica’ muito a linha defensiva, faz diagonais, tem muita agressividade e precisávamos disso. O Maxi dá-nos isso, fez golo por causa disso e era importante tê-lo a chegar à área. Com pequenos pormenores quisemos criar superioridades e deixar a linha defensiva do AFS desconfortável e felizmente conseguimo-lo.”

Saída de Gonçalo Inácio ao intervalo
“Foi para gerir, porque não estava totalmente a cem por cento e, além disso, vamos perder o Diomande e não quisemos correr esse risco.”

A ausência de Morten Hjulmand
“Ficou de fora porque estava doente, com alguns sintomas, o Iván [Fresneda] também e o Luis já esteve. Deixem-me falar do Morten, porque deu mais uma demonstração do que é ser um líder. Se calhar, podia jogar, mas disse-me: ‘míster, não estou a cem por cento, há colegas meus que estão melhor do que eu e é melhor estar alguém a cem por cento’. Demonstra bem o seu respeito pelos colegas, pela equipa e a sua ambição.”