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Uma perfeita comunhão

Por Juvenal Carvalho
22 Set, 2023

Não faço futurologia, porque não tenho esse dom. Não entro em euforias, por forma de estar.  

Uma coisa que não consigo deixar de dizer, por ser por demais evidente, é que existe no momento actual um clima de comunhão da bancada para o relvado como há muito não se via no nosso Clube. A tal onda verde que está a crescer. Que mesmo ainda tão no início, sem euforias desmedidas, é por demais evidente. 

O Estádio José Alvalade − que lindo está a ficar com esta remodelação no seu interior e exterior − é na actualidade o verdadeiro Nobre Vulcão que empurra a equipa, até nos momentos em que a bola demora a entrar, como foi o caso do último jogo ante o Moreirense FC. As bancadas, a rondar os 40 mil espectadores, têm sido a mola impulsionadora, mas a forma como os comandados de Rúben Amorim se têm exibido nos cinco jogos até ao momento realizados têm sido para isso determinantes. Um perfeita simbiose. 

Reportando-me apenas ao jogo do passado domingo, ante uns 'cónegos' que apareceram em Alvalade ousados e com a lição bem estudada, foi uma exibição em crescendo da nossa equipa. Duas bolas no poste e duas grandes defesas do guarda-redes adversário, levaram injustamente o resultado em branco para o intervalo. Mas não com ele a descrença.

Na segunda parte, com a continuidade da comunhão entre os Sportinguistas, foi à "bomba" que, chegados os 55 minutos, Morten Hjulmand deu justiça ao que se passava no relvado. A tal "bomba" que já em Braga havia dado um golo que lhe foi retirado pelo VAR. Um verdadeiro "polvo" no meio-campo, este dinamarquês, que tanto promete. Um "tampão" a defender e rectilíneo na transição para o ataque. Como também promete − muito − o sueco Viktor Gyökeres, que já conquistou o coração dos adeptos. É pura classe feita de muito talento e de uma infinita raça. Foram duas contratações cirúrgicas, que vieram acrescentar qualidade à valia que já existia no nosso plantel.

Agora, na lógica de que o futuro é o próximo jogo, este marcou o início da UEFA Europa League, que na hora do fecho do Jornal Sporting ainda não se sabia o resultado, e já na próxima segunda-feira, novamente em nossa "casa", com o Rio Ave FC. Continuem a dar-nos esperança. Aquela esperança tão peculiar no reino do Leão. Que a auréola se mantenha.

Mas não é só dentro do campo, e no futebol, que se sente um Sporting CP pujante. Também, e é muito difícil a alguém rebater esta realidade − sabendo que num clube desportivo tudo isto pode ser muito volátil − se sente um clube a melhorar em sectores vitais como o marketing, com a venda da totalidade das Gamebox para o futebol e com a comercialização de sucesso do terceiro equipamento alusivo ao "nosso" Cristiano Ronaldo a bater todos os recordes de vendas. Somos hoje um clube mais moderno. Mais adaptado aos novos tempos. Se está tudo bem? Não, até porque ser do Sporting Clube de Portugal tem que ser, sempre e em qualquer circunstância, sinónimo de exigência máxima e de continuar a procurar melhorar, mesmo aquilo que já está bem.

Que se continue a viver esta onda verde, fazendo-a crescer a cada jogo, sejam eles em casa ou fora. Esta comunhão perfeita poderá ser um factor determinante. Passo a passo. Jogo a jogo. Nos bons, mas sobretudo nos momentos menos bons que possam aparecer, Ser do Sporting CP tem que ser sempre isto. A ganhar ou a perder, todos juntos pelo nosso ideal.