Escrevo este espaço com um sorriso nos lábios. Um sorriso que, afinal, nos abarca a todos. A todos mesmo, no sentido lato. Porque, se ser do Sporting Clube de Portugal é, por si só, um motivo de enorme alegria mas também, e muito, de um infinito orgulho, podemos dizer bem alto que estamos a viver um bom momento. Um momento que, arrisco, seja um dos melhores da nossa existência e onde sinto que temos um Clube vivo...e bem vivo. Um Clube que tem uma marca que fala por si e que está retratada no nosso Museu. Uma marca indelevelmente ganhadora.

E nessa lógica, a lógica das conquistas, o passado fim-de-semana simbolizou isso na perfeição. 

Conquistámos as Supertaças de futebol feminino e de andebol e ambas com um denominador em comum: o finalista vencido foi o eterno rival – que assumo ser o adversário que me dá mais gosto ganhar. 

E tão bem degustei estes dois títulos.  Tinha melhores expectativas para o andebol. Sobretudo porque vínhamos de um histórico triplete, ao contrário do futebol feminino, que estávamos sem ganhar troféus há duas épocas.   

Mas Mariana Cabral já tinha avisado, e os indicadores iam todos nesse sentido, de que o Sporting CP estava preparado para ganhar este troféu – e não só. E o que assistimos foi a uma equipa reforçada cirurgicamente para sectores determinantes, que mesmo nos maus momentos se soube unir. Dar as mãos e não cair. Até que para o fim estava guardado o melhor bocado. Primeiro a recém-chegada Telma Encarnação – que já festeja "à Gyökeres" e depois Cláudia Neto, fizeram a reviravolta e consumaram a conquista da terceira Supertaça do nosso historial. Agora, chegou a vez do Campeonato. Já amanhã, ante o Estoril, teremos a primeira jornada na Academia Cristiano Ronaldo e vamos à procura da caminhada rumo à reconquista. A época passada foram detalhes. Pequenos detalhes que nos faltaram para ser campeões.

Esta que agora se inicia e que marca o regresso das Leoas à Liga dos Campeões Europeus, onde ante as germânicas do Eintracht Frankfurt nos espera um adversário de peso para iniciar o caminho do apuramento rumo à fase de grupos, tem tudo para ser muito boa. Vamos a elas, Leoas!  

Já no andebol foi a continuidade, ou o mais do mesmo, de um grupo de trabalho fantástico – o nosso.

Depois de na meia-final termos tombado o ABC de Braga de forma clarividente, para a final estaria guardada mais uma demonstração de classe... quanta classe.  Foi a vez do eterno rival se vergar à esmagadora superioridade de um Leão feito de talento, mas também de muito trabalho. De um trabalho fantástico de Ricardo Costa, um timoneiro de excelência. Já no próximo fim-de-semana teremos a disputa da Supertaça Ibérica, com a meia-final agendada para sábado frente ao Torrelavega; na próxima quarta-feira iremos iniciar o campeonato com uma deslocação sempre complicada ao reduto do Águas Santas. Teremos também, ainda no mês de Setembro, o regresso à Liga dos Campeões, num caminho que se irá iniciar no Pavilhão João Rocha, ante os polacos do Wisla Plock. A época será longa. Fazer um bom desempenho na montra do andebol europeu e repetir o triplete será pedir muito? Uma coisa sei. Existe muita competência para que esse desiderato seja possível. Caminhemos atrás dele. Como Leões! 

P.S – No sábado, ante o FC Porto, não quero vinganças, porque no desporto e na vida essa expressão não faz parte do meu léxico. Quero sim a continuidade de um Sporting CP que tem estado muito forte. 

Rumo à vitória, rapazes!