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Acreditem, pelo Daniel e pelo Guilherme

Por Juvenal Carvalho
20 Fev, 2025

A Lei de Murphy aplica-se na plenitude aos primeiros minutos do jogo do passado sábado, ante o FC Arouca. Duas lesões, uma delas muito grave, e um golo verdadeiramente atípico do adversário, pouco augurava de bom para o que faltava. Foi decididamente um correr contra as contrariedades, e tantas elas foram. A infelicidade bateu-nos à porta, mas nada nos poderá demover do essencial. E este empate caseiro, aliado à saída das provas europeias, se não é bom, longe disso, também não pode ser um drama. O desporto é feito de momentos. Este terá de ser já invertido na Vila das Aves. Faltam 12 jogos que terão de ser vistos como "finais". Baixar a cabeça não é o ADN do Leão. E da têmpera de que estes jogadores são feitos só a vão baixar, estou certo, para beijar o símbolo. É essa a máxima que todos temos de assimilar, e fazer dela "bandeira". Só assim, unos e indivisíveis conseguiremos o objectivo, que passa pelo Bi. Está mais difícil? Sim. É possível? Obviamente.

Deste jogo atípico e cheio de vicissitudes, que culminou com a perda de dois pontos que permitiram a aproximação dos nossos rivais na classificação, a pior das notícias nem foi essa. Infelizmente, o azar voltou a bater à porta de Daniel Bragança. Mais uma vez. Uma contrariedade que ele, afinal como todos nós, se apercebeu logo que seria grave, como o atestava a cara de pânico com que saiu do relvado. O Daniel Bragança é um produto da nossa formação e um inegável talento a quem a sorte não lhe tem batido à porta. Mas esta será mais uma "batalha" que ele vai ganhar. Ele, como nós, é da raça que nunca se vergará. Força, rapaz. A família Leonina caminhará a teu lado. Vais regressar ainda mais forte.

Mas existe mais clube além do que aquilo que se passa nos relvados. O Sporting Clube de Portugal é mesmo, de forma inquestionável, muito mais do que um clube desportivo. É também, e com que orgulho Leonino o digo, um clube que se diferencia pelo seu papel social. Variadíssimos são os exemplos dados ao longo dos tempos. E como mais uma prova desse factor diferenciador, a passada quinta-feira foi marcada por um momento fantástico no Pavilhão João Rocha, quando no jogo da EHF Champions League, ante os macedónios do HC Eurofarm Pelister, o Guilherme, um jovem autista que transporta o símbolo do Leão no coração e que encontra na equipa de andebol, e a cada deslocação a sua "casa", um factor muito importante para o seu estado emocional, recebeu da equipa que tanto gosta de ver jogar, uma camisola do Sporting CP, com o seu nome estampado.

Um momento que o Guilherme jamais esquecerá. Um momento daqueles que tanto nos orgulha e enobrece. Decididamente, somos um clube que se pauta pela diferença. Nas vitórias e nos momentos menos bons.

Somos Sporting Clube de Portugal!