CAMPEONATO NACIONAL I – No último sábado cumprimos o jogo da 22.ª jornada do Campeonato, contra o FC Arouca, no Estádio José Alvalade. Foi um jogo que de modo inesperado fomos complicando e deixámos que se complicasse. Gyökeres (ainda à procura de recuperar a sua melhor forma) foi titular e isso até nos poderia ter dado alguma tranquilidade, mas não foi isso que se passou. Sofremos um golo surreal ainda antes de concluídos os primeiros dez minutos, sem nada que o justificasse, nem nada que o previsse. Um golo todo ele obra de dois dos nossos jogadores: St. Juste e Rui Silva! Ficámos a perder e pouco depois tivemos logo de fazer duas substituições inesperadas: a primeira para saída de St. Juste (entrando Debast), lesionado numa intervenção ainda antes do lance de autogolo e que, assim, nem tempo teve para se redimir desse mau momento; a segunda, três minutos depois, para substituir o desafortunado Daniel Bragança por Conrad Harder; ambas as alterações provocaram sensíveis mexidas no esquema táctico e na abordagem da equipa ao jogo. Apesar desse somar de infortúnios a equipa reagiu bem e Harder, a passe de Gyökeres (e este antes servido por Francisco Trincão), estabeleceu o empate. Parecia que afinal poderíamos recuperar o jogo. Mas, infelizmente, mesmo ao findar da primeira parte, é apitado penálti contra nós por falta – assinalada pelo VAR – de Hjulmand, que viu ainda ser-lhe mostrado o cartão amarelo. O FC Arouca vê-se, assim, novamente em vantagem. Entrámos bem na segunda parte, rapidamente se percebeu que a nossa equipa vinha com a disposição de alterar as coisas. Contudo, pelos sessenta minutos de jogo, Hjulmand – depois de uma hesitação – acaba por fazer falta sobre o adversário e viu cair sobre ele o rigor do árbitro, com a amostragem do segundo amarelo e a consequente expulsão. Ficámos a jogar com dez… e, confesso, gostei do que vi a partir daí, nomeadamente da reacção da equipa a tanta adversidade (autogolo, penálti no mínimo desnecessário, expulsão de Hjulmand). Vi uma equipa que lutou, que correu, que teve garra, que estava em busca da felicidade. Fê-lo de  um modo abnegado, que não tenho visto salientado na nossa comunicação social. E fê-lo também de modo a calar quem por aí dizia que o Clube não tinha pernas para as segundas partes. Afinal tinha, mesmo a jogar com dez tinha mesmo pernas, coração e tudo o mais que é necessário para jogar futebol e ganhar jogos! Com esse porfiar chegámos, quando faltava um quarto de hora para o jogo acabar, ao golo do empate, marcado pelo inevitável Francisco Trincão, com preciosa assistência de Conrad Harder. Tudo era ainda possível… e era mesmo, até final foi um jogo muito disputado com o Sporting CP claramente em busca da vitória e o jogo muito aberto e “partido” a permitir perigosos contra ataques ao FC Arouca. Falhámos já depois dos noventa minutos duas bolas de golo claro, uma por Harder que rematou com um subtil toque de calcanhar (seria um golo verdadeiramente monumental!) e outra por Gyökeres, isolado, que de cabeça não conseguiu meter o esférico na baliza. O adversário foi tendo vários lances perigosos que contaram com o esforço dos nossos defesas e sobretudo com a extraordinária exibição de Rui Silva, que assim se redimiu do seu infortúnio no lance do autogolo, defendendo tudo o que era rematado, inclusive com adversários que lhe apareciam isolados e prontos a disparar.

CAMPEONATO NACIONAL II – Corolário do empate é continuarmos a liderar destacados o Campeonato, agora com dois pontos de avanço sobre o segundo classificado e seis sobre o terceiro, pois estes dois rivais venceram os seus jogos. Temos tudo para continuar no nosso caminho de liderança, de vitória em vitória! Na certeza de que não trocaria nunca a minha actual posição no Campeonato por nenhuma outra! Façamos o nosso trabalho, de modo competente, lutando contra tudo e todos, com as lesões e outros infortúnios que temos tido, sejamos numa palavra Leões! E já neste domingo, nas Aves, é mesmo para ganhar e trazer os três pontos! Sabemos das dificuldades em montar o nosso 11, fustigado com lesões e também com castigos, mas ainda assim, jogue quem jogar, incluindo jovens que sejam chamados, sabemos do valor da nossa equipa, do seu querer, da sua garra! Força, equipa! Força, Leões!

LESÕES/DANIEL BRAGANÇA – Especial referência ao infortúnio que novamente atingiu o nosso Dani! Agora foi no outro joelho. Fica “vacinado” para a vida! Foi sintomática a sua reação com a expressão de dor e desalento e a frase viral “Pá, o joelho não, por favor!”. Sabemos que vai ter recuperação demorada e que já não regressa nesta época. Ainda assim, há esperança de que o tempo de recuperação seja inferior ao da lesão de há dois anos. Oxalá assim seja. Força, Dani!

PEDRO PROENÇA/FPF – Decorreu no final da semana passada o acto eleitoral dos novos corpos sociais da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Pedro Proença é o eleito – como eu próprio defendi em artigo que foi publicado no Observador – com larga margem. Respigo uma das suas ideias fortes, que o próprio, salientou na declaração que produziu no dia da sua eleição, a de ser fundamental que o futebol português ultrapasse o quadro de “uma arbitragem fraca ou uma disciplina incompreensível”. Todos sabemos que isso é decisivo, mas também todos sabemos que isso – depois dos tais mais de “quarenta anos” que agora podem mesmo ter acabado – não se faz com um estalar de dedos. É preciso coragem e é preciso combater vícios de décadas que – ao contrário da falsa e hipócrita lengalenga que os “três grandes” são e sempre foram  equitativamente beneficiados –  muito penalizaram e penalizam o Sporting CP! Pedro Proença anunciou também que vinha para “fazer o bem”! Oxalá! O futebol português muito lhe agradecerá! E nós, todos aqueles que muito gostamos desse extraordinário desporto, também muito lhe agradeceremos! Tenhamos esperança num novo ciclo.

Viva o Sporting Clube de Portugal!

P.S 1 – Está também a terminar no Conselho de Disciplina da FPF o triste e sinistro consulado de Cláudia Santos! Uff! Finalmente… é que, como diz o nosso povo na sua “sábia sabedoria”, não há mesmo mal que sempre dure!

P.S 2 – Termina igualmente o mandato de Fernando Gomes como presidente da FPF. Fica, como sua pesada herança, Martínez… e – contrariamente ao que às vezes vou por aí lendo e ouvindo – não é a esses dirigentes que maioritariamente devemos o facto da nossa Selecção ter ganho um Europeu e uma Liga das Nações… isso deve-se mesmo, por muito que lhes custe, aos jogadores, capitaneados pelo lendário CR7! E secundados por uma plêiade de jogadores de elite, maioritariamente formados na nossa Academia, a tal que orgulhosamente ostenta o nome do seu maior!