CSKA se fazem...
25 Ago, 2015
Recorde as eliminatórias ganhas após um 2-1 em casa
"Se o Sporting passar e o Peres marcar um golo, ofereço-lhe o casaco”. O dirigente ‘leonino’ Jaurés de Oliveira tinha comprado um vistoso casaco para combater o frio de Dezembro e o internacional português ficara com pena de não lhe ter seguido os passos. Ficou a promessa, felizmente concretizada: depois do 2-1 na primeira mão em Alvalade (golos de Figueiredo, Magli e Peres), os comandados de Fernando Caiado deslocavam-se a Florença para defrontar uma Fiorentina que contava com nomes como o guarda-redes Albertosi ou o avançado internacional brasileiro Amarildo. Os italianos marcaram primeiro, por Maraschi, mas Peres igualou as contas aos 57 minutos e deu a passagem à fase seguinte da Taça das Cidades com Feiras de 1967/68, naquela que foi a primeira vez em que os ‘leões’ conseguiram defender uma vantagem de 2-1 trazida da primeira mão em casa (dois anos antes, tinham perdido nas mesmas condições com o Espanyol).
Hoje, e por muito bom que fosse o casaco, trocámos os tostões pelos milhões – há muito mais dinheiro em jogo. E o Sporting tem uma oportunidade de ouro para se recolocar na fase de grupos da Liga dos Campeões, depois de ter afastado dois fantasmas que pairavam por Alvalade: os encontros contra equipas russas (que tinham um saldo de um empate e quatro derrotas) e a derrota na final da Taça UEFA de 2005, com o adversário no ‘playoff’ da Champions. Adaptando o ditado, CSKA se fazem, CSKA se pagam. E a história mostra que existem boas razões para acreditar na passagem para além da evidente qualidade de jogo do actual conjunto ‘leonino’.
Em 2004/05, a formação ‘verde e branca’ passou duas eliminatórias nos mesmos moldes. Primeiro frente ao Feyenoord: após um encontro em casa que terminou com Custódio expulso (64’) e duas grandes penalidades por assinalar (onde é que já vimos este filme?), os comandados de José Peseiro (na bancada por castigo) repetiram o triunfo na Holanda com golos de Liedson e Rochemback. Um banho de bola na Banheira de Roterdão. Mais tarde, foi a vez do filme se repetir com o AZ, no célebre golo de Miguel Garcia no último minuto do prolongamento em Alkmaar que valeu a passagem à final. Já em 2011/12, o Sporting conseguiu defender a vantagem de 2-1 frente ao Metalist com um empate a uma bola em Kharkiv (golo de Wolfswinkel), antes de ser eliminado pelo Athl. Bilbao nas meias-finais a três minutos do fim. Vale o que vale, é história. Mas a história existe também para ser recontada e esse capítulo contra russos já começou a ser refeito em Alvalade.
Leia mais na edição desta semana do Jornal Sporting de 20 de Agosto.