Pavilhão dos Leões de Porto Salvo (Oeiras)
Árbitros: Raul Maia (Vila Real) e Rui Silva (Viseu)
Ao intervalo: 0-2
LP Salvo: Carlo, Bruno Cardoso, Diogo Santos (C), Chinobi e Bruno Santos. Jogaram ainda: Hugo Eduardo, Xavi, Beto, Fonseca, Pauleta, Fábio e Papa
Treinador: Ricardo Lobão
Marcadores: Bruno Santos (27') e Pauleta (33')
Acção disciplinar: cartão amarelo a Xavi (30')
SPORTING: Gonçalo Portugal, Cavinato, Djô, Diogo e Fábio Lima. Jogaram ainda: Paulinho, Varela, Fortino, João Matos (C), Miguel Ângelo, Caio Japa, Afonso e Paulo Pereira
Treinador: Nuno Dias
Marcadores: Cavinato (5', 14' e 35'), Djô (21'), Fortino (25' e 27') e Diogo (34' e 37')
Acção disciplinar: cartão amarelo a João Matos (12'), Caio Japa (26'), Diogo (26') e Afonso (37')
Foi a primeira coisa que saiu da boca de Nuno Dias depois do encontro: “O resultado não espelha as dificuldades que tivemos”. E bem o pode dizer. Na primeira deslocação do Sporting na presente temporada, os ‘verde e brancos’ encontraram um adversário aguerrido, que não se limitou a ficar enterrado na sua zona defensiva, à espera do erro alheio e a explorar as transições rápidas. Antes, procurou ter bola e construir jogo, dificultando – mas também abrilhantando – a tarefa ‘leonina’.
O Sporting entrou em jogo tentando impor o seu futsal e marcando o ritmo do jogo. Logo aos dois minutos, Diogo atirou uma bomba aos ferros da baliza defendida por Carlo e, de seguida, Fábio Lima podia ter inaugurado o marcador na sequência de uma bola colocada nas costas da defensiva de Oeiras. Mas Cavinato fez melhor do que os companheiros e soube explorar uma falha defensiva do adversário para, no corredor central, chutar colocado depois do canto apontado por Fábio Lima pela direita. Em desvantagem, os Leões de Porto Salvo tentaram dar réplica, mas esbarraram sempre na forte pressão defensiva do Sporting, o que fazia que, mesmo com a bola nos pés, a equipa de Oeiras não conseguisse imprimir objectividade (e consequentemente profundidade) nas suas movimentações ofensivas – nem aproveitar algumas desatenções dos ‘leões’, que poderiam ter originado transições perigosas, como aconteceu aos 8’, quando Fortino perdeu a bola em zona proibida e Xavi rematou perto do poste.
O Sporting criou mais três boas oportunidades, por Varela, Paulinho e Diogo, até que, em tarde-sim, Cavinato desbloqueou o desacerto ‘leonino’ e, em mais uma jogada estudada, fez o 2-0: num fora pela esquerda, Fábio Lima tocou curto para Diogo que, pela sua movimentação, deu a entender que ia rematar mas, ao invés, isolou o internacional italiano, que não perdoou. O jogo seguiu para intervalo, mas não sem antes o Sporting criar mais um punhado de boas ocasiões. Já com o regressado Caio Japa em campo, Fortino falhou por três vezes, primeiro permitindo a defesa do guardião Carlo numa transição rápida, depois numa recarga a livre apontado por Djô e, finalmente, num contra-ataque iniciado por Varela.
A equipa de Ricardo Lobão ainda acreditava na reviravolta, mas o início da etapa complementar foi-lhe fatal. Bastaram apenas sete segundos para, na bola de saída, Djô aproveitar a passividade da defesa da casa para concluir a assistência de Fábio Lima e fazer o primeiro da sua conta pessoal na presente temporada – num lance em que o pivot Hugo Eduardo, irmão do futebolista dos ‘leões’ João Mário, ficou muito mal na fotografia. Em seguida, foi Fortino a deixar o seu nome na ficha de jogo, marcando dois golos de um sopro: primeiro a concluir o bom trabalho de Diogo na ala esquerda, que ganhou a linha de fundo e conseguiu atrair o guardião Carlo, e depois numa transição rápida iniciada por Varela. Apesar da pesada desvantagem, a equipa da casa continuava a acreditar e, em vez de se encolher na sua zona defensiva, imprimiu uma atitude ofensiva que, de início, até se revelou frutífera: Bruno Santos aproveitou um passe falhado de Miguel Ângelo na saída para o ataque e desferiu um bom remate em zona central, reduzindo para 5-1, sem hipóteses para Gonçalo Portugal (que jogou lesionado, visto que sofreu um traumatismo no quinto dedo da mão esquerda, do qual resultou uma fractura da segunda falange, tendo sido operado esta terça-feira); e pouco depois Pauleta também marcou numa transição rápida que começou numa falta clara de Chinobi sobre Diogo, não assinalada. Mas o ímpeto atacante da equipa da casa também originou vários desposicionamentos que mataram a partida para o lado dos ‘leões’. Diogo fez o 6-2 numa boa pressão defensiva na saída de bola do adversário, bisando pouco depois numa transição rápida de Varela. Pelo meio, Cavinato ainda fez o ‘hat-trick’ com um remate certeiro, após assistência com regra e esquadro de Diogo, fechando as contas de um jogo em que a ambição fez a ocasião dos ‘verde e brancos’.