Pavilhão Multiusos de Odivelas
Árbitros: Wilson Soares e Eduardo Coelho (Aveiro)
Ao intervalo: 1-0
SPORTING: Marcão, Pedro Cary, Djô, Diogo e Fábio Lima. Jogaram ainda: Fortino, Alex Merlim, João Matos, Miguel Ângelo e Caio Japa
Treinador: Nuno Dias
Golos: Alex Merlim (3'), Fortino (30' e 37') e João Matos (38')
Acção disciplinar: cartão amarelo a Pedro Cary (9'), Miguel Ângelo (16') e João Matos (19')
Burinhosa: Welton, Espanhol, Tiago Moreira, Bruno Cintra e Nino. Jogaram ainda: Russo, Claudinho, Marquinhos, Pimpolho, Fábio Catarino e Nini
Treinador: Kitó Ferreira
Golos: -
Acção disciplinar: cartão amarelo a Fábio Catarino (11') e Claudinho (36')
O Sporting queria regressar às vitórias depois da derrota tangencial na Luz mas teve pela frente um adversário aguerrido e bem orientado, que lhe dificultou as contas – e, consequentemente, lhe abrilhantou a vitória suada e justa. Bastava ver a forma como a Burinhosa entrou em campo, de linhas subidas e boa pressão defensiva, para perceber que a equipa de Alcobaça não iria jogar como a maioria dos adversários que viaja até Odivelas e que ia disputar a partida até ao final.
Ainda assim, a iniciativa atacante pertenceu, naturalmente, ao Sporting, que criou a primeira oportunidade com apenas dois minutos de jogo: Marcão efectuou um passe longo para Diogo, na ala esquerda, que rematou para a primeira (de muitas) defesas do guarda-redes Welton. Um minuto depois, os ‘leões’ puseram-se finalmente na frente através de um livre frontal à baliza em que Merlim aproveitou o mau posicionamento da barreira forasteira para atirar ao ângulo e abrir a contagem. Podia esperar-se que a Burinhosa recuasse no terreno mas a equipa de Alcobaça manteve-se de linhas subidas, pressionante, intensa – e, sobretudo, bem posicionada. De tal forma que Marcão explorou várias vezes a situação de guarda-redes adiantado, para procurar criar superioridade numérica no terreno de jogo e desposicionar o adversário. Foi assim que o Sporting criou mais duas oportunidades de golo: a primeira por Caio, que, na ala direita, obrigou Welton a defender para canto e a segunda por Diogo, na sequência de uma excelente jogada colectiva iniciada no guardião dos ‘leões’.
Djô ainda criou mais uma ocasião soberana, numa boa jogada pela direita, em que puxou para dentro e rematou colocado para defesa de Welton, mas depois o jogo entrou numa toada mais equilibrada e a Burinhosa até podia ter chegado ao golo num lançamento longo de Welton para o pivot Claudinho, nas costas da defesa ‘leonina’, que terminou com a bola a embater na barra já com Marcão batido. À ida para o descanso, Fortino deu o aviso de que estava em noite-sim e, com um toque soberbo de calcanhar, quase fez o 2-0.
A etapa complementar manteve, até certo ponto, o equilíbrio entre as duas formações. O primeiro remate com perigo pertenceu aos forasteiros, com Marcão a defender a tentativa de Pimpolho de empatar a partida, na sequência de uma transição rápida. Na resposta, foi Welton que voltou a brilhar, defendendo o remate de Fortino após passe magistral de Merlim – o mesmo que protagoniza, instantes depois a verdadeira grande oportunidade do segundo tempo: num movimento que lhe é habitual, o italo-brasileiro progrediu pela ala esquerda, puxou para dentro e desferiu um remate colocado que embateu nos ferros.
Aos poucos, a superior qualidade individual do Sporting falou mais alto e Fortino ajudou a implementar a lei do mais forte. Primeiro, isolou Pedro Cary com mais um gesto de calcanhar de arregalar o olho e depois marcou, num sopro, mais dois golos para os ‘verde e brancos’: o primeiro num remate cruzado pela direita após assistência de João Matos, em seguida num grande remate pelo flanco contrário, que entrou rente à trave. A formação de Alcobaça ainda tentou o 5x4, avançando Pimpolho, mas a estratégia desposicionou a equipa, que ainda sofreu o quarto por intermédio de João Matos, que numa boa simulação de corpo, enganou o adversário e chutou a contar para o regresso às vitórias (e às goleadas) dos ‘leões’.