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Qual elefante na sala?

Por Jornal Sporting
11 Out, 2018

Editorial do director interino para a edição n.º 3697

Não há como contornar a derrota da equipa principal de futebol, no passado domingo, em Portimão, frente ao então lanterna-vermelha da Liga NOS. Sofrer quatro golos e marcar apenas dois deve ser motivo de análise interna, em grupo, de balneário blindado, identificando os erros e percebendo como não voltar a repeti-los. "Valemos mais do que aquilo que mostrámos", explicou o técnico no final do encontro, adiantando que a equipa ficou demasiado exposta aos perigos do contra-ataque adversário.

Não há qualquer elefante na sala. Primeiro porque, na verdade, o resultado foi e continua (e bem) a ser escrutinado por todos. É o papel que cabe a cada um. O que terá de acontecer é que os eventuais histerismos sobre a desgraça que parece abater-se sobre a equipa de cada vez que há um resultado negativo, não afectem o normal trabalho que tem vindo a ser desenvolvido. Nem sempre o cenário é tão mau como pintam os pessimistas ou tão bom quanto os optimistas querem fazer crer. Há, algures no meio, um equilíbrio que se pretende consciente, ainda que difícil de alcançar.

Roberto Severo, team manager, veio a público defender isso mesmo, acrescentando: "Os jogadores reconhecem, mais do que ninguém, quando as coisas não correm bem. São os primeiros a fazê-lo". São, igualmente, os mais interessados em querer provar que a deslocação ao Algarve foi apenas um acidente de percurso que ninguém quer ver repetido. Nesse sentido, o período de paragem que se iniciou – duas semanas para compromissos de selecções –, não veio propriamente na melhor altura. Os jogadores pretendiam regressar aos relvados e sacudir o último resultado das memórias, mas este 'prolongamento' terá de servir para enraizar bem as consequências do episódio. Não esquecer é meio caminho andando para não se repetir.

Noutro plano mediático, as equipas de râguebi feminino e ténis de mesa masculino conquistaram as respectivas Supertaças, alcançando assim o triplete ao juntarem o troféu aos títulos de campeões e Taças de Portugal. A equipa orientada por Nuno Mourão foi às Caldas da Rainha, no feriado de 5 de Outubro – dia do râguebi por marcar o início da temporada –, e derrotou a Agrária de Coimbra, que tinha eliminado o Benfica no caminho até ao jogo da decisão. A formação comandada por Chen Shi Chao manteve, em Cinfães, o registo de emblema todo poderoso em Portugal.

Registar, ainda, os primeiros confrontos do voleibol e do futsal femininos no Pavilhão João Rocha. A nova casa das modalidades abriu definitivamente a todas as equipas, potenciando a competitividade e dando a dignidade que todas elas merecem. Não apenas para os plantéis da casa, mas também para os próprios adversários, que não deixam de elogiar as condições oferecidas por uma das jóias do Clube.

Saudar, ainda, nas páginas desta edição, os meritórios desempenhos das equipas de triatlo feminino (vice-campeã nacional), do karaté (Bruna Henriques foi campeã regional) e, sobretudo, do ténis de mesa adaptado, com João Soldado a conquistar a prata mundial por países e o bronze em pares masculinos. Isto é o Sporting!