"Temos de ter o mesmo espírito e ganhar o jogo da maneira que for"
17 Jan, 2024
Rúben Amorim na antevisão ao encontro com o FC Vizela desta quinta-feira (20h45)
A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal joga, nesta quinta-feira, frente ao FC Vizela em jogo da 18.ª jornada do Campeonato Nacional.
Na antevisão a este encontro, o primeiro da segunda volta da prova, Rúben Amorim deixou claro que não será um jogo fácil e que o Sporting CP tem de ter o mesmo espírito que teve em Chaves para vencer mais esta partida.
“O que nós transmitimos aos jogadores é que o último resultado é muito enganador [1-4 em casa frente ao Boavista FC]. O FC Vizela é uma equipa que faz 33 remates, que tem mais posse do que os adversários e que, quanto a mim, tem uma excelente ideia. Foi surpreendente um treinador chegar e em tão pouco tempo meter uma equipa a jogar em posse com muita tranquilidade, com um guarda-redes quase, às vezes, no meio-campo, e depois aí é que há o risco de sofrer golos como sofreu no último jogo. Portanto, o nosso foco máximo foi demonstrar aos jogadores com imagens que, no futebol, nem sempre o resultado conta a história toda. Sabemos que será um jogo difícil e temos de perceber que as condições poderão estar iguais às que tivemos em Chaves. Por isso, temos de ter o mesmo espírito, adaptarmo-nos às condições e ganhar o jogo da maneira que for. É um jogo que sabemos que vai ser muito difícil. No campeonato, as equipas mesmo estando a lutar pela vida têm uma identidade forte e dificultam ao máximo”, começou por dizer o técnico Leonino.
“Espero uma segunda volta ainda mais difícil do que a primeira. Portanto, aquilo que nós temos de pensar é que cada jogo tem a sua história e que não interessa a classificação. Ganhando, ninguém nos ultrapassa. Portanto, esse é o nosso lema, digamos assim”, referiu ainda Rúben Amorim, fazendo um balanço da primeira volta do campeonato e a comparação com a época anterior: “Os primeiros três jogos tiveram muita importância. Se nos lembrarmos, com o FC Vizela ganhámos no último minuto e eu acho que isso tem muita influência no que é o desenrolar dos campeonatos. Nos momentos-chave tivemos alguma sorte, não andámos a correr atrás e isso deu-nos tranquilidade, os nossos jogadores cresceram e o Viktor Gyökeres e o Morten Hjulmand vieram dar coisas à equipa que ela, se calhar, não tinha. Tudo junto, enquadrou-se bem, mas eu diria que há muito do factor-chave, de iniciarmos bem o campeonato e de nunca termos andado a correr atrás. Isso ajudou-nos a ter resultados completamente diferentes. Além de que, obviamente, nós aprendemos com os erros e estamos a fazer tudo melhor, mas só estamos a meio. No fim do campeonato é que interessa”.
Para esta partida, o treinador verde e branco revelou que ainda não contará com Jeremiah St. Juste, justificando o porquê: “Não teve uma recaída, foi uma lesão diferente. Caiu em cima do pé. Não vai ser convocado porque pedia tempo de treino. Ficou apto para treinar, mas, hoje, enquanto os outros fizeram um treino táctico e físico para o jogo, ele ficou no campo a fazer trabalho específico para, quando tiver alta e sentirmos que pode ser opção, começar a ser convocado. O que posso dizer aos Sportinguistas é que somos mais fortes com o St. Juste no plantel e, por fim, dizer que nada é fatal. Se ele tiver mais uma lesão, fazemos o mesmo, recuperamos outros e estará apto mais para a frente”.
Rúben Amorim foi ainda questionado sobre Viktor Gyökeres, que não marcou nos últimos jogos: “Diria que é como o Pote. Vocês disseram que o Pote estava numa época aquém e ele já chegou aos dez golos a meio do campeonato. Portanto, se fizer mais dez, atinge os números e o futebol é mesmo assim. O mesmo que disse em relação ao Pote vale para o Viktor: ele dá muito mais do que golos, dá assistências, abre espaços e tem de ter sempre dois jogadores com ele. Não estou nada preocupado com isso, É o jogador que fica mais zangado, de longe, por não marcar. Por isso, a minha preocupação é que ele não fique ansioso por causa disso. Já esteve três jogos sem marcar e as coisas continuaram a desenvolver-se. É um jogador muito alegre, que também já tem maturidade”.
“Os adeptos não precisam de estar ansiosos e eu até duvido que estejam assim tão ansiosos porque se nós ganharmos os jogos eles ficam contentes e não ficam nada preocupados”, referiu ainda o técnico, que também falou sobre o Prémio Puskás, no qual Nuno Santos foi finalista, dizendo-se surpreendido pelas escolhas: “A única coisa com que fiquei surpreendido foi o facto de ter ganho pelos fãs. Aí pensei que ia perder porque nós não somos uma comunidade assim tão grande para votar no Nuno e porque havia o brasileiro, que ganhou. Depois os especialistas é que disseram que não foi o melhor. Não percebo muito a escolha, mas é o que é. Seja como for, foi um momento importante, mete na galeria, mas muito mais importante é ganhar ao FC Vizela e essa foi a única coisa que falei com ele, para preparar o jogo com o FC Vizela caso seja titular“.
Uma vez que é Janeiro e que até ao final do mês o mercado de transferências está aberto, Rúben Amorim voltou a ser questionado sobre o tema e disse que, por ele, “fechava já hoje”: “Quando penso no mercado, penso também na Taça Asiática e no CAN. Só queremos chegar até ao dia 11 de Fevereiro, que é o máximo que podem ir, e ter os jogadores todos cá. Portanto, mais do que entradas, queremos garantir que os jogadores não saem e que temos todos os jogadores para, a partir daí, podermos gerir, porque temos um início de Fevereiro que ainda vai ser pior do que Janeiro, com jogos de três em três dias e, às vezes, de dois em dois”.