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Foto José Lorvão

Lugar reservado na final da Taça da Liga

Por Sporting CP
07 Jan, 2025

Carimbo sueco selou passagem no clássico com o FC Porto (1-0)

Os Leões vão estar na disputa de mais um troféu em 2024/2025. A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal garantiu, esta terça-feira à noite, um lugar na final da Taça da Liga ao ter vencido o FC Porto por 1-0 na meia-final, disputada num Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria, preenchido por mais de 20 mil espectadores.

Agora, o Sporting CP – depois de duas épocas consecutivas a cair nas ‘meias’ - aguarda adversário, que sairá do confronto entre SL Benfica e SC Braga, para disputar a final deste sábado (19h45).

Na antevisão ao clássico, o treinador Rui Borges pediu ambição e pragmatismo aos Leões e essa foi a receita do sucesso para levar a melhor sobre uma equipa azul e branca que vinha de quatro vitórias consecutivas (todas sem sofrer qualquer golo) e já não perdia há sete jogos.

Depois de uma primeira parte de domínio alternado, mas sem grandes oportunidades de golo, os Leões já tinham acabado por cima e foram mais além, com eficácia, no reatamento. Aos 56 minutos, abriu-se uma 'nesga' e foi o suficiente para Viktor Gyökeres aparecer para voltar a marcar ao FC Porto – já é o melhor marcador da Taça da Liga (três golos) - e decidir um clássico em que a equipa verde e branca permitiu muito pouco ao rival.

Esta foi a terceira vez que Sporting CP e FC Porto se enfrentaram esta temporada, depois de uma vitória para cada lado – 2-0 para a Liga a favor dos Leões e 3-4, após prolongamento, para os dragões na Supertaça.

Neste ‘tira-teimas’ a eliminar, diante de uma equipa azul e branca mais fresca fisicamente - viu adiado o seu último encontro –, Rui Borges promoveu duas alterações ao ‘onze’ inicial lançado quer contra o SL Benfica, quer contra o Vitória SC: Iván Fresneda - muito seguro ao longo do jogo - assumiu a lateral direita (ao invés de Eduardo Quaresma) e Maxi Araújo foi extremo esquerdo titular (saiu Geovany Quenda).

Outras novidades foram o regresso às opções de Gonçalo Inácio, após lesão, e de Ricardo Esgaio, que cumpriu três jogos de suspensão, a ausência de Marcus Edwards – estava em dúvida – e ainda a presença, mais uma vez, do jovem médio Alexandre Brito entre os convocados.

Dado o apito inicial, logo na primeira saída para o ataque, os Leões podiam ter causado muito perigo, mas no momento do último passe Geny Catamo não conseguiu colocar a bola em Viktor Gyökeres, já dentro da área. Depois dos primeiros dez minutos, o FC Porto respondeu com uma investida de Samu, mas Fresneda apareceu com tudo e ‘limpou’ no momento certo. Além disso, fruto desse lance, Matheus Reis lesionou-se e teve de ser substituído por Quenda - foi Maxi a recuar para a lateral esquerda.

Pouco depois, os dragões – com maior ascendente nesta fase - deixaram uma ameaça mais séria, com Nico González a atirar ligeiramente ao lado do poste da baliza de Franco Israel. Já perto da meia hora, Rodrigo Mora também tentou a sua sorte desde a entrada da área, mas o pontapé saiu desenquadrado.

Embora com mais posse de bola, faltava aos Leões mais clarividência e acerto para progredir no terreno. Ainda assim, uma saída rápida para o ataque que acabou num remate bloqueado de Geny Catamo bastou para ‘espicaçar’ a equipa, que logo a seguir voltou a ter o internacional moçambicano a desequilibrar a partir da direita, mas não conseguiu encontrar um destinatário para o seu cruzamento rasteiro.

O clássico, morno até então, reavivou-se com um Sporting CP em crescendo e mais capaz de encontrar caminhos para o ataque na recta final da primeira parte. Gyökeres começou a ser solicitado na profundidade com sucesso de forma mais frequente e o golo verde e branco esteve à vista. Depois de flectir da esquerda para o meio, o próprio avançado sueco rematou ao lado e Quenda, que já tinha visto um remate bloqueado, voltou a chutar de fora da área, mas o guarda-redes Cláudio Ramos não se deixou enganar pelo desvio que a bola sofreu num defesa e sacudiu para canto.

Apesar de os comandados de Rui Borges terem acabado a primeira parte claramente por cima, o nulo seguiu intacto para a segunda parte, onde o reatamento do jogo se fez de mais calculismo de parte a parte.

Superada essa fase, os Leões assumiram as ‘rédeas’ do jogo e chegaram ao 1-0 na primeira grande oportunidade do jogo – antes disso, Morten Hjulmand já tinha chegado ligeiramente atrasado a um cruzamento tenso e rasteiro muito prometedor. Depois de uma boa combinação ofensiva, Quenda recebeu na zona da meia-lua da área e, a meias com um toque do defesa, isolou Gyökeres, que não tremeu no frente-a-frente com Cláudio Ramos e fez balançar as redes no clássico – algo já habitual diante do FC Porto, a quem marcou o seu quinto golo em seis jogos.

De imediato, o conjunto nortenho tentou reagir, sobretudo à base de cruzamentos, mas sem exigir muito trabalho ao guardião verde e branco, e até continuaram a ser do Sporting CP as aproximações mais perigosas – era cada vez mais o espaço para explorar. Na melhor, entre várias outras em que faltou uma melhor definição, Francisco Trincão apareceu solto na área, mas teve de rematar em esforço e sem a melhor direcção.

Em cima da hora de jogo, Rui Borges promoveu a primeira substituição ao colocar o jovem João Simões no lugar do amarelado Hidemasa Morita, dando entrada, mais tarde, a Conrad Harder e Eduardo Quaresma, ambas já perto dos 90’.

Já os azuis e brancos, que mostraram poucos argumentos para reentrar na discussão pela vitória e pelo lugar na final, o melhor que conseguiram foi um remate por cima de Samu, após um erro Leonino na construção, e outro de bastante longe de Otávio, defendido de forma relativamente tranquila por Israel.

Perante este último esforço adversário, outra vez à base de muitos cruzamentos, o pragmatismo do Sporting CP veio ao de cima para garantir o triunfo de forma segura e cumprir a tendência frente ao FC Porto na Taça da Liga: em quatro clássicos ocorridos nas ‘meias’ desta prova, os Leões asseguraram a passagem também pela quarta vez.

Ainda no relvado, após o apito final, a festa a verde e branco fez-se ao som de ‘O Mundo Sabe Que’ entre equipa e adeptos no Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa. E sábado, outra vez às 19h45, todos os caminhos voltam a levar a Leiria e, desta feita, com o troféu em jogo. Será a oitava presença do Sporting CP na final da Taça da Liga, que já venceu por quatro vezes.

Sporting CP: Franco Israel [GR], Iván Fresneda (Eduardo Quaresma, 89’), Ousmane Diomande, Jeremiah St. Juste, Matheus Reis (Geovany Quenda, 14’), Morten Hjulmand [C], Hidemasa Morita (João Simões, 69’), Geny Catamo, Maxi Araújo, Francisco Trincão (Conrad Harder, 89’), Viktor Gyökeres