Foi um Leão competente, feroz e senhorial, aquele que esteve em Rio Maior na passada sexta-feira para abrir o Campeonato, prova esta que, não é nunca repetitivo dizer, nos poderá dar aquele que é por nós tão desejado e ambicionado, o "Tri".

E as três palavras que usei para descrever o Sporting CP que apareceu ante o Casa Pia AC, aplicam-se na plenitude. Competente porque esteve do princípio ao fim por cima do jogo sem dar quaisquer veleidades ao adversário; feroz porque foi carregado de garra que abordou o jogo, com uma vontade inabalável de o ganhar; senhorial pela razão de ter sido uma equipa que vestiu o seu melhor fato de gala e que jogou muito bem, sabendo bem os terrenos que pisa com um misto de classe com trabalho, que nos faz acreditar que coisas boas poderão estar para chegar.

Foi, pois, um Sporting CP que fez uma demonstração cabal de que a pré-época foi bem trabalhada, aquele que abriu as hostilidades da prova máxima do futebol português.

Se na Supertaça, em que mesmo perdendo fomos claramente melhores que o adversário, já lá estavam os indicadores do crescimento sustentado, frente aos "gansos" o que se viu foi uma demonstração cabal de que estamos a assimilar bem os processos do míster Rui Borges. Se tiver de ser no colectivo que as coisas se irão decidir, sabendo que não poderemos estar a lamentar eternamente a saída de um jogador superlativo que por vezes resolvia quase sozinho, irá ser. Aliás, o futebol é um jogo colectivo, logo só assim pode ser resolvido.

Francisco Trincão, depois de tanto já termos criado para abrir o activo, fez um golo magistral – como só ele o sabe fazer, para na segunda parte o "capitão" Morten Hjulmand aparecer a desviar de forma exímia na marcação de uma bola parada e dar ao jogo um resultado justíssimo, que só pecou por escasso, e que nos faz acreditar muito numa época sob o signo do Leão. 

E agora será, porque o "Nosso Futuro Chegou", no "novo" Estádio José Alvalade 2.0, cada vez mais bonito e funcional, que no próximo domingo, pelas 20h30, o Sporting Clube de Portugal receberá o FC Arouca. Sabemos todos que terá de ser com muito trabalho, na base da tão assertiva e motivadora frase do nosso treinador: "quando faltar a inspiração que não falte a atitude" que estaremos mais perto do êxito, não só contra a abnegada e bem liderada equipa arouquense, como também nos demais jogos. 

Será seguramente com o "Nobre Vulcão" ao rubro, repleto de Sportinguistas das mais diversas proveniências, ou não estivéssemos em Agosto e muitos Leões que estão a residir no estrangeiro irão seguramente juntar-se à arrebatadora Onda Verde que está presente a cada jogo, seja em que estádio for.

Até ao próximo dia 2 de Setembro muito se irá "jogar". Chegam-nos ecos, sabendo todos nós que a nossa SAD actua sempre em defesa dos interesses do Clube, e tão bem o tem feito, de que não temos o plantel fechado. Mas isso acontece com todos. Uma coisa tenho a certeza. Estamos muito fortes e competitivos e, humildemente, deixo aqui um conselho aos Sportinguistas. Não dêem ouvidos às vozes dos "comentadeiros" – obviamente que não generalizo – que pintam grandes obras de arte aos do costume, fazendo de jogadores normais grandes craques do firmamento mundial, com "orgasmos" que acontecem todos os defesos, só que são apenas uma forma, ardilosa até, de enganar as pessoas, parecendo até que nos últimos cinco anos quem foi Campeão três vezes não fomos nós, foram os outros, e que nem candidatos somos. Pode ser que o tiro lhes volte a sair pela culatra.

Não é porque ganhámos ao Casa Pia AC. Sabemos todos que a época será muito longa e cheia de vicissitudes. Mas sabemos também que a mesma não é ganha nas palavras dos "experts", é mesmo dentro de campo. E, acreditem. Embora ainda agora tenha começado, e sem qualquer fanfarronice, sente-se no ar que este Leão sabe o caminho! 

P.S – O Troféu Francisco Stromp tem um enorme simbolismo, por tudo aquilo que o eterno associado n.º 3 representa para o Sporting CP, e o futsal e o andebol honraram esse desígnio, conquistando-o. A ambição destas duas modalidades, bem como das outras, para mais uma época de conquistas, é enorme.