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Guia para um guião

Por Jornal Sporting
09 Fev, 2017

Editorial do director interino para a edição nº. 3610

Pareceu o fim do mundo. Pior do que os comentários de Jorge Jesus ao desempenho de João Palhinha na primeira parte do clássico no Dragão só mesmo as alarvidades que Donald Trump diz e, para mal do Mundo, assina como decretos presidenciais até encontrar travão na justiça. Que injustiça! O treinador do Sporting, imaginando-o de costas largas capaz de suportar tudo o que dizem e escrevem sobre si, é um daqueles protagonistas do futebol português a quem tudo lhe é apontado, desde o estilo de intervenção às escolhas tácticas, independentemente de lhe ser reconhecido talento e conhecimentos que o colocam no topo da sua categoria. Era assim antes de vir trabalhar para Alvalade e não há razão aparente para que, desde então, tenha desaprendido ou perdido qualidades.

Não houve, sequer, episódio nas palavras do treinador que avaliou publicamente o rendimento de um jogador numa parte de um jogo. Houve, isso sim, uma crítica construtiva, bastando para isso recuperar a ideia deixada por Jorge Jesus ao dizer que Palhinha saiu do clássico um jogador muito diferente, naquele que constituiu mais um degrau no seu processo de aprendizagem. Nem o treinador culpou o jogador pela derrota nem tão-pouco o jogador acusou a crítica como destrutiva. Aliás, percebeu-se mais tarde, com o desenrolar das acusações vindas de fora do Clube, e pelas mensagens deixadas nas redes sociais, que tanto Palhinha como outros elementos do plantel não tiveram a mesma leitura que aquela que circulava na imprensa.

O que não encontrou o mesmo eco foi o facto de o FC Porto ter passado a segunda parte quase completa a jogar com mais um – a partir do minuto 50 –, no momento em que Maxi Pereira foi advertido com um cartão amarelo, num lance com Rúben Semedo, quando a expulsão teria sido o castigo mais adequado. Sobretudo porque pouco tempo antes, em lance com Bryan Ruiz na grande área portista, se vê o pé direito do uruguaio nas costas do costa-riquenho, junto à linha de fundo. Um clássico dentro do clássico.

A destacar o facto de o Sporting ter começado o jogo no Dragão com seis jogadores oriundos da formação e ter terminado com o mesmo número, apesar das substituições. Seis. Metade é sub-23. O reajustamento no mercado de Inverno, que nesta edição se publica os quadros referentes às entradas e saídas, assim o ditou, mas não haverá razão para maior orgulho da família leonina do que ver os meninos, nascidos e criados numa das melhores academias de futebol do Mundo, a terem as suas oportunidades na equipa principal. Para muitos deles, para não dizer a totalidade, a concretizarem o sonho que os move desde o primeiro momento em que jogaram de leão ao peito. Resultado? A segunda parte frente ao FC Porto revelou um Leão dominador, ainda que insuficiente para o marcador que todos desejávamos.

A Sul, mais concretamente nas Açoteias, o regresso do Sporting à Taça dos Clubes Campeões Europeus de Corta-Mato 19 anos, foi pintada de prateado, individual e colectivamente. Liderados pelo argelino Rabah Aboud, a quem poucos deram o devido crédito à contratação, a formação orientada por Nogueira da Costa acabou por prestar a justa homenagem a Moniz Pereira, a quem o atletismo leonino, e nacional, muito (tudo!) deve a saída da obscuridade para o estrelato. Conquista que se soma à vitória de Nelson Évora no Meeting Internacional de Val de Reuil, a primeira prova desde que se tornou leão, e que abre excelente perspectivas para os campeonatos nacionais de pista coberta, que este fim-de-semana vão decorrer em Pombal. É de esperar que a próxima edição traga à manchete mais um (ou vários) títulos de campeão. Que nunca se desvalorizem as conquistas maiores, sejam em que modalidade forem.

Boa leitura.

Vice-campeões da Europa em manchete

Por Jornal Sporting
09 Fev, 2017

Taça dos Clubes Campeões Europeus de Corta-Mato e o clássico do Dragão em destaque nesta edição do Jornal Sporting

A edição n.º 3610 do Jornal Sporting, que amanhã de manhã estará nas bancas, traz à manchete o 2.º lugar (individual e colectivo) dos leões na Taça dos Clubes Campeões Europeus de Corta-Mato, que no passado domingo decorreu na mítica pista das Açoteias, no Algarve. O argelino Rabah Aboud foi o ponta-de-lança da equipa orientada por Nogueira da Costa que, 19 anos depois, voltou ao estrelato na prova.

O clássico do Dragão também merece, naturalmente, honras de 1.ª página, cuja segunda parte de luxo e domínio total não foi suficiente para anular a desvantagem do primeiro tempo. 

Com a entrada oficial no período de campanha eleitoral, o Jornal Sporting reservou quatro páginas (20 a 23) para as três listas com letras já atribuídas: Pedro Madeira Rodriges (A), Bruno de Carvalho (B) e Gonçalo Nascimento Rodrigues (C), este último com lista candidata apenas ao Conselho Leonino. São publicados na íntegra os programas e os nomes, com respectivos cargos, aos órgãos sociais: Conselho Directivo, Mesa da Assembleia Geral, Conselho Fiscal e Disciplinar e Conselho Leonino.

Destaque ainda para a reportagem de última página com o Sportinguista José Andrade, conhecido pelo seu 'Núcleo do Zé' e as suas histórias de amor ao Clube.

A não perder.

Foto César Santos

“Depois do primeiro golo pelo Sporting não tem dado para acreditar”

Por Jornal Sporting
02 Fev, 2017

Uma entrevista de Bas Dost ao Jornal Sporting, em conjunto com a Sporting TV, em vésperas da viagem ao Dragão

Chegou, viu e marcou. Aos 27 anos, Bas Dost chega a Alvalade e com 18 golos em todas as competições, 16 apenas na Liga, está no bom caminho para se tornar o novo goleador da competição portuguesa. A marca coloca-o também no topo da Europa ao lado de Suárez (Barcelona) e Aubameyang (Dortmund). Conheça as ideias do holandês que começou a carreira como médio, negando a si próprio as qualidades que todos lhe apontavam como ponta-de-lança.

Jornal Sporting – Podemos começar por algo fácil: que palavras ou frases é que já consegue dizer em português?

Bas Dost – Alguma coisa. Bom dia, obrigado, como estás, boa noite, boa tarde [risos]. Sei dizer mais palavras, mas agora é difícil.

Quais foram os maiores obstáculos quando chegou a Portugal e o que mais o deixou maravilhado no Sporting?

O maior obstáculo foi a língua. Não podia falar com ninguém. Há muitas pessoas em Portugal que só falam português, mas essa dificuldade foi só no início. Estou aqui para jogar futebol e não para conversas. Tive sorte em ter marcado logo no primeiro jogo que fiz de leão ao peito e conseguir dar-vos boas sensações. Depois disso, correu tudo tão bem que não podia acreditar.

Consegue entender melhor o português?

Sim, já. Quando o treinador está a falar entendo 20 a 30% do que diz, mas há sempre um tradutor ao meu lado, portanto vai-me dizendo o que se passa.

Já tinha marcado em Alvalade antes mesmo de representar o Sporting, quando esteve ao serviço do Wolfsburg. Algum sentimento especial ou memória dessa primeira visita?

Lembro-me de na altura ter percebido que havia um grande ambiente. Ganhámos na Alemanha por 2-0 e na deslocação a Lisboa ficou 0-0, mas tivemos muita sorte. O Sporting podia ter ganho por 4-0. Gostei desde o início de ter jogado num grande estádio e perante um público fabuloso. Nunca pensei que algum dia pudesse vir a jogar aqui, mas a ideia era, sem dúvida, a de um grande Clube.

Que grandes diferenças encontrou entre os campeonatos holandês, alemão e português?

Há muitas diferenças. Na Alemanha, todos os jogos são complicados, não interessa qual o clube que se defronta. Na Holanda e em Portugal há jogos “fáceis”. Aqui os jogos fora de casa são todos bem difíceis. Joga-se frente ao Nacional, na Madeira, e todos pensam que será uma vitória, mas no fim torna-se complicado. Aqui há o Sporting, Benfica, FC Porto e Sp. Braga, enquanto que na Holanda há o Ajax, Feyernoord e PSV... é quase o mesmo. Contudo, o futebol é diferente. Gosto da maneira de pensar: quando ganhamos é tudo maravilhoso, se perdemos é tudo mau. Gosto disso.

Uma entrevista para ler na íntegra na edição impressa do Jornal Sporting, esta quinta-feira nas bancas

BAS

Por Jornal Sporting
02 Fev, 2017

Editorial do director interino para a edição nº. 3609

Do alto dos seus 1,96 metros, Bas Dost surge na sala e convívio da ala profissional da Academia de sorriso rasgado. Contrasta com o tempo cinzento e chuvoso, provavelmente mais familiar ao holandês que trocou Wolfsburgo por Lisboa. Recebeu umas fotografias do César Santos e três primeiras páginas do Jornal Sporting consigo em manchete. Natural. Os 16 golos que já leva na Liga – na qual já bisou por cinco vezes, frente a Estoril, Arouca, Feirense, D. Chaves e P. Ferreira –, colocam-no no topo da lista de melhores marcadores da competição doméstica. Melhor ainda: está ao lado de Suárez (Barcelona) e Aubameyang (Dortmund) na lista europeia de goleadores. A última vez que isso aconteceu com um ponta-de-lança do Sporting foi com Jardel, em 2001/02, época em que o brasileiro chegou mesmo ao final como o melhor de todos, com 42 golos. A segunda bota de ouro leonina da história do Clube.

Não é certo que Bas Dost possa alcançar o feito na sua época de estreia mas, convenhamos, chegar a esta altura do campeonato nestas circunstâncias é já, como se costuma dizer, meio caminho andado.

E se de sorriso rasgado entrou, assim saiu mais de uma hora depois, entre a entrevista propriamente dita, maquilhagem, sessão fotográfica e ainda mais uns trabalhos para as redes sociais do Clube. Sorriu, soltou umas gargalhadas, mostrou-se indignado, esteve pensativo, protestou e ‘mostrou os dentes’ quando confrontado com a real possibilidade do Sporting poder ser campeão. Nunca revelou qualquer ar de cansaço, aborrecimento e muito menos de frete, quando se percebe que alguém desempenha algum dever por obrigação e não por gosto. Confessou que está a apaixonar-se pelo Clube – e explica porquê –, revelando mesmo que a vida é boa.

Cultura nórdica, poderá pensar-se. Talvez, embora este tipo de generalizações tenha uma significativa margem de erro. Bas Dost pode ter sido a contratação mais cara da história do nosso Clube, mas não creio que haja alguém na família que não dê todos os cêntimos investidos no novo n.º 28 de Alvalade como seguros e de – até agora – excelente rentabilidade.

Com Bas Dost, não é preciso ler nas entrelinhas. Diz com clareza o que pensa e sobre todos os assuntos, inclusivamente sobre arbitragem. Com elevação. Fala da sua relação com Jorge Jesus e tem a natural humildade – foi realmente genuíno – de admitir que, apesar de gostar de ouvir as bancadas de Alvalade a gritar o seu nome ao ritmo dos AC/DC, sem os companheiros de equipa os seus golos não existiam. Metade dos 18 golos que já marcou em todas as competições vieram de diferentes fornecedores. Adaptação não constituiu qualquer problema. Desfez as malas em Alvalade, aos 27 anos, com uma força interior inabalável para mostrar o real valor. Sabemos bem que quando essa vontade vem do mais fundo de nós, venha quem vier...

A mesma vontade que se quer no Dragão, este sábado, e que André Santos demonstrou ao conquistar o título mundial ISKA, em kickboxing. Vitória por knock-out logo no primeiro assalto. A mesma vontade que teve Patrícia Mamona no 1.º lugar alcançado na New Balance Indoor Grand Prix, em Boston, ultrapassando novamente a marca dos 14 metros este ano. Vontade e entusiasmo também foi a receita levada pelas leoas à Alemanha, ao  International Turbine Hallencup. O 2.º lugar na competição, no país das bicampeãs mundiais (2003 e 2007), permitiu que equipa de Nuno Cristóvão deixasse a melhor imagem das líderes do campeonato nacional. Como escreveu Alexandre Herculano: “É erro vulgar confundir o desejo com o querer. O desejo mede os obstáculos, a vontade vence-os”.

Boa leitura.

Foto D.R:

Entrevista exclusiva a Bas Dost em destaque

Por Jornal Sporting
01 Fev, 2017

Conheça os temas mais importantes do mundo verde e branco na edição desta quinta-feira do Jornal Sporting

Bas Dost é o grande destaque da edição desta semana do Jornal Sporting. O avançado holandês, que tem dado nas vistas dentro de campo (apontou mais dois golos este fim-de-semana), mostrou que as suas qualidades não se cingem apenas ao que faz nos relvados portugueses, numa entrevista exclusiva ao Jornal Sporting.

Em relação à equipa principal de futebol, é caso para dizer: 'lar, doce lar'. No regresso a Alvalade, os leões voltaram também às vitórias para a I Liga. 4-2 foi o resultado final, com o inevitável 'holandês voador' a bisar no encontro, ajudando a equipa orientada por Jorge Jesus a conquistar os três pontos.

As páginas centrais são dominadas pela homenagem da Câmara Municipal de Lisboa (CML) a Aurélio Pereira. O responsável pelo recrutamento do Sporting CP recebeu a medalha Municipal de mérito desportivo entregue pelo presidente da CML, Fernando Medina, num reconhecimento do trabalho realizado por um homem que muitas alegrias tem dado ao futebol português e, claro, ao futebol leonino.

Em evidência, mas noutro contexto, está também a equipa de hóquei em patins, que saiu derrotada no dérbi frente ao Benfica por 5-4. Num jogo de grande nível, os leões chegaram ao intervalo a vencer, com a equipa de arbitragem a mudar o rumo dos acontecimentos e a prejudicar a equipa verde e branca no segundo tempo. Não perca ainda o título mundial de kickboxing conquistado pelo atleta leonino André Ramos na categoria de 63,5kg. 

Estes e outros destaques a ter em atenção no Jornal Sporting, esta quinta-feira nas bancas.

Mais dois a menos

Por Jornal Sporting
26 Jan, 2017

Editorial do director interino para a edição nº. 3608

Diz a regra dos sinais na matemática que menos com menos dá mais, quer na soma como na multiplicação. E é precisamente a soma de erros de arbitragem que se têm multiplicado todas as semanas, basta o Sporting entrar em campo, que tem tido os seus efeitos na classificação desta Liga. Terreno fértil para medrar sentimentos de frustração e impotência em qualquer equipa. Não no Sporting. Este é o Clube dos que nunca se vergam, dos que só baixam a cabeça para beijar o leão na camisola. O próximo adversário a visitar Alvalade, por exemplo, traz à memória tempos em que se marcavam golos com a mão (válidos), cujo resultado acabou por nos custar um título. Não são apenas 10 anos que dividem esses tempos dos que vivemos agora. É, acima de tudo, uma presidência que não se cala e muito menos deixa esquecer a desonra que graça pelos relvados portugueses.

E não venham falar de direito ao erro dos árbitros, que têm tanto direito de os cometer como jogadores, treinadores e presidentes. No entanto, para a tão badalada verdade desportiva que enche a boca de muitos, jogadores falharem golos, treinadores darem mal as tácticas ou presidentes escolherem mal qualquer um dos dois anteriores não coloca em causa a verdade desportiva. São erros que os próprios pagam, sofrendo por isso as consequências devidas. Erros de arbitragem sim, provocando danos, muitas vezes – a esmagadora maioria – irreparáveis, com consequências que, como já aqui foi escrito, vão muito além do plano desportivo.

Não é à toa que o árbitro de um jogo também é apelidado de juiz da partida. O papel é em quase tudo semelhante. Ambos têm por missão, à luz das Leis de jogo, garantir que a partida se desenrola dentro do que as regras mandam e quando assim não acontece decorrem as penalizações devidas.

O golo mal invalidado nos Barreiros custou-nos (mais) dois pontos e a pergunta que se coloca é simples: o que vai acontecer ao árbitro auxiliar de João Pinheiro pelo seu erro ter tido influência directa no resultado? Como se sentirá ao rever as imagens? Já nem se coloca a questão na base da consciência, mas relembram-se as palavras do uruguaio Eduardo Galeano quando deixou escrito que as circunstâncias são o dilema sempre novo, ante o qual temos de decidir. E o que nos faz decidir é o nosso carácter.

Virando a página, falemos das satisfações e das razões que nos enchem de orgulho, para além da equipa principal de futebol. Basta descer um escalão. Os juniores, orientados, por Tiago Fernandes, depois de terem vencido o Benfica na Academia, voltou a ganhar na Figueira da Foz na 22.ª e última jornada da 1.ª fase do Campeonato Nacional. Foram 17 pontos de diferença entre a liderança leonina e o 2.º classificado (Benfica) com que se terminou a 1.ª fase da competição. E fechou-se com chave de ouro: as 21 vitórias e um empate configuram o novo recorde do escalão. Parabéns ao Tiago e, acima de tudo, à sua equipa e a todos quantos, diariamente, trabalham para garantir a excelência com que a Academia Sporting é reconhecida em todo o Mundo. A mesma que atrai parceiros como o Internacional de Porto Alegre, que esta semana assinou um protocolo de cooperação com o emblema de Alvalade, sendo o clube brasileiro um dos maiores formadores do seu país, há uma década o que mais jogadores exporta.

Vamos entrar na derradeira semana que antecede o arranque oficial da campanha. A 2 de Fevereiro, dia de saída da próxima edição do Jornal Sporting, será a data limite para a apresentação de listas concorrentes ao acto eleitoral agendado para 4 de Março. Até ao momento, duas listas são conhecidas e o Jornal Sporting tem dado, de igual modo, o devido destaque a ambas as candidaturas. Nesta edição, nas páginas centrais, estão, numa espécie de frente-a-frente, os respectivos programas. 111 medidas de Bruno de Carvalho, 64 de Pedro Madeira Rodrigues. Cabe a cada um dos membros da nossa família, com direito a voto, fazer a sua escolha em consciência. Para isso...

Boa leitura!

Foto D.R.

Golo anulado a Alan Ruiz em destaque

Por Jornal Sporting
25 Jan, 2017

Conheça os temas que dominam a edição desta quinta-feira do Jornal Sporting

Já é uma espécie de 'gira o disco e toca o mesmo' aquilo que se passa com a equipa principal de futebol do Sporting CP. Frente ao Marítimo, no Funchal, novo erro de arbitragem impediu os leões de regressarem às vitórias, desta vez por alegado fora-de-jogo de Alan Ruiz no lance que colocaria os verdes e brancos a vencer por 3-2 (81'). Marcar mais golos do que o adversário voltou a não ser suficiente para conquistar os três pontos. 

O Campeonato Nacional de juniores realiza-se há 77 anos e nunca os sub-18 leoninos tinham conseguido atingir a marca alcançada pelo conjunto de Tiago Fernandes na 1.ª Fase da competição: 22 partidas, 21 vitórias, um empate e 0 derrotas - registo que fica na história do Clube depois dos triungfos contra o Benfica e a Naval que fecharam a ronda inicial. 
 
Quem também não pára de alcançar números especiais é Nuno Dias, técnico de futsal dos verdes e brancos. Já depois de ter somando 200 jogos de leão rampante ao peito, o treinador campeão nacional recebeu uma das mais bonitas distinções da sua carreira: o prestigiado site Futsal Planet escolheu-o para integrar a lista de nomeados a melhor treinador de futsal do mundo. Na página 15, poderá olhar para o percurso do 'rei da quadra'. 
 
As nobres páginas centrais apresentam-lhe os programas dos candidatos à presidência do Sporting CP. O Jornal leonino escolheu as medidas que incidem nas principais áreas de acção: Sócios, Futebol e Academia, Modalidades, Financeira/Administrativa e Expansão. 
 
Na última página fica guardada a história de Amélia Vale Pereira, a atleta que é reforço de Inverno das leoas do futebol feminino e tem o sonho de seguir as pisadas do seu conterrâneo, Cristiano Ronaldo. 
 
Estes e outros destaques na edição desta semana. 
Foto DR

Quando a realidade supera a ficção

Por Jornal Sporting
19 Jan, 2017

Editorial do Director interino do Jornal Sporting da edição n.º 3607

É nestes momentos mais sensíveis que vem à memória uma célebre frase de um Sportinguista que muito prezo: o nome do nosso Clube é Sporting Clube de Portugal e não Sporting Futebol Clube. É natural que o desporto­‑rei seja a mola impulsionadora da vida em Alvalade, a menina dos nossos olhos, objecto de peregrinações e não apenas à casa do leão mas a todo o lado em que a listada verde e branca estiver em acção. Foi o que se viu em Chaves, com muitos dos adeptos a viajarem de todos os pontos do país, inclusive do Algarve. O carinho e apoio que o 12.º Jogador tem dado à equipa torna ainda mais difícil superar a realidade de uma eliminação da Taça de Portugal, três dias depois de uma oportunidade perdida de chegarmos mais perto dos rivais, quando o líder havia perdido dois pontos em casa. A exibição pode não ter sido das mais brilhantes desta época, mas recordo que o Sporting estava a ganhar em Chaves, com menos um jogador, quando Fábio Martins igualou de novo o marcador num golo bem executado, numa das raras ocasiões que os transmontanos tiveram no segundo tempo. É duro. Assim como foi difícil voltar a sofrer aos 87’ e assim perder a viagem até ao Jamor. Este é um dos casos em que quando a realidade supera a ficção, torna­‑se doloroso o impacto. Cícero deixou escrito que os obstáculos não estão no caminho e sim na forma como se vai caminhando, mas também afirmou que quanto maiores forem as dificuldades em vencer, maior será a satisfação.

Há, ainda assim, outras realidades que superam as ficções que se vão desenhando em torno da vida do nosso Clube – quando vêm de fora de portas fica fácil fazer a devida peneira mental. No final da semana passada, a UEFA divulgou a 8.ª edição do relatório anual sobre o cenário dos clubes europeus, referentes à época de 2015/16, com o Sporting referenciado em dois dos pontos do estudo e pelas melhores razões. Desde logo, pelo facto de os leões ocuparem o 9.º lugar dos emblemas que mais cresceram em termos de assistência média, com um salto de cinco mil espectadores (em média) desde os últimos resultados (2014/15). Este é um dado mais do que relevante, uma vez que representa o justificado regresso da família leonina a Alvalade, independentemente dos resultados alcançados. Números que prometem um novo salto na próxima temporada, se se mantiver a tendência registada no início desta época, que marca uma média de assistências acima dos 40 mil espectadores, pela primeira vez na história do novo José Alvalade. Sem esquecer que três dos clubes que figuram no top 10 tiveram um aumento nas assistências devido a obras realizadas nos seus estádios que fizeram aumentar a lotação.

Mais. No mesmo estudo divulgado pela UEFA, nos lucros líquidos registados pelos clubes analisados, o Sporting surge no 13.º lugar – no estudo anterior nem nos 100 primeiros figurava – com um resultado de 24 milhões de euros, tornando­‑se num dos clubes com melhor desempenho enquadrado com os apertados critérios do fair­‑play financeiro imposto pelo organismo que superintende o futebol europeu, quando há quatro anos se vivia uma situação bem conhecida por toda a família.

A vida do Sporting Clube de Portugal não se reduz ao futebol, sem com isto se querer menosprezar a importância que a modalidade – uma entre as mais de 50 que o Clube tem – assume. É preciso não esquecer que nesta edição do Jornal Sporting há o devido destaque aos novos campeões no atletismo, com Jéssica Augusto e Hélio Gomes coroados como os melhores nos Campeonatos Nacionais de Estrada, prova na qual as leoas, colectivamente, alcançaram o seu primeiro título de uma história já de si com um palmarés invejável, nacional e internacionalmente. Assim como João Vieira, novo campeão português nos 35km Marcha. E isto é o Sporting Clube de Portugal!

Boa leitura.

Despedida da Taça entre campeões nacionais

Por Jornal Sporting
19 Jan, 2017

Destaques da edição n.º 3607 do Jornal Sporting, já nas bancas

Depois da eliminação em Chaves da Taça de Portugal, o Presidente Bruno de Carvalho divulgou uma mensagem que dá o mote para o futuro, anunciando desde logo o emagrecimento do plantel já neste mercado de Inverno, a fechar a 31 deste mês. À desilusão pelo afastamento do caminho do Jamor, juntam-se as alegrias de ver novos campeões nacionais consagrados de leão ao peito. 

O atletismo foi a modalidade que as proporcionou, com Jéssica Augusto e Hélio Gomes a sagrarem-se os novos vencedores dos Campeonatos Nacionais de Estrada, juntando a vitória individual feminina à colectiva, título conquistado pela primeira vez na história da já bem titulada secção leonina. Destaque, ainda, para João Vieira que, em Porto de Mós, também se sagrou campeão nacional, desta feita nos 35km Marcha.

Pode ver igualmente a história de Ana Borges, a leoa que trocou o Chelsea pelo Sporting CP, reforçando a já fortíssima equipa de futebol feminino, lideres da Liga Allianz.

A história da secção de capoeira merece honras de última página, reportagem que não se deve perder.

Estas e outras histórias do universo leonino já estão nas bancas.

Às armas, Leões!

Por Jornal Sporting
12 Jan, 2017

Editorial do Director interino do Jornal Sporting da edição n.º 3606

É com enorme orgulho e profundo sentimento de gratidão ao Sporting – na figura do Presidente Bruno de Carvalho – que neste período até 4 de Março assumo as funções de Director interino do Jornal do Clube. Por mais vezes que possa ser lida e ouvida a expressão da cadeira de sonho, a verdade é que há momentos em que nos sentimos no lugar para o qual esperamos uma vida. A minha, de Sportinguista e de jornalista, não poderia encontrar melhor desfecho que dirigir o órgão que há 95 anos leva as notícias do universo verde e branco até à família que o vive intensamente com paixão. A responsabilidade de ser Director do mais antigo jornal desportivo é proporcional ao dever de dar aos leitores o mais fiel dos relatos da realidade do melhor Clube do Mundo. Garantir a cobertura a mais de meia centena de modalidades, que no ano civil de 2016 conquistaram 170 títulos, nacionais e internacionais, só no escalão sénior (!), é uma tarefa que ultrapassa os estádios de futebol.

Editorialmente, nada muda. O compromisso do Jornal Sporting é com a vida do Clube e essa ligação quase centenária não se altera conforme as direcções. O caminho é o mesmo desde 31 de Março de 1922.

No Sporting sempre se valorizou a história porque foi através dela que se foi construindo o que todos temos hoje. Um museu repleto de Glória alcançada pelo Esforço, Dedicação e Devoção, não apenas dos atletas que competiram de leão rampante ao peito, mas também dos que os aplaudiram e garantiram-lhes, ao estilo camoniano, que da lei da morte se fossem libertando. No Sporting não apagamos campeões da história. Honramo-los ao celebrá-los, lutando pelo reconhecimento dos feitos que alcançaram. Contra tudo e todos.

É de luta que se fala, família. O título deste editorial, evocando não apenas ‘A Portuguesa’ mas também a célebre ‘A Marselhesa’ – banida por Napoleão –, lembra que se deve pugnar pela defesa do nosso Clube. Como, aliás, o actual Presidente tem vindo a repetir. É preciso transformar a simples militância ou associativismo em voz activa.

Imbatível é o tema das arbitragens. Nunca é demais lembrar que o Sporting foi à Luz a dois pontos do 1.º lugar e com duas grandes penalidades não assinaladas, reconhecidas por toda a Imprensa, sai a cinco pontos da liderança. O árbitro, com influência no resultado, saiu avaliado pelo observador em 8,6 numa escala de zero a 10. O mesmo voltou a acontecer em Setúbal, quando fomos atirados para fora da Taça da Liga com um penálti inexistente aos 90+4’. A vergonha (ou falta dela) estende-se à Ledman LigaPro, pois os protagonistas são sempre os mesmos. Não apenas frente ao FC Porto B, mas mais recentemente frente ao Sp. Braga B, com um golo invalidado à equipa de João de Deus que, ainda em festejos, sofreu o contra-golpe num lance que nem mesmo visto dá para acreditar na validação pelo ridículo.

Para muitos, pode ser só futebol. O português. No entanto, a realidade ultrapassa-o. Mexe com a gestão. Não apenas financeira. O Sporting está à porta de eleições e apesar de o Clube ser muito mais do que futebol, os resultados deste podem condicionar as escolhas de alguns Sportinguistas, sejam elas quais forem. Não devia, mas pode. Portanto, os sucessivos prejuízos nas arbitragens não afectam só a equipa, o seu treinador e os adeptos. Factores externos tentam criar desestabilização interna quando o descontrolo está do outro lado da barricada. Dúvidas? Um exemplo: o presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, Fontela Gomes, coloca a possibilidade de, com vista a minimizar os erros das arbitragens, proibir os treinadores de falarem sobre as mesmas. Não é piada.

 Por último, mas não menos importante, uma palavra a José Quintela, até aqui Director, que decidiu em consciência afastar-se do cargo durante o período eleitoral pelas funções que volta a desempenhar na recandidatura de Bruno de Carvalho. O maior agradecimento a fazer-lhe será desejar que conserve sempre o orgulho no trabalho que nestas páginas se desenvolve. Ao seu jeito...

Boa leitura!

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