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Com história para a História

Por Jornal Sporting
09 Mar, 2017

Editorial do director interino do Jornal Sporting para a edição nº. 3614

Há a tendência para se considerar que as análise macro­‑históricas devem ser feitas com o devido afastamento, não apenas na perspectiva temporal mas também emocional. Há, com algum fundamento, quem defenda o argumento de só se conseguir perceber melhor os movimentos ou correntes e das suas relevâncias em contextos mais abrangentes em janelas temporais mais alargadas. No entanto, há momentos que não precisam de qualquer distanciamento para a assunção de se tratarem de factos históricos, marcos numa linha de tempo que, no caso do emblema de Alvalade, já leva – vai fazer em Julho próximo – 111 anos de momentos recheados de Glória, fruto dos outros três pilares que suportam a grandeza do Sporting Clube de Portugal.

Ninguém – indubitavelmente mesmo ninguém, não apenas a família leonina – terá dúvidas em considerar que estas eleições de sábado, dia 4 de Março de 2017, foram um marco histórico para o Clube. Não apenas pelo recorde de participação eleitoral, mas também pelos próprios resultados. As avaliações feitas ao trabalho desenvolvido pelo anterior executivo, reconduzido de forma inequívoca para mais quatro anos de trabalho em prol da afirmação do Sporting como a maior potencia desportiva portuguesa e uma das maiores da Europa, não chegaram para baralhar as escolhas do universo leonino. 

As sondagens externas que foram sendo divulgadas ao longo da campanha, com maior incidência nos últimos dias pré­‑eleitorais, terminaram ridicularizadas pela massiva expressão da vitória de Bruno de Carvalho. Algumas delas davam mesmo preferência a Pedro Madeira Rodrigues – sobretudo aquelas que envolviam adeptos dos rivais, como se estes tivessem algo a dizer sobre os destinos do Sporting. Adaptando um velho provérbio transmontano, na casa do Leão, mandam os que cá estão!

Melhor ainda: a campanha, por vezes em moldes de infâmia, feita única e exclusivamente para denegrir a imagem do Presidente do Sporting, acabou por se destruir na muralha da indiferença – para alguns até de desprezo – dos Sócios no momento de exercerem o seu direito de voto. Expressivo. Aos 18.661 votantes válidos que fazem a contabilidade final, há que acrescentar os 1.469 por correspondência que, por irregularidades legais – como falta do reconhecimento da assinatura ou ausência da cópia do cartão de cidadão no envio pelos correios –, tiveram de ficar de fora do escrutínio eleitoral. Porém, terão de entrar nas contas do número de participantes, uma vez que estavam aptos a exercer o direito de voto e fizeram­‑no. Isto é, o recorde de participação não está nos 18.661 e sim nos 20.130, e este sim é o número oficial de participantes nas eleições mais votadas de sempre do Clube. E ainda continuam a chegar cartas a Alvalade com mais votos por correspondência.

Isto tudo no mesmo dia em que Patrícia Mamona alcançou o título de vice­‑campeã europeia de triplo salto; João Vieira o de campeão nacional de marcha 20 km em estrada; e, um dia depois, Nelson Évora subiu ao lugar mais alto do pódio do velho continente no triplo salto e, em Mira, os leões festejaram mais cinco títulos nacionais em corta­‑mato longo: colectivo masculino e feminino, colectivo feminino de juniores, individual feminino (Jéssica Augusto), e sub­‑23 masculino (Miguel Marques).

Isto é o Sporting!

Boa leitura.

Foto DR

Eleições mais votadas de sempre em destaque no Jornal Sporting

Por Jornal Sporting
08 Mar, 2017

Resultados no atletismo leonino também merecem atenção

“Os Sócios querem Bruno de Carvalho por mais quatro anos”, anunciou, na madrugada do passado domingo, Jaime Marta Soares, Presidente da Mesa da Assembleia-Geral leonina. O Presidente do Sporting CP foi reeleito com 86,13% dos votos nas eleições mais concorridas da história do Clube. Mais: a Lista B venceu em todos os órgãos sociais. Uma reportagem alargada sobre este dia histórico em destaque nesta edição.

Pode ainda ler a crónica da recepção ao Vitória de Guimarães, em Alvalade. Ou melhor, "a visita do 'estraga-festas' do costume". Um golo de Alan Ruiz garantiu a vantagem que só foi desfeita pelo mesmo responsável do empate concedido em Guimarães, na primeira volta. Marega, que não marcava desde 30 de Outubro, voltou a puxar o leão na tabela.

Tenha ainda em conta os feitos do atletismo verde e branco. Foi em Mira o palco que consagrou não apenas os atletas leoninos, mas toda a modalidade: conquistados os títulos colectivos de corta-mato longo em masculinos e femininos, o atletismo do Sporting passou a somar 200 triunfos colectivos. 

Nelson Évora e Patrícia Mamona também elevaram o nome do Clube a um pódio histórico. Ouro e prata em domínio do Sporting no triplo salto nos Campeonatos Europeus de pista coberta em Belgrado. O saltador leonino teve o Oscar de actor principal na nova versão de “Este País não é para Velhos”.

Por último, mas não menos importante, João Vieira sagrou-se campeão nacional de marcha, em São João da Madeira, pela 13.ª vez na sua carreira – a última fora em 2011 –, na distância de 20 km em estrada.

Estes e muitos outros temas da actualidade verde e branca a ter em atenção na próxima edição do Jornal Sporting, esta quinta-feira nas bancas

A sorte dá muito trabalho

Por Jornal Sporting
02 Mar, 2017

Editorial do director interino do Jornal Sporting para a edição nº. 3613

A expressão é de uma das lendas do Sporting Clube de Portugal que mais títulos, nacionais e internacionais, proporcionou ao Clube. Mário Moniz Pereira tinha esse hábito de preparar tudo ao pormenor, meticuloso, perfeccionista e, simultaneamente, amante das artes, o que não é necessariamente contraditório ou incongruente.

Vem a expressão à memória no rescaldo de mais uma vitória da super equipa de futsal leonina. A conquista da Taça da Liga, em Gondomar, tornou-se especial por ter sido o centésimo título da secção, que abriu as portas em 1985 e que, nos últimos tempos, tem sido um exemplo dentro e fora de portas. Um trabalho de equipa que começa na capacidade organizativa de Miguel Albuquerque, passa pela capacidade técnica de Nuno Dias e da sua equipa, vertida na quadra pelos melhores praticantes da actualidade, terminando – por último, mas não menos importante – no papel que o Conselho Directivo desempenha ao proporcionar as condições para que todos os intervenientes possam chegar ao sucesso. À Glória.

A sorte dá muito trabalho e Nuno Dias que o diga. Na noite anterior à final da competição, frente ao Fundão, técnico e adjuntos estiveram até altas horas da madrugada a estudar o adversário, ao mais ínfimo pormenor. Foram as jogadas de 1x1; 5x4; estratégia ofensivas e defensivas nas suas diversas variantes; ataques pelas alas; rendimento do guarda-redes adversário; e bolas paradas, tópico que mereceu as maiores atenções. Puxando pela memória, o primeiro golo da final foi, precisamente, de bola parada, por Dieguinho a passe de Leo.

A mesma “sorte” que Nuno Cristóvão trabalha na estreante equipa de futebol feminino. Um projecto criado de raiz, sem dúvida com um lote recheado das melhores jogadoras portuguesas da actualidade, vindas de 18 clubes diferentes, a quem coube dar um rumo alinhado com as exigências do emblema que representam.

O que se viveu no passado sábado, dia 25 de Março e histórico para a modalidade, não é sorte. É trabalho. Com a equipa principal de futebol masculino a jogar no Estoril, o palco principal ficava disponível para as leoas poderem receber o adversário directo (Sp. Braga) na luta pelo título nacional. Poderia parecer loucura, mas o Clube acreditou e a equipa respondeu. Estiveram 9.263 espectadores em Alvalade, no que ficou registado como o recorde de assistências em Portugal. Mais: no momento da grande penalidade convertida por Solange Carvalhas, que decidiu o encontro e a liderança da Liga Allianz, (16h37), o share da TVI24 subiu aos 8,8, no que constituiu igualmente a maior audiência de sempre para a modalidade. Fernando Gomes, presente em Alvalade, no final do encontro congratulou-se com o espectáculo proporcionado nas bancadas e adiantou: “Desde que entrámos na presidência, definimos a aposta no desenvolvimento do futebol feminino e temos feito um investimento forte. Significa que a aposta da Federação está a ser conquistada”, incentivando outros clubes a fazer a mesma aposta. A pergunta que se impõe é simples: e se o Sporting não tivesse tomado a dianteira, em relação aos três grandes?

Sem qualquer ponta de sorte e fruto de muito trabalho, vira-se a página para as eleições. Esta é a última edição antes do acto eleitoral e, por isso, de reflexão para a família leonina. Ou de certezas, para quem já analisou o que havia a ponderar. Cada um dos Sócios em condições legais de exercer o seu direito poderá e deverá fazê-lo, independentemente da proximidade geográfica que terá de Alvalade. Podendo fazê-lo, não deixe de votar. Presencialmente ou por correspondência – carta terá de dar entrada no Clube até ao dia 3, às 20 horas. O apoio nas bancadas a todos os atletas é tão importante como ter voz nas escolhas dos órgãos sociais. Se não diz aos amigos para gritarem pelo Sporting por si, não deixe que o voto dos outros se sobreponha ao seu. Porque os votos, como as vozes, quando são muitos, “falam” mais alto. E no fim ganha o Sporting!

Boa leitura.

Resultados financeiros em destaque no Jornal Sporting

Por Jornal Sporting
01 Mar, 2017

Conquista da Taça da Liga (futsal), a vitória dos leões na Amoreira e das leoas em Alvalade e uma reportagem sobre a Academia também merecem atenção

46,5 milhões de euros de lucro, referentes ao primeiro semestre de 2016/17. Que é como quem diz: o melhor resultado de sempre da Sporting Clube de Portugal - Futebol, SAD. Na página 28 do Jornal Sporting, pode ler na íntegra o relatório do Conselho de Administração.

De seguida, atente na reportagem de André Pacheco sobre a conquista leonina na Taça da Liga de futsal: "A carruagem leonina parou em Gondomar para conquistar o 100.º título da secção". Os campeões nacionais demonstraram superioridade na Cidade Europeia do Desporto e depois de eliminarem o Braga e o Modicus, derrotaram o Fundão, numa reedição da final da época passada, conquistando o troféu. Dieguinho, Cavinato, Deo e Fortino (um golo cada um) deram ao Sporting CP o título número 100 do futsal verde e branco.

Tenha ainda em conta a crónica de jogo da visita dos comandados de Jorge Jesus à Amoreira, assinada por Hugo Alegre. É que "O leão meteu a terceira e passou a abrir no amarelo". Bryan Ruiz voltou aos golos e Bas Dost também fez o gosto ao pé, desta vez de penálti, numa partida em que Alan Ruiz provou que está cada vez mais apurado. O Sporting CP atravessa a melhor série nos últimos 16 jogos.

Não perca também o artigo de João Almeida Rosa sobre um sábado de história no futebol feminino do Clube. Sem enganos, até porque foi em altura de óscares, o jogo das leoas de Nuno Cristóvão frente ao Sp. Braga leva o galardão para melhor argumento e Solange de melhor actriz. Há um ano, nem o mais optimista dos adeptos de futebol feminino imaginaria um cenário destes: 9.263 Sportinguistas vibraram com um grande jogo entre mulheres, que honrou o futebol. No fim, venceu o Sporting CP (1-0), mas também a modalidade.

Por último, mas não mesmo importante, Frederico Bártolo apresenta-lhe um trabalho sobre a formação do Clube (Academia): "Quando a prata da casa é a excelência para todos os convidados". A importância da formação made in Alcochete cresceu nesta janela de mercado. Mais do que utilizações em rotação de plantel, os jovens do leão rampante são preponderantes. Desde tempos de utilização, anos de clube e progressão após cedências, o Jornal Sporting detalha o quão desfasadas são as comparações com o Benfica e FC Porto sobre o investimento e o espaço dado aos talentos das suas academias, sempre com o critério UEFA na formação em mente.

Estes e muitos outros temas na edição do Jornal Sporting, esta quinta-feira nas bancas.

A (ir)relevância do atletismo

Por Jornal Sporting
23 Fev, 2017

Editorial do director interino do Jornal Sporting para a edição nº. 3612

Poucos portugueses desconhecem o que se passou na mítica madrugada de 12 de Agosto de 1984. Independentemente da idade, trata­‑se da primeira medalha de ouro olímpica que Portugal conquistou na mais importante prova desportiva à escala planetária. Carlos Lopes representou Portugal, mas a sua ligação ao Sporting ainda hoje, passados todos estes anos, continua tão viva como a chama do orgulho que inundou a nação inteira.

O atletismo é uma das modalidades mais mediáticas do Mundo. Não terá, porventura, a dimensão do futebol, mas são as suas disciplinas que ocupam o palco central de quaisquer Jogos Olímpicos, sendo a Maratona a sua prova rainha e, por isso, merecedora de encerramento do evento, até pela história que a própria corrida envolve.

Foi, por isso, no mínimo estranho constatar que nenhum dos canais de televisão generalista (RTP, SIC e TVI), no seu noticiário de domingo, habitualmente mais alargado, não tenha sequer noticiado o novo campeão nacional de atletismo em pista coberta, prova na qual o Sporting alcançou a dobradinha, feito que já fugia aos leões desde 2011. Foram 90 minutos de informação (SIC e TVI), com mais 60 (da RTP), nos quais não houve um pequeno espaço informativo para se dar conta de um título nacional alcançado por um Clube que se assume – e investe para que tal aconteça – como a maior potência da modalidade. Não apenas no país, mas também a nível internacional, recordando para isso o título europeu feminino de corta­‑mato conquistado no ano passado.

Nem sequer se pode considerar que o cartaz tenha sido pouco apelativo. Em prova estiveram um campeão olímpico e mundial e uma campeã europeia e, como se pode constatar nas páginas desta edição, foi uma verdadeira festa do desporto, com a família leonina a transformar o pavilhão de Pombal em celebrações condignas dos títulos que acabavam de conquistar.

Não está em causa a relevância do atletismo. Nem pode. A cobertura dos Jogos Olímpicos desmentem­‑no. Para os que poderão pensar que a comparação está mal enquadrada, é preciso olhar para o fenómeno às respectivas escalas: nacional e mundial.

A cobertura mediática, naturalmente, não retira um pingo de valor a quem se esforçou por ser o melhor na sua categoria, superando todos os outros que competem com o mesmo objectivo. A dignidade e honra das conquistas também é valorizada pelo esforço dos adversários, aumentando assim a competitividade e a emoção das provas. Para a história, e é isso que interessa aos Sportinguistas, fica mais uma prova em que os leões superaram a concorrência, sagrando­‑se os melhores do país, com o alento de poderem repetir o feito no estrangeiro, envergando com orgulho as quinas de campeão.

Hoje é dia de debate eleitoral. A Sporting TV vai acolher, pelas 21 horas, a troca de ideias entre Bruno de Carvalho (BC) e Pedro Madeira Rodrigues (PMR), os dois candidatos à Presidência do Clube. Uma prova de elevado espírito democrático que, no fundo, vai ao encontro daquilo que o actual Presidente leonino tem andado a sublinhar ao longo deste período, iniciado com a apresentação da candidatura de PMR: as questões internas são para ser discutidas dentro de casa, pelo que não faria qualquer sentido haver debate fora de portas. Os órgãos de comunicação do Sporting estão devidamente enquadrados com as exigências estatutárias e têm cumprido a equidistância que estas circunstâncias merecem. É, acima de tudo, importante que a família leonina se sinta devidamente esclarecida em relação às escolhas que terão de ser feitas neste acto eleitoral, sendo ainda mais importante o exercício do seu direito de voto, seja ele presencial ou por correspondência. Como em qualquer outro acto eleitoral, a participação é crucial para a afirmação do que cada um dos associados pretende para o Clube. Só é preciso expressá­‑lo nas urnas.

Boa leitura.

Foto José Cruz

Entrevista a Gelson Martins em destaque no Jornal Sporting

Por Jornal Sporting
22 Fev, 2017

Dobradinha histórica no atletismo, a noite de São Patrício, o duplo bronze de Saiote e Abreu e a Volta ao Algarve também merecem atenção

Calmo e muito sossegado, Gelson Martins é de poucas palavras. Como não achámos justo tirá-lo do seu mundo, oferecemos-lhe uma bola, que não largou um segundo. Em entrevista exclusiva ao Jornal Sporting, realizada pelos jornalistas Hugo Alegre e Sofia Oliveira, o miúdo que deu dores de cabeça a Marcelo falou sobre o sonho que nasceu na Praia e ganhou forma em Alvalade. Não se perca nas suas fintas.

Leia também a reportagem de André Pacheco sobre a dobradinha histórica da secção de atletismo, em homenagem a Moniz Pereira, nos Campeonatos Nacionais de Clubes em pista coberta. O Sporting CP manteve a hegemonia no sector feminino, tendo conquistado o sétimo título consecutivo, e recuperou o título masculino, que já escapava desde 2011.

Tenha ainda em conta a crónica do encontro frente ao Rio Ave, do passado fim-de-semana, em Alvalade, assinada por Pedro Figueiredo. O golo de Alan Ruiz garantiu a vitória (1-0), mas foi Rui Patrício que, entre os postes, deu a melhor resposta ao seu jogo 400 na equipa principal, transformando cada um deles num bloco que, frente ao Rio Ave, construiu o muro das redes leoninas.

Por último, não perca o resumo da participação leonina na Volta ao Algarve, aos olhos de Frederico Bártolo, e ainda o artigo sobre o duplo bronze de Sílvia Saiote e Diogo Abreu em Baku, na Taça do Mundo de ginástica (trampolim).

Foto José Cruz

Alvalade recebe o pequeno que pensa como grande

Por Jornal Sporting
16 Fev, 2017

Depois da derrota em Vila do Conde na primeira volta, o Sporting recebe o Rio Ave, já orientado por novo treinador

Historicamente, não é o adversário mais difícil (só por uma vez os vila-condenses venceram em Alvalade), embora o caso mude de figure se na análise nos limitarmos aos últimos quatro anos, em que os leões só bateram por uma vez o Rio Ave nas partidas em casa e a contar para o Campeonato Nacional. Este ano, ainda assim, talvez tenha sido no Estádio dos Arcos que o conjunto leonino passou mais dificuldades e ficou mais longe de vencer. E se considerarmos que, até ao momento, os leões já enfrentaram duas vezes o Real Madrid, o Dortmund, o FC Porto e uma vez o Benfica… o feito do Rio Ave sobe de tom.

Os seis meses que passaram desde então, no entanto, muito mudaram. Levaram Nuno Capucho, técnico que liderava os vila condenses no 3-1 ao Sporting, e trouxeram Luís Castro, vencedor da Ledman LigaPro na temporada transacta e profundo convicto do futebol positivo que já implementou no Estádio dos Arcos. Assim se constata facilmente ao ver o Rio Ave jogar e assim se percebe também ao analisar os números disponíveis. Ainda que só com alguns meses de trabalho, o antigo treinador do FC Porto B já tornou a sua equipa na quarta que mais posse de bola tem na Liga NOS, a quarta que mais passes curtos efectua, a quarta que menos remates concede aos adversários, a quarta que menos joga no seu terço defensivo e a quarta com melhor percentagem de passes correctos. Em todos os aspectos mencionados, o próximo adversário dos leões fica atrás apenas dos três grandes que são, na realidade, aqueles com quem mais se assemelha.

Sendo a equipa em prova que mais usa o corredor esquerdo (e, simultaneamente, a que menos ataca pela direita), o Rio Ave, além de um colectivo com princípios de jogo ambiciosos, é também um conjunto que tem nas suas fileiras vários jogadores com capacidade para desequilibrar individualmente. Mais uma vez, após os três primeiros classificados, a equipa de Vila do Conde é a que mais dribles efectua com sucesso por jogo, contribuindo para isso o jovem Gil Dias – o melhor em campo no encontro entre os dois emblemas na primeira volta –, mas também Rúben Ribeiro, talentoso médio português, ou Krovinovic, criativo croata.

No sábado antevê-se, por todas estas razões, um bom jogo entre duas equipas que valorizam o futebol ofensivo. Ainda que nenhuma delas atravesse particularmente um bom momento (nos últimos cinco jogos, o Sporting CP venceu duas vezes e o Rio Ave apenas uma), tanto Jorge Jesus como Luís Castro quererão que os seus pupilos provem o potencial que já demonstraram a espaços ao longo da época… e eles têm capacidade para isso. Afinal, é nos jogos grandes que os grandes jogadores aparecem, e neste fim-de-semana vão encontrar-se duas equipas grandes em Alvalade. Ou quase.

Emprestado pelo Mónaco, o extremo de apenas 20 anos brilhou no encontro da primeira volta, em que actuou do lado direito do ataque e infernizou toda a defesa leonina, especialmente Bruno César. Rápido e tecnicista, é um dos mais desequilibradores da equipa, mas também um extremo que por norma tem uma boa capacidade de decisão. Leva já cinco golos, três deles na Liga NOS.

O treinador português de 55 anos, que chegou aos vila-condenses após a saída de Nuno Capucho e vindo do FC Porto B, destacou-se pela vitória na época transacta na Ledman LigaPro. Com ideias ofensivas e, por norma, sem abdicar delas nos jogos grandes, é conhecido por ser muito metódico na defesa das suas ideias.

Foto José Cruz

A Selecção e os seis leões: uma história de longa data

Por Jornal Sporting
16 Fev, 2017

No futsal, o Sporting foi o mais representado na convocatória de sub-17, com seis elementos

A formação é um símbolo que, mais do que do futebol, é do Clube. E por norma é daí que chegam as melhores histórias. Célio Coque, Hugo Neves, Tomás Paçó, Bernardo Paçó, Ricardo Pinto e Tomás Reis. Com excepção do último, que conta 17 primaveras, todos os outros têm apenas 16 anos de idade. E mais uma vez sem contar com Tomás Reis, todos eles já jogam juntos há seis épocas.

Ao colocarmos as coisas em perspectiva, entendemos melhor: os cinco primeiros nomes desta peça trocam passes, remates e tudo o que o futsal tem para oferecer quase diariamente desde que fizeram 10 anos. Agora, passados tantos jogos e treinos juntos, foram chamados à Selecção sub-17 de Portugal, tornando o Sporting o emblema mais representado no duplo confronto com a Espanha.

Com uma formação repleta de títulos e triunfos – até ao momento, estes seis foram sempre (!) campeões, sendo que no segundo ano de escalão foram-no sempre sem derrotas (!!) –, os seis jovens futsalistas admitem a importância do Clube no seu crescimento, mas também do facto de jogarem juntos há tanto tempo, e com tanto sucesso.

Leia mais na edição impressa do Jornal Sporting, esta quinta-feira nas bancas. 

Foto DR

Da grandeza e do amor

Por Jornal Sporting
16 Fev, 2017

Editorial do director interino para a edição nº. 3611

Numa casa como a distinta de Alvalade, com mais de meia centena de modalidades, passar um fim-de-semana com festejos de títulos tem uma probabilidade tão alta como a Glória já escrita nos 110 anos de história do Clube. Foi assim que nos foram habituando bem.

À cabeça desta edição surge a equipa leonina do Goalball, que na Suécia, por convite, venceu a Super European Goalball League Malmö 2017, com cinco vitórias em outros tantos jogos. Aliás, o domínio do Sporting foi de tal forma que antes mesmo de realizar-se o derradeiro encontro com a formação da casa do Old Power – vencedor da edição anterior da competição, em Helsínquia – já os leões festejavam a conquista do título europeu, à qual se juntou o troféu de melhor marcador do lituano Justas Pazarauskas, que à sua conta conseguiu marcar 30 golos. O feito é ainda mais relevante, se tivermos em conta que Portugal, no goalball, está inserido no Grupo C – terceira divisão.

A quase 3.000 quilómetros de distância, outra prova de grandeza foi dada. Em Pombal, nos Campeonatos de Portugal de Pista Coberta de atletismo, o Sporting arrecadou, nos dois dias de prova, 18 títulos individuais de campeão, entre os quais se destaca, naturalmente, o primeiro de Nelson Évora de leão ao peito, depois de já ter vencido o Meeting Internacional de Val de Reuil, em França. Patrícia Mamona, também no triplo salto, voltou a não ter concorrência e a saltar, mais uma vez, acima da marca dos 14 metros (14,05). Um excelente ensaio para o que poderá sair deste fim-de-semana dos Campeonatos de Portugal de Pista Coberta de Clubes, também em Pombal.

Esta é, também, a edição em que se conta o que se passou no Congresso de Núcleos, que decorreu no passado sábado, em Viseu. Foram mais de duas centenas de participantes, em representação de mais de 100 Núcleos, não apenas do país mas também do estrangeiro – Núcleo do Sporting Clube de Portugal do Luxemburgo – para discutir regulamentos e outras questões prementes da vida dos “elementos fundamentais e inalienáveis entre o nosso Clube e os Sportinguistas”, conforme declarou o Presidente Bruno de Carvalho. Foi, para além de mais uma prova da grandeza do Sporting, um sinal de enorme vitalidade. E amor, a avaliar pelas palavras de Jorge Sobral, do Núcleo do Sporting Clube de Portugal das Caldas da Rainha: “Não tenham dúvidas: os Núcleos são pequenos estádios de Alvalade em dias de jogo!”

Não foi em Alvalade que a equipa principal jogou, mas quase não se notou a diferença. O relato do encontro do Hugo Alegre assim o justifica. O 12.º Jogador, independentemente dos resultados e do que o futuro ainda pode reservar à equipa, não deixa de acompanhar o Clube. Seja onde for. E foram recompensados por isso. De novo, uma primeira parte que custou, desta vez, dois golos, o mesmo número de ocasiões que o Sporting teve de recuperar de desvantagens. Sem interferências nas avaliações de arbitragem, os leões conseguiram resolver por si os próprios erros que deram oportunidade ao adversário, actual detentor da Taça da Liga, de se colocar à frente no marcador por duas vezes. De sublinhar ainda a preponderância assumida pelo “menino” Daniel na manobra da equipa ao entrar no jogo aos 64 minutos. Mais: Podence foi a primeira substituição operada por Jorge Jesus, à qual se seguiram as entradas de Ricardo Esgaio e, por fim, João Palhinha. Isto significou que o Sporting terminou o encontro em Moreira de Cónegos com oito jogadores da formação. Oito. Em 11.

Está à porta o confronto com o Rio Ave. Em Alvalade. Muito se falou do comboio verde no Congresso de Núcleos e é mesmo disso que se espera para este sábado à noite. Em mais uma reunião de família que não deverá quebrar o entusiasmo (leia-se média) das assistências que se têm registado em casa. Não por obrigação, mas por gosto. Por amor.

Boa leitura.

Foto DR

Reviravolta frente ao Moreirense em destaque

Por Jornal Sporting
16 Fev, 2017

Troféu da Super Liga Europeia de Goalball, os 18 títulos nacionais de atletismo e o Congresso dos Núcleos também merecem atenção

Suada, mas justa, a vitória do Sporting CP no passado domingo em Moreira de Cónegos. Podence assumiu o papel principal que mudou a história do jogo frente ao Moreirense (3-2). O poder de combate de Adrien, a criatividade de Alan Ruiz e o oportunismo de Bas Dost também ajudaram na reviravolta. Ainda assim, os comandados de Augusto Inácio venderam cara a derrota. Leia a crónica de jogo de Hugo Alegre e não perca a antevisão de João Rosa ao duelo com o Rio Ave, deste sábado, em Alvalade. Pela frente, os leões de Jorge Jesus terão um 'clube pequeno' que mais parece grande pela forma como joga.

Logo a abrir, destaque para o editorial escrito por Pedro Figueiredo, director interino do Jornal Sporting, e para o artigo de André Pacheco sobre a conquista do troféu da Super Liga Europeia de Goalball, que irá ter o Museu de Alvalade como destino. No interior da edição, recomendamos ainda a reportagem de Sofia Oliveira, que fez um resumo dos 18 títulos nacionais que os atletas leoninos venceram no Campeonato Nacional em pista coberta, que se disputou este fim-de-semana em Pombal.

Tenha ainda em atenção um trabalho sobre o Congresso dos Núcleos do Sporting CP, aos olhos de Pedro Figueiredo, e a história contada por João Almeida Rosa sobre seis leões na formação do futsal verde e branco que jogam juntos há uma vida.

Estes e muitos mais artigos a ter em conta na próxima edição do Jornal Sporting, esta quinta-feira nas bancas.

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