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Há um ano, o Sporting jogava no Pavilhão Acácio Rosa escondido do Mundo – que é como quem diz à porta fechada – por força do castigo imposto ao Beleneneses. E assim, além de três ou quatro jornalistas na bancada e das duas equipas técnicas, ninguém viu o Sporting ser superior mas a desperdiçar muito no ataque, em parte graças à intervenção do outro mundo do guarda-redes Sérgio Alves. 

Um ano depois, a superioridade ‘leonina’ esteve (felizmente) à vista de todos, assim como a boa exibição do mesmo guardião (não tão exuberante por mérito dos ‘verde e brancos’) e a vitória que, no lugar do 2-1 alcançado em 2014/15, agora se situou em números mais robustos e chegou à mão cheia de golos sem resposta. O Sporting apresenta neste momento uma equipa madura, assente em processos sólidos e que como assinalou Nuno Dias no final, retira a sua força maior de um colectivo que sabe exactamente o que fazer com a bola – mesmo que isso seja segurá-la, pausando e gerindo o jogo ao invés de partir, precipitado, para a frente. O jogo do passado domingo foi disso mesmo exemplo: o Sporting sau com critério para  ataque e soube ser coeso no capítulo defensivo. Quer isto dizer que o Belenenses não podia ter marcado? Não. Aliás, a primeira nota é mesmo o atrevimento dos anfitriões, que apresentaram linhas subidas e boa pressão defensiva. Aos 7’, criaram mesmo duas boas oportunidades de golo, por Dario, uma a embater no poste e a outra providencialmente cortada por Merlim – já depois de, no arranque da partida, Diogo ter também atirado ao poste e enviado uma bomba que obrigou Sérgio Alves a aplicar-se. 

O primeiro tento ‘leonino’ chegou pelos pés de Cavinato, que concluiu uma jogada iniciada num passe diagonal teleguiado de Pedro Cary para Caio Japa. O golo abalou os ‘azuis’, que ficaram mais presos à zona defensiva e viram vários ataques à sua baliza: Djô obrigou Sérgio Alves a boa intervenção depois de um remate pela ala direita e atirou aos ferros na sequência de um bom trabalho individual pela ala esquerda, em que tirou Bruninho do caminho; logo depois foi João Matos que teve ‘pontaria a mais’ e chutou cruzado, de biqueira, ao poste; e Diogo obrigou Sérgio Alves a aplicar-se com um bom remate  pela esquerda depois de uma reposição lateral de Merlim na ala oposta.Depois das ameaças, a concretização. Cavinato voltou a mostrar pontaria afinada e bisou, depois de um roubo de bola que culminou com uma ‘bomba’ à baliza, sem defesa.

A etapa complementar voltou a trazer um Belenenses afoito, mas a discrepância na qualidade e o cansaço nas pernas precipitaram os erros que deram (mais) asas à superioridade ‘leonina’’. Aos 26’, Diogo viu-se livre de marcação, apontando o 3-0 na sequência de um canto e, aos 30’, Cavinato chutou rente à linha e, num notável gesto individual, desferiu um remate colocado com o qual assinou o ‘hat-trick’, que o torna o melhor marcador da Liga SportZone até ao momento (14 golos, contra os 13 de Dura e os 12 do ‘leão’ Diogo). Com o Belenenses já resignado, Fábio Lima fechou a contagem numa jogada de compêndio executada por Merlim e Cavinato e o Sporting assume assim o primeiro lugar isolado (o Benfica tem menos dois jogos) e depende só de si para terminar a fase regular como líder.