Pavilhão da Universidade do Minho
Árbitros: Filipe Duarte e Nuno Bogalho (Coimbra)
Ao intervalo: 0-1
Sp. Braga/AAUM: Vítor Hugo, Nilson, Tiago Brito, André Machado e Paulinho Roxo. Jogaram ainda: Paulinho Rocha, Tiaguinho, André Coelho e André Gomes
Treinador: Paulo Tavares
Golos: André Machado (40’)
Acção disciplinar: cartão amarelo a André Gomes (14’) e André Machado (38’)
SPORTING: Marcão, Caio Japa, Fábio Lima, Merlim e Diogo. Jogaram ainda: Fortino, João Matos, Pedro Cary, Djô e Paulinho
Treinador: Nuno Dias
Golos: Fortino (13’) e Marcão (38’)
Acção disciplinar: cartão amarelo a Marcão (6’), Djô (18’), Fábio Lima (30’) e João Matos (39’)
Faltavam dois segundos para o final quando Nuno Dias disse com o corpo mais do que com as palavras. André Gomes rematou, Marcão fez-se ao lance, mas a bola desviou em André Machado e entrou. No banco, Nuno Dias inclinou o tronco para trás acusando o amargo de boca. Não porque a vitória estivesse em risco, mas porque era quebrada uma série de quatro jogos consecutivos sem sofrer golos, que constitui um recorde na história da modalidade ‘leonina’ em provas oficiais. A exigência é posto, até nestes ‘detalhes’ – chamemos-lhes assim.
A vitória por 2-1 perante um adversário que, na primeira volta, tinha imposto um empate a duas bolas em Odivelas – e que é a primeira derrota dos ‘arsenalistas’ no seu reduto, está época – pressentiu-se com a postura dominadora com que os ‘leões’ entraram no terreno de jogo. Mais dinâmicos, mais pressionantes, e com um futsal mais apoiado, o Sporting criou perigo logo ao primeiro minuto por Diogo e Caio Japa, mas seria Merlim, três minutos depois, a criar a melhor oportunidade dos instantes iniciais, enviando a bola ao poste após assistência de Diogo.
O Sp. Braga optava por uma estratégia inicial de contenção, o que se traduziu em linhas recuadas e numa aposta nas transições e no futsal directo – como fez André Machado aos 5’, permitindo a primeira grande defesa da tarde a Marcão. O guardião brasileiro foi a última barreira de uma muralha defensiva que se revelou eficaz e voltou a ser decisivo quando André Coelho surgiu solto podendo inaugurar o marcador, já depois de Tiago Brito, em boa posição, ter atirado ao lado.
Os ‘leões’ não se apoquentaram e aproveitaram uma falha de marcação contrária para se adiantarem no marcador. Cary trabalhou bem pela direita e assistiu o regressado Fortino, que atirou de forma certeira para o 1-0. Nos últimos cinco minutos do primeiro tempo, o Sp. Braga subiu as linhas e a pressão, mas Marcão voltou a dizer ‘presente’ e a travar as iniciativas de André Machado (isolado), André Gomes (por duas vezes, numa delas a gritar-se ‘golo’) e de Paulinho Roxo.
A etapa complementar começou decalcada da primeira: com o domínio ‘leonino’, que se traduziu numa bola ao poste de João Matos, quando o guarda-redes Vítor Hugo já estava batido, após grande trabalho de Fortino, de costas para a baliza. Merlim ainda rematou por cima e Caio Japa falhou uma grande ocasião para os ‘leões’, quando permitiu a defesa a Vítor Hugo na sequência da transição rápida de Paulinho, regressado de lesão. O Sp. Braga mantinha a dificuldade em sair em ataque organizado, mas ia criando perigo, especialmente por intermédio de André Gomes, havia de atirar ao poste, para, logo de seguida, voltar a criar perigo depois de um belo trabalho individual na área, com Marcão a brilhar novamente. A três minutos do fim, Paulo Tavares fez avançar André Coelho para guarda-redes avançado, mas o Sporting beneficiou da estratégia alheia: Marcão recebeu a bola e, coroando uma exibição quase perfeita, atirou de baliza a baliza para o 2-0, que haveria de ser 2-1 em cima do final, amargando esta (importante) vitória com o peso da exigência.