Pavilhão Municipal de Vila do Conde
Árbitros: Tiago Silva e Sérgio Magalhães (Porto)
Ao intervalo: 0-4
Rio Ave: Vasco Lamarão, Pedro Silva, Balão, Rúben Reis e Romário. Jogaram ainda: Valter Canhoto, Tiago Pinto, Pedro Saura e Alex Ribeiro
Treinador: Paulo Morim
Golos: -
Acção disciplinar: cartão amarelo a Rúben Reis (12’)
SPORTING: Marcão, João Matos, Caio Japa, Diogo e Cavinato. Jogaram ainda: André Sousa, Paulinho, Pedro Cary, Djô, Fortino e Fábio Lima
Treinador: Nuno Dias
Golos: Fortino (6’ e 24’), Pedro Cary (8’), Fábio Lima (10’ e 26’), Cavinato (14’) e Caio Japa (31’)
Acção disciplinar: cartão amarelo a Fortino (8’)
Exactos 48 dias. Pouco menos de dois meses. Foi este o intervalo de tempo que mediou a vitória expressiva sobre o Modicus (5-1), nos primeiros dias de Janeiro, e a goleada ao Rio Ave (7-0), no passado fim-de-semana. Pelo meio, um Campeonato da Europa com a participação de sete ‘leões’ e algumas dúvidas sobre se o Sporting ia conseguir manter o nível evidenciado antes da longa paragem. Desafiando os sofismas – nomeadamente a ideia de que as pausas competitivas favorecem as equipas em pior forma – os ‘verde e brancos’ mostraram que quem sabe não esquece e que a vontade de jogar só se intensificou durante a paragem. Os ‘leões’ não demoraram a mostrar ao que vinham e fizeram xeque-mate (agora que a expressão está na moda) a um Rio Ave sempre muito macio para conter o poderio do conjunto de Alvalade.
Os vila-condenses até começaram fortes, com dois lances de golo que poderiam ter dificultado as contas da formação de Nuno Dias, caso se tivessem concretizado. Mas não se concretizaram e o tempo, que por vezes acalma por vezes faz ansiar, acentuou as clivagens, que são muitas, como a partida fez notar – por exemplo, na frescura física com que o Sporting consegue fazer pressão durante as duas partes, o que daria origem a dois dos sete golos. É o caso do primeiro: Fortino dificultou a acção do adversário na sua saída de bola e conseguiu isolar-se perante Vasco Lamarão, inaugurando o marcador. O Rio Ave ainda estava a tentar reorganizar-se quando dois minutos depois, Pedro Cary recebeu na paralela de Djô e, antecipando a saída do guarda-redes contrário, tocou certeiro para o fundo das redes. Com o Sporting no comando, Fábio Lima voltou a mostrar que a pressão defensiva muitas vezes dá frutos e, na antecipação, ganhou a bola e fez o 3-0 isolado. Passavam apenas dez minutos e já os homens da casa sofriam três golos. Mas tudo ainda podia piorar para os vila-condenses: o 4-0 nasceu de uma jogada colectiva que começou em Marcão, adiantado, e que terminou com a assistência de Caio Japa, colado à linha, para Cavinato facturar ao segundo poste.
A segunda parte trouxe mais do mesmo – um domínio avassalador dos ‘leões’ e, claro, mais golos. Foram três: o primeiro, uma obra-prima de Fortino que, de primeira e com o pé esquerdo, fuzilou as redes de Vasco Lamarão com um tiro ao ângulo; depois foi Fábio Lima a beneficiar de uma total ausência de marcação e a fazer o 5-0 no corredor central; por fim, Caio rematou colocado de meia distância, colocando o Sporting, novamente, em posição cimeira na Liga.