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18.ª jornada da fase regular da Liga SportZone
28-02-2016 16:00
Sporting
8 - 1
LP Salvo
Resumo do Jogo

Pavilhão Multiusos de Odivelas

Árbitros: Vítor Rocha (Porto) e Mário Silva (Viana do Castelo)

Ao intervalo: 3-1

SPORTING: André Sousa, João Matos, Caio Japa, Diogo e Cavinato. Jogaram ainda: Fábio Lima, Fortino, Pedro Cary, Djô, Merlim, Paulinho e João Benedito

Treinador: Nuno Dias

Golos: Diogo (1’ e 4’), Cavinato (3’ e 29’), Fortino (25’), Bruno Cardoso (33’, p.b.), Paulinho (36’) e Pedro Cary (39’)

Acção disciplinar: cartão amarelo a Fortino (32’)

LP Salvo: Carlo, Fonseca, Pauleta, Bruno Santos e João Silva. Jogaram ainda: Xavi, Papa Unjanque, Bruno Cardoso, David, Cláudio, Vasco, Roberto Filipe e Fábio Semedo

Treinador: Rodrigo Almeida

Golos: Cláudio (15’)

Acção disciplinar: cartão amarelo a Papa Unjanque (8’), Bruno Santos (25’) e David (33’)

Crónica de Jogo

O último Campeonato da Europa, na Sérvia, voltou a trazer à luz a eterna discussão sobre a utilização do sistema de 5x4, a propósito da predilecção de Cacau, treinador do Cazaquistão, por adiantar o guarda-redes. E não o faz apenas nos minutos finais da partida, a perder; fá-lo para ter a bola (ou para impedir o adversário de a ter) e para adormecer o jogo em momentos específicos. Foi, aliás, essa estratégia que valeu à selecção asiática a eliminação da então campeã europeia Itália, que nunca se conseguiu adaptar à teia montada pelo treinador brasileiro.

Rodrigo Pais de Almeida, que assumiu o comando técnico do Leões de Porto Salvo em Outubro passado, parece ter estado atento à discussão. Antecipando um início forte do Sporting, arriscou usar o 5x4 logo no primeiro minuto do encontro. Mas a estratégia saiu-lhe furada e o Sporting mostrou que estava preparado para tudo, contornando a surpresa... com golos. Logo no minuto inicial, e com Xavi como guarda-redes avançado, Diogo roubou a bola a Fábio Armando e, da linha de meio-campo, atirou para a baliza deserta fazendo o 1-0. Dois minutos depois, foi Cavinato a aproveitar uma ‘borla’ de Pauleta na sequência de uma reposição lateral perto da área e, no corredor central, atirou para o 2-0. Outro minuto passado, e Diogo bisou num remate de meia distância depois da cobrança de um livre.

Quatro minutos, três golos e a conta ameaçava aumentar para números constrangedores para a desorientada formação de Porto Salvo. Provavelmente o seu técnico achou o mesmo, porque pediu a pausa técnica e ajustou as marcações, preenchendo melhor os espaços. Como consequência, o Sporting teve algumas dificuldades para construir – embora nunca deixasse de ter o comando do jogo e as melhores ocasiões – e a equipa da Linha conseguiu alguns roubos de bola que converteu em transições rápidas, mas sem apoquentar André Sousa.

Já com Fortino em campo, e o Sporting em 3x1 (tinha entrado no mais habitual 4x0), foi o pivot que teve nos pés a possibilidade de aumentar o marcador durante o tal período de mais acalmia no jogo: depois de uma defesa incompleta do guardião da formação de Oeiras, ainda rematou, mas o tiro saiu ao lado do alvo. Pouco depois, Cavinato recebeu um passe longo de André Sousa, que mais parecia ser teleguiado, rodou bem e rematou, mas também sem conseguir acertar. À passagem dos 15 minutos, o LP Salvo conseguiu encurtar a distância no marcador, numa recarga de Cláudio Borges, que surgiu oportuno depois de uma boa defesa de André Sousa a remate de João Silva. As equipas foram para o intervalo com uma jogada colectiva do Sporting que mais era um aperitivo do que se viria a assistir na segunda parte: Fortino, na posição de pivot, segurou a bola e passou de calcanhar a Pedro Cary, que assistiu primordialmente Paulinho, a atirar pouco ao lado da baliza.

O intervalo devolveu ao Sporting uma entrada forte no segundo tempo. Com os ‘leões’ a jogar com raça, com uma pressão quase asfixiante e com boas combinações ao primeiro toque, pouco restava ao LP Salvo além de remeter-se ao seu meio-campo defensivo. Merlim disparou forte logo no primeiro minuto, mas seria Fortino a fazer mover o marcador na conclusão de (mais) uma bela jogada colectiva do conjunto de Alvalade. O Sporting rodava bem no terreno, definia bem todos os lances e parecia ter uma bola de cristal para perceber o momento certo de fazer o passe de ruptura. O LP Salvo, sem conseguir conter a avalanche contrária, ainda voltou a recorrer ao 5x4 para quebrar o ritmo, mas as reminiscências do primeiro tempo tornaram fugaz a estratégia dos homens de Oeiras. Cavinato, com um bom remate na sequência de um canto (27’) e Caio, numa grande jogada individual em que roubou a bola e driblou dois adversários (28’) podiam ter tornado mais expressivos os números, mas era a vez de Cavinato ‘bisar’, e apontar o 100.º golo dos ‘leões’ na Liga, evidenciando a qualidade colectiva da equipa, a fabricar uma jogada ao primeiro toque que culminou na finalização fácil do italo-brasileiro. Depois foi Djô a abrir o livro e, na ala esquerda, ultrapassou João Silva, contornou Carlo rente à linha de fundo e, quando tentava o passe atrasado, Bruno Cardoso meteu o pé à bola e introduziu-a na própria baliza. Até ao final, ainda houve tempo para Paulinho concluir com êxito uma jogada de Diogo pela ala direita e para construir o lance que terminaria com Pedro Cary a rematar de forma certeira no coração da área, fechando as contas da partida.