Pavilhão Multiusos de Odivelas
Árbitros: Mário Lobo (Viana do Castelo) e Vítor Rocha (Porto)
Ao intervalo: 1-0
SPORTING: Marcão, Caio Japa, João Matos, Diogo e Cavinato. Jogaram ainda: Merlim, Fortino, Djô, Pedro Cary, Fábio Lima e Paulinho
Treinador: Nuno Dias
Golos: Cavinato (12’) e Fortino (31’)
Acção disciplinar: cartão amarelo a Merlim (6’), Diogo (8’), Fortino (18’), Cavinato (38’) e Caio Japa (39’)
Benfica: Juanjo, Gonçalo Alves, Chaguinha, Bruno Coelho e Patias. Jogaram ainda: Ré, Rafael Henmi, Alan Brandi, Fábio Cecílio e Jefferson
Treinador: Joel Rocha
Golo: Rafael Henmi (29’)
Acção disciplinar: cartão amarelo a Chaguinha (9’), Jefferson (24’ e 38’) e Ré (27’); cartão vermelho a Jefferson (38’)
Um pai ensina, transmite conhecimento, indica o melhor caminho. Passa valores, ideais, princípios. Muitos deles condizentes com os do Sporting. Não é por isso de estranhar que o amor ‘leonino’ passe de geração em geração no seio de milhares de famílias Sportinguistas. E, se em pleno Dia do Pai, Odivelas se pintou de ‘verde e branco’ para assistir ao ‘derby’ que devolveu a liderança ao conjunto de Nuno Dias, em muito se deve aos ensinamentos, conhecimentos e hábitos transmitidos pelos pais ‘leoninos’ aos filhos que o aprenderam a ser. A lógica em que o pai ensina o filho é transversal das bancadas à quadra. No dia em que os progenitores foram homenageados, o Sporting vestiu o papel de pai e deu uma lição de futsal a um filho que nem sempre se porta bem, mas claramente tem muito a aprender com o conjunto ‘verde e branco’.
Logo no início, os ‘leões’ deixaram um aviso, como que a explicar ao filho ‘encarnado’ que os erros, por vezes, custam caro: perda de bola do Benfica em zona perigosa e Diogo a obrigar Juanjo a aplicar-se para evitar que os visitantes entrassem na partida a perder. Patias quis assustar Marcão, mas o brasileiro estava atento e defendeu o primeiro remate forasteiro. O Sporting tinha mais bola, sabia melhor o que fazer com ela e mandava na partida como o pai que impõe autoridade em sua casa. O perigo rondava a baliza de Juanjo, que foi forçado a intervir novamente depois de um remate perigoso de Diogo e nova ameaça de Caio Japa. Mas o melhor estava guardado para os 12’, quando os ‘leões’ deram uma autêntica lição de futsal no seu esplendor: recuperação de bola de João Matos, na direita, que entregou em Marcão, com o guardião brasileiro a encontrar Merlim já no lado esquerdo do terreno; o internacional italiano virou o esférico para João Matos, que, do lado oposto, encontrou Fortino para a assistência do pivôt na direcção de Cavinato. Ao segundo poste, o italiano só teve de encostar para o 1-0 ‘leonino’ e uma obra de arte assinada a toda a largura do campo. O pai Sporting mostrou ao filho Benfica como se fazia, mas, com a habitual teimosia de quem pensa saber o que faz, os ‘encarnados’ insistiam nos lançamentos longos de Juanjo para Patias, que lá rematava em esforço ou via a iniciativa anulada pela defesa ‘verde e branca’. Seguindo o conselho do progenitor, o Benfica acabou por colocar a bola no chão e criou perigo quando Jefferson descobriu Bruno Coelho para o remate perigoso do internacional português. Na resposta, Fortino quase ampliou a vantagem, numa altura em que o domínio era dos da casa e os visitantes se viam limitados ao seu meio-campo, apostando nos erros dos ‘leões’. Djô e Fortino voltaram a estar perto do golo, mas foi Patias quem atirou ao poste na última oportunidade do primeiro tempo.
O Benfica reentrou à procura do empate, que chegaria já depois de Fábio Cecílio atirar com força, mas também ao poste. Num lance trapalhão, como quando um filho se aventura para fora de pé, Henmi encostou para o empate, após remate de Patias que desviou na defesa do Sporting. O empate só duraria dois minutos, já que o pai decidiu ensinar o filho naquilo que este mais gosta de fazer: lançamentos longos. Marcão esticou, Fortino ganhou nas alturas e cabeceou ao ângulo, assinando o golo da vitória ‘leonina’. O Benfica apostou no 5x4, mas todo o pai tem aquele filho mal comportado que merece ser castigado e Jefferson acabou expulso, deitando por terra as esperanças ‘encarnadas’. O Sporting ensinou o seu futsal e mostrou como se marca no dos outros. No final do Dia, ganhou o Pai deles.