Pavilhão do Centro Social São João, em Coimbra
Árbitros: Wilson Soares e Eduardo Coelho (Aveiro)
Ao intervalo: 0-1
São João: João Gregório, Batalha, Picasso, Josiel e Vasco Seco. Jogaram ainda: Cássio, Gustavo e Miguel Silva
Treinador: Alcides Lopes
Golos: -
Acção disciplinar: cartão amarelo a Cássio (29’)
SPORTING: André Sousa, João Matos, Merlim, Diogo e Fortino. Jogaram ainda: Caio Japa, Pedro Cary, Paulinho, Cavinato, Fábio Lima e Miguel Ângelo
Treinador: Nuno Dias
Golos: Pedro Cary (17’), Diogo (37’), Caio Japa (39’) e Fortino (39’)
Acção disciplinar: cartão amarelo a Cavinato (29’)
Começámos a crónica do jogo anterior da formação de futsal a falar da importância dos números – e de como eles contam histórias para além da sua frieza inicial. O jogo da 23.ª jornada, entre Sporting e São João, mostrou outra faceta dos números: a forma como nem sempre contam o óbvio. À partida para o encontro, poucos imaginariam que o 11.º classificado poderia ser um obstáculo difícil de transpor para o primeiro – e aqui nem vale a pena elaborar muito na questão dos números, porque a diferença é demasiado gritante, a começar pela diferença de pontos (40 antes da partida, agora 43). Mas a verdade é que, como bem assinalou Nuno Dias no final, quando não se marca acende-se a luz da esperança no rival. E este sabia que, pontuando, ainda podia chegar ao ‘playoff’. Juntou-se, como costuma dizer-se, a fome com a vontade de comer...
O Sporting entrou dominante, perante um adversário de linhas recuadas e à espera do erro ‘leonino’. Ao contrário do que tem sido apanágio da equipa comandada por Nuno Dias, os ‘verde e brancos’ revelaram algumas dificuldades no capítulo da finalização, ora por culpa própria, ora por mérito do guarda-redes João Gregório, que soube defender (enquanto pôde) o nulo na partida. Foi até ao minuto 17’, quando Pedro Cary ‘desatou o nó’, concluindo uma transição, de fora da área, com o pé esquerdo, levando o escasso 1-0 para o intervalo. No reatamento, os ‘leões’ voltaram a criar oportunidades atrás de oportunidades, mas a esbarrar sempre nos mesmos obstáculos. O jogo manteve esta toada até ao minuto 37’: Merlim, numa jogada individual pela esquerda, conseguiu progredir no terreno e descobriu Diogo na zona central que, de fora da área, não perdoou com o seu melhor pé, o esquerdo – mantendo-se assim no topo da lista de melhores marcadores da Liga, com 26 golos.
O 2-0, conseguido a três minutos do final, fez soar o alarme do São João – que, com a derrota, voltou a ser atirado para os lugares de despromoção – levando a equipa da casa a arriscar no 5x4. Mas quem beneficiou foi, uma vez mais, o Sporting. Após uma boa defesa de André Sousa, Merlim progrediu pela direita e serviu Caio para o 3-0 e, a cinco segundos do final, Fortino roubou a bola junto à área defensiva ‘leonina’, num passe mal calculado de Gustavo Martins, e rematou com o pé esquerdo para a baliza deserta, fechando as contas de um jogo em que os ‘leões’ foram o seu principal obstáculo, mas em que resolveram os problemas... de goleada.