Pavilhão Desportivo dos Lombos, em Carcavelos
Árbitros: Alfredo Andrade e Leandro Costa (Aveiro)
Ao intervalo: 0-4
Quinta dos Lombos: Sandro Azenha, Eddy, Rúben Santos, Maté e André Silva. Jogaram ainda: Marinho, Fábio Tavares, Erick Mendonça, Ilídio Pina, Russo, Gonçalo Portugal e Varela
Treinador: Rodrigo Barreiros
Golos: Marinho (39’)
Accão disciplinar: -
SPORTING: Marcão, João Matos, Miguel Ângelo, Diogo e Fortino. Jogaram ainda: Caio Japa, Cavinato, Merlim, Paulinho, Djô, Varela, André Sousa, Fábio Lima e Ludgero
Treinador: Nuno Dias
Golos: Cavinato (7’, 9’ e 37’), Diogo (10’), Fortino (13’), Caio Japa (38’) e Fábio Lima (39’)
Acção disciplinar: Cartão amarelo a João Matos (23’)
O Quinta dos Lombos tinha no empate arrancado no reduto do Benfica (1-1), uma espécie de Luz ao fundo do túnel. Talvez por isso, tenha chegado ao embate com o Sporting com uma estratégia semelhante, a privilegiar a organização defensiva como forma de retardar o golo adversário. Mas ao contrário do eterno rival, que deixou o jogo seguir para um registo morno, aliando-o à ineficácia atacante, o Sporting foi letal desde o início. É verdade que necessitou de alguns minutos para se libertar da defesa coesa e pressionante do emblema da Linha – talvez por isso as primeiras tentativas ‘verde e brancas’ tenham acontecido em remates de fora da área – mas a eficácia cedo se tornou o nome do meio do ‘leão’.
A resistência caseira durou até ao minuto sete: Merlim apontou um canto pela direita e serviu Cavinato no corredor central, que deu à bola uma trajectória surpreendente para o guarda-redes Sandro Azenha. Estava feito o 1-0. Aos 9’, um mau atraso de Caio para Marcão podia ter complicado as contas mas, na sequência desse lance, Marcão lançou longo para Cavinato que, nas costas da defesa e sem oposição, atirou certeiro – com o ex-‘leão’ Erick a falhar a intercepção. No minuto seguinte, mais um golo: Djô impediu a saída de bola da Quinta dos Lombos, com a bola a sobrar para Diogo que, à entrada da área fez o 3-0.
Com a entrada fulminante dos ‘leões’, a deitarem por terra a estratégia dos da casa, o jogo estava praticamente resolvido a meio da primeira parte. Como consequência, a partida desceu um pouco de intensidade e até de interesse, havendo menos oportunidades, menos posse do Sporting (pelo menos menor intencionalidade nas acções) e uma ligeira subida da equipa da casa – sem que isso se convertesse em oportunidades de golo. Mesmo assim, o Sporting chegou ao quarto golo, já depois de Miguel Ângelo ter atirado à trave: Merlim apontou a reposição lateral, Fábio Lima fez o bloqueio na zona central e Fortino surgiu solto para fazer o 4-0.
A segunda parte começou como terminou a primeira – com uma intensidade menor e com diminutas ocasiões claras de golo. Ainda assim, uma transição rápida de Diogo, a combinar com Cavinato, podia ter dado o quinto para os ‘verde e brancos’ (27’), assim como o remate de Cavinato, logo de seguida, após assistência de Caio, a enorme jogada individual do júnior Ludgero (29’), o remate de ressaca de Diogo (31’) ou o tiro à trave de Paulinho (34’). Com tantas tentativas, estranho seria se não se dilatasse o marcador. A três minutos do final, três golos de rajada deram corpo à alma ‘leonina’: Cavinato apontou o ‘hat-trick’ depois de uma boa paralela de Caio na esquerda, que fez o 6-0 um minuto depois, na sequêcia de uma triangulação com Miguel Ângelo e Cavinato; de seguida, Ludgero revelou grande visão de jogo e fez um passe letal para Fábio Lima encostar. Já próximo do final, um ‘cabrito’ de Marinho reduziu para os da casa, mas não retirou brilho a um ‘leão’ que ofusca cada vez mais quem procura uma Luz ao fundo do túnel.