​Técnico agradado com a exibição frente ao FC Famalicão

No rescaldo do triunfo sobre o FC Famalicão (1-0), em duelo referente à terceira ronda da Liga Portugal, o treinador Rúben Amorim mostrou-se satisfeito com a exibição verde e branca, considerando que, apesar de ter em perspectiva “um jogo muito difícil”, os seus jogadores foram “competentes em todos os momentos” e controlaram “sempre” as incidências do encontro.

“Na primeira parte rodámos muito a bola para cansar adversário, fomos intensos na reacção e criámos oportunidades. Fomos muito fortes a controlar as transições do FC Famalicão, mas não tivemos a qualidade que devíamos em lances em que bastava passar para o lado. A bola foi sempre um metro mais para a frente do que devia e isso faz diferença nestes jogos”, começou por afirmar o técnico na conferência de imprensa após a partida, prosseguindo com a análise.

“Marcámos na segunda parte, controlámos até certo ponto e depois, sem aparecer o segundo golo com algumas ocasiões, defendemos um pouco mais baixo. Isso faz parte também do processo, vamos melhorando nesse aspecto. Mas foi uma vitória completamente justa”, frisou.

O técnico elogiou depois a estreia a titular de Morten Hjulmand, médio dinamarquês que formou dupla no meio-campo com Morita, lembrando que este era capitão quando actuava em Itália.

“É tudo o que pensámos, mas vai melhorar muito fisicamente, tem de conhecer bem os colegas. A forma como joga sempre para a frente ajuda a equipa e isso é muito importante num jogador como ele. É muito inteligente a ler os espaços e a perceber quando tem de pressionar ou de juntar-se à linha defensiva. É um líder pois é um nórdico que era capitão em Itália aos 24 anos. Não se chega a essa condição se não se for um líder. Já o conhecíamos, mas ainda vai fazer mais”.

Rúben Amorim foi também questionado sobre o momento de forma de Paulinho, avançado que foi decisivo ao marcar o golo do triunfo e leva já quatro tentos em três jogos na Liga Portugal.

“Quando foi criticado se calhar não estava a render, mas agora está e todos estão entusiasmados. Cantam a música dele a toda a hora e o futebol é mesmo assim, uma montanha-russa. Agora, sabendo que a fase má passou, ele também tem de saber que a fase boa pode passar, tem a ver com o trabalho. Mas é um rapaz que merece, está um pouco fora da posição mas se calhar esta é a posição dele e isso ajuda, pois joga um pouco mais solto. Fez o seu trabalho e está a fazer golos, mas o que interessa é o trabalho e ganhar jogos, sendo que ele ajuda a equipa a ganhar”.

Relativamente à evolução da equipa, dado que o Sporting CP soma agora mais cinco pontos do que em igual período da época passada, o timoneiro Leonino admitiu que estas três vitórias em três jogos trazem boas sensações, mas deixou também claro que não é hora de relaxar.

“Obviamente estamos satisfeitos, mas não durmo descansado e estou sempre stressado como todos os treinadores”, atirou, salientando ainda assim o crescimento do plantel. “A equipa, e mesmo a base que transitou do ano passado, está mais adulta. Os jogadores novos encaixaram muito bem nas nossas características e estou contente com esse aspecto. A diferença de cinco pontos em relação ao início do campeonato passado é muito grande, mas temos de continuar”.

O técnico recusou ainda que a falta de eficácia verificada neste encontro, com uma bola à barra e várias defesas do guarda-redes adversário, o tenha feito regressar à época passada, quando este cenário se repetiu, considerando mesmo que “há algo no ar que é diferente”.

“Talvez seja a esperança dos adeptos e a forma como encaramos os jogos. No ano passado perdemos muitos pontos no início e depois foi sempre a correr atrás, com os adeptos muito desiludidos com a situação. Este ano há qualquer coisa no ar que nos ajuda e isso também joga muito, não é só a qualidade dos jogadores mas tudo o que os envolve, como a parte mental. Tal como sentira contra o Casa Pia AC e o FC Vizela, hoje senti que íamos vencer o jogo”, sublinhou.

A fechar, Rúben Amorim enalteceu o forte apoio dos Sportinguistas em Alvalade, que segundo o técnico foi fundamental para que a equipa saísse com os três pontos. “A paixão que os adeptos transmitiram ajudou-nos muito a ser intensos durante o jogo, a equipa conseguiu manter a cabeça fria e controlar os 90 minutos. O que posso prometer-lhes é que na próxima semana vai ser um sofrimento igual, mas esperamos que no fim o resultado seja o mesmo”.