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Foto José Lorvão

Rúben Amorim: "Onze preparado para vencer o jogo"

Por Sporting CP
21 Set, 2024

Sporting CP recebe o AVS Futebol SAD este domingo para a Liga

A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal recebe este domingo o AVS Futebol SAD para a sexta jornada da Liga, a partir das 20h30 no Estádio José Alvalade, e o técnico Rúben Amorim começou por adiantar as baixas Leoninas para o jogo.

“Nenhum deles [Gonçalo Inácio e Eduardo Quaresma] recuperou. O Marcus Edwards tem uma lesão, o Pote também [pequenas lesões musculares] e, portanto, temos algumas baixas, mas um onze claramente preparado para vencer o jogo”, referiu na conferência de imprensa para antevisão da partida.

Depois, a análise ao adversário, equipa orientada por Vítor Campelos e que na temporada anterior assegurou a subida ao escalão principal do futebol português.

“Fazendo a ligação ao AVS Futebol SAD, nós olhámos muito para as características e forma de jogar desta equipa. Também olhámos para o Gil Vicente FC do ano passado [treinado por Vítor Campelos], principalmente aquilo que fez em Alvalade, porque na segunda volta já não foi o míster Campelos. Temos algumas dúvidas de como se vão apresentar defensivamente, ofensivamente não temos assim tantas dúvidas, porque o míster Campelos já jogava de uma certa forma, aqui também repete e não costuma mudar muito a parte ofensiva. A parte defensiva no último jogo com o Gil Vicente FC mudou, com o GD Chaves não mudou na altura e, portanto, nós fomos fazer um reconhecimento para ser mais fácil para os nossos jogadores, porque não tivemos assim tanto tempo para preparar o jogo e diria que foi um misto de tudo. Fomos olhar a tudo e tentar não transmitir muitas dúvidas aos nossos jogadores. Sabemos como vamos defender, e sabemos como vamos atacar este jogo”.     

Sobre as primeiras semanas de Conrad Harder no Sporting CP e a relação no campo com Viktor Gyökeres, o técnico explicou como tudo se tem processado e a boa aprendizagem do reforço dinamarquês. “Eles têm mais uma relação de amizade, o Viktor não é muito de dar conselhos. Ele [Harder] tem feito o trabalho quer como referência ofensiva, quer a jogar com o Viktor, neste caso os dois mais na frente, porque temos que ter planos diferentes para atacar equipas diferentes. Às vezes há uma linha de seis, uma linha de cinco, uma linha de quatro e ele está a tentar aprender tudo isso num espaço curto de tempo, mas está a evoluir bastante bem, e acima de tudo tem muita ‘fome’. Isso ajuda muito os jogadores a saltarem etapas, digamos assim, na preparação de um jogo ou de uma temporada”.   

O golo espectacular e a excelente exibição de Debast frente ao LOSC Lille também tiveram direito à curiosidade jornalística e à abordagem do treinador. “Em relação ao Debast, o importante para mim é que foi um bom momento, mas já passou e esquecer esse golo [ao LOSC Lille na Champions League]. O que vai ajudar o Zeno a ser o jogador que pode ser, a preencher todo o potencial que tem durante a carreira, é sentir estes bons momentos, e os maus, mas depois esquecer isso rapidamente. O que eu quero é que o Zeno mantenha a sua forma de defender, a agressividade, que está a aumentar, e a capacidade física, pois é muito rápido. Não perdeu quase passe nenhum nestes dois últimos jogos”

O técnico realçou a importância de o belga manter o nível. “Não temos muitas soluções e é manter-se com a cabeça no lugar, manter a forma como está a jogar, recuperar muito bem entre jogos. Diria que o Zeno precisava deste golo, mas acima de tudo precisava de sentir-se o jogador que é. Eu acho que ele já está nesse momento, recuperou de uma má intercepção que se tornou num mau momento, mas ele está num momento muito bom em todos os níveis do seu jogo. Não se deixa ultrapassar, é forte nos duelos, é forte com a bola, não perde a bola, e depois faz golos. Eu quero é que ele continue esse momento”.

O AVS é o adversário que o Sporting CP terá pela frente, com a coincidência de ter sido o oponente no primeiro jogo de Rúben Amorim como treinador principal do Clube Leonino [naquela altura ainda CD Aves]. O técnico foi questionado sobre o que mudou a nível pessoal e como treinador e respondeu sobre a diferença maior e que extravasa o próprio líder técnico.

“Há fases em que achei que devíamos ter feito mais e mais rápido e há outras em que sinto que ninguém imaginou estarmos no momento em que estamos. Obviamente há uma diferença entre o treinador que eu era e que sou hoje, não digo para melhor ou para pior. Sou uma pessoa diferente, pelas vivências que tivemos. O que eu gostava de realçar foi que nesse dia [primeiro jogo oficial como treinador do Sporting CP] o ambiente no Estádio era muito diferente. Isso foi o que me marcou mais. Quando cheguei ao Sporting CP, a forma como os jogadores foram nesse jogo do balneário para o relvado e para o aquecimento e para o jogo, lembro-me de entrar no Estádio e o ambiente que estava, a tensão que estava nesse momento foi algo que me marcou, porque eu nunca tinha vivido uma coisa assim. Passado este tempo, o que mudou foi o ambiente no Estádio. Os Sócios são o coração dos clubes e se tivesse de dizer alguma coisa, é que entrar hoje no Estádio José Alvalade é completamente diferente de entrar no Estádio nessa altura e foi algo que me marcou”.

Uma das perguntas a Rúben Amorim teve a ver com o rendimento de Morita e o técnico explicou o contexto mais específico do médio japonês após os jogos da selecção. “O futebol é tão rápido hoje em dia que passamos de um bom momento para um mau momento. O Morita frente ao FC Porto foi muito, muito bom, o Morita contra o SC Farense foi o melhor jogador em campo e depois foi às selecções. A verdade é que nós nem temos noção do que é o Morita ir às selecções.  Faz viagens, muda completamente a vida dele, o fuso horário e depois não é que ele faça um jogo e recupere outro. Ele faz um jogo, viaja outra vez para outro sítio qualquer, tem um jogo e viaja outra vez para cá e quando chegam quase não tem tempo se de adaptar. Parece uma coisa normal, porque acontece com muitos jogadores, mas para ele tem um impacto muito grande. Temos de gerir essas partes”.

Rúben Amorim reiterou que Morita foi substituído na terça-feira por ter um cartão amarelo. “Ele não sairia do jogo com o LOSC Lille se não tivesse amarelo e talvez se não estivéssemos com mais um, porque eu acho que o Morita tem uma influência muito grande na nossa equipa. E porque eu ainda não o sinto claramente fresco e ele precisa de estar fresco. Nós vamos fazendo essa gestão. Não diria que o Morita está num momento abaixo. O contexto do Morita é que é completamente diferente do resto da equipa. Antes da paragem, o Morita era, se calhar, o nosso jogador mais em forma, o que tinha mais influência na construção, a aparecer na frente. O que aconteceu com o Morita é o que acontece quase sempre quando ele vai à selecção: demora algum tempo a adaptar-se depois à vida normal”.

Quanto à evolução da lesão de St. Juste, Rúben Amorim falou de tempo. “É esperar que St. Juste volte e demonstre a qualidade que demonstrou sempre que jogou. Falta a consistência. A conversa que tenho com ele é a conversa que tenho com cada jogador. É mais fácil para mim porque eu passei estes momentos também [como jogador] e é tentar utilizar estratégias, desta vez fazer tratamento mais longe de nós, perto da família, mais fora da Academia, e tentar gerir essa parte psicológica. Imaginar quando ele voltar que processo vamos ter. Já fizemos isto várias vezes e tentar voltar a fazer. Dizer-lhe que enquanto ele for a pessoa que é e der o máximo, nós vamos tentando estratégia a estratégia para ‘pagar’ esse investimento aos Sócios e aos nossos adeptos, mas estamos a fazer o máximo e, mais do que ninguém, quem quer estar saudável e jogar é o Jer. Até ao último momento, vamos tentar ajudar o Jer”.

Quanto às opções iniciais para o jogo e as possibilidades de Maxi Araújo ou Conrad Harder jogarem, o técnico não desvendou as escolhas. “Há várias opções que podemos utilizar. Depende também dos treinos que fizemos estas semanas e isso tem impacto. Olhamos para o treino e imaginamos se houver algumas lesões, mudar a posição dos jogadores e isso não posso dizer porque senão estava a ajudar o mister Campelos a preparar o jogo. [Harder] É um jogador com muita ‘fome’, às vezes temos é de conter essa ‘fome’ e relaxar o jogador para o caso de ser utilizado, mas é uma opção. Pode ser de início, pode ser com o desenrolar do jogo, e com o resultado. Podemos juntar também o Morita mais na frente, porque às vezes são blocos baixos e não há grandes sprints, juntando mais perto da área um médio com a qualidade do Morita. Vamos ver o que vamos apresentar”.