O caminho faz-se caminhando
13 Nov, 2025

Depois do dignificante empate a uma bola em Turim, ante a vecchia signora para a Champions League, competição na qual mantivemos tudo em aberto no que toca ao objetivo de seguir em frente, a recepção aos belgas do Club Brugge, no próximo dia 26 deste mês, pode determinar muito do nosso futuro na prova. Faço daqui um apelo: todos seremos poucos para fazer do Estádio José Alvalade um vulcão pronto a entrar em erupção e que seja infernal, obviamente no bom sentido, para os belgas.
Resolvido este adversário, a sempre poderosa Juventus, o tempo foi, sem exagero algum, de chegar, treinar e quase logo viajar rumo à paradisíaca ilha de São Miguel, para enfrentar o Santa Clara, um adversário sempre muito complicado e com bons valores.
E, se sabíamos das dificuldades que iríamos encontrar, para além do natural cansaço, a verdade é que, o golo madrugador dos açorianos, ainda não tínhamos "aterrado" no jogo, complicou sobremaneira as contas e obrigou o Leão a arregaçar as mangas e, feito de vontade indómita, aliado a um colectivo que quis ultrapassar esta adversidade, assim o conseguiu.
Para cima deles, foi o lema dos comandados por Rui Borges. Logo a seguir ao golo, tocou a rebate e seria um Sporting CP a assumir as despesas do jogo, encostando os insulares às cordas. Quando chegou o empate, por intermédio de Pote, já o Leão estava senhorial no jogo e só não foi para o intervalo a vencer, por um misto de infelicidade, com algum demérito na finalização.
Na segunda parte, com o relvado cada vez mais pesado e com o cansaço do jogo de terça-feira feira anterior a deixar marcas, a verdade é que o que faltou aqui ou ali no talento sobrou na transpiração, na raça e no acreditar.
Os açorianos queriam manter o empate a todo o custo. Mas guardado estava para o fim um misto de sensações. Primeiro, a amarga pela expulsão de Maxi Araújo aos 90 minutos. Depois, já o relógio ia nos 90+4', a doce explosão de alegria, quando o capitão Morten Hjulmand disse que "sim" com uma violenta cabeçada, a um pontapé de canto apontado pelo prodigioso Geovany Quenda e a fazer anichar a bola na baliza do Santa Clara para gáudio dos muitos Leões presentes em São Miguel, num rugido que atravessou o Atlântico e se fez ouvir em Alvalade.
O Sporting CP, pese o choro das carpideiras que numa desonestidade intelectual gritante até protestam pontapés de canto mal assinalados, como se fosse fácil marcar golo através da sua marcação, que andavam muito felizes quando não havia VAR, e que agora se especializaram na arte dos coitadinhos, para ocultarem as suas fraquezas, mesmo com os sacos de milhões de notas gastos a cada ano, está forte. E terão de nos aturar. Gostem eles ou não, o Leão está rampante e aqueles que nos queriam fortes, e que diziam à boca cheia que fazíamos muita falta no topo do futebol nacional, mas que afinal, quem não os conhecer que os compre, era tudo cinismo, especializaram-se em comunicados e têm sonhos, ou será que são pesadelos, connosco. Antigamente é que era bom. Antigamente é que era tudo limpinho, limpinho. Têm a memória curta... muito curta. Deveriam era corar de vergonha.
Mas que se habituem a este Sporting Clube de Portugal forte e a lutar por títulos. Sim, só ganha um. Mas nós queremos ser esse um. Quem sabe se 2025/2026 não será mais um ano em que, com Esforço, Dedicação e Devoção, alcançaremos a Glória e, por acréscimo, o "Tri". O sonho comanda a vida.
O caminho faz-se caminhando!