Injustiça nos descontos
12 Nov, 2023
Sporting CP jogou quase toda a segunda metade com dez jogadores e acabou derrotado (2-1)
A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal perdeu, este domingo, frente ao SL Benfica por 2-1 em jogo da 11.ª jornada da Liga Portugal.
Para o primeiro dérbi da época, Rúben Amorim promoveu dois regressos, apostando de início em Antonio Adán, Ousmane Diomande, Sebastián Coates, Gonçalo Inácio, Ricardo Esgaio, Hidemasa Morita, Morten Hjulmand, Matheus Reis, Marcus Edwards, Viktor Gyökeres e Pedro Gonçalves.
O médio nipónico regressou de lesão e o avançado sueco regressou após cumprir castigo na Liga Europa, estreando-se assim em dérbis.
Rúben Amorim previu um dérbi a começar encaixado e a abrir com o desenrolar do tempo e não se enganou, com o Sporting CP a impor o seu jogo, a circular bem a bola e a focar-se cada vez mais na baliza encarnada com o desenrolar do jogo, enquanto o SL Benfica não se conseguia impor, não encontrava espaços para jogar e só mostrava algum perigo nas transições.
Ainda assim, a verdade é que a formação encarnada ia conseguindo aproveitar alguns erros Leoninos e foi mesmo dessa forma que, aos 12 minutos, Rafa teve a oportunidade de abrir o marcador, mas o esférico esbarrou no ferro da baliza verde e branca.
Antonio Adán nada poderia ter feito nesse momento, mas também continuou sem ter trabalho ao longo da primeira parte. Na segunda melhor ocasião encarnada, Di María também atirou ao ferro, mas o arbitro assistente já tinha assinalado fora-de-jogo.
Do outro lado, Trubin ia tendo mais trabalho e foi sabendo adiar o golo verde e branco, com duas boas defesas. Primeiro negou o golo a Ousmane Diomande, que cabeceou após canto batido por Pedro Gonçalves, e, nem três minutos depois, negou-o ao extremo Leonino.
Mantinha-se assim o 0-0, mas à terceira, aos 45+1 minutos, Trubin nada pôde fazer: Marcus Edwards lançou Viktor Gyökeres, o avançado entrou na área pela direita e atirou de primeira sem hipóteses para o guardião encarnado.
Assim, o Sporting CP foi para o intervalo a vencer por 0-1 e, diga-se, com inteira justiça. Os Leões foram melhores nos primeiros 45 minutos, tiveram mais bola e mais oportunidades de golo e justificaram a vantagem no marcador.
A segunda parte tinha, por isso, tudo para ser boa depois de desbloqueado o marcador, mas não começou da melhor forma para o Sporting CP: Gonçalo Inácio travou Rafa em falta, menos grave do que pareceu, e viu o segundo cartão amarelo, recebendo ordem de expulsão.
Por isso, os Leões tiveram de jogar quase toda a segunda metade com menos um jogador, com Rúben Amorim a ser assim obrigado a reajustar a equipa: saiu Marcus Edwards e entrou Jeremiah St. Juste, com Pedro Gonçalves a recuar no terreno e a deixar Viktor Gyökeres sozinho na frente.
O SL Benfica empolgou-se a jogar em superioridade, mas, mesmo assim, não se conseguiu impor no jogo. A equipa da casa até criou maior perigo, mas, nas intervenções que teve de fazer, Antonio Adán só teve de se esforçar mais num remate de Di María aos 77 minutos.
Nessa altura, Roger Schmidt já tinha mexido no ataque, à procura do empate, e Rúben Amorim também já tinha voltado a mexer na equipa, entrando Nuno Santos e Francisco Trincão para os lugares de Matheus Reis e Pedro Gonçalves.
O Sporting CP apostava mais no contra-ataque, mas nunca entregou o jogo ao SL Benfica e, na realidade, mesmo a jogar com dez, os Leões continuaram a controlar mais o jogo do que a formação encarnada e, quando conseguiam, iam tentando aumentar a vantagem.
Ainda assim, o 0-2 já não chegou e, nos descontos, quando Paulinho já tinha entrado na vez de Hidemasa Morita, o SL Benfica conseguiu chegar ao empate num canto, ganho na sequência de um livre que colocou até Trubin na área verde e branca.
Com o 1-1 no marcador, o SL Benfica ainda conseguiu chegar ao golo da vitória aos 90+7 minutos, num lance que começou por não ser validado por Artur Soares Dias, mas que o VAR validou.