"O grupo é difícil, mas assumimos o objectivo de passar à Ronda de Elite"
04 Jul, 2024
Reacção do técnico Nuno Dias ao sorteio da UEFA Futsal Champions League
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Reacção do técnico Nuno Dias ao sorteio da UEFA Futsal Champions League
Tetracampeões Nacionais disputam Ronda Principal no Cazaquistão
A equipa de futsal do Sporting Clube de Portugal já conhece os adversários que vai defrontar na Ronda Principal da UEFA Futsal Champions League 2024/2025.
O sorteio realizado esta quinta-feira em Nyon, na Suíça, definiu que os Tetracampeões Nacionais vão ter pela frente o velho conhecido AFC Kairat, conjunto de Almaty, no Cazaquistão, que será anfitrião do Grupo 4, o Semey FC, que colocou fim à hegemonia do emblema anterior ao conquistar a última edição do campeonato do Cazaquistão, e ainda o Haladás VSE, Campeão húngaro.
Os jogos desta fase serão disputados entre 22 e 27 de Outubro, com os três primeiros classificados do grupo a garantirem o apuramento para a Ronda de Elite (cujo sorteio se realiza a 31 de Outubro e os jogos entre 26 de Novembro e 1 de Dezembro). Já a fase final está marcada para os dias 1 ou 2 e 3 ou 4 de Maio.
Liga e Taça da Liga já estão no espaço
A equipa masculina de futsal do Sporting Clube de Portugal entregou, esta terça-feira, os troféus conquistados em 2023/2024 ao Museu Sporting, fechando assim mais uma temporada de sucesso.
Com a presença de Frederico Varandas, presidente do Conselho Directivo do Sporting CP, o plantel, staff e equipa técnica entregaram as taças referentes à Liga, conquistada pela quarta vez consecutiva e 19.ª no total, e à Taça da Liga, a quinta do palmarés verde e branco.
Depois da fotografia de família habitual nestes momentos - recorrentes para o futsal Leonino - e de terem sido colocados nos troféus ao espaço dedicado ao futsal no Museu Sporting, Nuno Dias revelou "alguma tristeza por alguns objectivos terem ficado por cumprir", mas admitiu que "terminar a época desta forma é sempre especial". "Não só pela conquista, mas também pela forma como conquistámos. Vir aqui é sempre sinónimo de títulos e é uma alegria enorme estar aqui", acrescentou o treinador aos meios de comunicação do Clube, continuando.
"A partir deste momento já estamos a pensar mais além e no que poderá ser o futuro. Esperemos que passe pelo 'penta', mas que não seja só isso porque queremos vir ao Museu mais cedo. Há troféus para conquistar pelo meio, no Sporting CP é assim e não há outra forma de estar. A dinâmica de vitória é algo que nos acompanha, que trabalhos e que perseguimos. Quem estiver aqui sabe que conta com exigência e ambição máximas", garantiu.
O Tetracampeonato serviu, também, para responder às opiniões que têm surgido de que a hegemonia verde e branca estava a terminar: "A conversa do fim de ciclo já é dos últimos anos. Se estivermos em fim de ciclo desta forma todos os anos, para mim está bem. É sinal de que no final de cada ciclo continuamos a entregar troféus ao Museu. É óbvio que esta equipa ainda tem muito para dar. Tem muita qualidade e um misto de juventude com experiência".
Por fim, Nuno Dias comentou as conquistas dos títulos nacionais em sub-19 e sub-15, deixando ainda uma palavra as sub-17, que ficaram perto.
"A formação trabalha bem e a melhor forma de percebermos isso é o facto de termos, constantemente, jogadores oriundos da formação a chegarem ao plantel sénior e sagrarem-se Campeões. Vai continuar a ser assim. Parabéns a toda a formação, que trabalha muito e bem. Apesar de não termos sido Campeões em sub-17, o trabalho tem sido muito bem feito", concluiu.
João Matos falou em "dever cumprido", ainda que "não totalmente". "Queríamos mais, mas fecha-se uma etapa. Acabou o 'Tetra' e a Taça da Liga, agora é recarregar baterias e pensar no que podemos conquistar daqui para a frente. Estamos mais perto do 'Penta' do que qualquer outra equipa, por isso descansar vai-nos fazer bem. Depois, ambiciosos como sempre, vamos lutar por todos os troféus da próxima época", prometeu o capitão, que considerou que estar no Museu Sporting "é sempre nostálgico".
"Felizmente, vimos aqui todos os anos com mais do que um troféu. Não nos acomodamos com isso, queremos muitos mais. Os Sportinguistas sabem que não ficamos satisfeitos com o que ganhámos no passado. O foco na próxima época é trabalhar jogo a jogo, todas as semanas, para ganhar a todos os adversários a cada fim-de-semana. Já demonstrámos que temos esse ADN que nos caracteriza", contou o internacional português.
Já Alex Merlim não escondeu que a equipa queria "muito o Tetracampeonato", estando já com o pensamento em 2024/2025: "Sabemos que é muito difícil conseguir o quarto título consecutivo e o sentimento é de alegria e satisfação. Vamos descansar nas férias para voltar na próxima época, que será cheia de desafios, e almejar o Pentacampeonato".
O ala lembrou que o grupo trabalha "todos os dias" para, no final da temporada, visitar o Museu Sporting e entregar os troféus.
"O resultado positivo é o título. Quem joga no Sporting CP joga para vencer campeonatos. Sinto-me privilegiado por poder fazer parte desta equipa há quase uma década e a história falar por si. Foram várias conquistas com esta camisola e a ambição é continuar a vencer", concluiu.
Festa fez-se de verde e branco e em casa
Confirmada a terceira vitória em três jogos na final dos play-offs da Liga, agora por 6-3, a festa do título tomou conta da quadra e das bancadas do Pavilhão João Rocha. Em declarações aos meios de comunicação Leoninos, os protagonistas deste inédito Tetracampeão reagiram à conquista ainda dentro das quatro linhas, com os festejos em pleno.
Anton Sokolov
“[em português] Muitos parabéns, Sportinguistas. Obrigado pelo vosso apoio incrível. Tetracampeões. Sporting CP campeão!”
Gonçalo Portugal
“Mais uma vez, um orgulho neste grupo e nestes adeptos, que de foram incansáveis numa época não tão boa como os habituamos, mas chegamos ao fim e veio para casa o nosso título. É algo histórico e quebrar recordes é algo a que estamos habituados. Agora temos férias e depois preparar o próximo ano, onde queremos ser Penta. [Justo campeão?] Só agora conseguimos uma vitória contra o SC Braga, mas estes três jogos mostraram o nosso valor. Festejar junto à nossa família é o melhor que há”.
Taynan
“Tem muito significado para nós, porque sabemos o quão dura foi esta temporada. Chegámos às decisões e não conseguimos conquistar dois títulos [nacionais], mas fechar a época assim foi muito meritório por tudo o que fizemos. Entrámos para a História do futsal português, ninguém fez isto até hoje e colocamos o nome do Sporting CP na História. Terminar a temporada com o título e como melhor marcador, deixa-me muito feliz, mas não acaba aqui. Temos de fazer melhor ainda, mais títulos e mais golos. Eu amo este clube, esta equipa… Batalhar ao lado deles é surreal. Estou muito feliz por estar aqui e espero ficar muito tempo”.
Pany Varela
“[Estar fora] Muito difícil, mas os meus colegas fizeram com que o jogo fosse fácil. Parabéns ao SC Braga que tornou esta final mais bonita, mas no cômputo geral fomos melhores e o título assenta-nos muito bem. É sempre difícil, mas com adeptos como os nossos era difícil dar errado. Parabéns a todos. Quando digo que continuamos com fome, não é arrogância, é verdade. Vamos continuar com fome e sempre nos limites para colocar este símbolo no patamar mais elevado. É um ADN construído há muitos anos”.
Paulo Luís
“Senti a equipa tão tranquila que os nervos de não poder ajudar mais perto foram desaparecendo e acho que a vitória foi merecida. Ao estar fora também senti o ambiente de outra maneira, pude desfrutar de outra forma e da sorte que temos por fazer parte desta história. Somos uns privilegiados por ter a honra de representar este grande clube e de ajudar a construir esta história, que ainda não acabou. Muito obrigado. Há 12 anos não me imaginava neste momento. Desde o primeiro dia deste ano ser Tetra era um objectivo prioritário e lutámos muito para isso. Houve alguns desfechos que não queríamos durante a época, mas este ano tinha de fechar assim. É histórico e não podemos esquecer as pessoas que passaram por aqui, porque só somos Tetra em 2023/2024 porque antes disso houve mais pessoas que contribuíram”.
Hugo Neves
“Somos Tetracampeões, algo inédito em Portugal. Não começámos bem com a Supertaça, mas acabámos como tinha de ser. Somos Sporting CP. Foi uma época difícil, mas acabar assim em casa com os nossos adeptos é muito bom. Uma palavra especial ao nosso Cavinato, isto também é dele. É incrível [o apoio dos adeptos], jogamos sempre em casa”.
Nuno Dias
“Fica na História do futsal português e do Sporting CP. É completamente merecido, fomos melhores e o 3-0 na final espelha o nosso trabalho. Estivemos nas finais [nacionais] todas, às vezes vamos ser capazes de vencer, como hoje, e fazer algo que ninguém tinha feito é um orgulho enorme. Feliz porque faço de um grupo de campeões, de grandes atletas e pessoas, uma estrutura espectacular que se consegue sempre reinventar mesmo com as conquistas. Nós fazemos muito para merecer estas coisas. Os adeptos ajudam-nos muito, mas o nosso trabalho é muito bem feito e contagia todos os que estão aqui. É uma simbiose espectacular. Há jogadores que vão saindo e entrando, aparecem críticas de fim de ciclo, mas conseguimos estar nas decisões ano após ano. É um grupo que não se cansa de ganhar e eu contente por fazer parte”.
Rafa Félix
“É uma época memorável. Cheguei lesionado e hoje faz exactamente um ano que fiz a minha cirurgia. Esta época vai ficar na minha memória por ter chegado ao Clube quando lutava por um inédito Tetracampeonato e por ter podido fazer parte desta História. O segredo é trabalhar. Este grupo é incível e merece isto, mantivemos sempre um bom ambiente e nunca baixámos o nível do trabalho. Fizemos isso a época toda. Fico sem palavras, já me emocionei, nunca vivi isto na minha vida”.
Tomás Paçó
“Uma palavra para todos os adeptos, porque esta época foi muito difícil para nós. Chegámos aqui depois de vencer a Taça da Liga, mas ainda não tínhamos ganho um jogo ao SC Braga. Os adeptos estiveram em todo o lado, até na Arménia. Sabíamos que este Tetra tinha de ser nosso e tínhamos de festejar com eles em casa”.
Diogo Santos
“É um sentimento único. Poder ficar na História do Sporting CP e jogar neste clube é do melhor que há no mundo. Trabalhámos para acabar a final em 3-0 e foi isso que aconteceu. Já não há palavras para o apoio que os adeptos nos dão, estão sempre aqui para nós. Queremos sempre mais”.
Zicky Té
“Alegria, emoção, muita qualidade e consistência do Sporting CP. Ficou demonstrado que esta equipa só responde com trabalho. Ainda não tínhamos ganho ao SC Braga na fase regular, mas na altura decisiva mostramos o que é ser Sporting CP, o que é vestir a pele do Leão e mostramos as garras para vencer por 3-0. A minha família é sempre o meu pilar e dedico-lhes estas vitórias. Isto estava lindo, só faltava a nossa parte dentro da quadra e acho que também estivemos à altura. Tive a felicidade de ser sempre campeão em seniores e mais de metade da equipa vem da formação. Isto é de valorizar, e muito. É sempre a quebrar recordes, agora vamos à procura do Penta”.
Henrique Rafagnin
“Ficamos na História e parabéns para os que ganharam os outros três campeonatos e não estão aqui. Encerrar o título a ganhar é excelente. Fizemos uns play-offs muito bons. A união e a entrega da equipa prevaleceram. Merecíamos ganhar pelo que fizemos em toda a Liga. Ganhámos duas [finais], infelizmente perdemos duas, mas vamos preparar-nos para voltar melhor e conquistar mais”.
Wesley
“A palavra competência define tudo. Estivemos unidos e focados. É uma sensação única, é o meu primeiro título de Campeão Nacional, junto aos melhores jogadores do mundo e com os melhores adeptos do mundo, por isso, não podia ser mais especial. Não param de cantar, até arrepia, é de loucos”.
João Matos
“Um abraço para o Cavinato, sentimos a falta dele e este título é para ele, porque é uma pessoa especial para todos nós. Fizemos História em Portugal. Não foi a época que desejávamos, fugiram-nos alguns títulos, mas acabámos de forma histórica. Esta malta e estes adeptos mereciam muito e é muito especial festejar em casa o primeiro Tetra em Portugal. Depositámos todas as nossas energias neste título e acho que o Sporting CP é um justo vencedor pelo que demonstrámos nestes play-offs. São 12 títulos de campeão nacional para mim e para o ano quero o 13.º, porque ainda temos muito para ganhar. Mereciam estar aqui todos os adeptos. Somos uns felizardos, muito obrigado pelo apoio a todos os Sportinguistas, este título também é vosso”.
Alex Merlim
“Foi uma época difícil, falhámos alguns objectivos, mas graças a Deus o final foi muito saboroso. O Tetracampeonato é algo que nunca ninguém conseguiu em Portugal e nós já tínhamos falhado isso uma vez. Cheguei cá com 29 anos, vou fazer 38 e sinto-me muito bem. Para a próxima época prometemos muita dedicação e quero desfrutar de cada ano que passa, porque é tudo muito rápido. [Sobre Cavinato] Infelizmente, não está mais connosco, resta a saudade. Partilhávamos mais do que a quadra, convivíamos diariamente. Tenho-o como um irmão. Os Sportinguistas não nos apoiam só aqui, por isso deixo-lhes um muito obrigado”.
Bernardo Paçó
“Custa o dobro estar de fora. Tinha total confiança que íamos trazer o Tetra e obrigado a todos os adeptos, foram incríveis. Estiveram em todo o lado e o que nós fazemos é por eles”.
Tiago Macedo
“É muito gratificante fazer parte deste título e estar diariamente com eles. Aprendi muito. O ambiente é inexplicável, estiveram sempre a cantar e a apoiar. Assim, é tudo mais fácil”.
Pauleta
“Sinto-me muito feliz. É sempre importante ficar na História e para o ano já queremos o Penta. O ambiente estava incrível e vamos continuar a trabalhar para lhes dar alegrias”.
Andriy Dzyalo
“Foi um ano muito difícil, cheio de trabalho, mas foi merecido. Foi um grande ano para mim. É incrível trabalhar com os melhores do mundo, evoluí muito com eles e quero continuar a melhorar. É sempre especial festejar títulos em todos os escalões”.
Rodrigo Pais de Almeida, membro do Conselho Directivo
“Esta equipa já estava na História do futsal português. O que o Sporting CP tem feito pelo futsal português, nos últimos 11 anos com o Nuno Dias e Paulo Dias, só se formos desonestos intelectualmente é que não percebemos que é a maior potência nacional. Tem tido um contributo muito grande para o crescimento e o sucesso do futsal nacional. É um orgulho muito grande ter uma equipa destas. Já lhes tinha dito isto quando perdemos a final da Liga dos Campeões na época passada, mas poucas equipas representam os valores do Sporting CP como esta equipa transmite a todo o mundo Sporting CP. A maioria deles foi deita no Clube, muitos cresceram no Sporting CP e vivem-no como os próprios Sócios e adeptos. Isso contagia quem os envolve, as bancadas, a estrutura, todo o Clube. Em todas as modalidades temos de mudar [os pendões do pavilhão que assinalam os títulos] e esperemos que assim seja todos os anos. Temos sempre de pôr lá números novos, essa é a essência do Sporting CP”.
Treinador reuniu toda a equipa técnica em conferência de imprensa
Conquistado o inédito Tetracampeonato, o treinador Nuno Dias esteve em conferência de imprensa para fazer o rescaldo de mais uma vitória e da proeza alcançada, mas desta vez fez-se acompanhar de todos os elementos da sua equipa técnica.
“É uma conquista inédita e muito difícil, porque se nunca ninguém alcançou, é porque é um feito extraordinário da nossa parte e sabe muito bem. É um orgulho muito grande pertencer a um grupo de vencedores e de pessoas que trabalham muito e fazem por merecer estes títulos. É um privilégio fazer algo para ajudar a que as coisas aconteçam, assim como toda a malta que está aqui. Normalmente sou eu que aqui estou, eu sou o rosto, mas está aqui muita gente que trabalha, muito e bem, para que as coisas resultem desta forma”, começou por enaltecer, acrescentando: “Parabéns aos jogadores que põem tudo em prática e parabéns a todos [da equipa técnica], que me ajudam muito, cada um na sua função”.
De seguida, questionado sobre se a equipa já aponta a mira ao Penta, Nuno Dias preferiu focar-se no momento presente. “Normalmente começamos a pensar no que ainda temos para conquistar, é doentio da nossa parte, mas hoje não é dia para isso. É para festejar algo inédito. É obra, só esteve ao nosso alcance e nem sequer quero pensar nos objectivos da próxima época”, justificou o técnico, antes de olhar para as três vitórias (em três jogos) conseguidas nesta final dos play-offs da Liga
“Toda esta final foi trabalhada nos limites, em termos de análise, a forma como recuperámos jogadores, ao nível da preparação e do plano de jogo. Foram semanas duras, mas no fim tudo compensa. Tudo ficou resumido a uma vitória categórica como a de hoje. Ganhar 3-0 [na final] a uma equipa com qualidade, que chegou aqui com todo o mérito e com um jogo como o que fizemos, só está ao alcance dos melhores e nós somos os melhores”, destacou.
Já sobre este terceiro e decisivo encontro, o treinador dos Tetracampeões Nacionais considerou que foi “o mais desequilibrado” da final. “Foi o jogo em que o Sporting CP foi mais superior ao SC Braga, ficámos com a sensação de que o resultado nunca esteve em perigo. A forma como defendemos, pressionamos e como fomos criando oportunidades… Marcámos seis e outros ficaram por marcar em situações até menos difíceis do que as finalizámos”, considerou Nuno Dias.
A seguir o adjunto Paulo Luís tomou a palavra e contrariou o treinador principal verde e branco quanto à possibilidade de continuar a vencer já na próxima temporada.
“Já estamos a pensar um bocadinho em que para o ano podemos voltar a fazer História, o Penta e seria o 20.º título do Sporting CP. O segredo [do sucesso] é um bocado isto, os desafios que nos vamos colocando constantemente”, referiu, sublinhando ainda que o Tetracampeonato era uma meta presente “desde o primeiro dia da época” e que, além disso, “só faz sentido porque antes do grupo desta época houve outros que fizeram parte desta história”, lembrou.
Retribuindo os elogios, Paulo Luís salientou ainda a liderança de Nuno Dias: “Dá espaço para que cada um de nós tenha a sua intervenção, essa liberdade e todos sentimos essa importância para contribuir”.
Com Nuno Dias ao comando, só por duas vezes o Sporting CP não foi Campeão Nacional - vencendo, por seu turno, nove. Questionado sobre o que é preciso fazer para voltar a tirar os Leões da rota dos títulos, o treinador verde e branco disse que, se acontecer, resta à equipa continuar “a reinventar-se”. “Por enquanto, somos a maior potência do futsal no país e uma das maiores na Europa”, sentenciou.
Nova exibição dominadora (6-3) valeu 19.º título nacional
Fez-se História num rejubilante Pavilhão João Rocha. A equipa principal masculina de futsal do Sporting Clube de Portugal sagrou-se Tetracampeã Nacional, este sábado à noite, ao voltar a bater o SC Braga, agora por 6-3 no terceiro jogo da final dos play-offs da Liga.
E três jogos apenas bastaram para somar as três vitórias necessárias e alcançar um título com um significado ainda maior: pela primeira vez na História da modalidade em Portugal, uma equipa encadeou a conquista de quatro campeonatos consecutivos. Um feito inédito da autoria de uma equipa sem igual.
Para enfrentar um SC Braga de Joel Rocha com a missão de adiar a decisão do título, ou seja, em busca de fazer o que ninguém conseguiu nesta temporada – derrotar o Sporting CP no Pavilhão João Rocha -, os Leões de Nuno Dias deram uma demonstração clara das suas intenções logo a abrir neste regresso da final à casa das modalidades.
Embalada por umas bancadas muito ruidosas, a turma de Alvalade - sem Pany Varela, expulso em Braga, mas com Hugo Neves na ficha de jogo - fez ‘explodir’ o pavilhão logo aos cinco minutos, graças a um momento mágico de Alex Merlim, que fugiu da esquerda para dentro, como lhe é característico, e atirou fulminante para o 1-0.
O Sporting CP, incisivo, continuou a carregar e, já depois de duas oportunidades de Anton Sokolov e Taynan, concretizou as ameaças com o 2-0. Diogo Santos não deu o lance por perdido, impôs-se no duelo e finalizou – ainda com um desvio bracarense – para o fundo das redes.
Logo a seguir, contudo, o SC Braga deu sinal de vida e logo com um golo na resposta, saído de um remate de longe de Tiago Brito – o conjunto minhoto não marcava aos Leões desde a (louca) primeira parte do jogo inaugural desta final, também no Pavilhão João Rocha.
Apesar do golpe e da reacção visitante esboçada nesta fase, o Sporting CP manteve-se por cima e, a um ritmo electrizante, dispôs de imediato de mais uma série de boas ocasiões de golo através de Pauleta, Zicky Té e Diogo Santos. E o terceiro golo verde e branco não tardou muito mais: aos 16 minutos, na sequência de uma bola parada, Merlim reagiu rápido à defesa de Dudu e aproveitou a recarga para assistir Zicky, que à boca da baliza só teve de encostar.
Para culminar um primeiro tempo de luxo dos Leões, uma rápida transição colectiva desenhou o 4-1 a um minuto do intervalo. Um canto a favor do SC Braga acabou nas mãos de Henrique Rafagnin, o qual saiu disparado com a bola controlada, tocou para Sokolov na direita, que de primeira serviu Pauleta no meio para concluir em beleza. Vitória e título encaminhados, mas ainda a 20 minutos de distância, onde, no entanto, a tendência não se alterou.
Foi com intensidade máxima que se reatou o duelo, mas novamente com o Sporting CP a mandar na quadra e sempre perto de voltar a marcar, apesar da vantagem no resultado. Sokolov obrigou Dudu a defesa difícil e, pouco depois, só o poste negou o golo a Pauleta. Ainda assim, a avalanche ofensiva verde e branca daria os seus frutos aos 27’, com Zicky a mostrar todos os seus predicados como pivô: em zona frontal, rodou e na cara do golo atirou a contar para levar as bancadas à loucura com o 5-1.
A missão visitante tornava-se cada vez mais espinhosa e, por isso, o técnico Joel Rocha respondeu com a aposta no guarda-redes avançado e forçar um 5v4 na quadra. No entanto, como nos dois anteriores embates, foi o Sporting CP a aproveitar melhor esse contexto numa primeira instância. Merlim recuperou a bola em área própria e dali, com toda a precisão, assinou o 6-1, deixando o desejado Tetra cada vez mais perto.
A seguir, um pontapé de ressaca de Ygor Mota e um desvio bem-sucedido de Fábio Cecílio ao segundo poste ainda reduziram a desvantagem do conjunto minhoto, que passou a ter maior controlo sobre o jogo com a superioridade numérica, mas já de forma insuficiente para mudar o rumo dos acontecimentos.
A festa que já se ia fazendo nas bancadas rapidamente tomou conta da quadra e os Leões de Nuno Dias voltaram a festejar em casa, tal como em 2021/2022, quando concluíram a decisão também em três jogos, então frente ao SL Benfica.
Depois dos Tricampeonatos em 1992/1993, 1993/1994, 1994/1995 e em 2015/2016, 2016/2017, 2017/2018, o inédito Tetra consumou-se esta temporada. Um título que engrandece a actual hegemonia verde e branca em Portugal - nas últimas 14 edições da Liga, os Leões venceram 11 -, onde o Sporting CP continua a destacar-se como a equipa mais titulada: são já 19 os Campeonatos Nacionais conquistados, seguindo-se o SL Benfica, com oito.
Sporting CP: Gonçalo Portugal [GR], Diogo Santos, Tomás Paçó, Zicky Té, Hugo Neves, Wesley França, João Matos [C], Pauleta, Andriy Dzyalo, Anton Sokolov, Tiago Macedo, Alex Merlim, Taynan, Henrique Rafagnin [GR]
Futsal recebe este sábado o SC Braga e está a uma vitória do inédito Tetracampeonato
Técnico sublinhou importância de "garantir três match-points" nesta final
Após o triunfo dos Leões do futsal em casa do SC Braga, o treinador Nuno Dias esteve em conferência de imprensa para analisar o segundo jogo da final dos play-offs da Liga e começou por destacar a lição defensiva realizada.
“Um jogo de futsal tem quatro momentos de jogo: uma parte em que se defende, outra em que se ataca e as das transições. Na organização defensiva estivemos irrepreensíveis, não só no duelo individual como também na nossa organização, na forma como não permitimos que uma das fortes armas do SC Braga – o ataque com o Dudu [guarda-redes] – nos criasse dificuldades. E nas transições defensivas também estivemos bem, pela forma como corremos para trás e reagimos à perda”, atentou na sala de imprensa da AMCO Arena, embora tenha realçado também a produção ofensiva que a equipa conseguiu aliar à solidez atrás.
“No ataque fomos sempre criando oportunidades e, na minha opinião, o 0-1 ao intervalo até peca por escasso. Foi um resultado magro para o que foi o volume do nosso jogo, por isso podíamos ter feito melhor. Na segunda parte houve a reacção normal de uma equipa que tem qualidade e que em alguns momentos nos obrigou a jogar em linhas mais recuadas, teve algum ascendente, mas grandes oportunidades, tirando a fase do 4v3 [por expulsão de Pany], não houve assim tantas”, considerou Nuno Dias, reforçando de seguida que os seus jogadores “estão de parabéns”.
“No geral, a vitória ajusta-se bem e feliz também porque foi, talvez, a primeira vez que o SC Braga não marcou golos neste pavilhão. Fazer um resultado destes numa final da Liga, depois de o jogo anterior ter tido 12 golos, agora sem golos sofridos é extraordinário da nossa parte”, acrescentou.
Depois, questionado sobre as entradas de João Matos para os momentos de inferioridade numérica, Nuno Dias não poupou elogios ao experiente capitão Leonino: “É um jogador importante para determinadas fases do jogo e nessas [de inferioridade numérica] ajuda bastante, não só como se empenha, mas também como lidera os colegas”.
Embora já estejam somadas duas vitórias em dois jogos, o que deixa o título nacional a um triunfo de distância, o técnico verde e branco mantém o foco no último passo em falta. “Espero que [o 2-0 em jogos] tenha um impacto bastante positivo em nós e negativo no SC Braga, mas não acredito que aconteça porque são duas equipas com muita experiência e qualidade. [O SC Braga] Não vão baixar os braços, mas para nós ganhar em Braga é garantir três match-points, dois deles em nossa casa. Neste momento estamos por cima, mas não conta para nada, porque para ser campeões temos de ganhar mais um jogo, e espero que seja já no sábado”, apontou, destacando o valor e o significado de ter a oportunidade de ser Tetracampeão, um feito inédito na modalidade em Portugal.
“É algo que falamos muito no balneário, porque é perseguir algo que ninguém conseguiu alcançar. É fazer História no futsal português e, mais importante para mim, fazer História no futsal do Sporting CP”, sentenciou Nuno Dias.
Exibição muito segura em Braga com golos de Sokolov e Wesley (0-2)
Três dias depois do triunfo em casa (8-4), a equipa principal masculina de futsal do Sporting Clube de Portugal deslocou-se, esta terça-feira à noite, à AMCO Arena e voltou a bater o SC Braga, agora por 0-2, no segundo jogo da final dos play-offs da Liga. Com a disputa pelo título a realizar-se à melhor de cinco jogos, as duas vitórias (em dois jogos) dos Leões de Nuno Dias deixam a conquista de um inédito Tetracampeonato a apenas um triunfo de distância – e o próximo embate, marcado para sábado, terá o Pavilhão João Rocha como palco.
Na AMCO Arena, onde o Sporting CP ainda não tinha conseguido vencer esta época, os Leões de Nuno Dias assumiram cedo a vantagem e arrancaram para uma exibição tremendamente segura, fechando as contas do resultado já nos últimos instantes. Além da superioridade exibida em praticamente todo o encontro, a lição defensiva verde e branca - não sentiu a expulsão de Pany Varela - deixou o SC Braga em branco pela primeira vez em toda a temporada.
Contrariamente ao jogo em Lisboa, este reencontro com o conjunto minhoto iniciou-se de forma mais calculista de parte a parte e nos primeiros cinco minutos só Pany Varela alvejou a baliza. No entanto, um rasgo genial de Tomás Paçó fez mexer o marcador logo a seguir: o fixo arrancou, com uma finta de corpo tirou um adversário do caminho e, já perto da área, ofereceu para Sokolov encostar e assinar o 0-1 – décimo golo do internacional russo na Liga.
Por momentos, o duelo avivou-se e se Taynan e Wesley ficaram perto de marcar para o Sporting CP, Tiago Sousa respondeu para o SC Braga, mas atirou desenquadrado num desvio repentino.
Ainda assim, os Leões de Nuno Dias continuaram a mostrar-se, quer mais controladores, quer mais perigosos no ataque em todo o primeiro tempo. Aos 12 minutos, só o corpo de um defesa arsenalista se intrometeu entre mais um remate de Sokolov e um golo certo, antes de o guardião Dudu evitar também um golo a Alex Merlim.
Já na recta final da primeira parte, o SC Braga de Joel Rocha tentou soltar-se mais das ‘amarras’ Leoninas, mas - apesar das finalizações tentadas - Henrique Rafagnin continuou com pouco trabalho entre os postes, enquanto, do outro lado, Dudu teve de voltar a levar a melhor sobre Merlim para evitar o 0-2.
Até à buzina do intervalo, a formação verde e branca soube manter-se segura, mesmo nos momentos sem bola, e levou a vantagem sem sobressaltos para a o segundo tempo em Braga.
Depois, no regresso dos balneários até o SC Braga deixou a primeira ameaça e não se encolheu depois de uma série de perigosas ocasiões consecutivas Leoninas. Logo a seguir, Henrique teve de se aplicar na baliza verde e branca por duas vezes para evitar o empate.
Apesar desta fase de maior equilíbrio, por força das melhorias arsenalistas, o Sporting CP continuou a deixar o adversário em sentido. Exemplo disso foi o forte pontapé de Taynan ao que Dudu se opôs. Antes, a equipa da casa podia ter sofrido um revés devido a uma perigosa cotovelada de Ítalo Rossetti a Wesley numa disputa de bola, mas mesmo após o visionamento das imagens a equipa de arbitragem não foi além do cartão amarelo exibido logo à partida.
Com o avançar dos minutos, parecia mais perto o avolumar da vantagem Leonina do que o empate e isso só não aconteceu porque duas ‘manchas’ quase seguidas de Dudu travaram as tentativas de Paçó e Zicky.
De repente, no entanto, um cartão vermelho a Pany Varela - por acumulação de amarelos - complicou a tarefa verde e branca por instantes. Ainda assim, o Sporting CP resistiu com sucesso à inferioridade numérica, embora com um susto pelo meio, mas o capitão João Matos estava no sítio certo e evitou o pior.
Já com cinco unidades na quadra novamente, os Leões tiveram mais duas oportunidades nos pés de Zicky e Paçó, mas nada parecia capaz de mudar o 0-1 em vigor desde cedo.
Por seu turno, com a obrigação de reagir, o SC Braga ainda apostou no guarda-redes avançado para os últimos minutos, mas o efeito acabou por ser o contrário: a poucos segundos do fim, Wesley recuperou a bola e finalizou a bel-prazer para fechar a vitória verde e branca em 0-2 – foi apenas a segunda derrota caseira dos bracarenses em toda a época.
E, na final, dois jogos depois, o SC Braga está sem margem de erro, enquanto o Sporting CP só precisa de mais um triunfo quando ainda poderá haver mais três jogos – dois deles no Pavilhão João Rocha, fruto da melhor classificação conseguida pelos Leões na fase regular. Assim, este sábado (20h30), tudo se pode decidir a favor da turma de Alvalade, que está a um passo de conquistar mais um título nacional – um inédito quarto campeonato consecutivo – e fazer mais uma vez História.
Sporting CP: Gonçalo Portugal [GR], Diogo Santos, Tomás Paçó, Zicky Té, Wesley França, João Matos [C], Pauleta, Andriy Dzyalo, Anton Sokolov, Pany Varela, Tiago Macedo, Alex Merlim, Taynan, Henrique Rafagnin [GR].
Duelo no Pavilhão João Rocha marcado para sábado (20h30)
O Sporting Clube de Portugal informa que os bilhetes para o terceiro jogo da final do Campeonato Nacional de futsal, entre o Sporting Clube de Portugal e o SC Braga, estarão disponíveis a partir das 11h00 de amanhã, quarta-feira, dia 12 de Junho.
Durante as primeiras 24 horas, até às 11h00 de dia 13, os ingressos para o jogo deste sábado (20h30) no Pavilhão João Rocha serão exclusivos para Sócios com Gamebox.
Após esse período, a venda será alargada aos Associados em geral.
As entradas têm um custo de 8€ e poderão ser adquiridas online ou na bilheteira do Estádio José Alvalade.