Triunfo em casa do SL Benfica por 29-37

A equipa de andebol do Sporting CP venceu o SL Benfica, em casa da formação encarnada, por 29-37 no jogo relativo à quarta jornada da fase final do Campeonato Nacional. 

Um triunfo que aproxima a equipa de Ricardo Costa do segundo título de campeão nacional consecutivo, a duas jornadas para o final da prova – na próxima jornada o Sporting CP desloca-se a casa do CS Marítimo e na última ronda a equipa verde e branca vai receber o FC Porto, no Pavilhão João Rocha. 

No dérbi da Luz, a equipa do Sporting CP assinou mais uma grande exibição, nomeadamente uma segunda parte de luxo, que embalou os Campeões Nacionais para um triunfo contundente e que espelha a classe daquela que foi uma das oito melhores equipas da Europa esta temporada. 

Na primeira parte, o jogo foi marcado pelo equilíbrio, ainda que com ascendente geral do Sporting CP, também espelhado no marcador. Com ambas as equipas a defenderem 6x0, ficou espaço para os meias-distâncias irem armando remates e para as entradas de ponta. Os índices de eficácia começaram por ser elevados nas duas equipas no remate e Orri Þorkelsson a marcar sempre que chamado para a linha de sete metros.

Para se ter a ideia mais concreta, até aos 11-11, nenhum dos guarda-redes tinha conseguido rubricar uma defesa, com o Sporting CP ainda um pouco a medir o pulso ao jogo. Em dez minutos iniciais um pouco tímidos e com um fantástico apoio dos adeptos Leoninos na bancada, que deram um recital de apoio. Nesses dez minutos iniciais, os Leões até tiveram duas falhas técnicas que resultaram em golos do SL Benfica.    

A 7-8, com um livre de sete metros, o Sporting CP ganhou vantagem no marcador, situação que alargou, com a boa entrada de Mohamed Aly para a baliza, em troca com André Kristensen. O SL Benfica, com mais dificuldades na primeira linha face à defesa profunda e agressiva do Sporting CP, apostava mais nas entradas aos seis metros e nos remates em apoio – recurso várias vezes utilizado por Belone Moreira e Egon Hanusz – lateral direito e central que compensaram na velocidade de remate a menor estatura.

O Sporting CP, com Natan Suárez primeiro a comandar bem o ataque e depois com Gurri (excelente exibição do central que se adapta muito bem a lateral esquerdo) esteve sempre à frente do marcador na primeira pate, mas ao intervalo registava-se uma vantagem de um golo para o Sporting CP (16-17) e o guarda-redes Mohamed Aly a ter já um punhado de defesas importantes, sobretudo aos seis metros. 

Já a segunda parte do Sporting CP foi um tratado de andebol, um recital em primeiro lugar na arte de bem defender. Para se ter a ideia clara, nos primeiros dez minutos a equipa Leonina apenas sofreu três golos, o último deles a bater em cima desses dez minutos iniciais. O Sporting CP forçou remates em ataque de pouca probabilidade de sucesso, com Pedro Martinez e Moga a conferirem ainda maior profundidade ao sistema defensivo Leonino. 

Por essa altura, os ataques também funcionavam com enorme fluidez, com uma primeira linha formada por Gurri a central, Salvador Salvador a lateral esquerdo e João Gomes a direito. 19-25 era o score, com o capitão Salvador endiabrado e Gurri a marcar golos de diferentes formas em entradas aos seis metros e remates de meia distância. Na bancada, os adeptos Leoninos acompanhavam o show da equipa nas quatro linhas e a vitória adivinhava-se com cada vez maior nitidez, mesmo faltando ainda dois terços do segundo tempo.

O máximo que o SL Benfica aproximou no marcador foi a 24-28, com metade do segundo tempo jogado, mas a exibição do Sporting CP era muito inspirada, com uma combinação de jogo aéreo entre Francisco Costa e o capitão Salvador a abrilhantar a chegada ao 24-30.

Com golos de todas as maneiras e feitios – Salvador Salvador também assinou dois da sua imagem de marca, quase de uma baliza à outra – o Sporting CP foi avolumando a vantagem que se fixou em números finais de 29-37 e mais momentos mágicos, como novo golo de combinação de jogo aéreo finalizado por Diogo Branquinho e uma defesa de Mohamed Aly, perante um jogador do SL Benfica, isolado.

Vitória retumbante do Sporting CP no Pavilhão da Luz frente ao SL Benfica por 29-37, num show Leonino dentro das quatro linhas e na bancada. Foi um grande final de tarde à Sporting CP.  

Sporting CP: Edy Silva (5), Pedro Portela (2), Francisco Costa (2), Natán Suárez (2), Jan Gurri (5), Pedro Martínez, William Höghielm, Salvador Salvador [C] (9), Orri Þorkelsson (8), Mamadou Gassama, André Kristensen [GR], Diogo Branquinho (1), João Gomes (1), Christian Moga Martim Costa (2), Mohamed Aly [GR].

Sporting CP joga este sábado em casa do SL Benfica [18h00], para a fase final do Campeonato.

A equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal joga este sábado, a partir das 18h00, em casa do SL Benfica, na 4.ª jornada da fase final do Campeonato.

Um jogo para consolidar a liderança dos Campeões Nacionais na tabela classificativa e para dar mais um passo rumo ao desejado BiCampeonato, numa partida que o técnico Leonino Ricardo Costa, antecipou como mais uma tarefa difícil, à qual os Leões querem dar a melhor resposta, em forma de vitória.

“Acreditamos que a equipa está bem, embora depois daquilo que vivemos na última quarta-feira, só temos de estar optimistas em relação ao nosso momento de forma e super-ambiciosos para conquistar outro Campeonato. Esse foi o nosso maior objectivo este ano, queríamos outras coisas, mas aquilo que mais queríamos era voltarmos a conquistar o Campeonato. Faltam três jogos, três finais e diria que este jogo, não sendo decisivo para nós, é mais um jogo importante na nossa luta. Na nossa memória ainda está a nossa derrota frente ao SL Benfica na primeira fase, foi uma das equipas que mais dificuldade nos causou, sabemos que é uma equipa que estará sempre extra-motivada para jogar contra o Sporting CP, por isso há que contar com a parte mais forte do SL Benfica e olhar também para nós, para o que temos vindo a fazer a acreditar em todo o trabalho que temos vindo a executar”.   

Na antevisão do dérbi para os meios do Clube, o técnico dos Campeões Nacionais relembrou que todo o sucesso já vivido pela equipa com a presença nos quartos-de-final da EHF Champions League esteve alicerçada na conquista do Campeonato, o grande objectivo que pauta a temporada.

“Mesmo com uma presença na final-four da EHF Champions League, não sendo campeões podíamos não estar para o ano na EHF Champions League, por isso, o mais importante se queremos voltar a estar em grandes jogos como estivemos este ano, passa por ganhar o Campeonato, esse é o nosso principal objectivo, é essa a mentalidade que temos. Os atletas sabem o momento que vivemos, sabem tudo o que fizemos até agora para conquistar o Campeonato, fizemos o que tínhamos a fazer, faltam três finais, não há que desperdiçar tempo a pensar no que está para trás, o que está para trás tem muita coisa positiva, mas isso não serve para podermos ganhar porque sim. Temos de, dentro do campo, mostrar toda a nossa qualidade e é isso que vamos procurar fase amanhã”.

Ricardo Costa olhou para as qualidades do adversário. “Emocionalmente é um dérbi entre duas grandes equipas. O SL Benfica, como disse, motiva-se sempre muito para jogar contra o Sporting CP, nós todos os jogos são importantes na nossa caminhada ao longo destes anos, temos mostrado isso. Temos de sentir na pele que o SL Benfica nos quer ganhar, quer dificultar a vida ao Sporting CP. Já não está a discutir o Campeonato, a grande motivação que têm é o Sporting CP não vencer, foi assim na primeira fase, é isso que temos de sentir que possa acontecer do lado do SL Benfica.  Mas acima de tudo somos nós, nós, a nossa forma de jogar, a nossa ambição, o que queremos deste ano passa por nós, não passa por mais ninguém”.

Por fim, Ricardo Costa assinalou a importância que os adeptos Leoninos têm tido na grande época dos Campeões Nacionais e espera, no Pavilhão da Luz, mais uma grande demonstração de apoio dos Sportinguistas.

“Na nossa memória estão, até após o jogo, nos dez minutos que os adeptos tiveram a apoiar-nos. Disse isso aos atletas e nós partilhámos, sabemos o que eles querem de nós, eles têm-nos ajudado e aqueles dez minutos de estarem connosco a apoiar-nos tem uma mensagem muito forte: que estão connosco, querem o nosso sucesso, estão ao nosso lado e nós temos de vencer por eles. Todos juntos somos muito mais fortes e temos de vencer por eles”.   

Jogo marcado para as 18h00 deste sábado

O Sporting Clube de Portugal informa que já não há bilhetes disponíveis para a visita da equipa de andebol ao recinto do SL Benfica, marcada para as 18h00 deste sábado, 3 de Maio. O dérbi é relativo à quarta jornada da fase final do Campeonato Nacional.

Os Sportinguistas esgotaram os ingressos e prometem mais uma vez um grande apoio no Pavilhão n.º 2 da Luz.

Treinador reagiu ao desaire com o HBC Nantes

No final da derrota da equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal frente ao HBC Nantes, que ditou a eliminação da EHF Champions League nos quartos-de-final, Ricardo Costa marcou presença na conferência de imprensa para analisar o encontro.

Primeira reacção
"A tristeza terá que dar lugar ao orgulho pelo que fizemos. Fizemos sonhar os nossos adeptos. Estamos muito felizes por chegar aqui, mas é duro. Temos de aceitar porque o HBC Nantes foi melhor do que nós em algumas coisas, principalmente no controlo das emoções, onde precisamos de crescer. Muito orgulhoso do que fizemos até aqui. Foi o nosso primeiro ano na EHF Champions League e temos de retirar o que fizemos de positivo. Subimos muito alto, mas a queda não pode existir. Se queremos voltar a sonhar poder estar em Colónia [cidade alemã onde se realiza a final four], temos um jogo pela frente no sábado e isso é o que mais me preocupa. Temos de ajudar os jogadores e temos de os fazer ver que o caminho é duro, mas enquanto há vida há esperança."

Lágrimas dos jogadores
"Ao longo destes 16 jogos, fizemos sorrir muita gente. É normal que as lágrimas nos venham aos olhos. A tristeza tem de dar lugar ao orgulho e espero, daqui a uns anos, olhar como uma prova de crescimento. Não queremos que este seja um ano especial, queremos voltar à EHF Champions League."

O que vai dizer aos jogadores
"Vou procurar sorrir. Nas vitórias sou muito sisudo. Hoje é para sorrir e dar-lhes um abraço. Estou muito orgulhoso do que fizeram. Agora é tempo de limpar as lágrimas porque sábado há um jogo para ganhar."

Importância de Ivan Pešić
"O guarda-redes do HBC Nantes fez duas boas prestações e ajudou a sua equipa. Hoje não conseguimos, em termos defensivos, ajudar os nossos guarda-redes."

Apoio dos adeptos
"Os adeptos do Sporting CP são muito inteligentes. Sabem reconhecer quem luta por esta camisola. Souberam reconhecer que fizemos uma grande EHF Champions League e que queremos voltar."

André Kristensen: "Podemos estar orgulhosos da nossa caminhada"

O guarda-redes verde e branco também esteve na conferência de imprensa no Pavilhão João Rocha e deu o seu ponto de vista sobre o desafio: "Estamos muito desiludidos porque estivemos muito perto. Sentimos que tivemos a oportunidade de atingir o nosso grande objectivo. O HBC Nantes tem uma grande equipa e podemos estar orgulhosos da nossa caminhada. Para quase toda a equipa foi a primeira vez na EHF Champions League e tenho a certeza que vamos ser mais competitivos no próximo ano. Precisamos de aprender com isto e lutar".

Andebol cai nos 'quartos' da EHF Champions League

A equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal foi, esta quarta-feira, eliminada da EHF Champions League ao perder com os franceses do HBC Nantes por 30-32 na segunda mão dos quartos-de-final.

Depois do desaire por 28-27 em Nantes, os Leões não conseguiram dar a volta à eliminatória e, assim, a inesquecível campanha europeia chegou ao fim.

Com lotação esgotada, tendo os bilhetes sido todos vendidos muitos dias antes do encontro, o Pavilhão João Rocha vestiu-se de gala para um dos jogos mais importantes da história do andebol Sportinguista. Na bancada visitantes, muitos adeptos do HBC Nantes.

Depois do habitual 'O Mundo Sabe Que', com direito a coreografia, e de um minuto de silêncio pela morte de José Carlos, antigo capitão da equipa principal de futebol que faleceu aos 83 anos, o encontro começou com André Kristensen, Pedro Portela, Pedro Martínez, Edy Silva, Salvador Salvador, Martim Costa e Diogo Branquinho a titulares, enquanto Kiko Costa e Natán Suárez entravam para o ataque.

Os gauleses inauguraram o marcador, mas Edy Silva rapidamente empatou um duelo que se revelou 'quentinho' desde os minutos iniciais. Kiko Costa e Salvador Salvador também facturaram e André Kristensen começou a abrir o livro.

Aos nove minutos, Kiko Costa deu a primeira vantagem ao Sporting CP (4-3), mas o jogo estava muito equilibrado e nenhum dos conjuntos conseguia criar distância no marcador. Natán Suárez, com um grande golo, fez o 6-6 e André Kristensen, mais tarde, protagonizou mais uma enorme intervenção.

Do lado do HBC Nantes, o guarda-redes Ivan Pešić e o pivô Nicolas Tournat iam sendo as maiores ameaças e permitiram aos forasteiros um ligeiro ascendente nos últimos instantes da primeira parte, conseguindo uma diferença de dois golos (13-15).

Ainda assim, o último golo antes do intervalo pertenceu a Martim Costa, que levou o confronto para o segundo tempo com 15-16. Tudo em aberto.

A formação de Ricardo Costa voltou muito bem do descanso e, apoiada por duas defesas de Mohamed Ali, apontou três golos sem resposta por intermédio de Mamadou Gassama e Martim Costa (dois). O resultado passou para 18-16, a primeira vantagem de dois golos - a diferença necessária para vencer a eliminatória.

O HBC Nantes estabilizou com a ajuda, mais uma vez, de Ivan Pešić e conseguiu recuperar até empatar a 21 golos e, pouco depois, passar para a frente (22-23). O'Brian Nyateu viu, aos 46', o cartão vermelho depois de acertar na face de Martim Costa, mas os franceses até fizeram o 23-25.

Quando o HBC Nantes fez o 24-27, ficou claro que o Sporting CP tinha de subir o nível se ainda queria ter uma palavra a dizer. Ricardo Costa pediu o desconto de tempo, mas o adversário, um dos mais fortes do planeta no aspecto defensivo, não quebrou.

O resultado ainda ficou com apenas um de diferença (29-30), mas a reviravolta nunca chegou e as contas terminaram com 30-32, ditando a eliminação verde e branca. No final, nota para o grande apoio demonstrado pelos milhares de Sportinguistas à equipa.

Com oito golo, Martim Costa foi o melhor marcador do desafio em conjunto com Aymeric Minne, do HBC Nantes.

O Sporting CP vai voltar, agora, ao Campeonato Nacional, visitando o SL Benfica no sábado.

Sporting CP: Edy Silva (2), Pedro Portela (1), Kiko Costa (6), Natán Suárez (2), Jan Gurri (1), Pedro Martínez, William Höghielm (1), Salvador Salvador [C] (2), Orri Þorkelsson (3), Mamadou Gassama (4), André Kristensen [GR], Diogo Branquinho, João Gomes, Christian Moga, Martim Costa (8) e Mohamed Ali [GR].

Concentração na estação de metro Alto dos Moinhos

O Sporting Clube de Portugal informa os Sócios com bilhete válido para o jogo deste sábado, no Pavilhão n.º 2 da Luz, entre a equipa de andebol e o SL Benfica, que a concentração deve ser feita junto da estação de metro Alto dos Moinhos pelas 16h45.

O dérbi entre Leões e águias, referente à quarta jornada da fase final do Campeonato Nacional, tem início marcado para as 18h00 deste sábado, 3 de Maio.

Encontro com o SL Benfica marcado para este sábado, às 18h00

Os bilhetes para jornada 4 da fase final do Campeonato Nacional de andebol entre a equipa principal do Sporting CP e o SL Benfica já estão à venda.

Os ingressos têm o custo único de 7 euros para Sócios e só estão disponíveis na bilheteria do Estádio José Alvalade.

A partida está marcada para as 18h00 deste sábado no Pavilhão n.º 2 da Luz.

Sporting recebe o HBC Nantes esta quarta-feira, às 19h45

Depois da derrota pela margem mínima em França na semana passada, a equipa principal de andebol do Sporting Clube de Portugal recebe, nesta quarta-feira, às 19h45, o HBC Nantes em jogo da segunda mão dos quartos-de-final da EHF Champions League.

Será um jogo de tudo ou nada para chegar à ambicionada final four da maior prova europeia de clubes e Kiko Costa acredita que os Leões vão lá chegar.

Na antevisão ao encontro, o jovem jogador Leonino começou por dar conta do ambiente que se vive na equipa liderada por Ricardo Costa e sublinhou a vontade de “agarrar a oportunidade”.

“O ambiente na equipa é bom. Estamos todos unidos para o que aí vem. É o jogo de uma vida, se calhar, o jogo mais importante da história do andebol do Sporting CP. Estamos a um passo de ir à final four da Champions League, mas estamos tranquilos, temos de estar positivos e de nos preparar da melhor maneira. Saímos de França vivos (28-27), que era o mais importante, e agora temos de agarrar a oportunidade e de não a deixar fugir”, referiu o lateral, dizendo que a equipa Leonina sabe o que tem de fazer: “Vai ser preciso darmos muito mais do que demos lá”.

“Sabemos que em casa do adversário é sempre mais difícil, mas aguentámos e agora com os adeptos a nosso favor temos de jogar com eles, além de, claro, termos de defender muito bem, como o fizemos lá, e jogarmos como jogámos lá. Acho que com a ajuda dos nossos adeptos estamos em vantagem e vamos aproveitar isso”, afirmou, sabendo que não será uma tarefa fácil ultrapassar a antiga equipa de Pedro Portela, mas está confiante: “São uma das melhores equipas do Mundo, a primeira linha deles joga toda na selecção francesa. São 13 grandes jogadores, que sabem todos jogar muito bem uns com os outros e têm o melhor pivot do mundo, mas nós também somos bons, temos dos melhores jogadores do mundo e em nossa casa temos de dar a volta ao resultado. É um golo, não é nada. Vamos estar preparados para fazer face às adversidades que nos vão colocar e temos de ganhar”.

Para isso, Kiko Costa acredita que, mais uma vez, o apoio dos Sportinguistas no Pavilhão João Rocha fará a diferença e será fundamental: “Todas as vitórias que tivemos em nossa casa na Champions tiveram uma quota-parte dos nossos adeptos, que nos ajudaram imenso. Nós sentimos o apoio dos adeptos deles em França, que foi incrível, mas sabemos que os nossos são melhores, são diferentes, batem mais do que palmas, vivem muito mais o jogo e cantam. Por isso, não lhes peço para virem, porque sei que eles vêm e que estarão presentes, mas peço-lhes que não desistam, não deixem de cantar e de nos apoiar. Este jogo vai ser levado até ao fim e é com eles que vamos chegar à final four”.

Tudo por decidir no confronto da próxima semana frente ao Nantes HBC (28-27)

No final da partida na H-Arena, o treinador Ricardo Costa destacou a exibição da sua equipa e sublinhou a importância de manter viva a ambição leonina para a segunda mão da eliminatória (28-27).

"Fizemos um grande jogo fora de casa. Precisávamos de nos manter vivos. Sabíamos que o Nantes HBC ia tentar cavar uma margem maior, sobretudo na primeira parte. Acredito mesmo que podíamos ter passado para a frente e ganhar o jogo, mas isso não era o mais importante. Queríamos sair daqui com opções e jogar o tudo ou nada no Pavilhão João Rocha", referiu em declarações na flash-interview da Sporting TV.

Para o técnico Leonino, o que se viu em Nantes foi mais uma prova de maturidade e pertença: "A nossa chegada aos quartos-de-final não foi por acaso, e este jogo mostra que estamos à altura e queremos continuar. Oxalá possamos ter um ambiente ainda melhor no nosso pavilhão e carimbar o passaporte para Colónia", declarou.

Ricardo Costa reconheceu, contudo, a solidez do adversário e o contexto difícil em que se desenrolou a partida: "Não é por acaso que nenhuma equipa passou aqui. Eles têm uma defesa muito sólida, com um guarda-redes a fazer a diferença. Nós também tivemos o André [Kristensen] em grande plano na primeira parte. São defensores de altíssimo nível, mas fomos encontrando ideias. Falhámos alguns contra-ataques e lances da ponta — o andebol é isto mesmo", apontou.

De olhos postos no jogo da segunda mão, o líder verde e branco deixou uma mensagem clara: o Sporting CP está preparado para escrever mais uma página na sua história.

"Cada jogo tem a sua história e nós temos de construir a nossa no Pavilhão João Rocha. A de hoje é a de uma equipa que aguentou a pressão e não deixou fugir o resultado. O Nantes HBC queria disparar e não conseguiu. Nós podíamos ter chegado ao empate ou até à vitória. O grande objectivo era esse: manter a eliminatória viva", reforçou.

Com o reencontro marcado para a próxima quarta-feira, 30 de Abril, às 19h45, num Pavilhão João Rocha já com lotação esgotada, Ricardo Costa deixou a promessa de um Sporting CP pronto para tudo.

"Agora, serão os 60 minutos das nossas vidas. É uma grande responsabilidade saber que a nossa casa estava esgotada ainda antes deste jogo começar. Os nossos adeptos não queriam ver um jogo já resolvido e nós vamos dar tudo o que temos", garantiu.

Sporting CP perdeu pela margem mínima e traz jogo decisivo para o Pavilhão João Rocha (28-27)

Tudo em aberto: a equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal voltou a encantar a Europa, mesmo perdendo com o HBC Nantes (28-27) na primeira mão dos quartos-de-final da EHF Champions League. Num confronto muito equilibrado do início ao fim, os Leões mantém-se vivos na eliminatória e trazem para Lisboa a resolução da eliminatória. 

Numa noite (ainda mais) especial para Pedro Portela e William Hoghielm, que reencontraram o antigo emblema, os verdes e brancos entraram na H-Arena conscientes de que já tinham inscrito o seu nome nos compêndios do desporto português, disputando pela primeira vez esta fase da competição. Os gauleses, contudo, têm pergaminhos na prova - em seis participações na Liga dos Campeões, o HBC Nantes chegou por quatro vezes aos quartos-de-final da competição, alcançou a final four por duas ocasiões e em 2017/2018 foi mesmo finalista.

Esta temporada, o vice-campeão francês terminou o Grupo B na terceira posição, e, nos play-offs, eliminou o Orlen Wisła Płock, emblema polaco de boa memória para o Sporting CP. Foi precisamente na sua arena que os Leões garantiram um lugar entre os oito melhores da Europa. Sabendo de antemão as dificuldades e a exigência do desafio, os Leões voltaram a demonstrar o espírito que os tem guiado e, com a final four no horizonte, viajaram até Nantes com fome de mais.

E que fome! Num pavilhão ruidoso, frente a uma equipa que ainda não tinha conhecido a derrota em casa, o Sporting CP entrou determinado e sem medo, embora sem sucesso nas duas primeiras investidas à baliza.

Apesar de o HBC Nantes ter inaugurado o marcador logo na sua posse inicial, à passagem dos três minutos o resultado ainda era de 1-0 — mérito de André Kristensen, firme entre os postes, e de Pedro Martínez, sólido no bloco defensivo Leonino.

Martim Costa, com um golo portentoso, assinou o empate e, pouco depois, aos seis minutos, voltou a marcar, colocando o Sporting CP pela primeira vez em vantagem (1-2).

Os primeiros instantes do encontro confirmavam o que se previa: equilíbrio, intensidade e uma enorme entrega de parte a parte. Com Ivan Pesic também em destaque na baliza dos franceses, aos 10 minutos somavam-se mais defesas do que golos (3-3).

A liderança do marcador foi passando de umas mãos para as outras, até que, aos 16 minutos, o Nantes HBC conseguiu a primeira vantagem de dois golos. O técnico gaulês pedira instantes antes um time-out, onde ajustou a defesa, e os anfitriões passaram a condicionar mais eficazmente as entradas dos Leões, encontrando também espaços no ataque (8-5).

Ricardo Costa respondeu de imediato, pedindo também um time-out aos 19 minutos. Com correcções tácticas e palavras de incentivo, o efeito foi imediato: Martim Costa, com pontaria afinada, reduziu para 8-6, e Jan Gurri, aos 22’, fixou a margem mínima (8-7). Ainda no mesmo minuto, após uma excelente jogada colectiva, William Hoghielm assinou o empate (8-8).

De time-out em time-out, os franceses reagiram. Numa disputa de xadrez em ritmo acelerado, o Nantes HBC voltou a mexer no jogo. Aos 24 minutos, André Kristensen registava uns impressionantes 47% de eficácia na baliza Leonina, mas nem isso impediu o 9-8 na ressaca dessa intervenção. Do outro lado, Ivan Pesic continuava a brilhar, negando (mais) um golo a Martim Costa e mantendo acesa a chama dos da casa.

Após duas falhas técnicas, e nesta fase mais motivado, o Nantes HBC voltou a distanciar-se, e aos 27 minutos já vencia por 12-8. A dois minutos do intervalo, Jan Gurri assumiu o protagonismo, reduzindo com dois golos consecutivos (12-10), mas os franceses mostraram-se mais eficazes, e quando a buzina para o descanso soou, já tinham colocado o resultado em 13-10. A diferença no marcador reflectia os combates intensos, o encaixe técnico e táctico, e, sobretudo, os 50% de eficácia do guardião do conjunto da casa.

Com a faixa “Nós e vocês, juntos para fazer história”, os cerca de 150 adeptos portugueses faziam a festa à entrada para a segunda parte. No entanto, e apesar do apoio vibrante vindo da bancada reservada aos Sportinguistas, foi o Nantes HBC quem entrou mais eficaz, convertendo as duas primeiras posses do segundo tempo — ao contrário dos comandados de Ricardo Costa, que as desperdiçaram.

Salvador Salvador fez o 15-11 aos 32’ e Diogo Branquinho também marcou por duas ocasiões no decorrer do minuto 33 (16-13), igualando a diferença que se registava ao intervalo. Os dois conjuntos imprimiram velocidade ao encontro e assumiram-se muito mais finalizadores nestes minutos iniciais, com Diogo Branquinho – muito eficaz - a assinar um contra-golo (17-15) aos 35’.

Aos 36’, cruzando de uma ponta à outra do terreno, Natán Suárez personificou a reacção verde e branca (17-16) num golo de enorme importância, apesar de o Nantes HBC ter marcado logo depois (18-16). Edy Silva repôs a diferença mínima e ambos os conjuntos, muito aguerridos, precipitaram-se numa sequência de falhas que tornaram o jogo confuso.

Aos 42’, o Nantes HBC vencia por três (20-17), mas Diogo Branquinho, inspirado, entrou pela esquerda para reduzir. Depois, foi a vez de Francisco Costa reaproximar o Sporting CP por duas vezes (21-20).

No equador do segundo tempo, e com nenhuma das equipas a descolar, a diferença mantinha-se curta (23-22), e, aos 49’, os Leões conseguiram mesmo empatar por intermédio do inevitável Martim Costa.

O Sporting CP voltou a permitir ao Nantes HBC construir uma vantagem de dois golos - porém o outro Costa, Francisco, apareceu para, implacável, pintar o parcial de maior equilíbrio (25-24). Também André Kristensen, sempre providencial, somou duas excelentes intervenções às suas estatísticas e a indefinição no resultado foi-se prologando (26-24).

Com Edy Silva excluído por dois minutos, Ricardo Costa utilizou o seu time-out para ‘colocar gelo’ na partida e reinventar estratégias. Nessa fase, aos 55’, Natán Suárez conquistou um livre de sete metros e o especialista Orri Þorkelsson manteve a sua eficácia desde a marca, fez uma boa picadinha e colocou o resultado em 26-25.

Apesar da inferioridade numérica, o Sporting CP não balançou defensivamente (27-25), e, com a sua formação já completa, partiu para cima: Martim Costa fez o 27-26 e, com uma bola de diferença, ‘obrigou’ o Nantes HBC a pedir um time-out a três minutos do fim.

Também de bola parada, os franceses fizeram o 28.º golo, mas Natán Suárez voltou a recuperar a posse e, em drible, cruzou todo o campo para reduzir (28-27). A vinte e dois segundos, e com bola para empatar a partida, Ricardo Costa pediu um time-out mas os Leões não conseguiram concretizar.  

Com coragem, ambição e um colectivo em alta rotação, o Sporting CP manteve o jogo vivo com um espectacular resultado (28-27), ficando mesmo tudo por resolver no João Rocha. Assim, o Sporting CP deu o primeiro passo rumo a novo feito inédito - mas, com a caminhada ainda vai a meio, o decisivo reencontro entre os emblemas está marcado para a próxima quarta-feira, 30 de Abril, às 19h45, num Pavilhão João Rocha com lotação esgotada.

Sporting CP: Edy Silva (2), Pedro Portela (1), Francisco Costa (3), Natán Suárez (2), Jan Gurri (3), Pedro Martínez, William Hoghielm (1), Salvador Salvador [C] (2), Orri Þorkelsson (1), Mamadou Gassama, André Kristensen [GR], Diogo Branquinho (4), João Gomes, Christian Moga, Martim Costa (8) e Mohamed Aly [GR]. Treinador: Ricardo Costa. Disciplina: cartão amarelo para Ricardo Costa (20’).