Leões venceram o SL Benfica na 2.ª jornada do Campeonato por 42-32, num recital de andebol do Sporting CP

A equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal venceu este sábado o SL Benfica por 42-32 na 2.ª jornada do Campeonato, numa exibição de luxo dos Bicampeões Nacionais, que deram um show de andebol num dérbi em que a supremacia da equipa de Ricardo Costa foi evidente ao longo dos 60 minutos, em mais uma tarde memorável no Pavilhão João Rocha e uma empatia arrepiante entre a equipa e os Sportinguistas ao longo do jogo e claro, no final do encontro.  

Demorou um pouco mais de dois minutos o primeiro golo do Sporting CP, mais precisamente com 2’17, por Francisco Costa e empate a seguir, com Francisco Costa a fazer o 2-1 e Salvador Salvador o 3-2, até começar a aparecer Mohamed Ali.

O SL Benfica ainda se conseguiu manter no jogo, até aos 7-5 com 9’30, mas depois o ascendente Leonino foi ganhando forma e exprimiu-se de maneira cada vez mais categórica.  

Com 12’52 e 10-6 no marcador, o SL Benfica pediu um desconto de tempo, após um golo em contra-ataque de Francisco Costa, com os Bicampeões Nacionais já arrasadores em muitos momentos.  

Com um sistema central defensivo formado por Salvador Salvador, Christian Moga, Edy Silva e com Pedro Martínez a dar profundidade numa defesa cinco mais um, os Bicampeões Nacionais limitavam cada vez mais as acções de ataque das águias a podiam partir para rápidos ataques, ancorados na eficácia de Francisco Costa.

O SL Benfica marcou dois golos que fizeram as águias ‘saltar’ de 15-9 para 15-11, numa fase em que o Sporting CP teve mais dificuldades na finalização, a que um golo de Gurri pôs cobro.

Os 19-12 com 27’30 jogados mostravam nova fase de grande fulgor Leonino, materializada num magnífico golo do ponta Diogo Branquinho e com Martim Costa na sua melhor versão atacante. 20-13 era o resultado ao intervalo a favor do Sporting CP.

Ao intervalo, foi possível aos Sportinguistas tirarem fotografias ao lado da Supertaça Nacional recentemente conquistada, em triunfo frente ao FC Porto.

Segunda parte arrebatadora do Sporting CP
A segunda parte começou com dois golos de Salvador Salvador para o 22-13, com o SL Benfica a responder também com dois golos consecutivos.

Com 3’30, o resultado era de 24-17 e percebia-se a maior diversidade e riqueza de opções do Sporting CP em relação ao SL Benfica, como o marcador revelava.

Depois do 26-17 em contra-ataque finalizado por Gurri após excelente recuperação de bola de Gassama, o SL Benfica pediu um desconto de tempo para tentar ‘estancar’ que a ‘décalage’ no marcador aumentasse, tamanha a superioridade dos Bicampeões Nacionais orientados por Ricardo Costa.

Um golo mal validado ao SL Benfica, depois de toque com o pé de um jogador do SL Benfica antes da finalização da jogada foi contestado, como contestada foi uma interveção de um jogador Leonino, assinalada como pé na bola logo a seguir. A diferença de dez golos esteve a 29-19, com uma intercepção de Salvador Salvador, quando o Sporting CP jogava em inferioridade numérica.

O SL Benfica marcou dois golos seguidos que baixaram a diferença dos tais dez golos, mas a superioridade Leonina nunca esteve em causa, com a primeira linha a funcionar em alta rotação e a somar golos consecutivos.

O Pavilhão entrou em delírio depois de uma fantástica defesa de Kristensen aos seis metros, seguida de golo quase de baliza a baliza de Emil Berlin para os 33-22.

Kristensen entrou muito bem no jogo e fez logo a seguir outra grande defesa em entrada aos seis metros na ponta, com o Sporting CP nessa fase a acumular duas falhas técnicas em ataque.

Recuperados os máximos índices de concentração, a equipa Leonina voltou a dar grande espectáculo, com o 35-25 por Francisco Costa, numa entrada cheia de raça, após passe ‘mirabolante’ de Carlos Álvarez de costas, para dar origem a um contra-ataque.

Com cerca de 10 minutos para jogar, o Sporting CP vencia por 37-25, numa equipa a funcionar ao estilo de um harmónio e uma velocidade de execução para a qual o SL Benfica simplesmente não tinha antídotos.

Nos dez últimos minutos, Natán e Gurri jogaram em simultâneo na primeira linha (Gurri a lateral esquerdo), e continuou a haver espectáculo, subsistindo por essa altura apenas a dúvida se o Sporting CP atingiria os 40 golos.

Os postes ainda pareciam adiar o inevitável, Pedro Martínez fez o golo 39, da primeira linha e Gassama de baliza deserta fez mesmo o golo 40, ainda com dois minutos e meio para jogar. O Sporting CP acabou o jogo com triunfo por 42-32, numa exibição portentosa dos Bicampeões Nacionais, que deram sequência à magnífica semaa, depois da estreia com vitória em Bucareste para a EHF Champions League, diante do Dínamo. Nota final para o maravilhoso espectáculo de comunhão entre equipa e adeptos Sportinguistas no final do jogo, com cânticos de apoio que contribuem para fazer dos jogos do Sporting CP no Pavilhão João Rocha um ambiente mesmo muito especial. 

Sporting CP: Edy Silva (1), Emil Berlin (2), Francisco Costa (9), Natán Suárez (3), Jan Gurri (5), Pedro Martínez (1). Salvador Salvador [C] (8), Orri Þorkelsson (5), Mamadou Gassama (1), André Kristensen [GR], Diogo Branquinho (1), Christian Moga, Martim Costa (4), Mohamed Ali [GR], Victor Romero (2), Carlos Álvarez. 

Leões recebem o SL Benfica este sábado, a partir das 18h30

A equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal regressa este sábado ao Pavilhão João Rocha para disputar o primeiro dérbi da época diante do SL Benfica, em partida relativa à segunda jornada da Fase Regular do Campeonato Nacional (18h30). Depois da vitória europeia frente ao CS Dinamo București, os Leões querem dar continuidade ao bom arranque de temporada também em solo nacional.

Autor de uma grande exibição na Roménia, o guarda-redes Mohamed Aly sublinha a importância desse triunfo para a confiança do grupo. "O jogo frente ao CS Dinamo București era para nós muito importante, porque era o primeiro da EHF Champions League. Acredito que fizemos um bom jogo, todos os jogadores. Não é fácil jogar contra o CS Dinamo București numa quarta-feira e depois ter um dérbi no sábado seguinte, mas estamos a preparar-nos bem para estes desafios", assegurou, em declarações aos meios do Clube.

Sobre o embate deste fim-de-semana, Aly reconhece qualidade acrescida no rival, mas mostra confiança no valor da equipa verde e branca. "O SL Benfica tem este ano melhor equipa do que no ano passado, na minha opinião. Tem cinco ou seis jogadores novos e acredito que estão mais fortes, mas nós também estamos melhores do que na última temporada. Temos mais experiência e sabemos que somos uma equipa de topo. Se queremos continuar assim, temos de jogar cada jogo como se fosse uma final. Se o Pavilhão João Rocha estiver cheio com os nossos adeptos a apoiar, a partida mais facilmente vai cair para o nosso lado", apontou.

O guardião egípcio admitiu ainda que a responsabilidade aumenta de temporada para temporada, mas deixou clara a ambição do grupo. "Não é fácil ganhar ano após ano. Aquilo que o Sporting CP tem feito é incrível, mas para continuar a ganhar temos de acrescentar sempre algo novo a nível táctico, mais energia, mais experiência, novos jogadores. Acredito que estamos a jogar ao mais alto nível, mas não podemos ainda dizer que somos a melhor equipa do mundo. Queremos sê-lo e estamos a caminho de fazer parte do top-5 mundial”, sublinhou.

Por fim, Aly deixou um apelo aos Sportinguistas para marcarem presença em força no dérbi. "Sinto-me muito confortável quando temos o Pavilhão cheio de adeptos. Isso dá muita energia a toda a equipa. Acredito que em casa jogamos com 200% da energia, um pouco mais do que o normal, e espero que no sábado o João Rocha esteja cheio", reforçou.

Técnico fez o rescaldo do triunfo numa das mais difíceis arenas europeias

A equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal regressou da Roménia com um triunfo histórico frente ao CS Dinamo București (30-33) e Ricardo Costa não escondeu a satisfação pelo arranque vitorioso na EHF Champions League. O treinador Leonino destacou a consistência da equipa na segunda parte e valorizou o resultado conquistado num pavilhão exigente.

“Foi uma vitória muito importante, num ambiente difícil e contra uma equipa que nos criou muitos problemas, especialmente na primeira parte. Na segunda, conseguimos ser mais consistentes, errámos menos nos momentos decisivos e isso fez a diferença. Fizemos um grande jogo e saímos da Roménia com um triunfo muito valorizado”, sublinhou o técnico verde e branco, numa breve reacção aos meios do Clube.

Sem se deslumbrar, Ricardo Costa recordou que a caminhada europeia será longa e reforçou a ideia de que o trabalho se faz com os pés bem assentes no presente.

 “O nosso foco é sempre o próximo jogo. A Champions é uma competição longa e exigente, mas o objectivo imediato é preparar bem o encontro de sábado contra o SL Benfica e lutar por mais uma vitória. Pensamos passo a passo”, rematou, na ressaca de um triunfo europeu de grande valor.

Leões venceram o CS Dinamo București no arranque da EHF Champions League (30-33)

A equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal voltou a escrever história ao estrear-se na EHF Champions League 2025/2026 com uma vitória muito desejada (30-33) no difícil terreno do CS Dinamo București. Uma entrada de Leão e uma afirmação contundente da equipa de Ricardo Costa, que procura este ano igualar ou superar a grande prestação europeia da última temporada. 

Numa Arena Dinamo com lotação praticamente esgotada, o primeiro golo surgiu logo aos 50 segundos, pela mão de Pedro Valdés, um velho conhecido dos verdes e brancos. A resposta Leonina não tardou e chegou através de Martim Costa, mas, ainda assim, aos três minutos, uma falha técnica dos Leões permitiu aos anfitriões ganhar embalo e fixar o marcador em 3-1.

Perante uma defesa romena de enorme solidez, o Sporting CP teve algumas dificuldades em dar sequência às suas posses de bola e viu o resultado arrastar-se, falhando na finalização de forma consecutiva. Porém, aos cinco minutos, Robert Militaru, um dos pilares do muro defensivo do CS Dinamo București, foi expulso após uma entrada imprudente sobre Martim Costa, e os Leões aproveitaram para reduzir para 3-2.

Num jogo físico e muito disputado, o cronómetro avançava e o Sporting CP tentava encurtar distâncias, mas aos dez minutos contavam-se mais as faltas do que os golos (4-3). Nessa fase, a exclusão de Salvador Salvador deixou os verdes e brancos em inferioridade numérica e os romenos aproveitaram para ampliar a diferença (5-3) através de um livre de sete metros.

Com um homem a menos, Francisco Costa apareceu em grande estilo e, num voo fulgurante, reduziu a desvantagem para a margem mínima. A resposta dos anfitriões não tardou e, numa transição rápida, aproveitaram a baliza deserta para voltar a ampliar (6-4).

Muito eficaz no ataque e forte fisicamente, o CS Dinamo București conseguiu descolar para 7-4, mas Martim Costa manteve os Leões por perto com o 7-5 logo na jogada seguinte. Foi quando os Leões estabilizaram o seu jogo: já com sete homens em campo, e a fechar os 14 minutos, Orri Thorkelsson assinou um golaço a partir da ponta, André Kristensen brilhou com uma grande defesa e Kiko Costa apareceu para igualar o marcador a 7-7, um empate que fugia desde o minuto inicial.

Descontente com a recuperação verde e branca, Paulo Jorge Pereira pediu time-out. No entanto, o treinador português do CS Dinamo București não contava com a inspiração do guardião norueguês, que voltou a fechar a baliza a sete-chaves. Seguro atrás, o Sporting CP embalou para um mini-parcial de 0-4 e conseguiu, pela primeira vez na partida, virar o resultado a seu favor (7-8).

Em estado de graça, André Kristensen voltou a travar a ofensiva romena e, na jogada seguinte, foi Martim Costa a dar seguimento a uma excelente construção colectiva, ampliando a vantagem aos 17 minutos (7-9).

Novamente em inferioridade numérica, o Sporting CP mostrou maturidade na gestão da posse e conseguiu manter a vantagem no marcador (8-10), com Martim Costa novamente em plano de destaque.

Aos 20 minutos, os Leões alcançaram pela primeira vez os três golos de diferença (8-11), mas o CS Dinamo București, embalado pelo ruidoso apoio da sua Arena, reduziu de imediato. Edy Silva, atento a um ressalto defensivo, voltou a repor a margem e, logo a seguir, assinou também o 9-12.

Com o ex-futebolista Leonino Marius Niculae também presente, o Sporting CP manteve a dianteira, ainda que o CS Dinamo București começasse a mostrar maior poder ofensivo (10-13 aos 23 minutos). Foi nesse momento que se deu a estreia europeia de Filipe Monteiro, num pavilhão cada vez mais efervescente. A energia vinda das bancadas galvanizou os romenos, que aproveitaram para encurtar a diferença e reequilibrar o marcador, chegando ao empate aos 26 minutos (13-13).

Numa primeira parte de ascendente repartido e muito combativa, a igualdade espelhava com justiça a intensidade do encontro. Aos 29 minutos, Ricardo Costa pediu time-out para afinar estratégias, mas a pausa não foi suficiente para alterar o rumo dos acontecimentos e o 15-15 manteve-se até à descida para os balneários.

Com Sportinguistas na bancada, o Sporting CP regressou do intervalo com Mohamed Aly na baliza, mas, tal como no arranque do encontro, foram novamente o CS Dinamo București e Pedro Valdés a abrir as hostilidades no segundo tempo. Algo precipitados nas primeiras investidas ofensivas, os Leões permitiram que os romenos retomassem a dianteira, desta vez de forma mais vincada (17-15).

Com quatro ataques desperdiçados no reatamento e ainda sem qualquer golo marcado, os verdes e brancos aproveitaram a velocidade da transição para contrariar a seca ofensiva e Martim Costa assumiu o protagonismo numa resposta fulgurante, fazendo o 17-16.

Pouco depois, Mohamed Aly também quis deixar a sua marca no encontro e brilhou ao defender, consecutivamente, um livre de sete metros marcado a dois tempos. O Sporting CP capitalizou essas intervenções decisivas para recuperar a liderança (17-18), embora os romenos, igualmente assertivos, tenham reagido de imediato e reposto a igualdade.

Com 38 minutos disputados, os Leões navegavam pela margem mínima, quando Edy Silva se superiorizou na defensiva verde e branca e serviu Martim Costa, na passada larga a finalizar para o 21-19.

Dois minutos depois, Ionut Iancu negou um golo espectacular a Carlos Álvarez, mas Mohamed Aly respondeu à altura e também travou a ofensiva romena. Na sequência, Salvador Salvador fez o gosto à mão e o guardião egípcio voltou a destacar-se, segurando o 20-22.

O camisola 92 apresentava, nesta fase, uns impressionantes 50% de eficácia entre os postes, um registo de luxo que permitiu ao Sporting CP segurar a vantagem mesmo quando o CS Dinamo București voltou a beneficiar de superioridade numérica em campo (21-23).

Aos 45 minutos, Natán Suárez soltou uma autêntica bomba de um ângulo quase impossível, fixou o 21-24 e obrigou Paulo Jorge Pereira a parar novamente o jogo com um time-out. As alterações tácticas do também seleccionador nacional levaram Ricardo Costa a responder de imediato com outro time-out, determinante para reorganizar a abordagem ofensiva do Sporting CP.

Os Leões mantinham-se a um nível altíssimo e, aos 47 minutos, já venciam por 22-25. Pouco depois, Pedro Martínez recuperou a posse e lançou Carlos Álvarez para um golo que, pela primeira vez na partida, deu a uma das equipas quatro tentos de vantagem.

Era uma almofada preciosa que, com pouco mais de 12 minutos por jogar, deixava os verdes e brancos muito perto de escrever história (23-27). Logo a seguir, Mohamed Aly voltou a brilhar, desta vez com uma defesa de pernas a travar nova investida romena. Emocionalmente galvanizados, os Leões lançaram-se para mais um ataque organizado, que Martim Costa esteve perto de coroar com um chapéu.

Ainda assim, o CS Dinamo București, determinado em conquistar a vitória diante do seu público, cerrou os dentes nos dez minutos finais. Aproveitando um momento de menor acerto ofensivo dos verdes e brancos, os romenos conseguiram reduzir a diferença para apenas dois golos (26-28).

Muito forte, Natán Suárez arrancou um livre de sete metros que Orri Thorkelsson transformou em golo com a eficácia que lhe é característica. Logo depois, Carlos Álvarez assinou o tento que elevou o Sporting CP à fasquia dos 30 golos (27-30).

Com 55 minutos jogados, Mohamed Aly, novamente imperial, negou o golo aos romenos e Natán Suárez, a aparecer na raça, voltou a fixar a vantagem verde e branca em quatro golos (27-31).

Com o aproximar do apito final, alguma precipitação natural tomou conta da quadra e o CS Dinamo București conseguiu encurtar distâncias (29-31). Contudo, Orri Thorkelsson, com a sua habitual frieza nórdica, repôs de imediato a margem verde e branca (29-32).

Aos 58 minutos, aconteceu talvez o momento-chave do encontro: o poste de Mohamed Aly negou o golo aos romenos e, na sequência, Thorkelsson voltou a não falhar da marca dos sete metros. A um minuto e quarenta do final, os verdes e brancos estavam em vantagem numérica e venciam por quatro (29-33).

Já se sentia a história ao alcance da mão e, na Roménia, ecoou o rugido de um Leão ao mais alto nível. O Sporting CP venceu o CS Dinamo București por 30-33 e somou, fora de portas, os primeiros três pontos numa promissora estreia na caminhada europeia de 2025/2026.

Sporting CP: Mohamed Aly [GR], Edy Silva (2), Carlos Álvarez (2), Francisco Costa (8), Natán Suárez (2), Jan Gurri (1), Pedro Martínez, Salvador Salvador [C] (2), Orri Thorkelsson (7), André Kristensen [GR], Diogo Branquinho, Mamadou Gassama (1), Filipe Monteiro, Christian Moga, Martim Costa (7) e Víctor Romero (1). Treinador: Ricardo Costa. Disciplina: cartão amarelo para Ricardo Costa (5').

Leões começam esta quarta-feira a caminhada europeia

A equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal estreia-se esta quarta-feira na EHF Champions League, frente ao CS Dinamo Bucaresti (17h45), num reencontro marcado pela história recente e pela ambição de vencer mais vezes fora na competição, um dos grandes objectivos definidos para esta temporada.

"Seria importante. Ganhar qualquer jogo já é difícil e fora é uma tarefa ainda mais árdua, sobretudo num terreno como o do CS Dinamo Bucaresti", começou por dizer Ricardo Costa aos meios do Clube. Com a memória ainda viva da derrota pesada da época passada frente aos romenos, o treinador sublinha que a lição está aprendida.

"Sofremos precisamente contra eles uma das derrotas mais pesadas do ano passado e sabemos que será novamente muito difícil. Sendo o nosso primeiro jogo fora, ainda para mais em Bucareste, temos de aprender com o que vivemos", frisou o técnico.

O encontro terá também um cariz histórico: pela primeira vez, dois treinadores portugueses vão medir forças na fase de grupos da prova.

"Do outro lado está o Paulo Jorge [Pereira], seleccionador nacional e profundo conhecedor de muitos dos nossos jogadores. O CS Dinamo Bucaresti mudou bastante em relação ao ano passado, mas o nosso desejo de pontuar é enorme", afirmou.

As duas equipas cruzaram-se durante a pré-temporada, jogo que terminou empatado no tempo regular, mas, para Ricardo Costa, esse duelo pouco conta agora.

"Vai ser completamente diferente, até a nível de agressividade. Pegando nas palavras do Paulo Jorge, nós entramos logo a perder por 5-0, tal é a força dos adeptos do CS Dinamo Bucaresti. Temos de recuperar de uma diferença de cinco golos. É um jogo com cariz competitivo muito distinto, por isso sinceramente nem olhámos para esse durante a nossa preparação", afiançou.

Depois de um arranque de época marcado por duas Supertaças, o treinador acredita que os Leões chegam preparados ao desafio europeu.

"Foi um início duro, mas com boas sensações: ganhámos uma das Supertaças e competimos até ao último segundo na outra. Agora é a Liga dos Campeões, tudo pode acontecer. Temos andado sempre em viagem, com as malas às costas, e temos saudades de jogar diante dos nossos adeptos. Mas teremos tempo de nos reunir todos no Pavilhão João Rocha. Para já, cabe-nos procurar pontos nesta deslocação", afirmou ainda, lembrando por fim que o caminho europeu se faz entre ambição e realismo, sem perder de vista o sonho de chegar mais longe.

"Sabemos o que fizemos no ano passado e não podemos expor o grupo à ideia de que será ainda melhor ou que não vamos ter dificuldades. Vamos ter. Mas também temos o sonho de chegar um dia a uma final four. O mais importante não é ficar em primeiro ou em segundo lugar no grupo, é garantir a qualificação e ir conquistando pontos, em casa e fora. Cada jogo é uma aventura, e é assim que vamos encarar a competição", rematou.

Declarações depois do triunfo em casa do CS Marítimo

No final da vitória da equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal no recinto do CS Marítimo por 29-36, Ricardo Costa analisou o encontro.

"A equipa estava, hoje, com menos energia. Termos jogado sábado e domingo [passado] com duas viagens pelo meio e, para além disso, é o início do Campeonato, que é sempre complicado e ainda para mais jogando em casa do CS Marítimo. Estou satisfeito com a vitória, controlámos do início ao fim. Podíamos ter ganho por mais, mas foi um bom jogo. O CS Marítimo jogou praticamente todo o encontro em 7x6 e temos de nos adaptar a essa circunstância especial. São três pontos importantes", começou por dizer ao Jornal Sporting, continuando.

"Não tendo o Edy Silva e ficando sem o Christian Moga [que viu cartão vermelho], o Víctor [Romero] teve muitos minutos acumulados. Tivemos de jgoar com o Salvador Salvador a pivô e fomos encontrando as soluções. o Emil Berlin também teve um pequeno toque e não jogou", acrescentou.

Por fim, o treinador verde e branco explicou que "há que recarregar baterias" para o próximo desafio, o primeiro nesta edição da EHF Champions League e em casa do CS Dinamo București, na Roménia.

"São muitos jogos em poucos dias e temos uma semana para nos prepararmos. É uma deslocação difícil e sabemos bem o que é jogar em Bucareste, onde não vencemos no ano passado. Conhecemos a equipa do CS Dinamo București, sabemos que estão bem e que ganharam a Supertaça da Roménia. Temos de procurar fazer um grande jogo para iniciar a EHF Champions League da melhor forma", concluiu.

Andebol confirma favoritismo em casa do CS Marítimo

A equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal visitou e venceu, esta quarta-feira, o CS Marítimo por 29-36 na primeira jornada da fase regular do Campeonato Nacional.

No primeiro passo para a defesa do 'tri', os Leões dominaram praticamente todo o desafio, sendo que o triunfo nunca esteve em causa.

O conjunto de Ricardo Costa começou na defesa e com André Kristensen, Mamadou Gassama, Kiko Costa, Christian Moga, Salvador Salvador, Víctor Romero e Natán Suárez no sete inicial. Depois de uns primeiros minutos equilibrados e com golos de parte a parte até ao 6-6, muito graças a algumas defesas de Alexandre Magalhães, guarda-redes do CS Marítimo, o Sporting CP começou a cavar um fosso para os madeirenses.

Com Kiko Costa a liderar a avalanche ofensiva, ajudado maioritariamente por Martim Costa e Salvador Salvador, os Bicampeões Nacionais venciam por 10-14 quando Luciano Costa, do CS Marítimo, viu o cartão vermelho.

Daí até ao intervalo, os insulares até se aproximaram (14-16), mas a diferença no final dos 30 minutos era de 15-18. Com seis golos, Kiko Costa estava em evidência.

Para o segundo tempo, pouco mudou e o CS Marítimo nunca esteve perto de conseguir discutir o resultado final. Kiko Costa, Salvador Salvador e Martim Costa continuaram de mão quente e a eles juntou-se, por exemplo, Carlos Álvarez.

Com 19-24, Christian Moga também viu o cartão vermelho, o que deixou a situação dos pivôs mais complicada para o lado Leonino, uma vez que Edy Silva não fez parte do encontro. Assim, restava apenas Víctor Romero e Ricardo Costa acabou por apostar em Salvador Salvador para os minutos finais naquela posição.

O jogo prosseguiu com naturalidade até ao final, quando se registava 29-36 no marcador para um triunfo incontestável. Com dez golos, Kiko Costa foi o maior artilheiro do desafio.

Os Leões vão, agora, visitar o CS Dinamo București na Roménia no próximo dia 10 de Setembro, dando início à edição desta temporada da EHF Champions League.

Sporting CP: Emil Berlin, Carlos Álvarez (3), Kiko Costa (10), Natán Suárez (1), Jan Gurri (2), Pedro Martínez, Salvador Salvador [C] (7), Orri Þorkelsson (4), Mamadou Gassama (1), André Kristensen [GR], Diogo Branquinho (1), Filipe Monteiro, Christian Moga, Martim Costa (6), Mohamed Ali [GR] e Víctor Romero (1).

Andebol inicia Campeonato Nacional na Madeira

A equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal desloca-se, às 18h30 desta quarta-feira, à Madeira para visitar o CS Marítimo na primeira jornada da primeira fase do Campeonato Nacional.

Na antevisão, Orri Þorkelsson começou por falar da Supertaça conquistada contra o FC Porto: "Era um objectivo para a equipa e há que continuar assim. Começar a época com um troféu é muito importante e foi muito bom vencer a Supertaça".

O ponta considerou, em declarações aos meios de comunicação Leoninos, que os Bicampeões Nacionais se encontram preparados para partir em busca do Tri: "Tivemos vários jogos de preparação e três encontros oficiais, onde fizemos um excelente trabalho. Na Supertaça Ibérica, uma excelente vitória nas meias-finais e muitas coisas positivas na final com o FC Barcelona. A equipa está muito bem ligada".

Sobre os insulares, Orri Þorkelsson espera um adversário exigente como habitual, mas só olha para a vitória.

"Como sempre, vamos lá para ganhar, mas o CS Marítimo é uma boa equipa. Nas últimas temporadas, utilizaram muito o 7x6, o que pode complicar, mas é o primeiro jogo do Campeonato e temos de estar prontos. Há que dar o nosso melhor para conquistar a vitória. (...) Há que colocar o nosso jogo em quadra, defender bem, facilitar o trabalho aos guarda-redes. É o que temos feito e precisamos de continuar assim. Se estivermos no nosso melhor, tenho a certeza de que vamos ganhar", explicou.

Por fim, o islandês deixou uma mensagem aos Sportinguistas da Madeira: "Venham ao jogo. Quando jogámos lá pela última vez, foi memorável e tivemos muitos Sportinguistas nas bancadas. Vamos dar o nosso melhor para proporcionar uma boa partida".

Técnico fez o rescaldo da participação na Supertaça Ibérica

A sete metros do objectivo. Foi essa a distância que separou o Sporting Clube de Portugal da conquista da Supertaça Ibérica diante do FC Barcelona. No final, o técnico Ricardo Costa assumiu a tristeza, mas também o orgulho no desempenho da equipa.

“Há que aceitar o resultado. Saímos tristes e de cabeça baixa porque não fomos, nem somos, inferiores ao FC Barcelona. Um dia havemos de ganhar. Demonstrámos que podemos bater-nos com eles, que tiveram de jogar o melhor que sabem para nos ganhar. Queríamos muito este troféu, era importantíssimo para nós, como todos os jogos o são. Agora, quarta-feira, temos de ganhar na Madeira. Orgulho-me dos meus atletas”, começou por dizer à Sporting TV.

Ainda assim, o treinador não escondeu a frustração com um lance decisivo nos segundos finais.

“Ficou por marcar um livre de sete metros, um erro grosseiro da equipa de arbitragem", considerou. "Devia ter sido vermelho para o Luís Frade, mas é o que é: os árbitros têm o direito de errar. Fizeram um bom jogo, mas a última bola, que podia decidir a partida, devia ter sido mais bem analisada, no meu ponto de vista”, apontou ainda o treinador.

Apesar dos indicadores que a equipa deixou em quadra, Ricardo Costa fez um balanço “negativo” do fim-de-semana. “Perdemos e queríamos ganhar. Podíamos ficar meio-contentes por disputar um jogo com o FC Barcelona de igual para igual, mas a minha equipa já não tem essa mentalidade, queria muito ganhar este troféu. Trabalhámos para isso e estamos desapontados”, referiu, reforçando ainda assim a confiança no seu grupo de trabalho.

“Não tenho dúvidas [da capacidade da equipa de se bater com qualquer conjunto]. Para mim não é surpresa. Tenho a certeza de que vamos ganhar às grandes equipas. Temos de provar a nós próprios a nossa capacidade de luta diária e honrar o compromisso que temos com os nossos adeptos.”

E, com os olhos postos já no futuro, deixou a garantia de que o melhor está por vir.

“Fizemos uma pré-época muito boa, com o trabalho de todos, desde o staff aos jogadores. Preparámo-nos para uma época super exigente, tanto no Campeonato como na EHF Champions League. Precisamos de todos. Hoje não tivemos o Edy [Silva], um jogador importantíssimo para nós e que faz muita falta, mas aqueles que lá estiveram dentro foram inexcedíveis. Dou-lhes os parabéns, porque sei que estão tristes, mas o melhor está para vir”, finalizou.

Leões lutaram de igual para igual com o FC Barcelona (35-34), numa final decidida na marca dos sete metros

A equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal perdeu este domingo a Supertaça Ibérica frente ao FC Barcelona (31-31, 35-34 após desempate nos sete metros), numa final disputada até ao último segundo e decidida nos detalhes. Os Leões de Ricardo Costa estiveram muito perto de escrever mais uma página dourada, mas deixaram em quadra a certeza de que a história continuará a ser construída.

No Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos, o duelo entre duas das maiores potências de andebol da Península arrancou com o equilíbrio esperado, a liderança a alternar constantemente de mãos. O FC Barcelona inaugurou o marcador, o Sporting CP reagiu de imediato e adiantou-se, mas os espanhóis responderam logo depois (3-2).

Com apenas quatro minutos decorridos, os comandados de Ricardo Costa retomaram a dianteira (4-3), fruto de duas recuperações fulgurantes a meio-campo que se transformaram em contra-ataques letais. Perante bancadas muito bem compostas, o encontro manteve-se vibrante e intenso, jogado ao mais alto nível desde o apito inicial.

Aos oito minutos, André Kristensen brilhou ao segurar o empate a seis, e, logo depois, foi Emil Nielsen, guardião blaugrana, a impedir Carlos Álvarez de desatar o nó. Seria, no entanto, o próprio Álvarez a fazê-lo instantes depois, antes de Salvador Salvador ampliar a diferença para dois golos pela primeira vez no encontro (6-8).

Com 14 minutos jogados, o FC Barcelona anulara já a vantagem verde e branca, muito graças a uma nova série de defesas de Emil Nielsen, intransponível na baliza uma vez mais (8-8). Nos segundos seguintes, os catalães voltaram mesmo a estar na frente (9-8), mas Orri Thorkelsson restabeleceu a igualdade de imediato e André Kristensen também voltou a agigantar-se. Uma boa defesa do norueguês num livre de sete metros manteve o marcador empatado.

Assim, com 20 minutos disputados a um ritmo altíssimo, nenhuma das equipas tinha ainda conseguido ‘descolar’ (10-10). Foi então que Francisco Costa e Carlos Álvarez, aproveitando uma superioridade numérica após exclusão, colocaram novamente o Sporting CP com dois golos de vantagem (10-12).

Mais seguros neste período do encontro, os Leões aumentaram a diferença para três aos 25 minutos (10-13), obrigando o técnico do FC Barcelona a pedir um time-out de forma a tentar travar o ímpeto verde e branco. Jogada cá, jogada lá, e apesar de alguns erros de parte a parte, o intervalo chegou com um 13-15 no placard, após André Kristensen defender com o pé um remate no último segundo do primeiro tempo.

Uma vantagem preciosa para o conjunto de Ricardo Costa, que Emil Berlin voltou a ampliar para três logo nos primeiros instantes após o regresso dos balneários. Os Leões reentraram em campo com a pontaria afinada, mas o FC Barcelona também surgiu determinado e, durante largas jogadas, nenhuma equipa desperdiçou os seus ataques (16-19).

Aos 35 minutos, André Kristensen desviou um remate potentíssimo e deu o mote para dois minutos de seca ofensiva, até que Thimothey N’Guessan quebrou o impasse e fixou o 17-19. O jogo ganhou contornos mais físicos e, de seguida, os catalães reduziram de sete metros antes de se lançarem para uma recuperação fulgurante: cinco golos em apenas três minutos e nova liderança, a primeira desde os 15 minutos (23-21).

Sempre muito interventivo no banco, Ricardo Costa pediu time-out e o Sporting CP respondeu de imediato. Na retoma, Martim Costa fez o 23-22, Mohamed Aly entrou para segurar a baliza com uma defesa decisiva e, pouco depois, uma combinação perfeita entre Diogo Branquinho e Francisco Costa devolveu o empate (23-23).

Com o cronómetro a avançar, ficou claro que o título seria decidido no detalhe, pela equipa que errasse menos. A meio da segunda parte, com o marcador em 24-23, Emil Nielsen travou Martim Costa e o FC Barcelona voltou a ganhar dois golos de almofada. Mas Diogo Branquinho reduziu, e logo a seguir a bola ainda explodiu na trave da baliza agora defendida pelo guardião egípcio. O Sporting CP aproveitou a deixa e restabeleceu a igualdade aos 48 minutos, através de Victor Romero (25-25).

Foi a vez de o técnico do FC Barcelona intervir, pedindo novo time-out. Mas o minuto 48 ficou marcado pela expulsão de Mamadou Gassama, punido por rasteirar um adversário. A exclusão do ponta espanhol não abalou os Leões, que, mesmo em inferioridade, mantiveram a igualdade no marcador (27-27).

Já em igualdade numérica, Salvador Salvador recuperou uma bola crucial e lançou Carlos Álvarez para o 27-28, aos 51 minutos. Mohamed Aly voltou a brilhar na baliza verde e branca, travando duas tentativas catalãs, enquanto Diogo Branquinho continuava a aparecer letal na ponta esquerda.

Com 55 minutos jogados e o marcador em 29-29, Christian Moga recebeu ordem de exclusão e Viktor Hallgrimsson apareceu em alto nível na baliza blaugrana, mas do outro lado a trave também ajudou Mohamed Aly a segurar o empate.

Ainda em desvantagem numérica, Martim Costa colocou novamente o Sporting CP na frente (29-30, aos 57’). O Pavilhão fervilhava, a incerteza crescia e os Leões, sem baixar os olhos, responderam com a mesma intensidade do gigante espanhol. Já perto dos 28 minutos, uma nova recuperação defensiva permitiu a Francisco Costa assinar o 29-31, coroando a entrega da equipa e uma muralha defensiva incansável.

À entrada do último minuto, o marcador registava um 30-31 histórico, com o FC Barcelona a controlar a posse. A 20 segundos do fim, porém, os catalães conseguiram empatar e forçaram Ricardo Costa a reunir de imediato os seus jogadores para preparar o derradeiro ataque. No último lance, a decisão da equipa de arbitragem, favorável ao FC Barcelona, empurrou o desfecho da final da edição de 2025 da Supertaça Ibérica para a marca de sete metros.

Na lotaria, o FC Barcelona foi mais eficaz, fechando o marcador em 35-34. Um desfecho cruel para um Sporting CP que lutou de igual para igual e deixou em Matosinhos uma prestação memorável.

Sporting CP: Emil Berlin, Carlos Álvarez, Francisco Costa, Natán Suárez, Jan Gurri, Pedro Martínez, Salvador Salvador [C], Orri Thorkelsson, Mamadou Gassama, André Kristensen [GR], Diogo Branquinho, Filipe Monteiro, Christian Moga, Martim Costa, Mohamed Aly [GR]e Victor Romero.